Cap 20° Confie em mim! ☔
Park Jimin:
Um mês depois…
Acordei chorando assustado, o sonho parecia ser tão real. Ver Jungkook casando com Jisoo fez meu peito doer, a angústia que sinto é como se meu coração fosse esmagado várias e várias vezes, tento gritar mais o bolo que está preso na garganta torna isso impossível.
O medo de que esse pesadelo se torne realidade me faz entrar em desespero, procuro por meu celular e não o encontro, preciso encontrar um jeito de falar com Jungkook, e saber o porquê ele não está aqui? Ele deve ter uma explicação.
Não sei por quanto tempo estou aqui, me sinto fraco, e ao tentar me levantar sinto uma tontura forte, e uma grande vontade de vomitar, olho para minhas mãos e meus machucados já estão quase sarados.
— Por quanto tempo estou aqui? — Me pergunto.
Fechei meus olhos e tento lembrar do que aconteceu, mas minhas lembranças estão tão embaraçosas, que não consigo lembrar exatamente de nada a não ser um carro vindo em minha direção em alta velocidade, tirei o lençol de cima das minhas pernas, sento na cama, e espero a tontura passar.
Olho em volta e me encontro sozinho, e isso me doeu tanto, mas eu não deixo as lágrimas caírem, engoli a vontade de chorar, pois sou forte, agora tudo faz sentindo.
Me ver sozinho aqui nesse quarto me fez entender que no final de tudo eu só posso contar comigo mesmo. Sei que posso estar sendo egoísta, mas cansei. Sei que posso contar com meus amigos, mas até quando?
Não posso mais viver esperando por ninguém, porque no fim, ninguém virá para me salvar, então tenho que me levantar e caminhar sozinho, preciso aprender a não me importar mais com as pessoas assim como elas não se importam comigo ou com o quanto estou machucado, não que eu queira algo em troca.
Mas porra cadê todos que diziam me amar?
Cadê aqueles que me disseram:
“Pode contar comigo, eu não vou soltar sua mão”
Chega Park Jimin, aprenda que no final é somente você ali. Por mais que eu fale várias e várias vezes isso para mim, eu não aprendo, continuo ali me doando cada vez mais.
— Jimin-ah, o que você pensa que vai fazer? — Ao ouvir a voz do meu amigo Taehyung, todo o esforço de me fazer forte foi pelo ralo.
— Jimin-shi o que ouve? — Tae corre até mim e me abraça forte, e é nessa hora que me permito chorar.
Taehyung não me pergunta nada, apenas me abraça forte, eu precisava me sentir protegido mesmo que fosse por tão pouco tempo, sentir que eu não estava sozinho, às vezes não precisamos de palavras e sim de um abraço.
Passaram uns minutos e só então me desfiz do abraço carinhoso.
— Como você está se sentindo meu benzinho? — Perguntou Tae, ao colocar uma mecha do meu cabelo para trás da minha orelha.
Nada respondo até porque não consigo, pois a vontade de chorar está presa na garganta novamente.
— Eu vou chamar um médico!
Tae se afastou mas eu segurei em seu braço o fazendo me olhar com os olhos lacrimejando.
— Por quanto tempo eu estou aqui? Onde está Jungkook? — Meu amigo desvia seu olhar. — Tae, não esconda nada de mim!
— Ji, muita coisa aconteceu durante seu coma.
— Coma?
— Sim, eu explico tudo a você, mas antes eu vou chamar o médico para te examinar.
Assim que Taehyung saiu, me levantei troquei de roupa rapidamente e saí do quarto, devido eu ter tirado o acesso rápido o sangue escorria pelo meu braço, já do lado de fora do hospital dou o sinal para o táxi, o carro para e eu entro antes que alguém me visse, passo o endereço da casa do Jungkook, não sei explicar o porquê mas eu necessito vê-lo, e também preciso saber o porquê ele não estava lá.
O carro parou em frente a casa do Jeon, mas antes de sair, as lágrimas escorreram pelo meu rosto ao ver o Jisoo sair da casa do Jungkook com o presidente Jun-seo de braços dados, eles sorriam pareciam estar contentes com alguma coisa.
— O senhor está bem? — A voz do motorista chama a minha atenção.
— Por gentileza, senhor me tire daqui!
O motorista ligou o carro e saímos dali, passei o meu endereço, fiz o pagamento e subi para meu apartamento, ao passar pela porta o telefone começa a tocar, com certeza é meu amigo a essa hora ele deve está louco a minha procura, ignorei a ligação e vou para meu quarto, entro no banheiro ligo o chuveiro e entrei debaixo com toda a roupa, me sentei no cantinho e abracei minhas pernas, os machucados doíam, mas a dor deles é tão minúscula perto da dor que estou sentindo em meu coração.
Meus lábios tremem de frio pois já faz um tempo que estou embaixo do chuveiro, olho para meus dedos e eles estão enrugados. Me levanto, tiro toda a roupa molhada, me enxugo, e visto meu pijama, abro o meu notebook, e só então vejo que se passou um mês.
Sinto uma pontada tão forte em meu peito, ao ler a manchete onde dizia que a união entre as famílias Jeon e Ling será selada com o casamento entre Jungkook e Jisoo. As lágrimas escorrem pelo meu rosto como ondas gigantes, por mais que as limpo elas insistem em caírem.
A dor no peito aumenta me sufocando, as coisas começam a ficar turvas, me levanto caminho me segurando pelas paredes, porém minhas pernas fraquejam me fazendo cair, grito pois dói demais eu pensei que não iria sentir mais essa mesma dor, fiquei deitado no chão chorando, lembrando de todas as juras que Jungkook me fez.
Nem o som da campainha me fez levantar perdi as contas de quantas vezes ela foi tocada.
— Jimin, eu sei que você está aí, por favor nos deixe entrar! — Pediu Taehyung.
Mesmo ouvindo os pedidos deles, ignorei, preciso de tempo, eu quero ficar sozinho, então continuo deitado sobre o chão gelado, vejo pela brecha da porta as sombras se afastarem.
