Cap 07° Mentira☔


Park Jimin:

Não só os dias como as horas estavam passando lentamente, mas eu precisava seguir minha vida normalmente, eu fiquei sabendo hoje pela direção da empresa que meus amigos iram ser transferidos para a outra filial. Foi a pior notícia que eu poderia receber, minha vida já tava uma bosta mesmo agora mais essa para completar.

O final de semana chegou, e eu não tinha nada para fazer, a solidão que habitava nessa casa era tão grande e sufocante. Troquei de roupa, vesti um conjunto moleton na cor rosa, e resolvi dar uma pedalada para tentar esquecer os problemas. Ao descer as escadas, me deparo com meu Hyung parado no meio da escada com um sorriso lindo.

- Junwei! O que está fazendo aqui?

- Vim te pegar para irmos ao shopping comprar roupas para você!

- Porque? Eu estou tão mal assim? - Dei uma volta para ele ver como eu estava vestido.

- Você está lindo! Mas vamos assim mesmo!

Eu que não ia perder um convite desse, entrei no carro com ele e fomos em direção ao shopping, meu dia estava uma bosta mas meu Hyung mudou completamente.

- Aqui para você, a mamãe pediu para te entregar. - Junwei me entregou um envelope na cor vermelha, ao abrir era o convite de aniversário do Ling.

- Jimin-ah, eu sei que você não quer ir, mas por favor eu não quero ir sozinho!

- Desculpe Jun, eu sei que são seus pais, mas eu não sou bem vindo lá.

- Por mim Jimin-ah. - Jun fez um biquinho, e quando ele faz isso eu não consigo dizer não a ele.

- Tá bom!

- Às 22:00 horas eu pego você!

Entramos e saímos de várias lojas, Jun e muito exagerado, comprou tanta coisa sem necessidade. Depois de comprarmos tudo paramos para tomar um sorvete. Conversamos e sorrimos ao lembrar do passado, passamos por tantas coisas em nossa infância. A senhora Ling me trata bem, mas eu não consigo confiar nela, com o passar dos tempo eu descobri que a senhora Ling era muito amiga da minha mãe no tempo que elas estudavam juntas.

Porém toda vez que eu perguntava para ela se por acaso ela chegou a conhecer meu pai, ela sempre mudava de assunto e ficava nervosa. Tudo estava indo bem a não ser que em uma noite eu escutei uma discussão grave entre o senhor e a senhora Ling, eu não sei sobre o que se tratava mas com toda certeza era algo relacionado a mim porque não manhã seguinte eu fui mandado novamente para o orfanato.

- Jimin-ah! - Fui despertado da viagem que minha mente estava fazendo no meu passado ao escutar a voz do meu amigo.

- Há desculpe minha mente estava longe, - Sorri.

- Vamos? Você precisa se arrumar. - Balancei minha cabeça confirmando.

Junwei me deixou em casa nos despedimos e ele foi embora, ao entrar em casa novamente a solidão invadiu meu peito, é tão difícil de admitir mas eu queria tanto que Jeon estivesse aqui comigo agora, sinto tanta saudade.

Agora eu entendo quando a irmã Mary do orfanato me disse uma vez. Que a saudade não tem braços. Mas quando ela aperta ela dói demais. Na época eu não entendia o significado mas agora eu sei muito bem o quanto a saudade dói.

Fecho meu olho com um pouco mais de força e balanço minha cabeça como se isso fosse afastar as lembranças que estão marcadas em meu coração.

Fui para meu quarto, coloquei minhas coisas em cima da cama e entrei no banheiro, tomei um banho bem caprichado, pois eu iria estar a altura de todos que estavam presentes. Estavam dando os últimos retoques quando a campainha tocou, olhei meu celular para ver se tinha alguma mensagem do Junwei, mas não tinha, estranhei pois ele não iria subir sem me avisar.

Caminhei devagar e olhei pelo olho mágico da porta, a pessoa do outro lado estava com o boné cobrindo o rosto.

