cap 01° "A chuva"☔
Park Jimin:
Era apenas cinco horas da manhã quando o despertador começou a tocar, parecia que ele estava incorporado, eu me enrolava de um lado para o outro, tampando meus ouvidos com o travesseiro na cama.
Poxa, eu estava tão quentinho debaixo da minha coberta que não queria levantar, o alarme parou e eu peguei novamente no sono.
Quem nunca passou por isso, que atire a primeira pedra.
Me assustei novamente com a merda do alarme tocando, fui passando minha mão até alcançar a mesinha que fica ao lado da cama e desliguei o despertador, até porque a minha vontade era de tacar ele na parede e poder voltar à dormir, mas lembrei que custou meu dinheiro.
Suspirei......
Me levantei, ainda com os olhos fechados, me sentei na beira da cama, coloquei meus pés para fora, e assim que eles tocaram o chão gelado me assustei, com o susto puxei meus pés rapidamente, procurei o controle da TV para ligá-la.
Bem, eu gosto de escutar a previsão do tempo, para uns e outros eu posso parecer louco por ter esse gosto, mas não ligo.
— Uma frente fria vinda do ártico, deve avançar sobre o continente e provocar mais quedas de temperatura sobre a cidade. Então, sugiro para quem for sair de casa, procure se agasalhar adequadamente e leve o guarda-chuva. Não é somente a queda de temperatura que irá chegar, também tem previsão de uma forte chuva com trovoada e relâmpago, os ventos chegaram a 80 km/h.
— Nossa vou levar meu guarda-chuva..
Depois que ouvir a previsão do tempo que a meteorologista informava desliguei a TV, sai da cama contra a minha vontade, pois precisava me apressar, pois se eu continuar aqui vou acabar me atrasando para chegar no trabalho, até porque eu nasci lindo e não rico.
Affs......
Caminhei nas pontas dos pés, pois realmente estava bastante gelado o chão.
Abri as cortinas, ainda estava escuro, mas gosto de assistir o nascer do sol da janela do meu quarto, me espreguicei, mas antes de ir para o banheiro, fui regar as minhas plantinhas.
Me chamo Park Jimin, moro sozinho, tenho 25 anos, trabalho como entregador na empresa "SUDA", meu apartamento é pequeno, mas é aconchegante do jeitinho que eu gosto, ele possui uma sala com uma cozinha americana, tem dois quarto sendo um deles uma suíte que é claro o meu, um banheiro pequeno que fica no corredor próximo ao segundo quarto que é onde os meus três melhores amigos dormem quando eles resolvem vir passar o final de semana comigo.
Bem, sou feliz mesmo com as dificuldades da vida, pelo menos aparento ser.
Minha mãe faleceu dois dias antes do meu aniversário de dez anos, sim, eu sei, era apenas uma criança, nunca soube nada do meu pai nem sei se eu tenho parente mas enfim, desde então eu tive que me virar sozinho, comecei a trabalhar cedo, perdi toda a minha infância, estudei me formei em designer gráfico, porém, não consegui nada de trabalho na minha área, meu amigo Taehyung sempre me incentiva a sair para procurar alguma empresa que possam reconhecer meu talento.
Depois de regá-las fui em direção ao meu banheiro.
— Nossa, como está frio hoje! — Passei minhas pequenas mãos em meus braços com a intenção de me aquecer. Entrei no banheiro, pendurei meu roupão assim que tirei minha roupa, meu corpo se arrepiou por inteiro, liguei o chuveiro no momento em que as gotas da água atingiram minha pele, eu gritei.
— Droga! — Resmunguei. — Que água gelada.
Me encostei na parede esperando a água esquentar, bem eu não tenho condições para comprar um chuveiro elétrico até porque tenho outras prioridades, depois de um certo tempo entrei debaixo do chuveiro para tomar o meu banho.
Não poderia demorar, então me apressei, pois lembrei do noticiário, com certeza o trânsito vai está uma loucura, ainda mais sendo uma segunda-feira. Terminei meu banho, vesti meu roupão e fui até a minha cozinha, coloquei água no fogo para ferver para fazer um chocolate quente, pois o clima pedia, enquanto deixei a água no fogo fui para o quarto me arrumar, olhei em meu relógio era 6:45 da manhã, parei em frente a janela e nem sinal do sol.
— Talvez ele nem apareça hoje.... Preciso me arrumar rápido, ainda tenho tempo, pois meu turno só começa às 8:00 horas, mas quero evitar o engarrafamento.
Já no quarto olho para o cabide e não vejo o meu uniforme de trabalho, sempre deixo ele ali, eu não lembrava onde eu o tinha colocado. Caminhei até a cama, fiquei parado refazendo todo o meu trajeto da noite anterior, então lembrei que havia deixado no outro quarto, fui até lá e o peguei, depois de me vestir parei em frente ao espelho olhei o meu reflexo.
— Nossa, que horror, Park Jimin, parece que um trator passou por cima de você, olha essas olheiras!
Posso parecer louco mas eu brigava comigo mesmo, penteei meus cabelos, abri a gaveta tirando de lá minha base da Moisture e passei uma pequena quantidade, só para esconder as olheiras da noite mal dormida, pois eu havia tido mais um pesadelo, separei um par de roupa, pois, sempre levo uma caso algum incidente aconteça. Já arrumado vou para a cozinha fazer meu desjejum, afinal, como eu sempre digo, saco vazio não pára em pé.
Eu queria entender o porquê que o chocolate demora tanto pra esfriar, aposto se fosse café já estava gelado! Deixei minha caneca sobre o balcão e fui fazer um misto quente, suspirei ao olhar para o misto imaginando quantas calorias tinham nele.
Terminei de comer, lavei as poucas louças, guardei tudo, fui para a sala pegar meu capacete e a chave da moto, coloquei minha mochila na costa e desci até a garagem, o bairro onde eu moro é tipo periferia, já na garagem subi na moto e sai em direção a SUDA, de longe já se via a fileira de carro, engarrafamento na certa como eu havia dito, então eu peguei um atalho pois se eu fosse esperar o trânsito ser liberado iria me atrasar e o senhor, Mín-jun iria querer minha cabeça, eu dirigia com calma admirando a paisagem agradeci a Deus por me dar o privilégio de esta vivo.
