Cap 17° Será nosso destino? ☔
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Ling Junwei:
Se eu tivesse me declarado há um tempo atrás, será que as coisas seriam diferentes?
Me faço essa pergunta todos os dias desde que voltei do exterior. Eu não esperava encontrar o meu Jimin apaixonado ainda mais pelo meu arqui-inimigo Jeon Jungkook, me pergunto se fosse outro cara, será que eu agiria da mesma forma?
Eu ando tão chateado comigo mesmo por ter sido tão idiota em ter morando por tanto tempo longe de tudo. Ultimamente ando pisando muito na bola, o ciúme está me deixando descontrolado, eu poderia ter machucado o Jimin ou até matado ele, infelizmente ele ama o Jungkook para ele ter se colocado em frente a uma bala isso só pode ser amor ou Park pode está enlouquecendo de vez.
Preciso organizar meus pensamentos e minha vida, preciso me afastar de tudo por um tempo, mas isso não quer dizer que eu irei desistir de reconquistar Jimin.
- Irmão....O que está fazendo? Por que essa mala? Vai viajar?
- Sim, mas é uma viagem rápida!
- Mentira Hyung você está fugindo mais uma vez! - Jisoo falou com raiva e começou a tirar minhas roupas de dentro da mala.
- Para Jisoo que diacho está acontecendo com você? Você está fora de controle, irmã!
- Você está me abandonando irmão! - Jisoo começou a chorar. - Eu pensei que você ia me ajudar a conquistar Jungkook, mas pelo jeito você prefere me ver sofrendo.
- Não podemos fazer nada, irmã ele é o Jimin se gostam de verdade, não pense que está sendo fácil tomar essa decisão, pois te garanto que não tá, mas não posso forçar ninguém ficar comigo e nem você.
- Eu prefiro morrer do que ver Jimin casar com Jungkook.
- Casar? Jimin não faria uma loucura dessa não assim tão repentino.
- Já que não vai me ajudar, vai embora mesmo e não volta mais. - Jisoo saiu com tanta raiva.
- Jisoo, irmã. - Gritei chamando por ela, mas ela saiu correndo e eu fui atrás dela pois era perigoso demais ela dirigir no estado que está.
Infelizmente eu não consegui alcançá-la, quando cheguei ela passou por mim chutada no carro se eu não saísse da frente ela passaria por cima de mim. Voltei para o meu apartamento, mas uma vez Jisoo me deixou mal pois eu não sabia como ajudá-la, Infelizmente ela ama demais Jungkook assim como eu amo Park Jimin.
Depois de pensar muito resolvi não viajar mais, liguei para Jisoo para saber como ela estava, mas o celular dela só dava desligado, confesso que estou preocupado, então peguei minha chave e fui até a casa dos meus pais com a esperança dela estar por lá.
- Bom dia senhor Junwei.
- Bom dia senhora Wil, meus pais estão em casa?
- Seu pai não se encontra senhor só a sua omma que está no escritório.
- Obrigado, eu vou até meu antigo quarto pegar algumas coisas que deixei.
Subi até meu quarto, peguei meu notebook, passei no quarto de Jisoo mais não havia nem sinal dela, parei no meio do corredor assim que ouvi minha mãe falar nervosa ao celular, me aproximei da porta para escutar sobre o que ela falava.
| Faça o que combinamos, eu te paguei muito bem, para tudo sair perfeitamente! Leve Jimin para o prédio abandonado, ninguém pode saber que ele está lá, principalmente Junwei, e quando Jungkook chegar pegue o que precisamos e faça eles desaparecerem de uma vez por toda, não deixe vestígios suma com qualquer pista.
Eu não queria acreditar no que acabei de ouvir, isso só pode ser um pesadelo, minha mãe não teria coragem de fazer isso com Jimin. Agora entendo o porquê Jungkook foi até a minha casa me acusar sobre o paradeiro do Jimin. Saí correndo em direção ao local onde Jimin supostamente estaria.
Sai dirigindo feito um louco, eu rezava pedindo a Deus para que o pior não estivesse acontecido, pisei no acelerador eu dirigia feito um louco de repente meu celular começou a tocar era Jisoo meu coração disparou atendi e coloquei no viva voz.
| Irmão...
A voz trêmula de Jisoo me fez arrepiar.
| O que aconteceu, irmã?
| É nosso pai, ele passou mal, eu estou indo para o hospital, por favor irmão venha para cá.
| Estou indo!