- Quem é? - Perguntei segurando a maçaneta, a pessoa nada respondia e continuava de cabeça baixa.

- Eu vou ligar para a polícia se você não me dizer quem é.

Me assustei com o meu celular tocando, era Junwei ligando, olhei novamente para ver se a pessoa continuava do lado de fora mas não estava mais.

| Oi, Junwei.

| Estou aqui embaixo te esperando! Quer que eu suba?

| Já estou descendo só um minuto.

Encerrei a ligação, mesmo eu estando com medo, resolvi não envolver mais ninguém nessa minha vida perturbada. Coloquei um sorriso lindo no rosto como se tudo estivesse uma maravilha. Até porque eu não iria estragar a noite de ninguém.

Já estávamos em frente ao hotel onde acontecerá a festa havia muitos carros luxuosos, paramos em frente a porta grande, Junwei olhou para mim e sorriu me dizendo que estava tudo bem.

- Está pronto? - Balancei minha cabeça sorrindo. - Então vamos!

Ergui minha cabeça assim que as portas foram abertas, os flash das câmeras dos repórteres e jornalistas eram exagerados, eles correm para cima de nós dois como se fossem bichos.

- Esse é o filho do senhor Ling!

- Eu ouvi dizer que ele estava morando no exterior.

- Esse rapaz que está com ele, e seu namorado será? Ele é muito bonito.

- Não duvido que seja mais um interesseiro, que esteja de olhos na fortuna dos Lings.

- Ouvi dizer que ele foi abandonado no orfanato.

Ignorei todos os comentários desnecessários que eu ouvi, sem tirar meu braço dos do Junwei e caminhamos até onde os membros da família Ling estavam.

- Pai, mãe boa noite. - Disse Junwei todo sorridente.

- Parabéns tio Ling. - Falei ao entregar para ele a pequena caixa.

- Você está lindo filho! - Tia Ling me abraçou apertado, enquanto Jisoo me olhava dos pés à cabeça.

- Eu pensei que não viria, Jimin. - Disse tio Ling

Mesmo o clima sendo estranho, permanece ali, eu sentia os olhares me condenando como se eu fosse um aproveitador, mas eu já estava tão acostumado com esse tipo de ser humano que sinceramente para mim não fazia nenhuma diferença, eu não me importo se falam de mim, eu não ligo, agora mexer com a memória da minha mãe há isso eu não vou permitir que ninguém faça isso.

A festa estava bonita, havia bastante convidados dos quais eu não conhecia ninguém, estava me sentindo um pinto fora da casca. A música clássica que tocava no fundo me deixou calmo.

Me afastei um pouco, eu precisava de espaço então eu comecei a andar pelo salão, parei em frente a uma mesa linda e peguei um doce.

- Alguém já lhe falou o quanto és lindo?

- Oi quem é você? - Perguntei curioso para o homem alto por sinal belíssimo e muito galanteador, ele sorriu e olhou para mim.

Mas antes que ele dissesse seu nome a porta foi aberta, os fotógrafos correram para cima todos olhavam curioso para ver quem era.

Só pode ser alguém muito importante! - Pensei.

- Vamos, vamos e o presidente da, New Bang. - Os jornalistas comentaram.

- Isso só pode ser uma pegadinha. - resmunguei dando um passo para trás.

Ao ver Jeon caminhar em minha direção meu peito doeu tanto que parecia que eu ia infartar ali mesmo, o bolo que se fez na minha garganta era tão agoniante que dificultava que a minha própria saliva passasse.

Jeon parou em minha frente e olhou em meus olhos. Eu fiquei olhando para ele tentando entender o que estava acontecendo, ele estava deslumbrante, muito bem vestido.

- Jeon!

- Há quanto tempo! Jimin.

Meu coração disparou ao ouvir o som da voz dele, eu queria chorar, mas ao mesmo tempo eu estava com raiva e eu não sabia o motivo.