A estrada estava tranquila, dificilmente carros pequenos passarem por aqui, é mais para carretas e caminhões, eu seguia cantando uma música animada rezando para não ser multado.
Estava tão distraído olhando para a água que levei um susto quando uma Lamborghini preta passou por mim em alta velocidade, o susto foi tão grande que eu me desequilibrei só não caí mesmo por sorte.
— Tá querendo morrer é? Seu maluco! Pensa que é dono da estrada! — Mesmo que a pessoa não escutasse eu gritava.
— Seu apressadinho do caralho! — Xinguei mesmo, até porque ninguém poderia me ouvir.
Sempre fui uma criança inteligente, minha memória é muito boa para decorar as coisas, e melhor ainda para criar. Mesmo o carro passando rápido eu decorei a placa, eu seguia meu caminho mesmo que meu coração estivesse para sair pela boca por causa do susto, cheguei bem no trabalho, estacionei a moto deixei o capacete em cima do baú e caminhei para dentro.
— Bom dia Jimin, chegou cedo hoje!
— Bom dia Bê, sim, o trânsito estava a meu favor.
Menti mas, pensando bem, estava sim.
Ao passar pela porta, Taehyung estava encostado no balcão conversando com o Seokjin, assim que eles me viram, sorriram. Fui abraçá-los, mas Tae me empurrou, me fazendo olhar com raiva para ele.
— Calma ai, chuchu, eu gosto do meu trabalho, e preciso dele! — Eu o olhei sem entender, ele sorriu e apontou com o bico para a entrada.
— Você sabe, né Jimin-ah, que o chefinho ali morre de amores por você!
— Tá maluco! Pare de falar besteira! — Dei um tapinha em sua cabeça e ele fez um bico enorme.
— Aí, vem ele! — Seokjin chamou nossa atenção nos fazendo olhar na direção em que o chefe vinha.
— Bom dia...Bom dia...
— Bom dia, Chefe! — Todos responderam juntos.
Ele passou direto para sua sala como de costume, com certeza ele vai lá ficar olhando nas câmeras, Jin me olhava como se quisesse dizer algo, eu conheço bem meus amigos, eu sei quando eles querem me dizer alguma coisa, me aproximei mais um pouco dele e Tae foi pegar um chá gelado.
— É incrível, parece que o Taehyung só vive com fome. — Jin sorriu ao escutar meu comentário.
— Acho que ele tem uma anaconda dentro da barriga, só pode! — Jin comentou me fazendo gargalhar, eu coloquei minha mão em frente a minha boca com vergonha.
— Como você está Jin? Como foi no médico semana passada?
— Estou bem, Hyung, eu queria te pedir um favor.
— Faça, Hyung. Se eu puder ajudar!
— Você poderia cobrir meu turno hoje? Eu preciso ir ao médico novamente, e o senhor Min-jun já me liberou três vezes semana passada, com certeza não vai acreditar.
— Claro, Hyung! Eu cubro você, pode ir e não precisa falar para o senhor Mín-jun, ele nem virá ao depósito hoje.
— Eu te amo, Jimin!
— Eu também amo você! Você viu o Hoseok? — Perguntei
— A última vez que o vi foi no refeitório. — Disse Bê ao se aproximar.
— Cara chato da porra.. — Comentou Seokjin.
— Park, venha até minha sala, quando terminar o assunto aí. — Disse o senhor Mín-jun, fazendo a gente se assustar com sua voz que saiu em um tom alto, todos olharam em minha direção me deixando constrangido.
— Sim, chefe! — Assim que respondi olhei para os meninos e o Tae estava vermelho por segurar a vontade de sorrir.
— Nossa, Kim Taehyung, como você está tão engraçadinho hoje! — O moreno sorriu e mordeu seus lábios, e ainda levantou a sua sobrancelha, passei por ele e fui para o vestiário pegar meu colete e deixar minha mochila e aproveitar é claro para dar uma olhada na escala do Jin.
Já no vestiário, encontro Hoseok, ele estava sentado sozinho, estranhei por que ele é sempre tão alegre e sempre está no meio da galera.
— Bom dia, Hoseok-Hyung! — Ele me olhou e forçou um sorriso. — Você está bem? — Perguntei
— Bom dia, Jimin-ah! Estou bem, aiiii!
Hosek se curvou abraçando seu estômago, corri até ele perguntando o que estava acontecendo, ele em meio a dor disse que seu estômago estava doendo muito e já havia vomitado todo o café. Coloquei ele sentado e voltei correndo até meu armário para pegar um remédio para dor e outro para vômito, voltei com uma bolsinha cheia de remédios. Olhei para meu amigo, ele estava ficando pálido, peguei um copo com água e dei a ele com os dois comprimidos, o ajudei a tomar, me sentei ao seu lado, segurei em suas mãos esperando o efeito do remédio agir.
— Jimin-ah, você tem muita coisa para fazer, eu já estou me sentindo melhor, não se preocupe, irei ficar só mais um pouquinho aqui.
Minha vontade era de ficar ali com ele, mas eu não podia, com certeza o senhor Mín-jun já deve está me procurando.
— Tem certeza que você ficará bem? Se quiser eu chamo o Tae ou o Jin pra ficar com você.
— Eu tenho sim, não precisa incomodar eles, agora vá antes que o chefe venha atrás de você.
— Está bem então! — Me levantei dei um beijo em sua testa, ao me virar levo um susto ao ver o senhor Mín-jun parado na porta que nem um dois de paus.
— Eu já estava indo até sua sala, senhor, mas eu parei para ajudar Hoseok ele estava passando mal! — Ele olhou para o meu amigo verificando se ele realmente estava eu estava falando a verdade.
— Porquê não passou na enfermaria da empresa Hoseok? — Min-jun perguntou.
— Porquê não deu tempo senhor, mais irei lá agora!
Hoseok se levantou e passou por nós de cabeça baixa, eu segurei em seu braço fazendo ele me olhar!
— Me avise, qualquer coisa está bem? — Hoseok acenou com sua cabeça dizendo que sim e saiu. Já na sala do chefe, eu escutava suas ordens atentamente.
— Aqui está o endereço da sua primeira entrega, essas flores e para entregar na empresa Cisco Systems para o CEO Jeon Jungkook.