•••
O dia amanheceu, e eu não dormir nada, me levanto com uma decisão tomada, vou para o banheiro tomo banho e troco de roupa, pego uma pequena mala, bem decido viajar, ficar aqui nessa cidade vendo os dois juntos não vai me fazer bem, pode ser que eu esteja me precipitando em tomar uma decisão radical como essa, mas decidi pensar em mim agora.
Mas antes de sair da cidade tenho coisas para resolver como pedir minha demissão, sempre fui responsável e sempre separei as coisas e não é agora que isso vai mudar.
— Onde eu deixei meus chinelos? — Me faço essa pergunta olhando para todos os cômodos do quarto.
Me sento na beira da cama com a intenção de lembrar da última vez que eu usei, tento evitar pensar nas coisas que aconteceram. De repente algo me diz para olhar embaixo da cama, me agacho e lá estava eles, empurro a cama para poder alcançá-los, mas ao pisar em uma parte do piso vejo que tem uma tábua solta, é um fundo falso. Mesmo com medo, coloco minha mão no buraco estreito, e peguei algo que parece uma caixinha, e como eu havia imaginado é realmente uma caixinha, ao abrir-la vejo que há um pen-drive dentro.
— O que será que tem aqui dentro? — Me pergunto ao segurar o pen-drive. — E porque ele está tão escondido?
Curioso, pego o meu notebook e injeto o adaptador, e nele tem somente duas pastas com as minhas iniciais, P.J! Cliquei nela para ver o que tem de tão secreto assim. Meus olhos não acreditam no que estão lendo, minha mãe ajudou o pai do Jungkook a sair da lama, agora entendo o porquê o senhor Do-yun tem um carinho tão grande por ela.
Clico em outra pasta onde estão alguns vídeos, e neles minha mãe aparece, as lágrimas mas uma vez rolam pelo meu rosto, pois eu já não lembrava mais como era o rosto dela, pausei o vídeo.
— Ela era tão linda! — Toco na tela do monitor como se eu tivesse fazendo carinho em seu rosto.
| Hoje é 13 de janeiro, o senhor Jun-seo me procurou e me ameaçou, ele está louco para pôr suas mãos no novo programa que eu criei, mas se esse documento cair em sua mãos eu não sei o que esse homem é capaz de fazer, só sei que isso pode causar uma quarta guerra mundial, exatamente por isso que vou esconder esse programa, sei que eu poderia excluí-lo, mas preciso pensar futuramente, preciso sair daqui, não quero que meu filho nasça no meio desses monstros.
Minha mãe parecia estar com medo, pois ao gravar esse vídeo ela sempre estava olhando em direção a porta. Sei que vou pôr minha vida em risco, mas eu necessito saber que tipo de programa é esse, depois de saber do que se trata, agora entendo o porquê o presidente Jun-seo faz tanta questão desse casamento, fiz uma segunda cópia e a guardo em um lugar seguro, sei que eu poderia apagar, mas se minha omma não fez isso anos atrás, não é agora que eu vou fazer.
Pego minha bolsa, e ao abrir a porta me assusto com o Taehyung e o Hoseok dormindo de mãos dada do lado de fora, vê-los ali me sinto um verdadeiro babaca, mas eu preciso encontrar uma forma de afastá-los de mim, só assim eles estarão seguros.
— Tae, Hoseok, o que vocês estão fazendo aqui?
Eles acordam assustados, olham para mim se levantam e me abraçam.
— Nunca mais faça isso Ji! — Diz Tae com os olhos lacrimejando, ele me abraça tão apertado que chego a sentir seus batimentos.
Desde que Tae e Hoseok descobriram que Yoongi estava ficando com eles um clima chato permaneceu, mas hoje posso dizer que tenho os melhores amigos pois eles passaram por cima do seu orgulho ferido e estão aqui juntos preocupados comigo.
— Ji, não é se isolando que vai resolver as coisas, somos uma família lembra? — Diz Hoseok.
— Eu não estou me isolando, eu apenas preciso de um tempo, eu não quero machucar vocês. Eu vou sair da cidade.
— Como é que é? — Seokjin pergunta com a voz alterada, porém ele não está sozinho, Namjoon está o acompanhando.
— Jimin podemos conversar? — Pergunta Namjoon.
— Eu não tenho nada para conversar. Por favor, quando eu voltar não quero ver nenhum de vocês aqui.
Os deixei para trás, com o coração partido, mas eu os amo tanto que não suportaria viver se algo acontecesse com qualquer um dos três. Desci as escadas correndo, mas sinto meu braço ser puxado, olhei para trás era Junwei.
— Me solta! — Puxei meu braço e o empurrei em seu peito.
— Me deixe te ajudar? — Ele pede ao tentar tocar meu ombro.
— Eu não preciso de ajuda! Há quer saber preciso sim, me faz um favor fica bem longe de mim.
— Ji eu sou teu irmão! — Junwei grita me fazendo olhar para ele.
Sorri….
— Você não é nada para mim! Você deve está feliz com o casamento da Jisoo com Jungkook, pois pelo o que estou sabendo você já assumiu o lugar do seu pai na empresa.
— Não é o que você está pensando! — Junwei me segura pelo braço com força, ele olha para trás assustado me dando a impressão que está com medo.
— Já disse para me soltar! — Gritei.
— Jimin, por favor venha comigo, aqui não é seguro!
— Eu não vou a lugar algum com você, Junwei!.
— Junwei seu babaca solta ele. — Hoseok empurra o meu irmão e dá um soco nele. — Ele te machucou Jimin?
— Hoseok tira ele daqui agora! — .Junwei pediu mais uma vez, olhei para trás e vi um carro se aproximando, o carro passou ao nosso lado, o cara abaixou o vidro e disparou contra mim.
— JIMIN…. — Junwei grita e corre em minha direção me abraçando, o tiro o atingiu.
— NÃO…….. — Gritei.
— Jimin. — Hoseok grita, e logo em seguida Tae, Jin e Namjoon aparecem.
Abraço o Junwei, chorando me sinto culpado pois ele tentou me alertar e eu cego não dei ouvidos.
— Jun fica comigo, não fecha os olhos. Chamem uma ambulância.
— Ji me perdoe por todo mal que eu te causei, eu te amo..
— Não fale nada, por favor, só fique comigo, a ambulância já está vindo.
— Você precisa saber, o Jungk…o Jungkook el-...