- Deixa eu me apresentar para você. Me chamo Jeon Jungkook, sou o presidente da Cisco Systems e da New Bang. - Jeon ergueu sua mão para que eu a pegasse, mas eu estava em choque, era muita coisa para processar.

- Jeon Jungkook? - Perguntei com a voz falhada.

- Irmão vejo que se recuperou rápido!

Irmão?

- Então irmão, me responda uma coisa: foi divertido?

Jeon olhou para o homem que estava o chamando de irmão com tanto ódio mas nada falou.

- Bem, você não perde esse costume de enganar as pessoas para dar o bote.

- Cala a boca Jung Hoon, ou eu mesmo calo ela pra você. - Jeon alterou a voz chamando a atenção de todos para nós.

- Jimin, você poderia me conceder essa dança!

- Procure outro. Eu não sou qualificado o bastante para dançar com você presidente. - Respondi firme.

- Então me dei a honra senhor Jimin!. - O irmão do Jeon, se aproximou e ergueu sua mão em minha direção.

Eu não sabia o que pensar, tudo estava tão confuso ali para mim.

- Você está bem, Jimin? - Perguntou Junwei, e eu agradeci a Deus por ele estar aqui.

- Sim, eu só quero dançar!

- Então vamos.

A dança começou, Jeon não parava de olhar, Junwei falava comigo mas eu não estava prestando atenção em nada que ele falava. De repente trocamos de par, e logo eu fui para nos braços dele.

- Por favor, Jimin me escute.

- Cala a boca Jungkook, eu não quero ouvir nada de você.

- Sei que você deve estar com muitas perguntas, mas também sei o quanto está confuso. Mas eu irei explicar tudo se me deixar. Mas só peço uma única coisa a você por favor fique longe do meu irmão.

- Eu sei muito bem o que devo fazer. O certo é eu me afastar de toda sua família, inclusive de você.

- Por favor não, Jimin. Não era assim que eu queria que isso acontecesse. - Ao ouvir essa explicação de merda dele só de raiva eu pisei em seu pé.

- Você é um babaca Jeon!

Parei de dançar e deixei Jeon sozinho no meio do salão, eu estava com tanta raiva, como ele pode fazer isso comigo. Como ele teve coragem de brincar com meus sentimentos. Mas ele não ficou sozinho por muito tempo, Jisoo foi logo se oferecer para ele.

O irmão do Jeon me puxou para dançar contra minha vontade.

- Então há quanto tempo você conhece meu irmão?

- Foi um encontro acidental.

- Preciso de alertar sobre ele, meu irmão nunca faz nada sem ter interesse

- O que quer dizer com isso?

- Com toda certeza meu irmão Jungkook pediu para você ficar longe de mim. Jimin você deve ter cuidado, afinal você é o segundo maior acionista da empresa Cisco Systems.

- O que você quer dizer com isso? - Minha voz saiu trêmula.

- Você não está curioso para saber quem é meu pai?

- E quem é seu pai?

- Do-jun! Então Jimin, agora que você já sabe me responde uma coisa: como sua mãe conseguiu as ações? Ela era amante do meu pai?

- Você não sabe nada sobre minha mãe, seu babaca! Quem você pensa que é seu idiota para falar assim dela. - Gritei já empurrando o irmão do Jeon, eu não me importava se todos estavam olhando para mim.

- Primeiro não havia nada entre minha mãe e seu pai! E segundo quanto a essas ações que você está falando eu não faço a menor ideia, eu sempre trabalhei para ter tudo o que eu tenho, nunca precisei da ajuda de ninguém. Então cala essa sua boca e pare de falar besteira seu moleque mimado. - Jung-hoon sorriu e isso me tirou do sério me fazendo dar um soco em seu rosto para mostrar que eu não estava brincando.

- O que está acontecendo aqui? - Perguntou tio Ling, com raiva olhando para mim. - Jimin, quantos problemas mais você irá causar?