Meus olhos se arregalaram ao ler o nome da empresa, já ouvi muitos rumores sobre o vice-presidente de lá o senhor Mín-jun me chamou atenção.
— Park vá rápido mas com cuidado não quero ter prejuízo e nem reclamações.
Como assim reclamações, só se for sua. — Resmunguei baixinho para ele não ouvir.
— Sim, senhor.
Peguei o buquê de tulipas brancas, com muita delicadeza e fui até a moto, abrir o baú e coloquei as flores com cuidado. Ao olhar novamente para o endereço fiquei pensando no que eu ouvir falar do jovem CEO, eu nunca tive curiosidade em saber como ele é, acho que eu sou a única pessoa que não sei quem ele é, será que é realmente verdade tudo isso que as pessoas falam, balancei minha cabeça, coloquei meu capacete e subi na moto e fui em direção a empresa.
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Jeon Jungkook:
Estava terminando de me arrumar quando escuto batidas na porta era meu motorista Min Yoongi avisando que já estava me esperando, coloquei o relógio em meu pulso, vesti meu terno azul escuro que por sinal caíram muito bem em meu corpo, abri a porta do meu quarto e desci as escadas, Min Yoongi já estava do lado de fora ao me ver ele abriu a porta e eu entrei.
— Bom dia senhor! — Ele falou olhando pelo retrovisor, olhei para ele e acenei com meu dedo dizendo que ele poderia seguir viagem.
— Feliz aniversário Jungkook que tal saímos mais tarde depois do expediente para comemorar Hyung?
Sim hoje é meu aniversário, por incrível que pareça, Min Yoongi foi o primeiro a lembrar, meu celular começou a vibrar, era mensagem do meu pai Jeon Do-yun e do meu avô o presidente Jeon Jun-seo, eles sempre se lembram, mais minha mãe e meus irmãos para eles parece que eu nem existo. Isso agora já não me atinge tanto como antes.
— Pode ser Min Yoongi! Vamos, não quero me atrasar!
Yoongi deu partida no carro, ao chegar próximo a rodovia principal o trânsito estava parado, Yoon me perguntou se poderia pegar um atalho, e eu logo concedi, a estrada era calma, eu não tinha prestado atenção nesse lado da cidade, ele dirigia em uma certa velocidade seu celular tocou e ao atender se distraiu e quase bate e um motociclista, mas desviou a tempo, então diminuiu a velocidade olhando para trás para ver se o rapaz estava bem, depois que viu que sim, pisou no acelerador novamente, ele sabe o quanto eu odeio atrasos.
— Senhor Jungkook, o secretário Namjoon pediu para avisá-lo que todos os acionistas já estão presentes na sala de reunião à sua espera!
Nada respondi, apenas continuei olhando para o lado de fora. Não demorou para chegarmos à Cisco Systems, e assim que os funcionários viram o carro vim estacionando, correram para o lado de fora para me receber, eles faziam uma fila. Yoongi saiu e foi em direção a porta do carro para abrir para mim , já em pé do lado de fora, arrumo meu terno caminhei por eles sem nem dizer bom dia, conforme eu passava eles baixaram suas cabeças em sinal de respeito, ao passar pela porta Namjoon caminhou até mim rapidamente.
— Bom dia senhor!
Namjoon andava ao meu lado me repassando minha agenda e me informando sobre tudo que iria ser debatido na reunião.
— Senhor amanhã você irá se encontrar com o vice-presidente Lee Jung do grupo L às 8:00 horas da manhã, no Hotel Michel!
— Namjoon cancele essa reunião, não precisamos dessa parceria! - Ele me escutava atentamente sem questionar minha decisão, pois era pago para acatar minhas ordens aqui dentro, mas da porta para fora Namjoon é meu melhor amigo igualmente Yoongi.
— Sim senhor!
Assim que respondeu, Namjoon abriu a porta da sala para que eu pudesse entrar, ao me verem todos se levantaram ficando de pé e me desejando bom dia, passei por todos indo em direção a minha cadeira, Namjoon como sempre me acompanhava. Me sentei e pedi para o rapaz que já estava em frente ao data-show começasse.
— Bom dia a todos, irei direto ao assunto para poupar o tempo do nosso vice-presidente, venho falar que ao contrário do designer que foi mostrado na reunião anterior que foi baseado apenas em aumento de taxa, desta vez ele irá ser baseado na taxa de experiência de usuário, demos um complemento no aplicativo.
Eu escutava atentamente mas sem desviar meu olhos do gráfico que ele estava mostrando, mas algo ali me chamou atenção então eu bati com a minha caneta na mesa fazendo com que o jovem parasse de falar, e todos me olhassem.
— Algum problema, senhor, Jeon? — Era notável o nervosismo do rapaz ao me perguntar.
— É maior ou igual? — Perguntei
— Me desculpe senhor, mas eu não entendi sua pergunta! —Todos olhavam curiosos para mim.
— Falta um sinal de igual no código do analisador de HTML!
Rapidamente todos olhavam para seus papéis e o próprio rapaz olhou para seu notebook e notou que realmente estava faltando o sinal de igual em seu programa.
Sorri.
— Desculpe senhor, irei modificá-lo, agora mesmo! — Ele começou a digitar em seu notebook.
— Assim que esse programa fosse instalado em nosso sistema, iríamos receber um ataque direto e todos os nossos dados iriam ser roubados em poucas horas, e ainda levaríamos meses para detectar! Então me diga como você poderia alterar todas as informações dos clientes que fossem divulgadas e roubadas?
Ele nada falou baixou sua cabeça pois nada que ele falasse naquele momento iria resolver a situação, pois eu não admito erros e nem falhas, comigo só trabalha os melhores, me levantei arrumei novamente meu terno e todos continuavam de cabeça baixa
— Você e toda a sua equipe estão demitidos.
Me levantei e saí, deixando todos sem saber o que falar, passei em minha sala rapidamente para pegar minha pasta pois eu tinha uma reunião com um acionista do Brasil que morava na cidade de São Paulo, tínhamos marcado uma reunião fora da empresa mas ninguém sabia a não ser Min Yoongi e Namjoon, assim que peguei fui em direção ao elevador.
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Park Jimin:
Já estava em frente a empresa Cisco, e o prédio era enorme, suas janelas eram todas de vidro, meu pescoço até chegou a doer, por ter me inclinado tanto para olhar o último andar, desci da moto abri o baú e tirei de lá o buquê com muita delicadeza, assim que eu me viro para ir em direção a entrada, algo me chamou atenção.