Fiz a curva o mais rápido que eu pude e fui em direção ao hospital, eu só queria saber do meu pai, e lá eu iria colocar minha mãe contra a parede e talvez eu fizesse ela mudar de ideia e não machucar o Jimin. Enquanto eu dirigia as lágrimas escorriam pelo meu rosto, meu pai sempre teve uma saúde de ferro, nunca demonstrou ser frágil e como assim de repente ele passa mal. Chegando no hospital Jisoo veio aos prantos em minha direção, minha mãe falava com o médico.
- Irmão, eu estou com medo. - Jisoo chorava desesperada.
- Se acalme, até parece que você não conhece o senhor Ling.
Tentei acalmá-la mas sem tirar os olhos de cima da minha mãe, ela percebendo a forma como eu a encarava ficou desconfiada. Deixei Jisoo sentada e fui até minha mãe e ao médico.
- Filho...
- O que houve com meu appa doutor Song?
- Jovem Ling seu pai sofreu um AVC, mas graças a sua irmã ela chegou a tempo, porém ele precisará passar por uma cirurgia, e eu estava explicando para a senhora Ling que a cirurgia é bastante delicada.
- Filho... - Olhei para minha mãe desconfiado e o médico percebeu.
- Irei deixar vocês a sós, com licença. - Disse doutor Song ao se afastar.
- Filho, me escute, seu pai me pediu para não contar sobre sua saúde que anda bastante frágil, tudo piorou depois do acontecimento da festa de aniversário.
- Agora vai me dizer que a culpa do meu pai estar ali naquela sala de cirurgia é do Jimin! Chega mãe eu sei que a senhora está por trás do sumiço dele.
- Eu não sei do que você está falando Junwei! E abaixei o tom da sua voz. - Ela alterou sua voz pela primeira vez comigo. - Eu nem sabia que Jimin havia sumido.
- Eu ouvi sua conversa hoje pela manhã, então não adianta se fazer de vítima mãe, como pode fazer esse absurdo.
- Você está fora de si filho! - Ela tentou tocar em meu braço.
- Não me toque, se alguma coisa acontecer com o Jimin eu vou entregá-la à polícia.
- Que porra está acontecendo aqui, será que os dois esqueceram que estamos em um hospital! - Jisoo alterou sua voz chamando nossa atenção. - Se os dois não se importam com o appa pelo menos respeitem a minha preocupação.
- Filha conversa com seu irmão, ele não está muito bem, ele está me acusando de ter mandando sumir com o Jimin.
- Irmão? - Jisoo me olha incrédula.
- É isso mesmo, Jisoo nossa omma tramou tudo.
- Eu não vou ficar aqui sendo acusada pelo meu próprio filho por causa de um bastardo.
Minha mãe se afastou, eu me senti mal porra ela é minha mãe eu sempre a coloquei no pedestal e agora eu não sei o que fazer estou tão confuso.
- É isso mesmo irmão você prefere ficar contra a sua família por causa do Jimin, que nunca se importou com você pois se ele se importasse ele estaria com você e não com Jungkook.
- Chega Jisoo, não enche. - A olhei com raiva.
Me afastei dela e fui para a sala de espera, mesmo com tantas preocupações meus pensamentos estavam ligados ao Jimin, liguei novamente para ele e só dava fora de área, então liguei para o Jungkook chamou mas ele não me atendeu, então liguei para o seu irmão Jung Hoon pois nós sempre fomos mais próximos.
| Jung Hoon você sabe onde posso encontrar Jungkook?
| Essa é nova, Junwei.
| Jung isso não é hora para brincadeiras, Jimin está correndo perigo.
| Perigo?
| Sim, me escute....
Depois de explicar tudo para Jung Hoon encerrei a ligação pois esse idiota é cabeça dura e quer mais ver a queda do Jungkook do que eu, então era inútil pedir ajuda a ele, e com toda certeza ele nem vai avisar o irmão sobre o Jimin, continuei insistindo em ligar para Jungkook.
Foram duas horas e meia de cirurgia, o médico veio até nós dizendo que tudo havia ocorrido bem e que em breve ele estaria na UTI. Depois de conversar com o médico não pensei duas vezes, corri até meu carro e não importava com Jisoo gritando por mim eu só queria chegar a tempo de salvar Jimin.