— Irmão….. Não… Junwei… acordar…. Não…aaaaaaaaaaaaaa.
Os paramédicos chegaram, Junwei foi colocado na maca e levado às pressas para o hospital mais próximo.
— Eu vou com eles, preciso saber do meu irmão.
— É melhor vocês levarem ele daqui, amor. Jimin está muito exposto, aqui ele só vai estar correndo risco de vida. — Diz Namjoon para Seokjin.
E para deixar as coisas mais difíceis, Yoongi apareceu.
— O que ele está fazendo aqui? — Pergunta Tae ao apontar para o motorista.
— Taehyung eu sei que vocês três tem coisas para resolver mais no momento o melhor a se fazer é pensar na segurança do Jimin, e garanto que o que aconteceu aqui é só a primeira tentativa contra a vida dele, o Yoongi irá levar vocês a um local seguro Park. — Disse Namjoon.
— Eu não vou deixar esse babaca levar o meu Jimin seja para onde for, eu não confio nele Namjoon. — Gritou Hoseok, e pela primeira vez todos estranharam pois Hoseok é tão equilibrado e calmo.
— CHEGAAAAA. — Alterei minha voz fazendo todos olharem para mim. — Porque eu tenho que estar me escondendo, sendo que eu não fiz nada de errado?
— Jimin. — Yoongi me puxou para trás do seu corpo e disparou contra dois caras que vinham em nossa direção.
— Entram no carro agora, porra! — Disse Namjoon.
Yoongi me colocou no carro contra a minha vontade, Hoseok e Taehyung entraram juntos, no carro logo atrás vinha Namjoon e Seokjin. O motorista do Jungkook dirigia em alta velocidade mais sempre atento olhando pelo retrovisor, saímos da cidade e entramos na estrada de terra, já faz algum tempo que estamos na estrada, dentro do carro o clima é tenso, Hoseok está sentado no banco da frente, sinto o quanto ele está magoado, pois a forma como ele brinca com seus dedos e tão nítida.
Mesmo que eles não percebam mais eu estou atento, os três estão sofrendo com essa situação, mas vejo que Yoongi é o mais machucado entre eles, não estou dizendo que ele ama mais do que Tae e Hobby, e sim pela sua aparência abatida.
— Posso saber para onde está me levando, Yoongi?
— Para um lugar seguro, mas em breve eu irei tirar você do país até que as coisas sejam resolvidas!
— Espera aí, eu deixei você me trazer para esse fim de mundo, mas agora sair do país já é demais, eu não sou nenhum fugitivo para sair assim.
— Você sabe muito bem a gravidade que está a situação, Park, você é muito inteligente e já sacou isso. — Yoongi me encarou pelo retrovisor.
— Alguém pode me explicar o que diabo está acontecendo? E porque estão querendo matar o Jimin? — Pergunta Tae.
— Chegamos. — Disse Yoongi.
Ao virar a curva, o local era lindo e a casa mais ainda, descemos e não demorou para Namjoon chegar com Seokjin, todos olhavam encantados para o local, mas eu estava atento às trocas de olhares entre o motorista e o secretário.
— Jimin.
A voz que faz meu corpo tremer é que soam como melodia ecoaram, minhas pernas fraquejam mas consigo me equilibrar, minha respiração acelera, minhas mãos tremem, o bolo em minha garganta se forma.
— O que você está fazendo aqui, Jungkook?
— Precisamos conversar! — Diz ele, tento ser firme, mesmo que por dentro eu deseje correr para seus braços.
— Eu não tenho nada para falar com você, Jungkook, pois você me abandonou na cama de um hospital.
Não consegui conter as lágrimas, tento limpá-las mas elas insistem em escorrer.
— Taehyung, Hoseok, sei que não é o momento, mas eles precisam conversar e eu também tenho algo para dizer aos dois. — Disse Yoongi.
— Tae, Hobby, por favor escutem o que ele tem a dizer. — Dessa vez foi Seokjin que se pronunciou.
Enquanto todos estavam distraídos sai de fininho, a dor que estava sentindo na noite passada voltou e dessa vez tá mais forte, me apoio em uma árvore grande e tento controlar a respiração, minhas pernas fraquejam porém sinto meu corpo ser abraçado.
— Jeon. — Sussurro seu nome.
— Jimin, o que você está sentindo? — Jungkook me olha preocupado.
— Estou bem, é só uma tontura. — O barulho do trovão nos assusta.
— Vamos voltar pois a qualquer momento. — Antes de terminar a frase a chuva caiu. — Vamos achar um lugar para ficar até essa tempestade passar.
Começamos a andar, porém minha vista começou a ficar turva, mas eu não queria dar o braço a torcer, mas a dor no peito aumentou me fazendo parar de andar, levo minha mão até meu peito.
— Amor. — Jungkook volta até mim, a chuva caia tão forte, e para piorar eu estava com tanto frio que meus lábios tremiam.
— Por favor, não me chame assim, você é um homem comprometido agora, Jungkook, nós não deveríamos estar sozinhos. — Aí…
— Jimin, deixa de ser orgulhoso. — Sem mais delongas ele me carregou e me levou até uma casinha.
Escureceu e nada da chuva passar, eu tentava me manter aquecido de todo jeito, mas o clima não ajudava, não posso demonstrar o quanto estou feliz pelo Jungkook ter conseguido fazer fogo.
— Agora eu posso dizer que os dias de escoteiro valeram apenas. — Jeon falou sorrindo.
Virei meu rosto assim que o vi tirar sua camisa.
— Não precisa virar seu rosto meu amor, até porque você já me viu nu.
— Verdade, mas agora você é noivo.
— Se você soubesse o quanto me machuca ouvir você falar assim. A única pessoa que eu amo é você.
— Eu não acredito. — Jeon se aproximou segurou em meu rosto.
— Você acha que eu quero mesmo casar com ela? Jimin eu só quero que esse pesadelo acabe.
— E a única maneira disso acabar é você se casando com ela?
— Ver você morrer e lutar para continuar vivendo foi a pior sensação que eu já senti, você é a pessoa mais importante para mim, eu não vou me perdoar se algo acontecer com você. Jimin a morte de sua mãe não foi suicídio, eu preciso encontrar o verdadeiro culpado, e para isso acontecer eu preciso entrar no jogo do meu avô e dos Lings.