— Espera aí, esse é o mesmo carro que quase me fez bater hoje pela manhã!
Me aproximei e notei que era a mesma placa.
— Parece que nos encontramos novamente, senhor apressadinho! — Franzi minha testa ao lembrar do ocorrido.
Caminhei até a recepção perguntei em qual andar ficava o escritório do CEO, a moça apenas respondeu no 2°piso, então eu peguei o elevador apertei o botão, a porta se abriu no segundo piso eu saí e fui em direção a uma moça que estava sentada atrás de uma mesa de vidro, falando ao telefone, ela fingiu que não me viu e continuou no telefone, eu arqueei minha sobrancelha, não acreditando na ignorância da mesma, então eu engrossei minha voz chamando sua atenção e fazendo ela para de falar no celular.
— Bom dia, eu tenho uma entrega para o CEO. — Puxei o papelzinho do meu bolso para ver o nome do cliente.
— Jeon .... Jeon Jungkook, é isso! — Sorri de mim mesmo pois ao pronunciar notei que fiz um bico, ela me olhou dos pés a cabeça parecia que estava com nojo, eu tenho raiva de pessoas que só porque trabalham com pessoas ricas se acham dono do mundo.
— Oi senhorita, você pode pegar as flores? — Pergunto já sem paciência.
— Me desculpe! — Ela pegou o buquê da minha mão e pediu para o rapaz levar até ao senhor Jeon, esperei ela terminar de repassar para o rapaz para poder pedir para ela assinar a entrega, depois que ela assinou caminhei até o elevador para voltar para a empresa.
Estava em frente a porta do elevador esperando ele descer, assim que ele desceu eu entrei e apertei o botão para o primeiro andar, mas antes que a porta se fechasse ela foi segurada por uma mão grande, dei um passo para trás dando passagem para o homem entrar, ele entrou e ficou a minha frente, seu perfume entrou em minhas narinas me fazendo puxar a respiração um pouco mas profunda, ele usava um terno muito bem alinhado, seu cabelo está perfeito, eu queria ver seu rosto, estava curioso.
— Ele parece com aqueles advogados de filme! — Falei comigo mesmo em meus pensamentos.
Meus olhos fotografava cada detalhe daquele homem que estava de costa para mim, inclinei meu pescoço um pouco com a intenção de ver seu rosto, mas não tive sucesso, uma mecha caiu sobre seu rosto, ele me pegou tentando olhar para ele eu fiquei morrendo de vergonha me virei, ele coçou sua garganta me fazendo ficar mas nervoso, minha chave caiu próximo ao seu pé, me abaixei para pegá-la, assim que ele me viu abaixar se virou, e ficou de frente para mim, eu levantei meu olhar devagarinho, na proporção que meu olhar ia subindo meu coração aumentava os batimentos de uma forma que parecia que iria sair pulando para fora, engoli seco, eu olhei até uma certa parte, pois como tenho uma mente fértil já comecei a imaginar, ele segurando em minha nuca beijando meu pescoço, arranhando minhas costas era tantas coisas impuras e pervertida que se passava pela minha mente, eu o imaginava ele todo suado com os cabelos grudado em seu rosto, comecei a sentir um frio na barriga, mais acordei a tempo da minha imaginação fértil, balancei minha cabeça para parar de sonhar acordado, senti minhas bochechas esquentarem, olhei novamente para o corpo a minha frente, mas eu não conseguia ver seu rosto pois a luz impediu, então ele mexeu sua mão que estava em seu bolso da frente me fazendo olhar para onde eu não devia então virei meu rosto rapidamente, pois a posição em que eu estava me deixou extremamente envergonhado que nem minhas chaves eu conseguia pegar.
Comecei a implorar para Deus me mandar um sinal para me ajudar a sair dessa situação, e não é que ele atendeu meu pedido, o celular do desconhecido começou a tocar, então ele se virou e tirou o celular do seu bolso para atender, eu agradeci a Deus.
— Quem nunca imaginou algo pervertido atire a primeira pedra!
Não sou pervertido e nunca agi assim essa foi a primeira vez, meu deus o que está acontecendo com você hoje em Park Jimin. - Falei bem baixinho para que somente eu escutasse, mas ele fingiu que iria se virar, eu quis me enterrar ali mesmo e sair correndo.
O elevador parou, e eu o empurrei passando por ele rapidamente só queria sair dali, mas para piorar eu fui na direção errada, a saída ficava do outro lado, eu voltei e vi ele conversando com um homem loiro alto lindo, ele estava segurando o buquê de tulipas em suas mãos.
— Então esse é o CEO Jeon Jungkook! — Pensei, o loiro me olhou e eu baixei minha cabeça passando por eles em direção a saída.
Olhei o carro ainda estava no mesmo lugar, coloquei meu capacete subi, na moto e sai em direção a SUDA, pois lembrei que eu havia combinado que iria cobrir o turno do Seokjin, e também precisava saber como Hoseok estava, dei graças a deus pelo trânsito está calmo, cheguei na empresa deixei a moto no estacionamento e fui em direção ao depósito, pois tinha muita coisa para organizar, assim que entrei Hoseok e Taehyung estavam conversando próximo a porta, eles sorriam de algo, então fiquei aliviado pois meu amigo estava bem!
— Ue, vocês já estão saindo? — Perguntei ao me aproximar deles.
— Sim Jimin-ah, nosso turno acabou, você ainda vai ficar? — Tae perguntou
— Sim irei cobrir Seokjin!
— Certo mais antes vá para o refeitório almoçar! — Hoseok falou sério, acenei com minha cabeça e fui para o refeitório pois eu não ia bater de frente com ele.
Depois de almoçar voltei para o depósito, e nossa tinha bastante coisa pra separar e organizar, então comecei a agir, peguei meu fone, coloquei minha playlist pra tocar enquanto eu fazia tudo calmamente.
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Kim Namjoon:
— Senhor estava à sua procura, liguei pro seu celular mas só dava ocupado. — Perguntou Namjoon, assim que saí do elevador.
— Estava falando com o Yoongi. Mas diga estou aqui em sua frente o que aconteceu?