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Park Jimin:
Abri meus olhos lentamente e eu ainda não conseguia enxergar direito pois minha vista ainda estava turva, pisquei um par de vezes fazendo com que ela voltasse ao normal.
Que lugar é esse? Onde estou? Me perguntava ao tentar me soltar, eu estava sentado amarrado em uma cadeira.
- Assim vai se machucar mais ainda rapaz! - Me assustei com a voz de um homem enorme, que eu nunca o tinha visto.
- Quem é você? E o que você quer?
- Em breve terei o que eu quero, é só questão de tempo.
- Saia me deixe a sós com ele.
Meu coração disparou ao ver Mín-jun passar pela porta.
- Você? - Ele sorriu e caminhou em minha direção, tocou em meus cabelos.
- Meu doce Park Jimin. - Min-jun segurou em meu rosto com força me fazendo olhar em seus olhos mesmo contra a minha vontade.
- Eu te odeio, Min-jun... - Ele apertou com mais força minhas bochechas.
Min-jun soltou meu rosto e se afastou, caminhou até uns barris de óleo, pegou uma fita e colocou em minha boca para eu não falar nada.
- Caladinho meu amor, em breve estaremos longe de tudo e de todos. - Eu balancei minha cabeça dizendo que não e ele apenas sorria me causando mais nojo.
- Eu preciso me encontrar com uma pessoa e não demoro. - Disse Min-jun para seu comparsa.
Ele saiu me deixando sozinho, eu olhava para todos os lados procurando uma saída.
- JIMIN.....
A voz do Jungkook me fez entrar em desespero, o cara olhou para mim e sorriu ele fincou sua faca na mesa onde ele estava sentado. Fiquei em silêncio com esperança do Jeon ir embora, porém o cara percebeu que eu não iria mover um músculo então ele derrubou de propósito uma lata fazendo um barulho enorme.
- JIMIN!
A voz do Jungkook estava mais próxima e o meu medo maior ainda. O cara se aproximou de mim e tirou a fita da minha boca.
- Chame por ele.
Eu nada falei, fiquei calado olhando com ódio para ele.
- Estamos aqui. - Ele gritou e prontamente Jungkook apareceu.
Eu vi o medo nos olhos do Jungkook quando viu a faca em meu pescoço, eu implorei para ele ir embora mas quem disse que Jungkook me ouviu, em um deslize Jungkook conseguiu desarmar o cara os dois começaram a brigar, Jeon derrubou o cara e veio correndo me soltar mas tudo deu errado pois Jungkook foi atingido na cabeça por trás.
- Não machuque ele desgraçado. - Gritei chorando.
Min-jun apareceu novamente, Jeon ainda estava desacordado, os dois amarraram ele, enquanto Mín-jun e o outro cara conversavam eu chorava olhando para Jungkook me senti culpado por ele estar machucado, alguns minutos se passaram e o Jungkook foi recobrando a consciência.
Mesmo ferido Jungkook tentava me manter calmo, tudo piorou quando Min-jun me levou para outro quarto, não sei como Jeon se soltou só sei que ele entrou no quarto e me viu fraco a porta do quarto foi trancada e começamos a passar mal o cheiro do gás estava forte, eu estava quase desmaiando, Jeon nos propôs a procurar uma saída mas Min-jun disse que preferia morrer e me levar junto repente o meu ex-chefe veio com a faca em minha direção mas Jeon se meteu na frente e me abraçou eu tentei girar meu corpo mas Jungkook é muito pesado e eu estava muito fraco.
Me assustei com o corpo do Min-jun caído ao meu lado, eu e Jungkook olhamos juntos na mesma direção e não estávamos acreditando em quem apareceu para nos ajudar.
- Isso vai explodir a qualquer momento, precisamos sair agora daqui! - Disse Jung Hoon.
Jungkook me ajudou a sair, e Jung Hoon tirou Min-jun mesmo ele sendo um filho da puta não merece morrer, mas ele vai pagar por tudo o que ele fez.
- Jimin, como você está? - Junwei veio correndo em nossa direção. - Vem eu vou te levar ao hospital. - Me aconcheguei nos braços do Jeon, e meu irmão percebeu que eu já havia tomado minha decisão.
- Estou bem Junwei, eu vou para casa com Jungkook. - Jeon beijou em minha cabeça ao ouvir minhas palavras.
- Cuide dele Jungkook! - Disse Junwei.