- Papai, por favor! - Junwei tentou acalmá-lo.

- Que ridículo presidente Ling, você deveria proteger o Jimin pois ele e seu filho. - Jeon se meteu no meio e me defendeu, como se eu precisasse.

- Presidente Jungkook esse é um assunto de família. Então fique fora disso, seu moleque! - Tio Ling retrucou.

- Sinto muito em te informar presidente Ling, pois tudo o que for referido ao Jimin eu irei me meter sim, e te garanto que eu não vou ficar parado. - Pela forma como Jeon estava se expressando ele não estava brincando.

- Tio Ling me desculpe por estragar sua festa de aniversário, eu estou indo!

Mas antes que eu saísse da sala Jeon segurou em meu braço e me fez parar.

- Jimin eu irei com você.

- Juro que se você me seguir Jungkook eu nunca mais falo com você! - Respondi firme para que ele entendesse que eu queria ficar só.

Saí dali sem rumo, e para piorar eu acabei me perdendo eu nem sabia onde eu estava, entrei em um banheiro qualquer eu só queria ficar sozinho e esquecer essa maldita noite. Com raiva, dei dois murros nos armários, e comecei a chorar.

- Jungkook só se aproximou de mim por causa das ações.

Tentei controlar a raiva que eu estava sentindo por dentro.

Porque isso tinha que ser assim?

A vontade de sumir era enorme. De repente as luzes foram apagadas, meus batimentos começaram a acelerar, eu comecei a entrar em pânico, eu tentava controlar minha respiração mesmo com dificuldade. Me encostei na parede, e esperei que a luz pudesse voltar. Mas eu sentia que eu não estava sozinho, tinha mais alguém eu sentia a respiração.

- O que você quer comigo? - A pessoa sorria, e isso estava me deixando apavorado.

- Eu não tenho medo de você! Apareça!. - Gritei mas ao fazer isso a pessoa me agarrou, mas para o azar dela ou dele eu enfrentei sem medo, pois estava cansado de todos tentarem fazer alguma coisa comigo.

A pessoa me segurava com tanta força, me deixando impossibilitado para tentar sair, eu dei uma cotovelada no estômago dele e com raiva ele me jogou contra a parede.

- Doutor você disse que ele estava bem, então porque ele não acorda.

Eu sabia muito bem de quem era aquela voz, então eu continuei fingindo que estava dormindo só para escutar onde iria parar aquela conversa.

- Ele não acordou, porque sofreu um trauma emocional muito grande, o coração dele ficou muito sobrecarregado, suas emoções vieram como avalanches derrubando tudo o que vinha pela frente.

- De quem você está falando?

- Você sabe muito bem de quem é a culpa!

- Qui-hoo, você é meu amigo, mas você não tem o direito de falar nada do que não sabe.

As mãos trêmulas do Jungkook estava segurando a minha, os dois ficaram em silêncio então eu abri lentamente meus olhos, assim que Jeon me viu acordando me olhou preocupado, eu puxei minha mão rapidamente pois eu estava muito magoado

- Jimin, amor! - Jeon me ajudou a me sentar. - Como você está se sentindo?

- Me deixa em paz presidente! - Tirei as mãos dele que estava em minha cintura, ao escutar minhas palavras os olhos do Jungkook se encheram de lágrimas.

- O que aconteceu com a pessoa que estava lá?

- Não se preocupe, meus homens já estão à procura dele, só descansarei quando ele for pego e pagar pelo o que ele fez com você.

- Não quero que faça nada com ele!

- A pessoa tentou te machucar e você continua com esse coração mole.

- Não precisa me lembrar disso Jungkook, eu sei que tenho um coração mole e generoso, talvez se eu não fosse tão generoso quando eu te conheci, eu não teria sido enganado por você!

Jungkook não falou nada apenas abaixou sua cabeça, pois minhas palavras atingiram ele mas tudo o que eu estava falando ali era a pura verdade.