— O presidente Jun-seo, o convocou para uma reunião de última hora na sala principal!
— Sabe do que se trata? — Nam apenas acenou com sua cabeça negando, olhei para suas mão ele segurava um buquê de tulipas.
— Desculpe, mas são para o senhor! A senhorita Jisoo pediu para entregá-la com um cartão de felicitações. — Revirei meus olhos e sorri.
— Mas me diga como foi com a senhorita Jisoo ontem senhor vice-presidente ?
— Cem cerimônias Namjoon. Você sabe melhor do que ninguém que a senhorita Jisoo não faz o meu tipo, meu avô que insiste em unir as empresas, eu odeio aquela família.
— Desculpe, senhor!
Namjoon melhor do que todos sabem o quanto esse assunto é delicado, eu não gosto quando eles resolvem fazer esse tipo de reunião em cima da hora ainda mais sendo somente os membros da família Jeon.
Jisoo é uma mulher linda, inteligente e milionária, sua família é dona do melhor escritório de advogados da cidade, fora as outras penas empresas, e seu pai e o terceiro acionista com mais ações aqui na Cisco Systems, o segundo eu não sei quem é, meu avô nunca o mencionou mais irei descobrir.
Meu avô ficou sabendo do interesse dela em mim então ele colocou em sua cabeça que eu devo me casar com ela, para termos herdeiros e só assim dar a continuação a linhagem da família, minha família sempre seguiu as tradições, mais eu não sou um fantoche e não irei fazer nada contra a minha vontade, eu respeito muito meu avô, mas não irei fazer o que ele deseja. O pai da Jisoo é um homem muito ambicioso e invejoso, ele só está esperando um único vacilo meu, para querer assumir a Cisco Systems.
Meus pensamentos estavam uma bagunça, já estava em frente a porta principal, Namjoon abriu e eu entrei, todos estavam presentes, meu pai Jeon Do-jun estava sentado a direita ao lado dos meus dois irmãos Jeon Jung-hoon e Jeon Ji-ho, assim que passei pela porta eu sentia os olhares de todos sobre mim, eu já estava acostumado mas isso nunca me agradava, Namjoon como sempre me acompanhou.
— Secretário aguarde lá fora, somente membros da família Jeon poderão permanecer aqui! - Disse o presidente.
Namjoon me olha e espera meu sinal, eu apenas balancei minha cabeça e só assim ele se retirou da sala, meus irmãos sorriam debochando, eu encerrei meus punhos com raiva, eu não admito que ninguém trate mal nem Namjoon e nem Min Yoongi em minha frente, mais em respeito ao senhor presidente não disse e não fiz exatamente nada, apenas me sentei na última cadeira longe de todos.
— Então presidente o porque dessa reunião de última hora, sabes que sou um homem bastante ocupado, pelo menos eu aqui entre os presentes faz alguma coisa pela empresa! — Falei olhando para os dois que assim que escutaram suas expressões mudaram completamente.
— Se acalme meu neto, boa tarde a todos aqui, marquei essa reunião para informar a todos que a partir de hoje estou me aposentando, e que irei nomear o novo presidente da Cisco Systems. Como vocês mesmo sabem eu não tenho mais saúde para continuar fazendo esses esforços, eu fiquei analisando cada um que está presente nessa sala, a pessoa que eu escolhi para me substituir e o mais qualificado não estou dizendo que os outros que não forem o escolhido não sejam!
Todos se olharam, Jung-hoon era o mais assustado, eu já imaginava que um dia isso ia acontecer, mas ainda não estava preparado para ver meu avô longe da empresa que sempre foi sua vida.
— Isso não é tudo, eu também mudei o meu testamento! — Ji-ho levou sua mão fechada até sua boca e mordeu seu punho, eu não entendo o porquê todos estão preocupado.
— Espere vovô! O senhor tem certeza de que tem que fazer isso assim tão rápido? O senhor não acha melhor pensar direito?
— Já pensei muito meu neto Jung-hoon, estou ciente da minha decisão! Se está pensando que eu estou caduco sinto muito em lhe informar mais não estou!
— Pai o Jung-hoon não quis dizer isso, eu sei que o senhor escolheu o melhor entre eles aqui!
Meu pai falava segurando na mão do Jung-hoon.
— Mas sabemos como segue a tradição, então eu tenho certeza que Jung-hoon é o mais experiente além de ser o mais velho entre seus netos.
Sorri ao ouvir as palavras de meu pai.
— Sei muito bem como as coisas funcionam Do-jun, não preciso que me lembre disso, foi eu mesmo que criei, quero que todos aqui presentes prestem bem atenção. — Meu avô ficou de pé, todos olhamos para ele.
— Eu estou velho e não burro, não vou mais demororar, Jungkook sera o novo presedente da Cisco Systems, então tudo terá que passar por ele primeiro, ele dará a última palavra em todas as decisões.
Eu já esperava isso, eu me dediquei desde jovem a empresa foi devido os ensinamentos do meu avô que me tornei esse homem que eu sou hoje.
— Nossa vovô, eu não sei nem o que dizer, apenas obrigado pela confiança! — Caminhei até ele e o abracei e apertei sua mão, mas Jung-hoon gritou batendo sobre a mesa chamando atenção de todos.
— Isso é loucura! Eu sou o filho mais velho, eu deveria substituir o senhor e não esse moleque, que ainda nem saiu das fraldas! — Olhei para ele e vi a fúria em seus olhos, eu sorri.
— Isso não é justo, papai o senhor não vai fazer nada! — Jung-hoon estava descontrolado e jogou as coisas de cima da mesa.
— Acalma irmão, vem comigo, você precisa respirar um pouco, nos deem licença. — Ji-ho o tirou da sala para que ele não fizesse mais dramas.
Ficamos nós três ali meu pai veio até mim, me deu os parabéns.
— Pai, posso falar com o senhor um instante.
Eu já imaginava que meu pai iria tentar fazer meu avô mudar de ideia, então resolvi me retirar para deixar eles dois mais à vontade, assim que caminhei em direção a porta.
— Jungkook, onde pensa que está indo meu neto?
— Eu só vou! — Apontei em direção a porta.
— Permaneça na sala! — Acenei com minha cabeça.
