capítulo 28

Ellen  Sandler

         O dia após o velório havia sido corrido, a Milena havia passado mal e não foi para escola,  e bem tiver que fingir que estava forte para cuidar da irmãzinha.

               A mensagem de Jorge fazia a imaginação me entreter para um possível encontro, mas os problemas logo me traziam a realidade e  decidir não responde-lo, eu não vou caça mais problemas, mesmo sendo grato a ele por tudo que fez não confio nele, mesmo o desejando.

              Sustentar a mentira para minha mãe e Milena estava mais difícil do que imaginei , já no dia seguinte as crises de choro e a irritação desproporcional de Cassandra, causava estranheza até mesmo na mãe que deduziu que John estava traindo a irmã,  e claro que isso rendia uma briga desnecessária que fez Cassandra volta para sua casa, pois percebeu que era melhor ficar sozinho do que a lado da nossa mãe.

                E com a saída de Cassandra sobrou pra Milena e eu cuidar da mãe durante o dia e escutar alguns insultos disfarçados de opiniões durante o dia sobre qualquer coisa que ela conseguisse ofender.

                 Ainda não tinha coragem de contar para Milena da morte de Lara, já que as duas tinha muito afeição,  e não iria conseguir consolar ninguém quando eu que precisava de consolo.

                Jade teve que repor as horas de plantão, depois de todas as ausências para esta ao meu lado, mas conseguiu manda mensagem para ver como eu estava ou para atualizar o quadro de Adam.

               John e eu já pagamos uma parcela para o hospital e começaríamos semana que vem o  tratamento de minha mãe, ainda não havia avisado a ela sobre esse detalhe, deixar que o médico tenha esse problema.

               Tinha que arrumar logo um emprego fixo e  conseguir alguém para ajudar da mãe, mas não fazia ideia de como conseguiria fazer isso, com Milena e o retorno de Adam o que retardava os meus planos.

                 Começo o preparo da janta e John manda mensagem avisando que ira jantar aqui, pois a irmã havia passado mal após o retorno para casa.

                   John e Cassandra chegam a nossa casa, e o clima desagradável toma a sala, entre minha irmã e a mãe, e John vem me ajuda na cozinha e Milena ficar na sala conversando com as duas como se nada tivesse acontecendo. 
         
                    Acabo o preparo da carne e John cuidadava da salada.

—contou para a Cassandra?—Pergunto sentando na mesa da cozinha.

—sobre o que  exatamente? Temos tantos problemas que eu fico perdido.—Ele diz com um sorriso nervoso.

—sobre a minha mãe?

—Não,  só falei que eu te ajudaria a pagar as dívidas do hospital do Adam.

—não podemos enrolar, temos que começar o tratamento logo.

—Você sabe a minha opinião,  por mim a gente envia ela para um asilo e só nos preocupamos em pagar um tratamento dela.

—Eu não tenho cabeça para fazer isso.

—E achar que vai ter em algum momento,  Cassandra volto pra casa, e passou mal sozinha, por que sua mãe insinuou que eu tava traindo ela, isso não faz bem pra ela , muito menos pro bebê.

—você quer que eu coloque minha mãe para fora.

—Eu só quero paz, Ellen,  se eu não vou ter isso aqui eu procuro outro lugar para cuidar da minha família,  mas eu não quero minha mulher passando por isso toda semana. E desejo mesmo pra você,  Cunhada.

                 Milena entrar na cozinha, com um sorriso no rosto e ao fundo podemos ver a discussão de minha mãe e Cassandra.

—o que aconteceu?—Pergunto.

—Sei lá.Não entendo nada do que elas falam,— ela diz isso um pouco antes de ouvimos minha mãe chamar Cassandra de Corna mansa, arrancando um suspiro cansado do Cunhado.

—deveria ter comprado um lanche, mesmo a beira da falência e melhor do que isso.—A fala me tira uma risada sincera acompanhada por Milena e que contagiou John que também sorriu.

               Vamos todos aparta a discussão e  anunciar que ia janta tá pronta,  nos reunimos a mesa e jantamos em silêncio, mas o clima de tensão dava a leve sensação que a qualquer momento a mãe e Cassandra iriam se atracar.

                 Uma batida na porta, chamar a atenção de todos, Jhon se levanta, e se aproxima da porta, e pergunta:

—Quem é?

