XVII. Apagando as velinhas
Os dias tinham voado. Quando eu pisquei três vezes já faltava uma semana pro aniversário da minha pequena. Piquei de novo e já era amanhã.
O Samuel estava sendo um doce, sempre me ajudando com alguns detalhes, me ajudando com o Buffet e tudo. A semana que antecedeu o aniversário da minha filha eu não fiz outra coisa a não ser organizar tudo.
Está dando um trabalho fora de série... Me lembra de nunca mais fazer uma festa assim com tantos elementos! E ai ainda tenho que buscar a minha fantasia! Ai meu Deus, acho que falta hora pra coisa pra fazer...
Saio do trabalho apressada e vou direto pegar a minha filha na escola. Hoje ela iria faltar o balé, já que tínhamos que ver alguns pequenos detalhes e ela tinha que estar comigo para ver se o vestido tinha ficado bom.
Depois vou para a costureira que eu estava contratando. Pesquisei muito e vi que saia mais barato comprar o tecido e mandar fazer o vestido do que alugar numa loja, e mesmo que saísse mais caro, pelo menos a minha filha teria o vestido de princesa que ela sempre sonhou.
Ainda bem que o meu vestido e o dela tinham ficado perfeitos.
Vou para casa satisfeita e quando abro a porta já encontro minha amiga falando ao telefone com o que parecia ser alguma coisa relacionada com a festa.
Carol é outra pessoa que tem me ajudado muito com a festa, junto com os meus pais e o Cauê, se não fosse por todos eles essa festa ia ficar pela metade.
Nem vi quando passou da meia noite e eu ainda tinha alguma pendências do trabalho para resolver. Ah, mas amanhã eu resolvo.
Durmo que nem uma pedra, mas não sem antes falar rapidinho com o meu amor. E entro num sono sem sonhos e curto.
Quando acordo na manhã de sábado, no aniversário da minha filha, eu faço tudo o que ela gosta para comer no café da manhã, ela come animada e eu a encho de beijos e abraços. Minha pequena estava completando oito anos!
Carol aparece um tempo depois e também enche minha filha de beijos e abraços. Manu está feliz e já está contando os minutos para a noite cair logo e seu aniversário começar. Eu me ocupo com os detalhes finais e com algumas besteiras aqui dentro de casa.
As horas começam a voar e quando percebo já está na hora de nos arrumarmos para ir. Tomo banho, lavo meu cabelo e vou ajudar a minha filha a se vestir e se aprontar.
Minha filha está pulando de tanta alegria. Já eu nem tanto, Manu tinha convidado o Ricardo para ir e os dois pareciam estar se dando bem. Eles já tinham se visto umas poucas de vezes e se divertiam juntos. Samuel não escondia um pouco da sua infelicidade ao saber disso, mas não escondi nada dele, e como ela era o pai da Manu, acabou aceitando.
E quando ela entrou no vestido e fui arrumar o seu cabelo, o enchi de cachos grossos e deixei ele solto. Ela ficava linda de cabelo solto. Quando eu solto a última mecha de seu cabelo, ela se olhou no espelho e disse toda feliz .
- Olha mamãe, estou parecendo uma princesa - ela fala animada passando as mãozinhas em cima do vestido de tecido rosa bem brilhante e fofo.
- Claro que você está meu amor, você é uma princesa. Agora que tal você ir no quarto da tia Carol comigo? Pra ele terminar de te aprontar? Mamãe precisa terminar de se arrumar ainda...
- Certo - ela responde com um sorriso e vai saltitando até o quarto de hóspedes.
Vou para o quarto e coloco mo meu vestido. Malditas saias grandes que enroscam em tudo! Mas estou dentro do vestido e os papéis que a gente faz para agradar os filhos, ajusto direito as saias que dão volume ao meu vestido tomara que caia azul claro.
Ele é bem de princês mesmo. Várias saias por baixo para dar um pouco de volume e cheio de pedrinhas brilhantes por todo ele. Uma faixa branca prendia na minha cintura e um grande laço estava atrás da faixa.
Depois de muito trabalho ajeitando o meu vestido eu me sento em minha penteadeira para dar um jeito no meu cabelo. Faço um coque simples, alto e frouxo. Também vou para o quarto de hóspedes pra ver como está o andamento do arrumar das duas...