O peso na voz do meu irmão diz o quanto o seu rancor pelo Jungkook é grande, eu não entendo porque ele carrega tanto ódio dentro do seu coração. Junwei se afastou e foi até Jung Hoon eu não fazia ideia que eles eram tão próximos assim.
- Eu não sei o que teria acontecido se Jung Hoon não tivesse chegado na hora.
Comentei ao olhar para o irmão mais velho do Jungkook.
- Vamos para casa amor, você precisa descansar. - Disse Jeon
- Jeon leve Park para casa, eu e Junwei vamos ficar aqui até a polícia chegar. - Disse Jung Hoon.
Olhei para Jungkook ele permanecia calado, sem demonstrar qualquer tipo de expressão entramos no carro e ele continuava sério.
- Jeon, o que você assinou?
Quebrei o silêncio, Jungkook puxou sua respiração e apertou o volante.
- Nada é mais importante do que você para mim, Jimin nunca se esqueça disso.
- Kook!
- Vamos para casa, lá a gente conversa.
- Certo.
Virei meu rosto para o lado e fiquei pensando em tudo o que acabou de acontecer, nunca tive tanta certeza como eu tenho agora, eu quero é distância dessas ações pois desde que eu descobri isso minha vida virou um inferno.
- Você está bem, Jimin? - Jeon chamou minha atenção pois com toda certeza ele estranhou meu silêncio.
- Sim... Jeon eu... - Pausei minha fala procurando como iria chegar a esse assunto ainda mais sobre seu irmão.
- Park eu já disse a você que pode me perguntar qualquer coisa.
- Sim eu sei! Jeon, o que você está escondendo de mim?
- Nada...
Jungkook desviou o olhar, então eu tive certeza que ele está escondendo algo de mim.
- Sei que estamos a pouco tempo juntos, mas nesse pouco tempo eu te conheço e sei que estás mentindo.
- Escute. - Ele me olhou nos olhos. - Eu te amo só peço que confie em mim, vamos resolver tudo isso eu prometo a você.
- Como quer que eu confie em você se me esconde as coisas, olha só pelo o que acabamos de passar, poderíamos estar mortos agora.
- Eu sei meu amor, mas peço que confie em mim.
Ao chegarmos em casa subi para o quarto e fui tomar um banho, estou sendo muito egoísta em pedir para Jeon me dizer a verdade se nem eu mesmo consigo ser verdadeiro com ele. Já embaixo do chuveiro me permito chorar, minha vida não foi fácil, lembranças do que passei em minha adolescência vem como um terremoto devastando tudo. Deixei passar alguns minutos e então saí do banheiro, troquei de roupa e peguei minha bolsa e tirei o porta retrato da minha mãe.
- Amor. - A voz do Jungkook chamou minha atenção, limpei minhas lágrimas rapidamente.
- Jeon, eu tenho algo para contar a você.
- Tudo bem, mas antes me deixe cuidar de você. - Jungkook me abraçou tão forte que me fez desmoronar.
Jeon cuidou de mim como das outras vezes, estava sentado na varanda quando ele se aproximou.
- Eu estava esperando o momento certo para te dar esse presente, não foi fácil conseguir isso, espero que goste.
Ele me entregou uma caixa média na cor roxa, abri o laço e ao ver o que tinha dentro não consegui controlar minhas emoções.
- Como você conseguiu Jungkook?
Eram fotos da minha mãe quando era jovem, e algumas quando eu era criança. Entre tantas fotos, notei a minha preferida. Fiquei olhando para ela e a saudade apertou tanto meu peito que era como se meu coração estivesse sendo espremido com tanta força.
- Algumas dessas fotos consegui com meu pai ele as guardava no cofre, as outras eu consegui com algumas amigas de sua mãe, não foi fácil conseguir elas.
- Obrigado amor..
Abracei ele e o beijei em forma de agradecimento, segurei a minha foto preferida e fechei meus olhos encostando minha cabeça no ombro do Jungkook.
- Esse dia foi inesquecível para mim, ela estava tão feliz, seu sorriso estava tão radiante não que das outras vezes não fossem, mas...Quando fecho meus olhos ainda sinto o perfume dela.
- Não chores mais meu amor... - Jungkook beijou meus cabeças e fez carinho em meu braço. - Eu queria ter lembranças assim dos meus pais, mas as poucas que tenho ainda são como borrões nada muito nítido.