— Você está me dizendo que alguém matou a minha mãe.
— Sim!… Meu amor, eu só preciso de tempo até resolver tudo, eu amo você mais do que a mim mesmo.
— Porque estão querendo me matar?
— Antes de sua mãe ser assassinada ela estava trabalhando em um arquivo extremamente confidencial, mas ela escondeu antes que caísse em mãos erradas no caso a do meu avô.
— Você está falando disso? — Tirei o pen-drive do meu bolso e mostrei para ele.
— Você não abriu esse arquivo não né?
— Sim, eu fiz uma cópia e ela está bem segura.
— Eu preciso te deixar em segurança, eles já sabem que o arquivo foi acessado.
— Eles quem, Jungkook?
— Os Russos.
Jungkook me abraçou ao me ver tremendo, estar novamente nos braços dele me faz sentir tão protegido, mas só de lembrar que ele vai está desfilando com Jisoo me deixa completamente irritado e com ciúmes, me afasto do seus braços e vou para perto da janela.
— O que foi meu amor?
— Eu não vou conseguir ver você e Jisoo juntos Jungkook!
— Jimin é você que eu amo, é com você que quero me casar! Jisoo irá pagar por todas as maldades que ela cometeu, aliás não só ela. Mas te peço, confie em mim.
— Eu não quero ver você ao lado dela, Jungkook-ah, Jisoo é perigosa! — Jeon me abraça por trás e cheira meus cabelos molhados.
— Preciso que fique aqui por uns dias, prometo vim aqui sempre que eu puder nem que seja só para te dar uns beijinhos.
Ficamos sentados perto da pequena fogueira que ele fez, a chuva passou mais estava escuro e era muito perigoso sair, de repente ouço chamarem por meu nome.
— Jimin-ah…
— Jeon, tem alguém vindo! — Visto minha camisa e Jeon a dele.
— Jimin-ah… Jungkook….
— Essa é a voz do Taehyung.
— Aqui, estamos aqui.
Levo minha mão ao meu rosto, para proteger da luz da lanterna do Taehyung, meu amigo correu até mim e me deu seu casaco seco. Voltamos para casa, eu fui direto para o banheiro tomar um banho quente, enquanto eu tomava meu banho Tae me esperava no quarto. Taehyung sempre foi o que mais me protegeu de tudo, sabe tipo aqueles irmão mais velho, então é assim que o Taehyung age.
Depois de um tempo saí do banheiro, e ele ainda se encontra sentado na beira da cama, abro uma gaveta e tiro um conjunto moletom na cor azul claro, eles ficaram um pouco grandes, até porque Jungkook é bem maior que eu.
— Então vocês estão juntos novamente? — Tae pergunta.
— Não sei se vou conseguir seguir adiante com esse plano Tae. — Falo ao sentar ao seu lado.
Taehyung pega a toalha e começa a enxugar meus cabelos, ficamos em silêncio pois tem momentos que o silêncio é a resposta que precisamos. Porém nossa paz acabou quando ouvimos batidas na porta, era Seokjin avisando que o jantar estava pronto, descemos e todos já estavam sentados ao redor da mesa, ver todos juntos parecia uma família, eu nunca me senti tão bem como essa noite.
Me sentei ao lado do Jeon, e Taehyung ao lado do Yoongi, todos comiam e sorriam, olhar para essa mesa me fez querer ter mais momentos assim com eles, terminamos de comer e todos foram para a sala beber um vinho, mas eu preferi ir para a varanda, a chuva continuava, e a dor em meu peito também, mais como sempre ignorei, não queria acabar com esse momento, me assustei ao sentir minha cintura ser abraçada por dois pares de braços grandes que parecem duas toras de madeira.
— Em que está pensando meu amor? —Jeon pergunta, e em seguida deposita um selar em meus lábios.
— Estou pensando no amanhã.
— Não pense nisso, vem vamos deitar, amanhã eu tenho que voltar, Namjoon, Yoongi e Seokjin vão comigo, mas eles voltaram para trazer roupas e comidas para vocês.
— Não quero que vá, Kook!
— Eu vou voltar para você meu amor.
Deitamos na cama e Jungkook me puxou para deitar sobre seu peito, confesso que estava com tanta saudade desse momento, o dia amanheceu e eu não dormir, me levanto devagar faço minha higienização e desço vou até a cozinha e encontro Seokjin preparado o café da manhã. Jin vem em minha direção me entrega uma caneca de café e assanha meus cabelos como de costume.
— Eu vou arrumar a mesa, você pode me ajudar?
Acenei com a cabeça e o ajudei a pôr a mesa, e não demorou para que todos descessem, ao ver Jungkook arrumado uma angústia apertou meu peito, senti uma vontade de chorar porém controlei, mas Jungkook sabia que eu não estava bem com essa situação.
— Eu não vou poder ficar para tomar café com vocês, Taehyung e Hoseok por favor cuidem do Jimin para mim enquanto eu não estiver aqui.
Ao ouvir suas palavras que pareciam mais como uma despedida sai da sala e fui para fora.
— Jimin eu imagino o quanto está sendo difícil para você, pois acredite para mim também está. Só quero que confie em mim meu amor, eu vou voltar.
Jungkook beijou meus lábios, e me abraçou tão forte.
— Eu te amo, Kook!
— I Love Jimin-shi…
Jungkook entrou no carro, e com ele foi meu coração, não sei explicar o porquê estou com um mal pressentimento, não demorou para ser a vez dos três irem embora, mas antes que Yoongi entrasse no carro, pedi para ele me trazer notícia sobre meu irmão.
O dia passou lentamente e nada deles voltarem, e isso estava me deixando inquieto, perdi as contas de quantas vezes eu fui e voltei lá fora esperando por notícias, não sei até quando eu vou conseguir aguentar ficar preso nesse lugar.
Jungkook me deu garantia que eles voltariam no mesmo dia, mas isso não aconteceu, era por volta das 20:00 horas quando as luzes do farol do carro surgiram, corri até a porta com esperança de ser meu Jungkook, mas eu me enganei era Namjoon e Seokjin.