— Jeon Do-jun se você está pensando que vai me fazer mudar de ideia, não perca seu tempo, seu filho Jungkook saberá muito bem comandar a empresa, eu confio nele de olhos vendados, e outro, Jung-hoon não é qualificado para essa função, não ainda!
Meu avô fala em um tom autoritário. Ficamos ali por alguns minutos, e depois acompanhei meu avô até o corredor.
— Avô, o senhor tem certeza? Sabe que meus irmãos não irão aceitar! — Pergunto novamente.
— Só mudarei de opinião se você não quiser assumir a presidência, eu te ensinei muito bem meu filho desde cedo eu escolhi você, agora deixe-me ir seu velho avô está cansado, agora vá pra casa é seu aniversário! Convide a senhorita Jisoo para jantar! — Ele me deu um beijo em minha cabeça e saiu. Entrei em minha sala para analisar o que havia acontecido, a ficha ainda não havia caído.
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Jung-hoon:
— Não é justo Ji-ho! Porque aquele bastardo foi escolhido, eu sou o melhor não aquele moleque!
— Eu também não entendo irmão, você é o mais velho, era você que deveria ocupar aquela cadeira. - Não sei como Ji-ho conseguiu ficar calmo em uma situação como essa.
— Alguém deveria fazer alguma coisa! — Estava com tanta raiva, que eu não estava falando coisa com coisa, Ji-ho saiu para pegar uma água pra mim, assim que ele saiu eu não pensei duas vezes fui até a sala do Jungkook.
Eu já estava no corredor onde fica a sala do Jungkook, assim que Namjoon me viu tentou me segurar, mas eu estava com tanta raiva que o empurrei fazendo ele se encostar na parede, abri a porta com tudo, o infeliz estava sentado de costa para a porta ele falava com alguém ao telefone, assim que ele me viu desligou o celular, e me olhou com aquele olhar que tanto tenho raiva.
— O que veio fazer aqui Jung-hoon? — Eu sorri, passei minha mão em meus cabelos jogando para trás, me aproximei e coloquei minhas mãos sobre a mesa do CEO ficando de frente para ele.
— Se você acha que irá sentar naquela cadeira assim tão fácil, está muito enganado, ela pertence a mim! — Jungkook se levantou com um sorrisinho em seus lábios deu a volta ficando de frente comigo, por mais que eu seja alto, ele não abaixou a cabeça e nem transmitiu medo, muito pelo contrário ele era quem causava o medo.
— Não seja por isso, pode levar a cadeira para sua casa! — Ele ironizou.
— Se queres tanto a presidência, porque não fez nada para merecer? Fale com o vovô e diga a ele que a cadeira é sua, que a presidência é sua! Eu não pedi para ser presidente, mas não vou permitir que a empresa caia em mãos erradas como você Jung-hoon! Você é tão patético, essa inveja que você carrega de mim não vai te levar a lugar nenhum.
Sorri.....
— Você pode até ser o neto preferido, Jungkook, mas eu sou o mais amado pelos nossos pais! Eu não vou obedecer ordens de um moleque, tá me ouvindo?
— Peça demissão então! — Jungkook gritou. A porta foi aberta rapidamente pelo Min Yoongi.
— Já chamou o seu cãozinho de guarda? Podemos resolver isso sozinhos, não acha maninho? Já somos bem crescidos!
— Não preciso provar para ninguém o meu valor, e muito menos implorar amor eu me amo e isso basta pra mim não vivo de migalhas como você, eu mesmo, e não preciso que digam, agora retire-se da minha sala, ou eu pedirei para Min Yoongi o tirar daqui à força!
Levantei minhas mãos e saí, passei por Namjoon, ele me perguntava alguma coisa mas eu estava com tanta raiva que não dei importância.
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Jeon Jungkook:
Eu já imaginava que eles não iriam aceitar essa decisão do vovô, eu fiquei furioso me segurei muito para não partir para cima dele, se Yoongi não estivesse entrado na sala não sei o que teria acontecido, minha cabeça tava pra explodir tirei meu terno ficando apenas com a camisa social branca afrouxei a gravata, Yoongi me vendo nervoso caminhou até mim, mas eu olhei em sua direção.
— Pode parar aí mesmo Yoongi, me deixe sozinho! — Yoongi me olhou sério, mas logo foi em direção a porta, mas antes dele chegar e saí pedi a chave do carro, mas ele não queria me dar.
— Me dei a chave é uma ordem! — Namjoon entrou ao ouvir o tom da minha voz alterada e foi logo perguntando.
— Onde pensas que vai assim, desse jeito jungkook? Se queres sair deixe que o Yoon te leve é mais seguro!
— Não! Namjoon eu quero ir sozinho, eu preciso pensar, estou me sentido sufocando, essa briga pela presidência está saindo fora do controle minha vontade é largar tudo e deixar que Jung-hoon tome conta, mas se eu fizer isso meu avô pode até, eu não quero nem imaginar, eu só preciso sair dirigir ficar sozinho, Yoongi me dê essa chave!
— Dei a ele Yoon, mas Jungkook me prometa que vai deixar o localizador ligado, e volte antes da tempestade! — Min Yoongi me deu a chave mesmo contra a sua vontade e saiu batendo a porta.
— Não se preocupem, eu deixarei, não irei longe, só preciso respirar um pouco longe de tudo isso aqui.
Peguei o elevador apertei o botão para o estacionamento subterrâneo onde meu carro estava, acionei o alarme para mim ver onde ele estava em meio aos demais carros, o alarme apitou eu fui em sua direção, abri a porta e entrei arregacei as mangas da camisa e sai do estacionamento, assim que saí notei um carro me seguindo, mas ignorei talvez fosse impressão minha, pois muitos carros estavam indo na mesma direção, então sai ultrapassando dois carros a minha frente olhei pelo retrovisor e o carro de atrás fez o mesmo, então eu tive a certeza que eu realmente estava sendo seguido, eu precisava despistar mas como, assim que vi uma seta indicando apenas carros de porte grande, eu não pensei duas vezes entrei na estrada, eles passaram direto, acelerei um pouco, a vista era linda, eu havia passado por aqui pela manhã, mas não tinha prestado atenção, não como agora.
De repente olho pelo retrovisor e o carro vinha chegando em uma certa velocidade, eu pisei no acelerador novamente, começou uma corrida contra o tempo, tentei pegar meu celular, para ligar para o Yoongi e informa-lo que eu estava sendo seguido, mas a porra caiu pra debaixo do banco, tentei pegar sem tirar os olhos da estrada mas não adiantou.