A porta do quarto estava aberta e quando eu olho para dentro vejo Carol passando um batom rosa bem bonito na minha filha. Quando as duas me veem a Manu dá um pulo da cadeirinha que estava sentada e vem falar comigo.
- Mamãe, a senhora tá parecendo a Cinderela - Manu fala toda animada. - e olha o que a tia Carol colocou em mim, disse que era pó de fada, e que meus desejos iam se realizar... - ela fecha os olhos e me mostra a purpurina furta-cor que Carol tinha colocado nos olhinhos dela.
Minha princesa estava mais linda do que nunca.
- Olá linda princesa, você sabe onde está a minha filha? Ela estava aqui a alguns momentos atrás... - brinco com a minha filha, me abaixando para ficar de sua altura.
- Sou eu mamãe...
- É você Manu? Minha nossa, jurei que era uma princesa que tinha acabado de sair de um conto de fadas! - abro um enorme sorriso para ela.
- Tá vendo tia Manu, to uma princesa mesmo - ela vira para minha amiga e dá língua ela.
- Ihhh, é a minha filha mesmo, já que princesas não mostram a língua para as pessoas... - pisco o olho para ela e me ponho de pé novamente.
Manu fica envergonhada e esconde a boca com suas duas mãozinhas. Ela vira para minha amiga e pede desculpas. Carol a perdoa e ela sai saltitando até sentar com um pulo e muita dificuldade na cama da Carol.
- Não vai brincar demais ou sujar o vestido meu amor, já volto pra ficar com você.
- Vou ficar quietinha aqui - Manu fala e realmente faz como ela disse e fica quietinha enquanto a Carol faz a minha maquiagem.
Ah, e por sinal a Carol estava um arraso com uma fantasia de Branca de Neve. Manu também tinha convencido minha amiga a se vestir como uma princesa da Disney. E Branca de Neve combina demais com ela... Seus olhos estavam bem marcados e sua boca com um tom de vermelho muito bonito.
- Prontinho, a Cinderela mais bonita que o mundo já viu... - Carol fala e me deixa abrir os olhos.
Me olho no espelho e vejo o resultado da maquiagem. Eu estava linda Carol tinha feito a minha maquiagem estilo de princesa mesmo, estava com o rosto perfeito, bochechas levemente corada, cílios enormes e uma sombra bem clara. Meus olhos estavam cheios de vida.
- Você é uma artista Carol.
- As modelos que eu trabalho me ajudam muito no serviço - Carol pisca um olho e sorri.
- Isso é demais - falo me analisando no espelho completamente encantada com a leveza do meu rosto.
- Não foi nada amiga...
- Obrigada Carol - aperto de leve sua mão como agradecimento.
Olho para a minha filha e ela balança as perninhas calmamente na cama e olha para nós duas.
- Eu tenho a mãe e a tia mais linda de todo esse mundo - Manu fala e abre o mais lindo dos sorrisos para nós.
- Katrina não fala assim, senão sua mão borra toda a maquiagem que eu fiz nela! - Carol brinca e eu ri. Realmente as palavras da minha filha traziam água aos meus olhos.
A campainha toca e quando eu olho no pequeno relógio perto do espelho vejo que já era hora do Samuel chegar, ainda bem, bem na hora. Ainda bem que estávamos todas prontas.
- Acho que é o Samuel...
- Tio Sam chegou! - Manu sai da cama com um pulo e sai correndo para a porta.
- Calma Manu, deixa eu ter certeza que é ele mesmo - levanto e vou atrás da minha filha.
Eu já tinha liberado a entrada do Samuel aqui no prédio. Ele gostava tanto de vir aqui em casa e brincar com a minha filha que não pensei duas vezes em liberar a entrada dele aqui no prédio. Ele usava a segunda vaga minha da garagem.
- TIO SAAAAAAAAAM - Manu vai gritando o caminho inteiro e não posso deixar de rir.
- Sou eu minha princesinha - Samuel fala. Ótimo, podemos abrir a porta sem problemas.
Ao escutar a voz do Sam Manu abre a porta para ele e vai correndo logo na sua direção para dar um abraço em meu namorado. Quando meus olhos caem em sua direção eu perco a fala.
Puta que pariu!