— Jimin, Yoongi não pode vir, ele precisou viajar com o Jungkook para Busan, mas eu fui até o hospital saber do jovem Junwei, ele passou por uma cirurgia mas está fora de perigo.
— Jisoo foi com eles?
Pergunto, e Namjoon fica em silêncio.
— Tudo bem, Namjoon eu já entendi.
— Jimin…
— Agora não Jin!
Fui até a varanda e me sentei na cadeira de balanço, fiquei olhando para o céu que estava tão estrelado, a noite estava fria e eu não sentia o calor do corpo que tanto amo, mas meus pensamentos são traiçoeiros ao criar certas coisas entre Jisoo e Jungkook. Eu sei que prometi confiar nele, mas essa situação é tão difícil até porque eu sei o quanto Jisoo é traiçoeira, com certeza ela vai fazer de tudo para seduzir Jungkook e se ele cair, meu Deus me ajude, tire esses pensamentos negativos de mim.
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Jeon Jungkook:
Quando eu soube que Jimin havia fugido do hospital, senti um medo tão grande que ordenei para Namjoon e Yoongi, ficar na cola dele até porque eu não podia me aproximar dele, era perigoso demais, a pior sensação e você ter que lutar contra você mesmo, pois sua mente pede para fazer algo e seu coração diz o contrário.
Não é porque eu aceitei esse acordo idiota de me casar com Jisoo que vou, eu só preciso ganhar tempo e descobrir porque, meu avô faz tanta questão que eu me casa com essa garota. Estava em meio a uma reunião importantíssima com uns investidores de grande potência de fora do país, quando senti uma angústia apertar o peito, só me veio Jimin em minha cabeça, olhei para Yoongi.
— Senhores eu preciso falar com meu assistente e já retorno para dar continuidade a nossa reunião. — Saí da sala com Yoongi.
— Senhor, aconteceu alguma coisa? — Pergunta Yoongi ao tocar meu ombro.
— Quero que vá até Jimin e o leve para o lugar que eu disse a você e a Namjoon.
— Está bem, senhor!
Yoongi saiu às pressas, pois ele notou o meu estado, mas preciso me controlar.
— Amor!
A voz de Jisoo ecoou no corredor me fazendo apertar meus punhos, ter que engolir a raiva que sinto dessa família está cada dia mais difícil, olhei para ela, e a garota veio ao meu encontro toda melosa.
— O que faz aqui Jisoo?
— Estava passando aqui por perto e resolvi passar aqui e dar um beijinho no meu futuro marido, pois agora que vamos nos casar eu irei vir aqui frequentemente.
Jisoo se aproximou para me beijar, mas eu a segurei em seus ombros a fazendo parar seu ato.
— Sabe que eu não gosto dessa melação, agora eu tenho uma reunião importante para continuar.
Dei as costas para ela, e entrei na sala, eu não vou suportar ter que fingir, tentei ao máximo não demonstrar o quanto estava preocupado, batidas na porta interromperam a reunião, a porta se abriu e por ela passou meu avô, todo sorridente e ao seu lado estava o senhor Ling.
— Pode continuar filho! — Disse meu avô.
Ignorei todos ali dentro quando meu celular vibrou.
| JK, o senhor Park sofreu um atentado, quando estava com o rapaz Junwei.
| Leve-o para o lugar combinado, Yoongi já deve está chegando, por favor Nam, não permita que nada aconteça com ele.
Guardei o celular no bolso, e fingi que tudo estava normal, a reunião acabou e eu fui para minha sala, ignorando meu avô e o Ling.
— Jungkook. — Meu avô chama por mim antes que eu chegasse até a porta.
— Avô, agora não posso falar, tenho uma reunião importante, pois fiquei fora muito tempo da empresa.
— Meu menino vale ouro, não é Ling, Jisoo tirou uma sorte grande. — Comentou o presidente.
— Com licença!
Ao entrar na sala solto a respiração que a muito tempo estava segurando, deixo passar alguns minutos e sai da minha sala, vou pelas escadas para que ninguém me veja sair, já no estacionamento entro no meu carro e vou em direção ao local, enquanto dirigia tirei o celular do bolso e liguei para Yoongi, mas ele não atendeu, liguei para Namjoon e ele também não atende.
— Porra! — Resmungo ao bater no volante, piso no acelerador, preciso ver como Jimin está e tentar explicar tudo antes que seja tarde.
Ao chegar no local avistei o carro dos Namjoon e do Yoongi, vejo todos menos Jimin, desço do carro e corro até eles.
— O que ele está fazendo aqui? — Pergunta Jimin, e pelo tom de sua voz, com toda certeza ele entendeu tudo errado.
Enquanto os outros estavam distraídos, Jimin se afastou e eu fui atrás dele, até porque precisamos conversar a sós mas ele notou que eu o seguia e saiu correndo me fazendo perdê-lo de vista, o tempo fechou e eu ainda o procurava, ao encontrá-lo, notei que ele não estava se sentindo bem, a chuva caiu eu só queria achar um lugar seguro.
Agradeci aos céus por encontrar a minha antiga casinha, eu acostumada a vir aqui todas as vezes que eu precisava pensar. Não foi fácil convencer Jimin que tudo fazia parte de um plano, nem eu mesmo consigo aceitar um absurdo desse, depois de um tempo as coisas entre nós dois foi se acalmando, conversamos e trocamos carinhos, mas eu sinto que, Jimin não está bem, nossos amigos nos encontraram e então voltamos para a casa.
Estar sentados com eles em volta da mesa me fez sorrir eles sim eram a família que eu queria para mim mesmo com todos os defeitos, e por isso eu entrego tudo nas mãos de Deus, principalmente o meu destino com Park.
Fomos para o quarto, Jimin estava distante eu sei que ele deve está preocupado com o que vem pela frente, mas se depender de mim eu irei fazer o impossível para resolver tudo e acabar com esse pesadelo.
O dia amanheceu, me despedir dele foi a pior parte, entrei no carro pois se eu olhasse dentro daquele olhos azuis eu não conseguiria seguir em frente, mas é perigoso eu me afastar, Jisoo é esperta demais e também preciso saber como o infeliz do Junwei estar. Não posso agradecê-lo por ter salvo a vida do meu amor, mas um dia irei ter essa oportunidade.