— Droga! Suspirei
Pisei mais ainda no acelerador fazendo o carro atingir a velocidade máxima, olhei para ver se estavam perto e não avistei mais, minha respiração estava pesada meu peito doía parecia que meu coração iria explodir, mas com um certo tempo minha respiração foi acalmando e voltando ao normal, pois eu havia despistado ele, mas tudo pirou tentei diminuir a velocidade mas o painel não respondia ao meu comando, tentei frear mas os freios também não estavam obedecendo, o desespero começou eu tentava controlar o volante, o carro ficou desgovernado ele fazia zig e zag pela estrada eu segurava firme o volante, mas tudo foi tão rápido assim que eu fiz a curva uma carreta vinha em minha direção girei o volante com toda minha força mas o carro capotou uma, duas, três vezes até sair fora da estrada e cair no rio.
O desespero era muito grande, tentei soltar o cinto mas estava preso a água começou a entrar no carro, eu olhei para cima o carro que estava me seguindo parou e dois caras saíram e olharam para baixo, entrei em pânico quando o carro ficou emerso, a água já estava em meu pescoço, eu só queria sair, foi quando eu consegui desprender o cinto abri a porta e saí, já estava sem fôlego mas consegui chegar até a superfície, mas estava longe da margem, então comecei a nadar, já estava sem forças consegui chegar a uma grande pedra ao tentar subir a pedra estava lisa então acabei escorregando e cortei minha perna, na hora não senti nada depois de muito esforço consegui subir, eu me deitei sobre ela e acabei desmaiando.
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Min Yoongi:
Eu estava sentindo uma estranha sensação olhei em meu relógio já era 18:00 horas, e nada do jungkook chegar ou dar notícias fui até a sala do Namjoon saber se ele tinha entrado em contato com ele. Bati na porta e Joon logo me concedeu a entrar.
— Min Yoongi! O que houve porque está com essa cara de preocupado?
— Namjoon você conseguiu falar com o Jungkook, pois eu estou ligando e só está dando fora da área de cobertura, olhei no rastreador o último sinal que deu foi na estrada 16, o sinal está fraco mas está parado!
— Não Yoongi desde da hora que ele saiu eu não falei com ele, até porque estou com tanta coisa pra resolver para a sua posse da presidência, mas já está tarde ele já deveria ter voltado.
— Eu irei até onde o sinal está apontando!
Namjoon, me deu a chave do seu carro,eu realmente estava com mal pressentimentos, ao sair da sala do Namjoon me encontro com Jung-hoon e Ji-ho no corredor ele me olhou com um sorrisinho que eu odeio tanto.
— Parece preocupado com alguma coisa Min Yoongi? — Disse Jung-hoon
Nem o respondi passei direto, eu só não faço nada por respeito ao vice-presidente ele é como um irmão que nunca tive, ele foi o único me me deu oportunidade mesmo com o currículo que eu tenho, ele me tirou do mundo em que eu me encontrava e confiou em mim, eu devo a minha vida a ele, eu sentia uma angústia enorme no peito já estava próximo do local e cada curva que eu dava o sinal aumentava, eu não sei se era bom ou ruim, assim que virei a última curva já dava para ver os pedaços de carros deixado para trás.
— Nossa o acidente foi grave por aqui! Meu Deus faça que não seja nada com o Jungkook!
Comecei a ficar nervoso, havia bastantes carros ao local, bombeiros, o helicóptero sobrevoava a área, ambulância já estava a espera por vítimas o carro de reportagem a multidão já estava formada não dava de se aproximar com o carro, então desci, estava com medo, assim que me aproximei da ponte o carro vinha sendo guinchado, foi aí que eu caí no chão eu não queria acreditar não podia ser, o policial vendo o meu estado logo se aproximou perguntando se eu conhecia o veículo, eu mau conseguia falar estava em choque, no momento em que eu disse que o carro pertencia ao herdeiro da empresa Cisco Systems os repórteres logo se amontoaram em cima de mim, os polícias me ajudaram a sair do local, eu perguntava do corpo, mas eles disseram que não havia encontrado e que os bombeiros estavam fazendo busca no local, mas era de difícil acesso, as ondas estavam muito fortes.
Peguei meu carro e dirigi até a Cisco, ao chegar corri para a sala do Namjoon e assim que ele me viu entrar eu me desabei em seus ombros, eu não conseguia explicar direito, ele me pedia para me acalmar e explicar o que estava acontecendo, eu nada falei apenas liguei a TV e quando ele viu o noticiário entrou em desespero começou a gritar e chorar, ele saiu correndo em direção a sala do senhor Do-yun e eu fui atrás, assim que ele entrou foi logo ligando a TV, o pai do Jungkook não queria acreditar ele começou a falar que não era o seu filho, que isso não passava que uma brincadeira de mal gosto, ele começou a passar mal pedi para a sua secretária ligar para o médico da família vir urgente para cá e logo ela fez isso, a notícia se espalhou muito rápido.
No jornal Porto-de-Busan-Coreia-do-Sul a jornalista anunciava.
— Herdeiro da empresa Cisco Systems morre ao capotar o carro na rodovia 16 seu corpo ainda não foi encontrado. Devido a chuva os bombeiros só poderão fazer a busca pelo corpo amanhã.
Todos entramos em desesperos, era nítidos a preocupação em muitos ali, mas eu não entendia como os irmãos do Jungkook podem está tão calmos e frios em uma situação como essa, assim que o presidente soube da notícia passou mal e precisou ser internado, ninguém sabia o que fazer, eu me sentia despedaçado por dentro, mais eu ainda tinha esperança de encontrá-lo com vida, Namjoon me convidou para irmos para sua casa, ele não queria ficar sozinho e nem eu.
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Park Jimin:
Estava tão distraído arrumando as coisas, no depósito que nem vi as horas passarem, a TV estava ligada passando algo sobre o CEO Jungkook, mas eu não ouvi do que se trata até porque eu estava com meus fones de ouvido, então eu desliguei a TV, e voltei a fazer meu trabalho, foi quando eu me espantei com um clarão que entrou no depósito, olhei para trás e já estava noite olhei em meu relógio para ver as horas e já se passavam das 19:00 horas.