Samuel estava vestido de príncipe encantado. Ele vinha me enrolando todos esses dias e nunca me falou sobre a sua fantasia. Disse que seria uma surpresa e realmente foi uma surpresa.
Samuel estava vestido com uma calça branca um pouco colada que marcava e dava contorno as suas pernas longas e grossas. Tinham detalhes azuis claros e dourados nas laterais. Botas pretas e compridas que chegavam até o seu joelho. O paletó também era branco e estava todo abotoado tinham detalhes da mesma cor que os da calça em sua frente. Quando ele abaixou um pouco vi uma continuação na parte detrás do seu paletó, não sabia bem o nome daquilo, mas parecia uma roupa de realeza mesmo. Uma espada estava pendurada em sua cintura. Os cabelos muito bem penteados e o seu sorriso perfeito completou de encharcar a minha calcinha.
O príncipe encantado dos meus sonhos. Congelei no meu lugar e observei ele conversar com a minha filha.
- Fecha a boca amiga - Carol fala me cutucando de leve com o seu cotovelo.
Acordo do transe e olho para ela.
- Eu sei que ele está um sonho mesmo. Mesmo não gostando muito, tenho que admitir que ele está um verdadeiro príncipe. Ainda bem que ele continuou com a ideia dele...
- Você sabia? - olho para a minha amiga fingindo estar chateada.
- Sabia! Mas ele me prometeu não te contar! Achei por uma boa causa, e eu não menti pra você eu nunca disse que não sabia o que ia ser a fantasia dele...
- Carol...
- Ele foi tão fofo, perguntando se ia ser presunçoso da parte dele se vestir como príncipe... Claro que eu disse que era besteira da cabeça dele e apoiei a ideia.
- Ele está... - me faltaram palavras.
- Um príncipe - Carol completa rindo da minha cara.
Samuel finalmente me vê sua boca abre em um "O" perfeito. Ele beija a testa da minha filha e depois de fechar a porta do apartamento ele vem na minha direção, para a poucos centímetros de mim, toma minha mão e depois de fazer uma pequena reverência de brincadeira dá um beijo em minha mão.
- Alice - ele fala sua voz falhando um pouco. Ai meu Deus, a noite vai ser longa se eu ficar olhando e desejando ele desse jeito.
- Samuel - entro na brincadeira e com a minha mão livre eu pego o meu vestido, abro um pouco de lado e devolvo a reverência.
- Vocês são uns fofos - Carol fala ao nosso lado, caindo na gargalhada.
- Olha mamãe, o tio Sam veio de príncipe da senhora - Manu fala sorrindo e meu sorriso aumenta ainda mais.
- Eu er... - ele fala passando os dedos um pouco pelo seu pescoço. Samuel estava envergonhado como que a minha filha tinha acabado de falar?
- Veio sim tio Sam, e a mamãe também está uma princesa não é? - minha filha não tinha freio na língua às vezes.
- Sim, ela está...
- Mamãe ganhou o príncipe dela - Manu olha pra mim sorrindo e eu sinto as minhas bochechas esquentarem.
- Sempre - Samuel fala e me sorri. Ele se vira para a minha filha e fala. - Mas acho que está faltando alguma coisa em você princesa, não acha?
- Em mim?
- Sim, tipo... - ele abre um pouco a sua camisa e de dentro dela tira uma pequena coroa, bem pequena e brilhante. A coroa é linda com pedrinhas rosas e azuis por toda ela. Simples e linda. Tinham alguns ganchos nela, para prender ao cabelo. Minha filha arregala os olhos ao olhar para a peça. - Toda princesa tem uma coroa... Posso? - ele pergunta perguntando erguendo um pouco a coroa.
- Sim - Manu fala toda animada e como ela já tinha visto diversas vezes em vários filmes ela abaixa um pouco e Samuel coloca a coroa em sua cabeça com todo cuidado. Ficou perfeita nela.
- E Manu, agora você é oficialmente a princesa do apartamento 15B - Samuel fala com um sorriso e minha filha passa seus braços pelo pescoço dele, o abraçando.
Lágrimas brotam em meus olhos quando eu vejo aquela cena. Os dois se dão tão bem... Gostam tanto de si, é impossível olhar para os dois e não sorrir que nem uma boba. Eu tinha tirado a sorte grande quando encontrei o Samuel.
