Um momento...

Cara, eu salivei e não foi pouco com essa mídia. Vou trocar de camisa tá tudo babado, kkkk

******************************************

- Usshh, vem morar lá em casa, tu esquece a peste em dois dias.

Já não era a primeira vez que ele me pedia isso e eu ignorava ou mudava de assunto.

- Charles, para no posto, tenho que comprar outro chip... aquele eu joguei fora para ele não me ligar mais.

- Ele sabe onde tu moras? – Eu concordei com a cabeça - Vais ter que te mudar lá pra casa, eu te sustento.

- Ahaha... tá, só tu mesmo. Mas vou pensar sobre morar contigo e não me pressiona, ouviu?

- Sei... aí em três ou quatro anos tu te decide né.

- É, bem isso.

- Agora chega desse papo. Vamo logo pra casa que hoje tô facinho, facinho... Quero muito dengo e fazer amor gostoso contigo a noite toda.

Ele sempre me fazia rir, oh bicho abençoado, um querido.

Durante àquela semana, fui na sex shop pagar meu fiado com o Abi e contei pra ele, sobre minha aventura no Pinho.

- Sério que eu perdi de teu macho pelado... vamo juntos num findi desses?

- Eu? Nem pensar. Nunca mais. – Senti outra mordidinha de ciúmes do Abi e prossegui sem me entender... 

A semana seguinte passou numa boa e dia 31 de dezembro fomos a Balneário, ver os fogos na praia. 

Em início de janeiro, após a entrevista na trade, eu fui contratado para uma experiência de 45 dias. Minha patroa do Pet me deu apoio, fez aviso retroativo e até acordo pra eu sacar o FGTS. Por isso, durante um tempo, eu ia ajudar nos sábados quando ela precisava. Ahhh, trabalhar num escritório em horário comercial, com ajuda de custo pra quem faz faculdade e plano de saúde era o auge.

Fevereiro, fiz o processo seletivo e comecei a faculdade, e pra acabar com a insistência do Charles de ir morar com ele, não renovei o contrato do aluguel, então até o final de abril eu tinha que me mudar.

Fui ver o pai, que teve uma excelente recuperação. Ambos queríamos nos aproximar e eu queria dissipar aquela mágoa profunda que ficou entre eu e o seu Manéu, como chamavam alguns seus amigos da obra (ele é pedreiro). Na sala da casa da mãe tem um monte de fotos dele conosco nas ocasiões mais marcantes de nossa vida, formatura da escola, aniversários e uma que eu adorava, minha com ele: tínhamos ido ver um jogo no Marcílio Dias, algo que eu não lembrava por ser muito pequeno, mas haviam fotos para me provar que tive um lar maravilhoso até... aquela vez.

Queria muito me reaproximar deles, só que precisavam me aceitar como eu sou ou  dessa vez, sumo de suas vida pra sempre.

- Mãe... – eu achei que estava na hora de comentar sobre meu namoro. – vocês sabem que um dia isso ia acontecer... é que tenho um namorado e será que dá pra ele vir aqui, queria apresentar pra vocês.

- Tu sabes o que teu pai pensa disso... - Ela atirou na minha cara.

- E a senhora? O que pensa disso?

Ela saiu de perto de mim sem responder.  Depois sentamos para almoçar num silêncio que dava pra ouvir o barulho das cores...

- Pai, posso trazer uma pessoa aqui? – perguntei na cara dura.

- Se não for ficar de frescura, pode vir. – ele respondeu sem me olhar.

Senti que eles ainda ficavam desconfortáveis com o assunto então preferi adiar mais um pouco a visita do Charles.

Na trade, eu consegui me enturmar, mas como nunca havia trabalhado em equipe, não entendia o espírito da coisa e ficava meio chateado quando alguém fazia meu serviço para me ajudar. Fiz amizade com duas mulheres do setor onde eu as auxiliava. Solange era poderosa, morena de pele e loira de mechas e como estava um pouco acima do peso vivia começando dietas e Liliane morena clara de cabelo escuro, bem bonita também, mas não chamava atenção como a Sol.

- Davi, depois do pagamento vamo pro sushi, você vai né? 

Com certeza o Charles não ia se opor, ainda mais quando a mãe dele conhecia aquele pessoal.

- Oba, eu amo sushi. Só que se o meu namorado não for junto, preciso pegar uma autorização em três vias com ele. – Rimos e depois continuamos concentrados.

Na quarta, Charles pegou marmitas e me levou pra almoçar na sua casa.

- Dia 20 de abril a dona Janete disse que precisa do apartamento. Posso vir quando?

Charles estava levando uma garfada de comida na boca e parou no meio do caminho, ficando engraçado.

- Espera, mas tu não pagou adiantado o mês, tem o direito de ficar até dia trinta? – ele falou sério.

Eu fiquei putoooooo! Ele ia dar pra trás? Só o que falta.

- Sim, mas não consigo mais nem olhar na cara dela, mas deixa pra lá...

Ele começou a rir.

- Ai seu feio, que susto.

- Te muda esse fim de semana mesmo, nem espera dia 20, que se foda. – ele levantou e me agarrou me beijou todo apaixonado. – Ah anjo meu, agora tu vai sofrer na minha mão... vai ser marcação cerrada.

