Extra! Extra!

Brincadeira, só um capítulo extra com Davi e Adri, hehe.

Davi é oficialmente o nenê da Sandra71969 ♥ 

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Por Davi...

Oi, só queria dizer que.... caseyyyy. 

Estou pleno daquela felicidade gostosa que me deixa tonto às vezes. Eu tenho um grande defeito que é olhar demais pro passado, mas em contrapartida fico ainda mais feliz pelo presente. A história que vem atrás de mim não é a mais perfeita, mas é justamente dentro dessa história e em momentos difíceis que conheci pessoas boas, amigas, amigos, aqueles que entrariam numa briga por mim. Mas também conheci pessoas que foram bastante complicadas e nada boas e mesmo essas me fizeram obter lições pra vida.

Sobre o Adri, tem dia que só por Jesus, dá vontade de socar ele. Adri pode ser o homem da minha vida, coisa mais gostosa e louco de charmoso, mas é um ogro quase na mesma medida e a minha vida "perfeita" tem um monte de defeitos, por culpa dele.

Eu sou do tipo delicado, cuido muito pra não responder e ser malcriado, mas Adri não cuida nadinha.

— Amooor, o meu chefe perguntou se a gente costuma sair, daí eu disse que é difícil porque você trabalha no SUS de madrugada...

— Então beleza, tá respondido. — Adri toma o café dele e meio que me ignora.

— Tá, só que esse final de semana tu me disse que não tinha plantão. Será que dava pra gente sair de dentro de casa um pouco?

— Mas tu trabalha fora de casa, estuda, não fica enfurnado aqui dentro o tempo todo. Não adianta insistir, hoje preciso tirar o sono atrasado.

— Tá... não faz mal. 

Queria tanto sair com ele. Faz meses que não dá porque ele tá cansado ou tá "dormindo nas calças" ou tem que levantar cedo, porque o dr. Cicrano ficou "preso" numa cirurgia que complicou e ligaram pra ele num caso de emergência ou ele fica horas no hospital, depois chega carregado e comenta que no acidente só sobrou uma criancinha e acaba com meu domingo porque fico super triste, morrendo de dó e sentindo culpa por reclamar.

Bom, eu quis o Adri com toda essa carga de sua profissão que é importante demais pra ele se importar com um pequeno capricho meu né. Vou dar carinho nele e curtir esse homem que tá quase dormindo por cima de mim no chuveiro.

— Ahh... — Ele boceja, dá um sorriso com aquela cara do Soneca da Branca de Neve e beija a pontinha do meu nariz. — Coisa linda do Adri. Lava minhas costas, mas esfrega com força pra ver se sai essa "lombra".

— Eita, doido, hahaha. Fumou maconha?

— Ah tá, coisa tola. Tô querendo dizer que é a moleza, cansaço e a preguiça que estão grudados no meu corpo.

Ele nunca economiza beijos. No banho é um lugar onde o beijo geralmente acaba excitando nós dois e a gente se masturba gostoso. O beijo no sofá nos deixa com preguiça. O beijo na cama, termina em sexo. O beijo ali no colchonete na sacada, é intercalado com conversas sobre momentos nossos, mas só aqueles mais leves...

— Adri, o meu chefe pediu se tu já fizesse a declaração do imposto de renda?

— Porque ele tá querendo saber?

— Se tu quiser, ele disse que faz. Eu não preciso, porque meu salário não chega no valor.

— Não sei... depois eu penso nisso. Vai me lembrando durante o mês de março.

Eu fico inquieto porque passei o sábado em casa, desde manhã cedo. O Adriano paga uma diarista que vem toda sexta feira e assim, nós ficamos tranquilos no final de semana quanto a limpeza, porque eu tenho pavor de coisa fora do lugar e encardida, sou o maior fresco.

A gente deita no colchonete perto das dezoito horas, mas antes das vinte, já acordamos daquele cochilo delicioso. Ele me abraça, me aperta e espreguiça o corpo e de repente enlouquece:

— Anda! Levanta, baixinho! Get up!

— Aiê, não me bate, não belisca eu!