Ao chegar na mansão reconheço o carro de Jisoo, minha vontade é de dar meia volta e ir para bem longe, mas não posso não agora, eu preciso continuar por mim e pelo Jimin. Puxei a respiração e entrei, porém tudo saiu fora do controle quando eu a encontrei dando ordens para os meus empregados como se ela fosse a dona da casa.
— Quem você pensa que é Jisoo para esta dando ordens aos meus empregados? — Minha voz alterada a assustou.
— Ué, eu serei a dona dessa casa, assim que me casar com você meu amor!
— Em minha casa mando eu, e chega dessa palhaçada.
— Jeon, você não pode me tratar assim! — Ela também alterou a sua voz.
— Jisoo sai da minha frente agora ou então eu juro que vou cometer uma loucura.
— Onde você estava Jungkook?
— Eu não te devo satisfação, Jisoo!
— Deve sim, Jungkook, até porque você é meu noivo.
— Chega porra! — Gritei a fazendo chorar.
— Você não pode gritar comigo, Jungkook eu sou tua noiva.
Jisoo saiu furiosa chorando e eu subi para meu quarto, sei que eu deveria ter me controlado mais só de olhar para ela uma raiva me consome pois ela tentou matar o Jimin e isso eu não vou perdoar. Tomei um banho demorado para tentar esfriar a cabeça e só assim voltar para a empresa.
Rebeca bateu na porta avisando que Yoongi já estava à minha espera, terminei de me vestir e fui para a empresa, ao chegar na parte de fora de casa, Yoongi estava falando ao telefone, ao me ver aproximar ele desligou o aparelho.
— Aconteceu alguma coisa, Jungkook? — Yoon pergunta.
— Não!
— Só perguntei porque encontrei com Jisoo no meio do caminho e pela velocidade que ela estava, pensei que tivesse acontecido algo.
— Vamos, Yoongi, assim que me deixar na empresa, quero que compre roupas, comida, e um aparelho celular para o Jimin, preciso saber como ele está.
— É claro!
Fomos em direção a empresa, e durante o caminho, pergunto ao yoongi se ele tem notícias sobre o paradeiro do Hae-jin, mas ele respondeu que não. Esse sumiço desse desgraçado é perigoso, pois a qualquer momento ele pode aparecer e tentar algo contra o Jimin. A tarde na empresa foi uma correria eu entrava e saia de reuniões, fiquei tão ocupado que nem vi a noite chegar, minha atenção e tomada com a porta sendo aberta e meu avô passar por ela.
— Jeon, seu moleque não foi essa educação que eu te dei, Jisoo é sua noiva e você deve tratá-la bem.
— Terminou presidente Jun-seo? — Me levanto da minha cadeira, apoio meus braços na mesa e encaro meu avô. — Estou fazendo minha parte nessa droga de sociedade, agora eu não vou permitir que ninguém, está me ouvindo presidente? Ninguém venha querer gritar comigo ou se meter em minha vida e nas minhas coisas.
— Mas respeito, Jungkook.
— Respeito, vovô? Quer exigir respeito agora? De mim a única coisa que terás é meu desprezo. Se estou acabando com minha vida é sua culpa.
— Você ainda vai me agradecer por tudo o que estou fazendo, quando tiver seus filhos em seus braços.
— Eu vou agradecer se a vossa excelência sair da minha sala, da minha empresa!
— Jungkook, amanhã você é Jisoo iram para Busan, isso faz parte do acordo, então faça tudo direito a não ser que queira que aconteça algo com aquele garotinho.
— Eu já disse pra deixar o Jimin em paz! — Gritei batendo na mesa.
— Eu sei que você o escondeu, Jeon, e pode ter certeza que eu vou achá-lo.
— Juro que se acontecer algo com Jimin, eu esqueço que és meu avô e o mato.
— Esteja pronto às 15:00 da tarde.
Assim que meu avô saiu, Namjoon entrou na sala.
— Eu não vou suportar mais isso, Namjoon, não vou…
— Calme, Jungkook, Jimin está seguro, você precisa continuar com o plano e assim teremos a certeza de quem matou a mãe do Park.
— Namjoon, eu estou com o programa, que a mãe do Jimin projetou. — Ao me ouvir, Namjoon olhou para os lados verificando se estávamos sozinhos.
— Eu pedi para o Yoongi comprar umas coisas para levar para o Jimin, mas é perigoso demais, pois meu avô está na cola dele, então é você que irá levar para ele, amanhã eu vou viajar com Jisoo para Busan, e Yoongi irá comigo, não posso arriscar.
— Tudo bem, eu cuidarei dele enquanto você não estiver presente.
— Namjoon, eu vou me afastar por uns dias, o presidente sabe que eu estou por trás do sumiço do Jimin, diga a ele que eu vou explicar tudo quando puder.
Me despedi do Namjoon e ele saiu, tranquei a minha sala e fui em direção ao estacionamento, mas ao chegar próximo da sala do Jung-Hoon paro, sei que isso é errado mais pela forma como ele está alterado e sinal de que algo grave está acontecendo.
— Você enlouqueceu moleque? O que você tem nessa cabeça de vento, Ji-oh?
— Eu sou completamente apaixonado por ela desde a infância e você sabe disso.
— Posso ter todos os meus defeitos, mas eu jamais faria isso. Porra Ji-oh, porque você fez essa loucura, tem noção do que vai acontecer se essa história vir à tona?
Não sei qual a gravidade do problema, mas é coisa séria demais, até porque a forma descontrolada que Jung-Hoon está agindo é impressionante.
Deixei os dois para trás, mas isso não quer dizer que eu não estou pensando na conversa dele. Já do lado de fora ligo para Yoongi trazer o carro e não demora para ele surgir.
— Boa noite senhor.
Acenei com a cabeça para o Yoongi, e entrei no carro sem dizer uma única palavra, meus pensamentos estavam todos ligados a uma única pessoa.
— Senhor, estamos sendo seguidos.
E realmente o presidente cumpriu com suas ameaças.
— Vamos para casa!
Ao descer do carro, digo para Yoongi que vamos para Busan, e também ordeno para ele não entrar em contato com ninguém pois se eu conheço meu avô nossos telefones estão grampeados.