Desvio o olhar dos dois e olho para a minha amiga ela também olha pros dois com os olhos úmidos.
- Até você? - falo baixinho esbarrando de leve em seu ombro. Ela se assusta e limpa discretamente o olho.
- E tem como não se sentir assim? Quer dizer, olha pros dois - Carol aponta e Manu ainda abraça o meu namorado.
- O que vocês duas tanto conversam? - Samuel pergunta, se pondo de pé e olhando para nós.
- Nada não... - Carol desconversa logo e olha para todos os lados.
- Você está linda meu amor - Samuel fala se aproximando de mim e passando os dedos de leve em meu braço, um arrepio percorreu todo meu corpo e demorou-se um tempo maior numa região bem baixa...
- Você está digno de realeza lindo...
- Você está lindo, minha amiga está linda, a Manu está linda, eu estou linda, estamos todos uns lindos, mas que tal irmos? Você é a anfitriã amiga, não pode chegar tarde...
- Claro, ainda temos que tirar as fotos! - falo apressada e corro para pegar a minha bolsa.
- Então vamos - Samuel fala e vamos nós quatro no carro dele.
Não pegamos trânsito e chegamos sem problemas nenhum ao Buffet, que já estava todo decorado e o fotógrafo tinha acabado de chegar também. Manu entrou no espaço e começou a gritar e pelos seus olhinhos brilhando sabia que ela estava encantada com tudo. O ambiente era todo climatizado.
O olhar dela compensou todo o trabalho e dinheiro que gastei com essa festa dela. Olhei para a minha amiga e meu namorado e sei pelo olhar deles que eles se sentiam do mesmo jeito que eu.
E tenho que admitir tinha ficado melhor do que eu esperava. O castelo que tinha pego com o Samuel estava em um lugar especial na mesa do bolo. Tudo estava lindo e tinha uma piscina de bolinhas em formato de castelo ao fundo do salão.
Fiquei observando o fotógrafo tirar algumas fotos do ambiente e logo tirou algumas da minha filha. Tiramos algumas fotos juntos quando os convidados começaram a chegar.
Em pouco tempo o salão estava abarrotado de crianças vestidos em diferentes fantasia, tinham princesas, fadas, sereias, caubóis, super-heróis. Estavam todos animados e corriam sem parar brincando sem parar.
Samuel conversava com um amigo que por coincidência tinha um filho que estudava na mesma sala que a Manu. Ele estava bem à vontade e toda vez que me olhava, tinha que cruzar as pernas para tentar acalmar o comichão que sentia.
Carol estava conversando com a Renata, vestida de mágica, numa mesa um pouco mais isolada de todos. Não culpava minha amiga, tinham muitas crianças no ambiente e alguns pais bem chatos e conservadores.
Renata é uma mocinha bem baixinha e muito simpática, as duas pareciam estar se dando bem e eu estava muito feliz por minha amiga. Não me opus nenhum momento quando a Carol me perguntou se podia levar a sua namorada.
Já eu estava numa conversa que não prestava muito atenção sobre a escola e algumas mudanças. Não conseguia me concentrar enquanto o Samuel me lançava olhares quase proibidos! Vou agarrar esse homem aqui no meio do salão mesmo?
A conversa está me dando sono, mas achei meio indelicado sair assim, sem mais nem menos. Estava passando os olhos pelo salão procurando uma rota de fuga. Até que a encontro. Vejo meu amigo chegando ao longe. Salvou minha noite. Peço licença à todos e vou recepcionar o meu amigo.
Cauê estava sumido. Nos falávamos somente por telefone, ele disse que precisava tirar umas férias e tirou. Achei estranho tudo aquilo, mas quem sou eu pra reclamar? Estava clamando por umas férias no trabalho... Ele disse que ia tentar chegar à tempo para o aniversário da minha pequena. Mas mesmo de longe ele ainda me ajudou com algumas coisas.
- Cauê meu lindo - falo o abraçando. - Que bom te ver coisa, você anda tão sumido, pensava que você nem vinha pro aniversário da Manu...
- E perder a chance de me vestir assim e sair em público? - ele aponta para ele mesmo.
Cauê sabia como era bonito. E estava bem gato vestido de policial.