- Eu errei, Jimin!

- Isso não importa agora! - Virei meu rosto pois doía olhar nos olhos dele, ao tentar me levantar Jungkook me impediu e segurou em meus braços.

- Tire suas mãos de mim!

- Por favor doutor nos deixe a sós. - Jungkook se levantou e me olhou.

- Precisamos conversar!

Talvez seja um erro meu, mas eu preciso ouvir o que ele tem para me dizer.

- Quer conversar sobre o que presidente? Não precisa me pagar nada para se livrar de mim.

- Pare de falar assim, Jimin!

- Então não temos nada para conversar.

Me levantei da cama e peguei minha roupa que estava em cima da poltrona, me assustei quando meu corpo foi carregado e colocado na cama novamente, Jeon segurou em minhas mãos para que eu não me levantasse, e me olhou nos olhos.

- Me solta Jeon.

- Eu não vou te soltar.

- Eu não vou fugir.

- Só quero um minuto para te explicar.

- Tá certo você tem seu minuto, pode começar.

- Desculpe, eu demorei mas tive muita coisa para resolver.

- Já que você foi embora, não precisava você voltar!

- Eu precisei ir embora, mas eu só fui Jimin porque tive uma emergência familiar.

- Sabe Jeon, eu não sei nada sobre você, pois tudo parece que foi mentira, sua perda de memória, sua lesão, seu amor, você!

- Escuta, Jimin eu me apaixonei por você, isso não estava em meus planos, mas pode ter certeza que foi a melhor coisa que me aconteceu.

- Você mentiu para mim desde o início, Jeon. Mentiu por míseros % de ações chegar de atuar presidente, Jungkook.

- Sim eu menti, me sinto um verdadeiro idiota, por ter fingindo que eu não tinha me recuperando. Mas meus sentimentos por você foram e são reais.

Eu nada falei, pois eu sabia que ele estava sendo sincero dava para ver em seus olhos, mas dói muito e mais uma vez o nó se fez em minha garganta.

- Acabou seu tempo presidente!

- Jimin amor não faz isso!

Fomos interrompidos com o celular dele tocando, Jeon se afastou para atender. Assim que Jeon terminou de falar com seu pai, ele se virou para mim, e me pediu para esperar por ele, eu sorri pois mais uma vez ele vai me deixar quando eu mas preciso dele, já era de se esperar de um riquinho metido a presidente.

Assim que Jeon saiu, me levantei pois eu não ia ficar aqui esperando por ele, olhei para a poltrona novamente e não acreditei que ele havia levado minha roupa só pra mim não sair daqui sem falar com ele, ignorei e sai vestido com a roupa do hospital. Mas antes de sair do hospital Junwei chegou e me levou para casa.

Enquanto entrei no quarto para tomar um banho e trocar de roupa, Junwei ficou na sala à minha espera. Estava penteando meus cabelos quando escutei uma voz familiar.

Não é possível que é quem eu estou pensando.

Ao sair do meu quarto, Jeon estava em pé a minha frente, como é possível meu coração bater tão forte quando ele está perto de mim, Junwei se aproximou de mim e segurou em minha mão.

- Jimin-ah, Jungkook insistiu em falar com você. - Disse Jun

- Hyung eu não tenho mais nada para falar com ele, até porque já falamos tudo o que tínhamos para falar um para o outro no hospital.

- Jimin, eu queria te ver!

- Por favor Jeon vai embora.

- Vamos, Jimin-ah você precisa se alimentar. - Disse Junwei já me puxando em direção a porta, mas fomos impedidos com Jeon segurando em meu outro braço, dizendo que também iria pois estava com fome.

- Vai vocês eu perdi meu apetite. - Respondi já me sentando no sofá.

Jungkook se aproximou de mim e se agachou em minha frente segurou em meu rosto me fazendo olhar para ele.