Ouvir seu desabafo me fez sentir uma pontada no peito, como ele consegue ser assim? Me pergunto ao olhar dentro dos olhos negros pelo qual sou completamente apaixonado.
- Jeon, seu irmão Jung Hoon me procurou no dia do meu desaparecimento, ele disse que se eu quisesse descobrir o que você esconde de mim era para segui-lo. Me perdoe por duvidar de você e que ultimamente você anda escondendo as coisas de mim.
- Eu já sabia, Jimin...
- Sabia? - Olhei para ele curioso.
- Eu o encontrei no estacionamento bastante machucado, ele mesmo disse que estava com você. Eu não confio em ninguém além do meu pai Do-yun.
- Me perdoe por ter desconfiado de você. - Abaixei minha cabeça envergonhado.
- Ei. - Jeon segurou em meu queixo me fazendo olhar para ele. - Eu também faria o mesmo, então não precisa pedir desculpas.
Guardei as fotos dentro da caixa e deitei sobre o corpo dele, trocamos carinhos, cada dia que se passa eu me apego mais a ele, Jungkook se tornou meu porto seguro depois de minha mãe. Acabei pegando no sono nem sei por quanto tempo dormir e muito menos que horas Jeon me trouxe para o quarto, senti falta do corpo grande ao meu lado, levantei, lavei meu rosto e desci para procurar por ele mas apenas encontrei os empregados e Min Yoongi, que estava lavando o carro.
- Cadê o Jungkook, Min Yoongi?
- Bom dia senhor Park, o senhor Jeon foi à academia. - Agradeci o motorista e voltei para dentro.
Meia hora se passou e nada do Jeon chegar, resolvi dar uma volta pois tudo isso estava me sufocando sei que isso não é uma boa ideia não agora depois do que aconteceu, mas se eu ficar aqui vou acabar enlouquecendo. Troquei de roupa e saí antes que Jungkook voltasse, tudo parecia estar ao meu favor, Yoongi havia ido pegar as compras com a empregada, subi na moto e saí, minha primeira parada seria a empresa onde trabalho.
- Ji... - Tae veio até mim e me abraçou. - Como você está? - Sorri e agi como se nada estivesse acontecido.
- Estou bem, o senhor Choy está no escritório?
- Sim, ele acabou de chegar. Vamos sair hoje à noite, pegar um cinema, só nós amigos como antigamente eu falei com o Seokjin e com o Hoseok eles toparam. - Tae falou todo empolgado, eu não quis estragar nada pois com toda certeza eles e os meninos querem me fazer esquecer o que eu passei.
- Tudo bem..
- As 8:00 na minha casa.
Balancei minha cabeça e segui caminho, bati na porta e só entrei quando ouvir a voz do Senhor Choy dando a permissão para que eu entrasse.
- Park, o que faz aqui eu te dei dois dias de atestado?
- Bom dia senhor Choy, bem é que.. - Comecei a gaguejar pois eu não sabia por onde começar.
- Jimin....
- Eu vim pedir demissão senhor. - Falei tudo de uma só vez.
- Como assim demissão Park Jimin, aconteceu alguma coisa? - Choy ficou pálido ao ouvir minhas palavras.
- Não está acontecendo nada senhor, eu apenas quero um tempo para arrumar minha vida que virou uma bagunça.
- Eu peço para o RH antecipar suas férias, mas não peça demissão. - Insistiu senhor Cloy é impressão minha ou ele está com medo de alguma coisa.
- Não é questão de tirar férias, senhor!
- Então é sobre o que Jimin?
- Muita coisa senhor.
- Park tire essa semana para pensar e se não mudar de ideia te darei sua demissão.
- Está bem senhor, obrigado.
Sai da sala do senhor Cloy, me perguntando o porquê ele não quer me dá demissão, tudo isso está estranho demais, passei pela recepção e Bê estava assinando alguns papéis assim que me viu ele abriu um sorriso encantador.
- Que bom ver você, senti sua falta.
- Oi Bê então como foi as férias aproveitou bastante? - Ele sorriu.
- Não como eu queria, mas é você como está?
- Estou bem!
- Vamos marcar qualquer dia desses para irmos ao cinema.
- Tá claro, eu vou indo, tenho muita coisa pra resolver ainda.
- Tchau, se cuida viu. - Bê bagunçou meus cabelos e foi em direção ao vestiário.
As férias foram boas para ele. - Pensei.