- Você deveria era ser preso coisa tarada - Carol fala, se aproximando de nós e dando um abraço em nosso amigo. Renata estava junto dela e Carol faz logo as apresentações. - Esse daqui Rê é o meu melhor amigo, Cauê Gomes.
- Prazer finalmente te conhecer Renata... - Cauê ignora a mão que ela tinha estendido para ele e a abraça. Mesmo meio torta ela devolve o abraço.
- Igualmente... - Renata fala toda errada. Ela passava a mão pelo seu braço e olhava pra baixo. Coitada, sabia que ela era envergonhada.
- Liga pra ele não amor, ele é assim metido mesmo - Carol fala, tentando amenizar a vergonha da namorada dela. Dá um beijo em sua bochecha e toma a mão da Renata.
- Metido não, só gosto de abraçar as pessoas...
- Até as que termina de conhecer...
- Mas é que você me falou tanto sobre a Renata, que parece até que a conheço desde sempre.
Carol fica envergonhada, cai na gargalhada por ver a minha amiga assim, é difícil ver a minha amiga sem saber o que dizer, e Cauê era uma das poucas pessoas que conseguia fazer isso. Logo, todos já estão rindo, divertidos.
- Cauê - escuto a voz grave do Samuel atrás de mim e tenho que fechar os olhos para não tremer.
- Samuel, e aí cara, como está? - os dois apertam as mãos e sorriem.
A mão do Samuel vai para a base da minha coluna e ele fica mexendo os dedos em círculos imperfeitos e eu fico envolvida por aquela simples carícia. É, estou sentindo falta dele.
- Alice? - Cauê fala mais alto agora e só então percebi que ele estava falando comigo.
- Perdão, não te escutei Cauê...
- Ih, mas você tá viajando Lice... Eu perguntei duas vezes onde está a pequena, queria ir dar um abraço nela.
- Ah, ela está no castelo inflável.
- Certo - Cauê fala e com um aceno de cabeça vai se afastando de nós e vai se aproximando do castelo inflável. Vejo o pescoço das mães quase se quebrando acompanhando o Cauê passando. ÊÊÊ como meu amigo faz sucesso...
- Posso falar com você? - Samuel fala com a boca quase colando no meu ouvido e eu sinto meu corpo inteiro querer colar no dele.
- Claro - ele então entrelaça nossos dedos e começa a me guiar para um local mais afastado.
Ele me leva para um pequeno corredor que levava aos banheiros. Não tinha ninguém lá e a gritaria de crianças era bem menor.
- Minha linda - ele começa todo sério depois imprensa meu corpo contra a parede. - Você quer me matar me olhando daquele jeito?
- E-e-eu... - A proximidade dele e seu perfume me envolveram.
- Se você me olhasse mais uma vez daquele jeito, eu juro que ia cruzar esse salão e te botava no meu ombro e te levava para a minha casa.
- Você que estava me dando esses olhares proibidos!
- Você que começou...
- Não comecei nada, e nem vou, pois se eu começar, não vou conseguir parar... - sua boca estava tão próxima da minha, e eu tive que morder os lábios e segurar em meu vestido para não avançar em cima dele.
- Então não pare - okay, minha língua não estava colaborando comigo nesse exato momento.
Samuel sorriu e me beijou. Se suas mãos não tivessem abrigando o meu corpo certeza que eu iria cair. Ai que beijo bom! Sua mão percorre a minha nuca e outra se põe tão firme em minha cintura quanto possível. Minhas mãos automaticamente percorrem o seu cabelo, o puxando mais próximo de mim. Nesse momento só tínhamos nós dois.
- Você tinha que derramar refrigerante na sua camisa Alberto? - uma voz se aproxima e então nos afastamos rapidamente. Eu continuo imóvel no meu lugar e Samuel vira o seu quadril um pouco de lado. Nossas respirações estão bem ofegantes.
- Ah, olá Alice - a mulher fala sorrindo. Ao ver a minha cara, a cara do meu namorado ela tenta abafar uma risadinha. - Eu er, vou ao banheiro...
- Certo - falo sem jeito, vou fazer o quê né?
- Boa noite - a mulher passa por nós e sorri, o filho dela também sorri, mas ele não deve ter entendido nada do que acabou de acontecer aqui. Ah, a inocência...
- Noite - eu e Sam falamos juntos e ficamos parados enquanto a mulher passa por nós e vai para o banheiro.