- Se o problema é eu pode ir eu não vou, mas por favor não fique sem comer.

Jeon se levantou e saiu, ultimamente nós dois acabamos machucando demais um ao outro, cada vez mas a gente estava se afastando mais. A porta se fechou e eu me mantive firme sem demonstrar nenhum tipo de emoção. Junwei se aproximou de mim e sentou ao meu lado, eu sorri para ele e disse que tudo estava bem e que eu só queria ficar um pouco sozinho.

Junwei é tão compreensível um verdadeiro príncipe ao contrário do Jeon, droga mas uma vez estou aqui pensando nele, fechei a porta e fui para o quarto mais ao invés de ir para o meu, mas uma vez fui para o antigo quarto dele. Meu Deus essa tortura tem que ter um fim.

Estavam com tanta fome, fui até a cozinha preparar algo para comer, para meu azar meu dia foi tão corrido que eu acabei esquecendo de ir ao mercado fazer compras.

- Aí Jimin você tinha que esquecer do principal.

A campainha tocou.

- Será que, Junwei esqueceu alguma coisa?

Fui até a porta abrir, era o empregador do delivery, mas eu não pedi nada, ele me entregou as sacolas e saiu rapidamente, ao abrir nosso o cheiro da comida invadiu minhas narinas me fazendo salivar. Mas ao olhar para a comida lembrei da vez que o Jeon cozinhou para mim, pensei em não comer mas o cheiro estava tão gostoso e eu estava com tanta fome. Eu não resisti e comi tudo. Já satisfeito sorri e voltei para o quarto.

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Jeon Jungkook:

Ao ver Jung-hoon com o Jimin nos braços desacordado me fez entrar em desespero, empurrei Jung-hoon de perto do Jimin mas ele voltou novamente então eu dei uma cotovelada nele fazendo ele cair de joelhos segurando a barriga.

Aproximei meu rosto do dele para sentir sua respiração, pra minha sorte meu amigo que é médico estava presente, então ele se abaixou e verificou os sinais vitais do Jimin. Qui-hoo olhou para mim e disse que precisamos ir urgente para o hospital. Não pensei duas vezes, peguei Jimin no colo e o tirei dali, mais ao passar pela porta Yoongi chamou minha atenção.

Já no corredor, Junwei correu em nossa direção, ele tentou tirar Jimin dos meus braços mas eu disse que era para ele se afastar até porque Jimin estava sob os meus cuidados.

- Você não é nada para ele, Jungkook! Pode deixar que eu o levarei para o hospital. - Junwei insistiu.

- Você não sabe de nada Junwei, eu e Jimin somos muito próximos então aaj da minha frente agora.

- Mas que diacho está acontecendo aqui? - Perguntou Ling.

- Papai, o Jimin sofreu um atentado.

- Jungkook leve ele daqui! Junwei volte agora comigo para o salão.

Junwei me deu passagem então eu saí dali o mais rápido, já no hospital Jimin passar por alguns exames, eu estava agoniado em não poder fazer nada a não ser ficar ali esperando ele acordar, Jimin ainda estava desacordado.

Depois de um tempo ele acordou, ao ver segurando sua mão ele puxou, eu não tiro a razão dele está decepcionado comigo, mas eu iria contar. Porém tudo saiu fora do controle e Jimin acabou descobrindo da pior maneira.

Pedi um minuto para me explicar e ele aceitou, tentei explicar mas Jimin não me deixava falar, quando eu consigo ter a atenção dele meu pai me liga, e pede para eu ir urgente para casa, mas uma vez eu vou deixar as coisas mal resolvida com ele. Expliquei para ele que eu precisava ir até minha casa, Jimin apenas acenou com a cabeça. O olhar frio que ele me lançava acabava comigo.

Antes de sair pedi para Qui-hoo, me ligar caso Jimin tentasse fugir. Já em casa todos já estavam à minha espera, meu pai, meus irmãos e minha mãe, mas como eu sou muito esperto já imaginava sobre o que se tratava.