Já do lado de fora fico olhando para a empresa, não nego que irei sentir saudades de todos, aqui eu fiz grandes amizades, mas também me trazem recordações horripilantes. Se Jungkook não estivesse chego a tempo Min-jun teria feito o pior comigo, sinto um nojo tão grande só de imaginar no que poderia ter acontecido.
- Ji... - Olhei rapidamente para trás ao ouvir meu nome.
- O que faz aqui Luciano?
- Por favor, eu peço que me escute. Eu vi uma cafeteria aqui próximo, vamos até lá eu prometo não passar dos limites eu só quero conversar.
Pode ser uma armadilha. - Pensei mas eu quero ver até onde Lucino é capaz de ir. Também sei que isso é uma péssima ideia, imagina só quando Jungkook ficar sabendo que Luciano veio me procurar.
Decidir ir com ele, Luciano pediu um capuccino e eu apenas água sem gás, a forma como ele me olhava dizia muita coisa menos que iria desistir. Como se já não bastasse a intriga que Jungkook tem com Junwei agora me aparece Luciano.
- Quero pedir desculpas pelo meu comportamento com você e com seu namorado no dia do meu aniversário.
- Desde quando você é Jisoo são amigos?
- Desde a faculdade, ela me deu forças quando você desprezou meu amor. Ela é uma grande amiga, Jimin, mas eu não vim aqui para falar dela. Mas vejo que vocês não se dão muito bem.
- Nós temos nossas diferenças.
- Ela me contou o que você fez com ela naquela noite e pode ter certeza que ela vai querer vingança, mas enfim vamos esquecer Jisoo e conversar sobre nós dois.
- Luciano não existe nós dois! Se queres minha amizade terás não posso oferecer nada além disso, eu amo Jungkook e estou com ele então tire qualquer possibilidade de que iremos ter algo. - Me levantei, e ele também. - Não tenho mais nada para conversar com você!
- Será que seu amor pelo Jungkook é recíproco? - Luciano sorriu ao perguntar.
- Eu não tenho dúvidas sobre o amor dele por mim!
- Será?
- O que queres dizer com isso, Luciano?
- Não será eu que irei te mostrar a verdadeira face do seu amado, Jimin, mas não esqueça que eu estarei de braços abertos e cheio de amor para oferecer a você.
Saí dali o mais rápido, mas as palavras dele não saíram da minha cabeça. Caminhei até o ponto de ônibus para pegar o qual me levaria para a minha casa de lá eu ligaria para Jungkook para avisá-lo onde eu estava, depois de alguns minutos cheguei a minha casa, ao passar pela porta puxo minha respiração fortemente, olho para cada canto e um filme se passa em minha mente, olho para o sofá e lembro da vez que eu ofereci o sorvete para Jungkook. - Sorri ao lembrar da expressão do seu rosto.
Em tão pouco tempo passamos por tantas provações. Eu não posso permitir que envenene minha relação com Jungkook.
Mas será realmente que nosso destino é ficar juntos?
Me deito no chão e fico olhando para o tento, faço sempre isso quando me vejo sem rumo é preciso pensar, o telefone começou a tocar com certeza e o Jungkook, me levantou e fui atender.
| Alô.....
A pessoa do outro lado da linha não responde.
| Olha só se não vai falar nada eu vou desligar.
A respiração parece ofegante...
| Eu sei que é você Hae-jin... O que queres comigo?
O silêncio permaneceu....
| Eu vou desligar......
De repente a pessoa começou a assobiar, então eu tive a certeza que era ele.
| Estou indo te buscar filhinho......
Ele começou a gargalhar de um jeito aterrorizante fazendo meu corpo inteiro se arrepiar. A ligação caiu e tentei retornar para o último número, porém só dava desligado.
Será que isso não vai ter fim?
Deixei passar alguns minutos e retornei para casa, ao chegar Jungkook veio em minha direção e me abraçou.
- Nunca mais suma desse jeito, está me ouvindo? Eu fiquei preocupado. - Disse ele ao segurar em meu rosto.
- Desculpe, eu precisava sair um pouco e ficar sozinho, eu não fui muito longe.
Jungkook não voltou para a empresa, ele tirou a tarde para ficar comigo eu disse que não precisava mas ele insistiu em ficar, é claro que eu não achei ruim, aproveitamos nosso momento, eu disse que a noite iria sair com meus amigos ele disse que tudo bem, mas iria me deixar na casa do Taehyung eu não questionei.