— Vai se vestir que vamos sair um pouco!

— Ah! Sério?! — Nem espero ele repetir e disparo pro quarto pra colocar uma calça nova, uma camiseta que ganhei dele, passo perfume, olho um monte no espelho e volto correndo. — Adri!

Tá lá o curisco de bruços e dormindo.

— Hum!

Ele reclama quando "surro" ele na bunda.

— Tu mandou eu me arrumar!

— Tá, tá, vamos sair um pouco. Mas... ah... quando eu pedir pra vir pra casa, já sabe... ah...

— Tu tá morrendo de sono. Ei, posso dirigir?

— Ai misericórdia. Claro! Quer parar com esse tapa no meu rabo, coisa chata.

— Levanta!

Tadinho, dá dó dele. Não muita, porque ele também é malvado.

No elevador, meu macho gato gostoso já está bem mais disposto, não me entregou a chave, mas me oferece quando paramos em frente ao carro.

— Quer levar, amor? — Ele me pergunta. Gente que fofo!

— Ai... deixa assim, eu não gosto de tirar o carro da vaga.

— Então cala boca e entra.

Grosso! Ui que ódio que dá quando ele faz isso. Mas passa rápido porque ele fica mais conversador no caminho.

O Túlio me disse que ele e o seu Braz iam ficar meio que esperando a gente, num lugar bacana que eles vão às vezes. É onde o Adri já me beijou no banheiro... no passado.

— Opá! Mas olha isso, Davi tirou o marido da caverna? — Seu Braz levanta e aperta a mão do Adri com vontade, e depois o Túlio. — Oh, Davizinho, tudo certo?

— Ah sim, só que o Adri tava todo cansado, coitado.

— Faz parte, né amorzinho. — Ele fica meio sem graça (raro).

— Mas eu entendo, porque no final de semana que folgo com Túlio só quero saber de cama.

Haha, queria poder rir, Túlio ficou ROXO!

— Braz, aquele mercado em Biguaçu é da tua rede? — Adri pergunta.

— Não, ali é do meu primo Duarte. Ele não quis aumentar, prefere o tradicional armazém, como meu pai e o pai dele projetaram quando vieram pro Brasil.

— Olholhó... o rapazi é português mesmo, haha. — Adriano que é da capital, abusa do sotaque e brinca com meu patrão.

— De "facto" sou! Mas um "purtuguês" já nascido cá no Brasil. É isso, eu acabei por pegar muito do sotaque, obviamente por causa da minha família e mantive porque morei sempre nessa faixa de litoral, inicialmente perto da capital (SC) até uns quinze, dezesseis anos e a maioria aqui em Itajaí.

— Acho que só o Túlio que não é barriga verde.

— Não... sou do interior do Paraná, mas vim embora com uma tia quando a mãe faleceu, eu cheguei aqui também com uns dezesseis anos.

— Oh coisa boa deve ser viver no interior. — Seu Braz comenta.

— Interior é bom. Quando meus pais se separaram, eu fiquei em São José com o pai, mas passavam os fins de semana na casa da mãe em São João Batista. Oh lugar bom pra pegar uns bicho-de-pé. — Diz Adri.

— Ai que nojo, Adri. Já disse que isso é nojento.

Morro de nojo quando ele fala essas coisas, mas o seu Braz ri um monte e o Túlio, revira os olhos quando meu patrão conta uma coisa que aconteceu com meu chefe.

— Túlio quando voltou da última viagem lá do interior, nem conseguia caminhar de tanta alergia nos pés. 

— Alergia? —  Adri incentiva porque é outro nojento.

— Acho que era de carrapato estrela. 

— Braz, chega... tô comendo.

Meu patrão chama o Túlio de fresco e o Adri coloca pilha.

— Carrapato? Aquele bichão que dá em boi, tu já viu aquilo inchado...

— Seu Braz e o Adri estão merecendo dormir no sofá, né Túlio?

— Nem no sofá. Perdi a fome totalmente. — Túlio larga o hashi e desiste do sushi, só vira o saquê do copinho fica brabo.