Eu e Sam explodimos em gargalhadas nesse momento. Ri tanto que a minha barriga doemos. Rimos por tanto tempo que a mulher que foi ao banheiro saiu e ainda estávamos gargalhando.
- Acho que a gente perdeu o juízo - Sam fala.
- Perdeu não, você roubou meu juízo.
- Nem começa de novo Alice, é melhor a gente voltar, acho que já devem estar sentindo a nossa falta.
- Espera - passo as mãos pelo cabelo do meu namorado, arrumando o melhor que posso, nada mais justo, já que fui eu que o descabelei. - Perfeito.
- Você está linda - ele me encara com seus olhos escuros. - Queria poder ficar hoje com você.
- Eu também meu lindo - procuro sua mão e o puxo para perto de mim, e planto um selinho nele.
Sam nunca dormido na minha casa pois não sabia como explicar para a minha filha e eu não iria a abandonar no final de semana de seu aniversário, amanhã ainda queria fazer alguma coisa com ela, e quando eu estou com o Samuel, as horas voam...
- Você fica ainda mais linda sorrindo assim sabia?v ele fala me deixando perigosamente perto dele novamente.
- Você que me faz sorrir assim.
- Mas prefiro você toda descabelada gritando meu nome - ele fala baixo, perto do meu ouvido.
- Samuel! - dou um tapa leve em seu peito e depois um beijo nele. - Vamos voltar, não confio ficar num lugar isolado com você vestido assim...
- E o que tem minha roupa...
- Imaginação feminina amor... Agora vamos, antes que eu te arraste pro banheiro e tenham que adiar os parabéns porque não encontram a mãe da aniversariante...
- Certo.
Sorri e ele toma minha mão para me fazer voltar para o salão lotado de crianças. De longe eu vi a minha amiga me olhar, ela sabia o que eu estava tentando fazer, seu riso a denunciou. Mas como não tinha acontecido nada demais, somente fiz cara de desentendida.
A festa estava animada. Via minha filha correndo de um lado pro outro, com seus amigos e todos sorriam. Ela veio umas duas vezes em minha direção e me abraçou e me agradeceu pela festa. Nem precisava. Seu sorriso era tudo o que eu queria.
Estava sentada numa mesa comendo um monte de algodão-doce. Samuel tinha ido um pouco lá fora, parece que tinha algum problema com uma contratação do hotel, e então ele teve que resolver, coitado. Mesmo sábado de noite, ainda trabalhava.
Receber os convidados dava trabalho e eu estava andando muito. E eu ainda morrendo de fome. Com a chegada dos convidados mal tive tempo de comer. Então o algodão-doce me pareceu uma boa opção. Açúcar em forma de nuvem fofinha.
Mas isso não bastou. Morrendo de fome vou atrás de um garçom para conseguir alguma coisa para forrar meu estômago.
Senti um olhar queimar em mim. Pensei que fosse o Samuel, mas quando eu encontro o dono do olhar estou redondamente enganada.
Ricardo.
Oláá meus amores, como estão? Espero que estejam todos bem... O aniversário da Manu, que princesa :D Estava tudo correndo bem até demais né? Vamos dar uma sacudida nas coisas. E a chegada do Ricardo vai quase virar de ponta cabeça.
Já comecei a escrever o capítulo, mas não posso dar um prazo final. Pois estou cheia de provas para fazer e não quero fazer um capitulo meia boca pra vocês... Você merecem do bom e do melhor, hahaha.
Obrigada a todos que vem acompanhando a história e compartilhando com os amigos e conhecidos. Vocês são demaaaais!
E vocês viram a foto do capítulo. Sei que os personagens do livro não são eles, mas as fantasias sim! Cinderela e o Príncipe Encantado :D Fofos não? Eu achei, hahahah
Esse capítulo é dedicado à uma leitora muito especial, @cibellesantos35 Belle minha linda, obrigada por todo o carinho que você tem não só com a história,mas comigo também. Muito feliz em te chamar de amiga ^^
E se você gostou do capítulo, não se esqueça de deixar uma estrelinha, comentar, ajuda no processo criativo dessa pessoa que vos fala... kkkkk Seu apoio é muito importante para mim.
Então, por hoje é só. Beijos e até a próxima ^^
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