A noite chegou, e eu já estava quase pronto, Jeon estava sentado na poltrona com o notebook em sua perna, ele suspira.
- Algum problema amor? - Chamei sua atenção, Jeon fechou o notebook e sorriu.
- Não é nada que se deve preocupar. - Ele se levantou e caminhou até mim segurou em minha cintura e olhou em meus olhos. - Você está lindo meu amor. - Jeon beijou meu lábios sorrindo e apertou minha cintura me fazendo morder seus lábios.
Já era quase oito horas e Taehyung já havia me ligado pela quarta vez, mas o que posso fazer eu não resistir, Jungkook sabe como me fazer perder a cabeça, enquanto eu respondia meu amigo dizendo que estava a caminho, Jungkook me olhava de um jeito safado através do espelho.
Ao chegar em frente a casa do Tae, todos já estavam à minha espera, me despedir do Jungkook e fui até os meninos, pedi desculpas por ter me atrasado, porém resolvemos ficar na casa do Tae e aproveitar a noite de amigos, a noite estava tão agradável que me fez esquecer os últimos dias, eu senti tanta falta de estar assim com eles, tudo mudou depois que Seokjin saiu da empresa, mas estou feliz pois agora no seu novo emprego ele está conseguindo pagar o tratamento de Melissa.
- Seokjin quando vai apresentar seu namorado para seus amigos hein. - Jin se engasgou ao ouvir a pergunta que Taehyung fez.
- Você está namorando Jin? - Hoseok perguntou curioso.
Olhei para Jin ele tava tão vermelho que não conseguia dizer nada.
- Vocês dois parem, não vê que estão deixando Jin constrangido! - Tae sorriu e olhei sério para ele.
- Me desculpe Jin. - Disse Tae.
Mudei de assunto para não deixar Seokjin mais envergonhado pois Tae não sabe segurar a língua, ele tem sorte pois eu poderia muito bem dizer que ele também tá gamadinho no motorista do Jungkook. Bebemos e comemos bastante, eu já estava no meu limite então resolvi ligar para Jungkook vir me buscar, e não demorou para ele chegar.
- Você veio amor. - Tropecei nos meus próprios pés só não cai porque Jungkook foi mais rápido.
- Vamos você já bebeu bastante por hoje, vou te levar para casa. - Jungkook me carregou e me colocou no carro, verificou se o cinto estava bem ajustável.
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Presidente Jun-seo:
| Jungkook precisa ser internado, Do-yun!
| Pai, Jungkook não fez nada de errado.
| Eu não vou permitir nossa família passar por essa vergonha, Do-yun, Jungkook será afastado da empresa e terá seus bens trancados.
| Isso não é justo senhor presidente, Jungkook se dedicou a todo custo a essa empresa.
Encerrei a ligação, talvez com tudo trancado meu neto volte ao seu juízo normal, eu não vou permitir que ele se case com outro homem. Como eu nunca percebi isso.
- Senhor, se acalme, olhe sua pressão.
- Me deixe sozinho, ligue para a senhora Ling e peça para ela me encontrar no lugar de sempre.
- É claro senhor.
Todos pensam que eu estou viajando, mas eu estou aqui de olho em tudo, coloquei meu sobretudo e fui em direção ao local marcado com a senhora Ling. Decidir ir sozinho para não levantar suspeitas.
- Boa noite senhor que honra em recebê-lo novamente.
- Boa noite.. Minha convidada irá chegar em breve estarei no mesmo lugar.
- É claro senhor Jun-seo.
Me serviu de uma pequena taça de licor, tirei meu sobretudo e sentei-me para esperar Bo-Mi. Se passaram alguns minutos e a porta foi aberta, Bo-Mi como sempre bem vestida e elegante.
- Boa noite presidente Jun-seo. A que devo o chamado.
- Boa noite senhora Ling, sente-se. - Apontei para o sofá à minha frente, ela sentou-se elegante cruzando suas pernas e sorriu.
- Não poderei demorar, como o combinado meu esposo está no hospital, infelizmente as coisas não saíram como o combinado, o idiota do Min-jun foi pego.
- Precisa terminar o que começou, Min-jun pode por tudo a perder se abrir a boca. Sua filha precisa agir rápido. Vocês estão falidos, Bo-Mi vocês precisam desse casamento tão quanto eu, então trate de fazer alguma coisa.
- Tudo bem senhor Jun-seo.