Depois que o assunto troca, o apetite volta e a gente acaba saindo muito tarde e como eu não bebo, ganhei a chave pra levar o carro. E na vaga do prédio, Adri me abraça pela cintura, depois me beija no elevador e quando chegamos em casa, ele comenta.

— Cara, que duas figuras. Adorei a companhia deles.

Dá vontade de pular no pescoço dele e beijar todinho de tanta felicidade. Achei que ele ia ficar mau humorado e todo chato por ter ficado muito tempo no bar do sushi. Nem no dia seguinte ele estava chato e acordamos bem tarde, eu cozinho alguma coisa e antes de entardecer, ele me convida pra caminhar na praia.

Adri engata seu dedo mínimo no meu quando caminhamos bem na beira no mar, cada qual com seu par de chinelos na mão e silêncio pra ouvir as ondas, algumas delas molhando nossos pés.

— Ushh que água gelada.

— É... março já não é tão quente. Tás com frio?

— Não... só um pouquinho, mas não quis trazer meu casaco porque tinha sol.

— Até parece que esse peixeirinho não sabe que dá esses ventos na beira do mar. Coloca isso, Davi.

Oh, ainda vou morrer com esses gestos dele. Meu homem de extremos, tira a camisa de manga longa que colocou por cima da camiseta e me veste como se eu fosse rapaz pequeno. Me abraça de novo e esfrega as mãos nas minhas costas pra me aquecer, me beija estalado na bochecha e não engata mais um dedo seu no meu, mas leva os dois pares de chinelo em uma das mãos e com a outra, enlaça cinco dedos nos meus.

Em casa, ele me provoca e manda eu sentar bem longe pra pegar o Nino no colo.

— Coisa preta do papai, cadê aquela expressão de alegria quando o paizão chega? — O gato olha pra ele com cara de aborrecido, na verdade única expressão dos gatos. Adri o coloca no chão e caminha até a cozinha e Nino corre atrás dele miando alto, porque sabe que vai ganhar ração. Interesseiro como todos os gatos.

— Porque que os gatos são tão nojentinhos?

— Ah Davi, gato é um animal independente, individualista e meio orgulhoso, é a natureza. Prefiro esse comportamento deles do que os cães. Gosto de cachorro, mas não tenho paciência pra dependência deles.

— Credo. É assim que tu me vê?

— Oh tanso, misericórdia! Tu é cachorro? Agora que tu és uma pessoa mais carente, dependente e que gosta de ser mimado, ah isso é.

— Para tá!

— Eu te gosto assim, espirrinho de pica. Mas ter um Davi e mais um cachorro, nem pensar.

— Ai, tô chateado agora.

Tem dia que a franqueza dele é meio nociva. Mas ele corre atrás de mim e me "cata", joga no ombro com facilidade porque sou miúdo, depois joga na cama e fecha a porta do quarto pra não deixar o Nino entrar. 

Falar em Nino... já aconteceu de a gente estar transando e quando olhei: tava lá o Nino olhando para nós com aquela carinha de nojo dele. Gente, eu broxei e assumo. Pior que isso, é quando ele deita bem do nosso lado e cá, o lance tá gostoso, o tesão forte e o gato resolve tomar banho e começa a "linguar" suas partes.

Hoje não tem gato no quarto. Ufa... Tem sexo gostoso, meu homenzão todinho dentro dando aqueles "soquinhos" e o gato miando alto, causando um riso em nós dois. Demoramos pra gozar, esses dois bobocas aqui.

— Caralho, tesão... — Adri dá risada, sai de dentro e deita de peito pra cima. — Vem cá deitar no meu braço, vem.

— Mas antes vou abrir a porta pro seu filho chato.

E é assim, um findi juntinho com meu Adri... coza mash quirida.

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Só um cadinho de Adri e Davi pra mantar a saudade♥ Beijão e ótimo finsemana pra todo mundo♥♥♥

Beijo e carinho pra FlaviaF4mily que sempre me judia falando das comidas mineiras. Pessoa linda, melhor que docindeleite , rôsdoce e cafezin, kkkkk ♥

Dedico o capítulo especialmente à Sandra71969 que queria até adotar o Davi♥

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