- Jungkook, qual a sua ligação com o garoto Park Jimin? - Perguntou meu pai.

- Pai, ele é o garoto que eu gosto! - Respondi firme.

- Ele e o garoto que você gosta Jungkook! - Meu pai ficou de pé e começou a andar de um lado para o outro.

- Então isso quer dizer Jeon que você sabia onde ele estava esse tempo todo? - Eu nada falei, apenas fiquei calado.

- Porque você escondeu isso de mim, Jeon?

Permaneci calado.

- Você fez isso pelas ações? Respondi, Jeon! - meu pai gritou apontando para mim.

- Irmão Jeon! - Jung-hoon chamou pelo meu nome. - Que sacanagem irmão. Como você foi tão baixo enganando o rapaz por algumas ações. Além do mais Jimin e filho do nosso pai! - Disse Jung-hoon me fazendo sorrir, olhei para meu pai, ele abaixou a cabeça e minha mãe segurou em sua mão.

- Isso seria pecado Jungkook!

- Eu realmente me apaixonei por ele, pai. E Jimin não é filho do nosso pai, é eu tenho a prova. - Pedi para Yoongi me entregar o envelope e prontamente entreguei para meu pai.

- Se ele não é da nossa família porque além do vovô você deu metade das suas ações, pai? - Perguntou Ji-ho.

- É isso mesmo que vocês ouviram, Jimin não é meu filho.

- Querido! - Minha mãe interferiu.

- Já que estão todos aqui, eu vou dizer como tudo aconteceu. Eu pretendia dar às ações para o Jimin por causa da sua mãe a Min-ji. Min-ji significa muito para mim, eu sou muito grato a ela por toda a minha vida.

- Eu me lembro bem, quando eu falhei na minha primeira empresa, se não fosse Min-ji ter me dado apoio financeiro, hoje não haveria o grupo J, vocês sabem muito bem que o avô de você sempre deixou claro que nunca foi de ajudar ninguém a se levantar. Naquela época seu avô gostava muito da Min-ji, a inteligência dela o deixava encantado.

- Então Min-ji, não é só minha amiga, eu fiz dela a minha benfeitora. Em uma noite ela me ligou chorando desesperada eu fui até lá, seus olhos só transmitiam medo e tristeza, então foi aí que eu a prometi que eu daria a ela metade das minhas ações. Mesmo que ela esteja morta, eu não quebrarei a minha palavra. Embora o jovem Park não esteja relacionado a mim por sangue, ele é filho de Min-ji, então é como se ele fosse meu filho!

Taí uma coisa que eu sinceramente não esperava do meu pai, eu olhava para meus irmãos eles estavam sem acreditar assim como eu.

- Quero que todos aqui nessa sala prestem bem atenção no que irei falar. Eu não quero que vocês façam nada contra ele, estão me entendendo?

O silêncio que se fez presente era a confirmação de todos, eu não via a hora de acabar a reunião em família, meus pensamentos só estavam em um lugar naquele momento, chegar ao hospital e falar com o Jimin.

Mas uma coisa eu não entendi. Se a mãe do Jimin foi quem financiou a empresa do meu pai, como ela foi parar naquela situação, e porque meu pai não a ajudou naquela época. Essa história está muito mal contada, mas eu irei investigar mas lá na frente, agora eu só preciso chegar logo ao meu destino. Chegamos ao hospital mas ao entrar no quarto o encontrei vazio. Eu já imaginava que ele iria dar um jeito de fugir.

Ordenei para Yoongi me levar até a casa do Jimin, o que eu não imaginava é que eu iria encontrar o filhote de coruja lá.

- Eu quero falar com o Jimin! Onde você o escondeu? - Ao ouvir minha pergunta, Junwei sorriu.

- Escondi? Desculpa mas entre nós dois aqui Jungkook você e especialmente no assunto. - respondeu Junwei com um sorriso debochado no rosto, sorriso que vou ter o maior prazer de desmanchar.