— Nossa já está tão tarde! — Me espreguicei.
Tirei o fone do ouvido, e escutei trovejar, me apressei fui até o meu armário pegar minhas coisas, depois de pegar tudo me certifiquei que tudo estava trancado liguei o alarme e saí, olhei para o céu e o vi ficar escuro, a lua já não se fazia presente, subi na moto e saí.
— Se eu for pela via principal eu irei pegar o engarrafamento e chegarei todo molhado, então vou pegar o mesmo atalho que peguei hoje. — Eu falava comigo mesmo, Tae disse que eu não bato bem da cabeça porque falo sozinho.
A tempestade começou a cair, me deixando com dificuldade para enxergar, os pingos de água doíam muito ao tocar meu corpo mesmo eu estando com a capa, as gotas pareciam que estavam furando, tudo piorava eu estava com medo de sofrer acidente, a estrada estava bastante escura. Levei minha mão para limpar a minha viseira, quando do nada um homem apareceu no meio da estrada eu pensei que era um fantasma eu gritei e ele também, tudo aconteceu muito rápido não tive tempo para agir a única coisa que eu tentei foi frear, mas ao fazer isso minha moto acabou derrapando atingindo o corpo do homem e o jogando para longe, com o impacto fiquei desacordado por uns segundos, mas logo recuperei minha consciência, me levantei devagar olhei para meu lado um pouco distante ao outro corpo no chão, corri até ele, me abaixei para ver se ele estava consciente também.
— Meu deus será que ele está morto! — Comecei a chorar eu batia em seu rosto de leve para fazer com que ele acordasse mas nada, aproximei meu ouvido do seu peito para escutar a batida do seu coração, e dei graças a Deus por ele está vivo, mas seus batimento estava tão fraquinho, olhei para a perna dele e estava sangrando muito!
— Moço, senhor acorde por favor! Eu preciso fazer alguma coisa se ele ficar aqui vai acabar morrendo e eu irei preso.
Eu estava apavorado, não sabia o que fazer, eu estava bastante machucado mas nada se comparava ao estado em que esse homem aqui jogado no chão se encontra. E para piorar ele não se mexe! Abri minha mochila e tirei meu celular para ligar para emergência.
| Alô emergência, aconteceu um acidente grave e tem uma pessoa desacordada! Foi tudo muito rápido, ele apareceu de repente, eu tentei frear, mas minha moto derrapou mas eu ainda acabei atingindo ele, ele tá caído, não está se movendo, estou apavorado! Por favor mande alguém aqui.
| Se acalme, não toque nele, estamos enviando uma ambulância até vocês, me diga qual o seu local?
| Eu não sei bem, está chovendo muito, estamos na rodovia que leva a ponte, moça eu não me lembro por favor só mande uma ambulância.
| Tudo bem vamos rastrear a ligação, não saia daí.
A chuva começou a aumentar eu me sentei ao seu lado do moreno no meio da estrada esperando o socorro mais estava demorando tanto, eu rezava para que o pior não viesse acontecer, tirei minha capa e coloquei sobre ele, um carro passou por nós em alta velocidade, quase nos atingindo, por mais que a atendente estivesse pedido para não mexer nele, eu tinha que fazer alguma coisa pois se ficássemos aqui era capaz de sermos atropelados.
Me levantei e o arrastei do meio do asfalto, ele era bastante pesado mas mesmo assim eu consegui tirá-lo do perigo, fui até onde minha moto estava a empurrei até o acostamento, por volta de quarenta minutos a ambulância apareceu eu corri até o meio da estrada eu pulava acenado onde estávamos, a ambulância parou e os paramédicos desceram já com a maca.
— Você está bem? — O enfermeiro perguntou ao olhar para mim cheio de sangue e apavorado, enquanto os outros dois examinaram o moreno.
— Sim! Mas por favor não deixe ele morrer, ele apareceu do nada e se jogou na frente da moto! — Eu estava nervoso, eu gaguejava muito.
— Você o conhece?
— Não, eu nunca o vi!
Os paramédicos o colocaram na maca e o levaram até a ambulância para encaminhá-lo ao hospital mais próximo, eu logo os segui pois precisava ter notícias dele, afinal eu o atropelei. A ambulância saiu e eu logo a seguir.
Chegando ao hospital o homem que nem eu sabia o nome estava deitado no corredor esperando pelo atendimento, tirei meu celular do bolso e liguei para Taehyung avisando o que havia acontecido, depois de falar com meu amigo, fui até o corredor ver como o moreno estava, mesmo não o conhecendo eu estava preocupado e com medo ao mesmo tempo.
Ao chegar perto da maca abaixei novamente meu rosto para me certificar se ele estava respirando, olhei para os lados procurando algum médico para atendê-lo logo, depois de meia hora o médico veio examiná-lo, ele disse que ele iria precisar, engessar sua perna que havia deslocado o fêmur, eu quase tive um infarto, meu Deus onde eu vou arrumar dinheiro, o médico saiu para preencher a ficha dele, foi quando eu o vi mexer seus dedos, me aproximei dele e fiquei o observando queria ver se ele iria se mexer de novo, mais nada, eu olhava para sua barriga parecia que ele tinha parado de respirar, cheguei meu rosto próximo do seu nariz para sentir sua respiração.
— Eu ainda estou vivo se quer saber! — Levei um susto enorme ao escutar a sua voz grossa, então ele abriu seus olhos que era tão pequenos e negros pareciam o céu a noite estrelado, eu fiquei sem reação parecia que minha alma tinha saído do meu corpo.
Escutamos alguém perguntando para os acompanhantes que estavam ali com pacientes se eles tinham visto essa pessoa, eles mostravam uma foto, o moreno inclinou sua cabeça e parecia que ele os conhecia, ele arregalou seus pequenos olhos, me chamando atenção e me fazendo olhar na mesma direção mas antes que eu olhasse para o lugar ele me puxou em meu braço com uma certa força que acabou me fazendo cair sobre ele, na correria uma enfermeira passou por mim e acabou me empurrando, com isso meus lábios tocaram o dele, eu o olhei assustado, e ele também, eu o empurrei e acabei dando um tapa pelo atrevimento minha atitude fez com que ele batesse sua cabeça e desmaiasse.
— Não...Não....Não....
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