Ela saiu me deixando sozinho, porém eu fui surpreendido com a porta sendo aberta novamente, e por ela entrou um desconhecido.
- Quem é você? - Perguntei.
- Não se assuste, presidente Jun-seo, me chamou Hae-jin e tenho uma proposta para fazer.
- O que tem a me oferecer?
Com certeza é mais um querendo dinheiro. - Pensei
- Como chegou aqui senhor, Hae-jin?
- Eu segui a senhora Ling, bem eu sabia que ela estava escondendo alguma coisa, já que a filha dela não está me ajudando, vim até o senhor, que quer ver o seu neto longe do meu filho Park Jimin.
- Você é pai do rapaz que fez a cabeça do meu neto! - Bati na mesa com raiva.
- Sou o padrasto, ele me acusa da morte de sua mãe Min-Jin.
Me segurei para não cair ao ouvir o nome.
- Está se sentindo bem presidente?
Minhas mãos começam a tremer, esse garoto insolente não pode ser filho de Min-Jin. Mesmo ele sendo filho dela, eu não vou permitir isso. Não pode ser.
- Estou bem! Prossiga....
Escutei tudo o que Hae-jin tinha para falar, é claro que no final o imbecil me pediu dinheiro. Depois que Hae-jin saiu da sala eu fiquei pensando em Min-Jin, e se esse Jimin for realmente o filho dela, mas aquela fedelha sumiu quando eu propus para ela trabalhar comigo.
O que Do-yun prometeu a ela para que Min-Jin o ajudasse? Eu sempre me fiz essa pergunta, mas nunca tive respostas, eu sei que ela deixou uma arquivo com vários documentos e aplicativos que podem mudar toda a história da tecnologia, eu preciso chegar até esse pendrive. Talvez meu neto Ji-ho possa conseguir isso para mim já que o infeliz está apaixonado pela senhorita Jisoo.
Do-yun e Yang eram irmãos gêmeos idênticos mas com personalidade totalmente diferentes, Yang era mais parecido comigo, já Do-yun puxou tudo para sua falecida mãe, infelizmente eu perdi o filho que eu mais amava. Infelizmente não posso mudar o destino, a dor me fez ser um homem frio, criei Do-yun da forma mais rígida que eu pude e nem isso adiantou pois a família que ele escolheu para ele não é de minha aprovação, porém eles tem meu sangue.
Era por volta das 22:00 horas quando retorno para casa, ao sair do carro sou surpreendido.
- Achou mesmo presidente que eu iria acreditar na historinha que seu mordomo me contou.
- Você realmente sabe como me surpreende Jungkook. - Jeon sorriu.
- Se achas que vai me fazer desistir do Jimin tirando tudo o que eu conquistei, pode ficar ciente que não vai, eu só desistirei dele se eu estiver morto.
- Garoto insolente.. - Gritei, minhas pernas fraquejaram, levei minha mão até meu peito.
- Pode parar com essa farsa presidente, eu sei que não está doente, o senhor mentiu o tempo todo a troco do que?
- Eu não menti, minha saúde não está estável, mas eu não vou morrer agora Jungkook não antes que eu tenha conseguido colocar o nome da família Jeon no topo.
- Sempre foi dinheiro né vovô?
- Admita você é igual a mim Jeon, a qualquer momento você irá se cansar daquele seu novo brinquedinho, pense comigo filho, você pode ficar com ele, se você se casar com a senhorita Jisoo. Pensa bem Jungkook e para o bem de todos há muita coisa em jogo, principalmente a vida do Jimin.
Jeon é cabeça dura, nossa conversa não foi das melhores, ele me colocou contra a parede, me cercou de todas as formas mas me mantive firme, sei que minhas palavras o atingiram pois pela forma como ele saiu daqui explica tudo.
O dia amanheceu e como eu disse ao Do-yun eu cumpri, a uma hora dessa Jungkook já deve está sendo barrado da porta da empresa. Estava sentado no jardim tomando meu café quando o senhor Morgan me interrompeu.
- Perdão senhor por interromper seu café da manhã, mas há um rapaz que deseja falar com o senhor, ele disse que só vai embora depois de falar com o senhor.
- É isso mesmo presidente, eu só vou arredar o pé daqui depois de ouvir tudo o que eu tenho para dizer.
- E quem você pensa que é para entrar aqui em minha casa?
- Me chamo Park Jimin...
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