•••
A noite passada foi a mais longa de todas, não dormi e estou com um mal-humor do cão, essa dor de cabeça é de tirar qualquer um do sério, estou sem paciência e exatamente por isso que decidi não ir para a empresa, para descontar toda a minha frustração vou para a academia, pego o meu celular reserva e ligo para Namjoon porém não tenho respostas e isso me deixa mais frustrado. Passei quase a manhã toda na academia.
Já eram 14:45 da tarde, eu e Yoongi fomos em direção ao aeroporto particular, ao chegar Jisoo já estava no local.
— Tem notícias do Jimin, Yoon?
— Não senhor, eu não consegui falar com Namjoon também.
— Estou preocupado! E se aconteceu alguma coisa.
— Não aconteceu nada Jungkook, a senhorita Jisoo está vindo para cá por favor sei que está sendo difícil mas você precisa se controlar.
Ela vem em minha direção toda sorridente, meu celular começou a tocar, olhei era um número diferente.
— Jimin. — Foi a primeira pessoa que me veio à minha mente, atendo e me afasto um pouco.
| Jeon, sou eu Jimin.
Meu coração disparou ao ouvir a voz de quem tanto amo.
| Como você está meu amor?
| Jeon eu preciso de você, não faça isso por favor, estou sentindo um mau pressentimento quanto a essa viagem.
| Meu amor eu queria que as coisas fossem mais fácil, mas infelizmente não é, mas tudo vai dar certo meu amor, confie em mim. Eu te amo acima de tudo.
— Jeon, meu amor, vamos?. — Ao ouvir a voz da Jisoo Jimin desliga o telefone.
| Jimin… amor… droga!
— Jeon, o que ouve? Com quem você estava falando?
— Não enche, Jisoo. Vamos logo, quanto mais antes voltamos melhor para mim!
— Jeon espere por mim! — Pediu ela.
Ignorei sua aproximação e entrei no jatinho, me sentei em um assento único para que ela não sentasse junto a mim.
— Se pensas que me tratando assim irá né afastar, pois não vai! — Disse Jisoo.
Arrumei minha postura, e fechei meus olhos, ignorando tudo o que vinha dela, na realidade a minha única preocupação nesse momento é o que está passando na cabeça do Jimin. Mas uma coisa é certa, o presidente Jun-seo não iria inventar uma viagem dessa para outra cidade por nada, algo ele está aprontando aliás eles porque Jisoo com certeza sabe, até porque ela está muito segura.
As horas parecem que não passam, e isso me sufoca, eu não posso desistir não agora.
— Senhor, já estamos aterrissando, aperte o cinto por gentileza. — Pediu Yoongi.
O jatinho aterrissou e ao descemos fui surpreendido com a euforia da imprensa, Jisoo agarrou-se em meu braço e sorriu fazendo caras e bocas.
— Se eu fosse você, Jeon agiria normalmente. — Ela falou entre os dentes sem que os repórteres desconfiassem.
— Isso tem dedo seu né?
— O casal bem que poderia posar com um beijo, para selar o noivado. — Gritou um repórter.
— É claro né meu amor? — Jisoo ficou de frente para mim.
— Desculpe a todos, mas eu não vou me expor dessa forma!
— Aí, gente, meu noivo é muito tímido. — Jisoo se aproximou do meu ouvido e sussurrou.
— Se não me beijar agora o seu doce Jimin irá amanhecer morto.
Ao terminar de me ameaçar, ela afastou seu rosto e sorriu.
— Então senhor Jeon, vai beijar sua noiva ou não?
Me perdoe meu amor.
Levei meu lábios até o dela e toquei rapidamente, porém fui surpreendido com o atrevimento de Jisoo, ela segurou em minha nuca e beijou meus lábios de forma ousada, a empurrei e fui em direção ao carro a deixando para trás com os fotógrafos. Limpei meus lábios tantas vezes que pensei que iria abraçá-lo. Jisso entrou no carro com um sorriso debochado em seus lábios, assim que ela sentou-se ao meu lado a segurei pelos cabelos e a fez olhar em meus olhos.
— Nunca mais ameace o Jimin, entendeu?
— Para Jungkook você está me machucando!
Quanto mais eu olhava para ela com mais raiva eu ficava.
— Senhor. — Yoongi, chamou por mim, olhei para ele, e o motorista apenas acenou com sua cabeça dizendo que não.
Yoongi estacionou o carro em frente a um dos hotéis mais luxuosos de Busan, saí primeiro e logo depois ela saiu e mais flash em cima de nós dois. Não via a hora de ficar sozinho e então poder ligar para Jimin, mas pelo que estou vendo isso está quase impossível, enquanto Yoongi foi a recepção aproveitei para ligar para Jimin, chamou a primeira, ele não atendeu, chamou a segunda, ele também não atendeu.
Vamos, meu amor, atenda por favor, eu preciso saber se está bem.
Tentei novamente e ele atendeu.
| Amor, me diz que você está bem.
Jimin não respondeu nada, mas o seu soluçar me fez querer desistir de tudo.
| Meu amor tudo o que você ver daqui para frente e encenação, lembra-se confie em mim por favor, estou fazendo por nós dois.
Meu Deus como eu queria estar com ele nesse momento. De repente meu coração dispara ao ouvir som de tiros.
— Corre, Jimin-ah.
| Alô, Jimin, responde, porra o que está acontecendo? JIMIN……
Chamei por ele mas o telefone fica mudo, Yoongi volta até mim correndo.
— Jungkook.
— Yoongi, pegaram o Jimin! Eu preciso voltar agora.
O motorista tirou seu celular do bolso e ligou para alguém que eu nem sei quem é.
— Já mandei um pessoal ir até lá, Jungkook, infelizmente não podemos voltar hoje, a central de vôo suspendeu todo tipo de voo por causa do tempo.
— Mas isso não é possível. — Gritei.
— Algum problema, Jeon? — Perguntou Jisoo, ao me virar para encará-la, meu avô e alguns acionistas que possuem uma grande parte de ações na Cisco Systems estava com ela.
Respiro bem fundo, pois um passo em falso meu, Jimin pode sair machucado, e se isso acontecer eu acabo com minha vida, pois irei matar todo mundo. Fingi que tudo estava bem durante todo o jantar, os olhos de meu avô estavam sobre mim, ao colocar minha mão sobre a mesa, Jisso aproveitou e a segurou.