- Senhor Ling, desculpe mas nós temos um assunto importante para tratar com o senhor Park. - Disse Yoongi.

- Tudo bem, esperem aqui que eu irei chamar ele.

Passei por ele e entrei eu é que não iria esperar do lado de fora.

- O que você quer, Jeon?

- E falta de respeito você entrar no quarto de alguém sem permissão você não acha Junwei.

- Eu sou irmão dele, então não preciso de permissão. Já você Jeon quem e?

Sorri.

- Eu sou o destino dele! Eu dormir aqui durante um tempo. - Junwei ficou furioso e segurou em minha gravata.

- Cuidado com essa língua.

- Parem de se comportarem feito duas crianças os dois! - Yoongi interrompeu.

Ficamos ali esperando por ele, e não demorou para ele sair só quarto, só que ao me ver Jimin parou de sorrir eu entendo e mereço esse desprezo, mas a merda já foi feita agora eu só preciso arrumar uma maneira de arrumar toda essa bagunça. Jimin mal olhou para mim, a forma como ele pediu para me ir embora doeu demais. Então eu dei por vencido, mas isso não quer dizer que eu irei desistir, muito pelo contrário eu iria lutar até o fim.

Já do lado de fora fico ali esperando, eles saírem, só que para o meu alívio Junwei desceu sozinho, então só assim eu pude ir para casa com calma. Já em casa tirei meu terno, afrouxei minha gravata, arregacei as mangas da minha camisa social branca, e fui até a pia lavar minhas mãos. Decidi cozinhar pois já que Jimin não saiu para jantar com certeza ele deve estar com fome.

Preparei uma comida rápida e pedi para Yoongi chamar um motoboy do delivery, passei o endereço para ele e pedi que assim que ele entregasse mandasse uma foto para mim, e foi assim que ele fez.

O dia amanheceu e eu acordei com muita dor de cabeça, não estava me sentindo muito bem, como eu estava demorando para levantar, Yoongi bateu na porta, com toda certeza ele estranhou pois eu nunca me atrasei sempre sou pontual.

- Jungkook! Aconteceu alguma coisa, senhor?

Já era a terceira vez que ele batia em minha porta, e nada de responder. Ele não esperou mais e entrou.

- Senhor desculpa o meu atrevimento em entrar em seu quarto mas eu fiquei preocupado e resolvi entrar.

- Yoongi peça para que o doutor Qui-hoo venha até aqui e eu não estou me sentindo bem.

Yoongi saiu do meu quarto e foi até o hospital falar com o médico, eu precisava fazer alguma coisa para a febre abaixar então fui para o banheiro fiquei ali embaixo do chuveiro por alguns minutos e depois voltei para a cama.

Qui-hoo chegou e me examinou, ele disse que eu precisava ficar em repouso pois eu estava com início de virose. Repassou alguns medicamentos e depois saiu.

- Yoongi informe Namjoon para que ele fique a frente tudo até eu voltar.

- Sim senhor

- Há eu não irei precisar de você aqui, continue protegendo de longe o Jimin, não importa com quem ele esteja, apenas o proteja. Yoongi aconteceu alguma coisa?

- Porque senhor?

- Fala logo.

- Jungkook, assim que eu cheguei no hospital o senhor Park estava lá, ele escutou a minha conversa com o doutor Qui-hoo, e a forma como ele perguntou pelo senhor parecia que estava preocupado, por mais que ele tentou disfarçar não conseguiu muito não.

Meu coração se aqueceu quando ouvi o relato do meu amigo. Eu sei que magoei muito o Jimin mas eu tô sofrendo três vezes mais. Espero que nesse intervalo de tempo ele não me esqueça de vez. Os dias passavam lentamente, mas eu precisava estar bem disposto para encontrá-lo pois era exatamente isso que eu iria fazer quando eu estivesse 100% recuperado.

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