- Mor, vamo no ir no sushi quinta? – Perguntei e ele ficou sério. Quinta era o dia que ele dormia cedo porque sexta ia pra Palhoça registrar o pessoal.

- Já disse pra ti que não gosto dessas coisas. Quer ir... tu que sabe .... – Bem assim, sem muita convicção foi a resposta.

- Tua mãe conhece a Sol, depois vai só o pessoal do escritório.

- Conheço a Sol também, então tá liberado. As oito te quero aqui.

- Ahaha, as oito é que vamos pra lá. Se não quer deixar...

- Oh coisa chata... mas não volta pra muito tarde, não gosto de pegar a BR com sono.

Ele sempre me levava em casa porque eu queria e só no final que eu dormia por lá.

- Credo, comer peixe cru, só por Deus! Sou mais um big Mac. – ele disse. – Sábado vamos pra N. Heaven, que eu quero te amassar na frente de um monte de gente. Convida o do sex shop.

Ele sugeriu e não sei por que eu andava com ciúmes do Abi com ele. 

- Ah, Charles, vamo só eu e tu, né...

*-*

O Sushi.

Jesus querido, estava tudo MARA! Aquela turma que eu não conhecia fora da trade era muito fiasquenta! Conversamos, rimos e eu descobri que a Vanda do suporte jurídico era casada com uma novinha do meu curso, então assunto não faltou.

- Sabe a coisa que mais me deixa puta? – Sol falou comigo, Lili e Vanda (a advogada) – A gente gasta grana com roupa, cabelo, make...

- Manicure... – Lili falou.

- É mulher sofre. – Vanda completou.

- É, né Vanda. Quer ver nós duas, que é um parto pra emagrecer. – Sol completou. – Enquanto tu não precisa de nada disso – ela me apontou. - e se olhar em volta, os melhores machos ficam te secando. A gente fica invisível, uixx credo! Os bonitos tão tudo virando gay que até eu queria ter nascido homem.

- A Vanda tá treinando – disse a Lili.

-  Mas é uma coisa tola mesmo - Vanda deu uma risada. Ela é bem masculina e obviamente lésbica, é mais coroa e não importa com essas bobiças das meninas. Já cansei de ver ela colocando gente em seu devido lugar na maior classe. Já virei fan dessa mulher!

- Tá doido, como pode ter menino que não curte uma pepeca. – Vanda brincou comigo e me fez rir alto.  

 - Olha quem fala!! - Retruquei ainda rindo.  

- Tá tudo errado nesse mundo, né, querido! - Vanda disse. Sendo lésbica tem os mesmos espinhos que eu eu pelo caminho. - Não curtes um marisco, Davi? 

 - Deixo isso pra ti, Vanda. Prefiro uma vara mesmo...

- Eita, porra! – Salésio, falou lá da outra mesa. – Estamos ficando sem graça aqui. Que que é isso minha gente.

- Cala boca, Salésio, seu curisco! O Ivan aí do teu lado ainda não me convenceu com a namorada.

Ivan deu gargalhada, ele era apenas um cara tímido, mas não era gay.

- Meu Deus Davi, não olha agora... na mesa atrás de ti, tem um gostoso que tá deixando minha calcinha molhada. E ele não para de te olhar, quase quebrou o pescoço olhando pra esse teu rabo, quando tu passasse.

- Eu estou "namoradinho", não posso olhar e meu macho é ciumento.

- O Charles, da Tere, né? Ciumento e gato. – Sol disse. – Eu era afim dele nas antigas.

- O que? Vocês ficavam? – Eu senti uma "pulguinha" me picando.

- Não, nunca. Mas rolou um "bafo" sobre ele na oitava série. Deixa quieto, não conto!

- Sério?! Ai como eu odeio quando fazem isso.

Ela riu ao me ver sério. Levantei para ir ao banheiro e depois ia ligar pra ele vir me buscar, minha noite acabou ali. Gente, eu tava com ciúme dele!

Saí do banheiro, fui na pia lavar a mão e levei um susto. Dizem que o raio não cai no mesmo lugar duas vezes. Mas um indivíduo cagado tipo eu, pode sim, tomar duas vezes um raio nos cornos...

Adriano estava ali encostado na pia de braços cruzados e bem sério:

- Porque não atende essa merda?

- Porque tenho que te atender? Na verdade não quero te atender!

Fui tentar sair do banheiro e ele segurou meu braço me puxando. Tentei me soltar, mas ele puxou e apertou ainda mais, me prensando com seu corpo contra a porta de um dos banheiros e me beijou. Eu já estava sem força para me defender ou fugir. Fiquei mole, indefeso e desisti de lutar por uns segundos quando senti o sabor de seu beijo, seu cheiro com perfume e o seu corpo quente e grande tão colado em mim. Senti saudade.

Me senti mal e tentei virar o rosto, empurrar... então a porta do banheiro abriu e Salésio viu quando me afastei do Adriano.

********************************************************

Só pra avisar, o conto tá pronto e não será alterado, mesmo que eu apanhe de alguns leitores que são uns queridos comigo!!!

E pra garantir minha segurança, me escondi numa caverna no Cazaquistão. Segue abaixo foto do meu novo Quarto&Sala e meu segurança particular. 

Hoje deixo um abraço da minha alma em suas almas!!


Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top