—O Batman.—Diz a voz sarcástica de Jorge,  que me faz levantar  e me junta a John que atende a porta.

—Você aqui , jorge?—diz John supreso.

—Vim ver ela.—Ele diz acenando na minha direção quando me ver.

—Deixa eu a sós com ele, Cunhado.—Digo saindo de casa e fechando a porta sem muita cerimônia.

—tá bom,—Ele diz por trás da porta voltando para a mesa,— O que você quer?—Digo encarando aquele sorriso lindo.

—Vim te trazer isso?—Ele diz me entregando um buquê de flores que só agora eu reparei em suas mãos.—Fiquei sabendo o que aconteceu com a Lara e Adam, Vim ver como você tá?

—Não precisa disso.—Digo analisando as rosas vermelhas que eram acompanhada de um perfume refrescante.

—Gostou,  Foi as mais bonitas que eu achei.

—Muito lindas, obrigada.—Digo com um sorriso que eu não queria dar.—Por que não me avisou que vinha?

—Você não respondeu as minhas mensagens.—Ele diz me lembrando desse detalhe.—Achei que tivesse muito ocupada, Vim ver se precisava de algo?

—Desculpa,  eu tava com cabeça cheia e me esqueci de te responder.

—Imaginei.—Ele diz com um olhar acolhedor.— mas me diz como que você tá?

— poderia listar as coisas ruins que eu Tô sentindo. Raiva, tristeza, medo e principalmente cansaço.

—Lembre-se que você fez tudo que podia.

—Eu sei disso, mas parece que os meus problemas se multiplicam.

—Se eu pude te ajudar em algo? Pode contar comigo.

— não precisa você já me ajudou demais,  eu só tenho o que agradecer por tudo que você fez.

—Eu acho que tem mais uma coisa que eu posso fazer.—Ele diz com um sorriso convencido.

—O que?—Digo curiosa.

—Que sair comigo no sábado?

—sim. —Digo no automático, que me deixar sem jeito.—Pra onde vamos?

— vamos passar o dia na praia, o que você acha?

—Jorge,  eu não posso sair da cidade?

—Claro que pode,  tem um hotel a beira mar a três horas de carro daqui, a gente sair de madrugada,  e volta no começo da noite.

—Eu mal te conheço Jorge,  não vou ficar saindo da cidade assim  com você.

—Se eu quisesse te fazer mal, eu tinha deixado o Pierre te matar, eu só quero te dar um momento bacana, você merece se distrair, o que me diz?

—não sei  se é uma boa ideia.

—Olha, eu tava pensando da gente chegar visitar algumas praias, um passeio de barco, e a gente ter uma sessão de massagem,  sauna e um jantar ao pó do sol, bem eu acho difícil que você tem algo melhor pra fazer. Eu pago uma pessoa pra cuidar de tudo aqui. Não tem com rejeita a isso, tem?

                A ideia era tentadora,  um dia na praia iria renovar as minhas forças de maneira inimaginável.
        uma pequena discussão aflora dentro de casa, o que me faz te certeza que eu precisava daquilo.

—Eu topo, eu preciso de um pouco de paz
.
—combinado, então. —Ele diz entusiasmado.

—Eu não te convido pra entrar por que o clima, não tá legal.

—Eu  não entraria aí nem que me pagassem,—Ele diz debochando.

              Conversamos por alguns minutos de assuntos completamente desconexos mais que me arrancou sincera risadas,  até ele tem que ir embora.

                Em um abraço apertado, ele se despede, e eu retorno para dentro sobre o olhares curiosos das irmãs,  e os comentários indecentes da mãe.

                  Vou para cozinha em busca de um jarro para colocar os vasos de plantas e lá encontro John, se servindo de mais uma porção de carne.

—Bonitas flores.—Ele diz simpático.

—Seu amigo tem bom gosto.—Digo colocando a flores em uma jarro de vidro.

—só não se iluda com ele. Esse cara não vale nada quando o assunto é mulher.

—Eu sei me cuidar.

—Ótimo,  então só curti um pouco e cai fora, pelo amor de Deus não arruma mais problemas,  tá bom?—Ele diz com um tom paternal.

—E isso que eu vou fazer John, relaxa.—Digo animada para o nosso encontro.

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