— Jun-seo, eles formam um belo casal. — Comentou a senhora, Kim-Lee.
— Obrigado senhora Kim, mas pensando bem concordo com a senhora, não é meu amor? — Disse Jisoo.
— Me dê licença, eu vou ao toalete.
Me levantei, eu só queria sair da mesa ficar um pouco sozinho e principalmente precisava ligar para o Jimin, mas ao invés de ir para o banheiro fui para fora do hotel a procura do Yoongi para saber se ele tinha notícias.
— Então Yoon, alguma notícia?
— Não, Jeon! Eu também não consigo falar com Namjoon, mas os homens que eu mandei para lá já devem estar chegando e logo vamos ter notícias.
— Eu preciso voltar para lá agora, sinto que Jimin precisa de mim.
— A única solução é pelo metrô!
— Faço qualquer coisa mas preciso ir para Seul hoje mesmo.
— Então você precisa descobrir tudo, essa é a única chance que você tem Jeon.
Eu sabia que Yoongi tinha razão, passei por cima do meu orgulho e voltei para a mesa.
— Você demorou meu neto.
— Desculpe, é que eu acabei encontrando uns amigos, aí o senhor já sabe né, conversa vai conversa vem, mas já estou aqui. Querida você deseja algo de sobremesa?
Jisoo me olhou incrédula e ela não era a única, meu avô também estranhou a forma como eu voltei do banheiro.
— Jisoo eu sei que ultimamente fui rude e grosseiro, quero pedir desculpa, mas ando estressado com alguns assuntos fora da empresa. — Ao falar, toquei em seu rosto e ela piscou um par de vezes.
— Esse encontro me fez perceber o quanto esse casamento vai ser importante para todos nós, eu não poderia ter escolhido pessoa melhor que você meu bem.
— Jeon, eu realmente não estou te reconhecendo.
— Que maravilha meu neto está de volta! Vamos fazer um brinde. Aos noivos.
Todos ergueram suas taças para um brinde, o jantar terminou e mais uma vez o contrato com os empresários Italianos deram certo. Nos despedimos e fomos para nossos quartos.
— Vovô, o senhor tem um tempinho?
— É claro!
— Pode ir querida, antes de eu ir me deitar passo em seu quarto para te desejar boa noite. — Jisoo sorriu e entrou em seu quarto.
— Você não tem ideia do quanto estou contente em ver que você recobrou o juízo, filho.
— O que os Russos querem com nossa família vovô?
— Porque está me perguntando isso Jungkook?
— Vovô se queres realmente que eu me case com, Jisoo o senhor tem que me contar a verdade.
— Que verdade?
— Foi o senhor que matou a mãe do Jimin?
O silêncio do presidente era a resposta que eu queria, mas eu precisava ouvir da boca dele.
— Min-Jin, usou seu pai ela o seduziu assim como o Jimin fez com você, depois que ela teve certeza que Do-yun estava apaixonado por ela, Min-Jin roubou todo o trabalho que ela é Do-yun, eles criaram um sistema que mudaria o mundo todo. Mas por ganância Min-Jin tentou vender para os terroristas do Irã, quando eu descobri fui até ela mais eu a encontrei morta, e com medo de pensarem que eu tivesse algo com o crime saí o mais rápido de lá.
Todas as palavras que saíram da boca do presidente me deram ânsia, como uma pessoa tem a capacidade de agir tão natural ao inventar uma monstruosidade dessa. Eu sabia muito bem que tudo o que saiu da boca do presidente era pura mentira, mas eu deixei ele ir em frente.
— Se eu disser que tenho o programa, o senhor vai me dizer o que fez com o Park?
— Onde está o programa? — Meu avô perguntou assustado.
— Ele está seguro, eu entrego ao senhor, se me disser o que fez com Jimin.
— Eu não sei onde ele está, Jungkook.
Não sei porque mais dessa vez eu sinto que meu avô não sabe mesmo.
— Quando eu voltar para Seul eu o levarei até o pen-drive, agora eu vou me deitar amanhã e quero ir bem cedo para Seul.
Me despedi do meu avô e sai só seu quarto, dei alguns passos e parei em frente ao quarto de Jisoo, bati duas vezes na porta, e ela abriu toda sorridente, Jisoo estava usando uma camisola de seda na cor vermelha sexy, os cabelos penteados jogados para trás da orelha, ela usava um perfume suave, não muito enjoativo.
— Entre! — Ela puxa pelo meu braço me trazendo para dentro. — Jungkook você estava sendo sincero quando disse todas aquelas palavras?
— É claro! Nossa, como aqui está quente, se importa? — Apontei para meu terno.
— Fique à vontade, bem, eu vou pegar uma bebida.
Ela saiu, tirei o terno e afrouxei a gravata para poder respirar melhor, ela retornou com uma garrafa de whisky e duas taças, Jisoo sentou-se ao meu lado cruzando suas belas pernas. Entre um gole e outro ela já estava bêbada.
— Você sabia que o presidente, a minha omma, e a sua mãe foram os culpados pela morte da mãe do Jimin, eu descobrir isso a pouco tempo, Jeon eu não sou uma má pessoa, eu só preciso de você ao meu lado, eu não quero que o Jimin morra, mas é isso que vai acontecer quando o presidente por suas mãos nele.
Me assustei com Jisoo caindo sobre meu corpo, mexi com ela mas nada dela acordar, a coloquei sobre a cama e sai do quarto, mas antes de sair do hotel me certifique se estava sendo seguido.
Já dentro do jatinho, Yoongi se preparou para decolar, o piloto recusou pois estava com medo de que algo acontecesse, o voo ficou turbulento, mesmo com sua experiência em aviação Yoon estava com medo, o volante começou a tremer o vidro da jatinho começou a rachar, a chuva caia forte, de repente todas as luzes do painel acendem. Olhei para meu amigo e pela primeira vez vi o medo em seus olhos, Yoon apertou em vários botões, mas o painel não respondia aos seus comandos, então ele olhou para mim balançando sua cabeça.
— Yoon....
— Estou perdendo o controle, Jungkook..
Continua
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