XV. Para tirar o atraso
Eu estou praticamente morta.
Todo músculo do meu corpo está bem perto do limite.
Samuel e eu fizemos sexo em toda superfície plana - e algumas não tão planas assim - e possível desse apartamento. Acho que ele tinha muita coisa acumulada, pois ele sempre ficava no clima primeiro do que eu. Mas isso não era problema, já que ele me deixava no clima rapidinho.
O meu local favorito do apartamento dele agora era o sofá, pois estávamos deitados em cima dele, completamente exaustos.
Samuel estava com uma cueca box preta e eu vestia uma camisa azul dele. Meu vestido tinha sido o escolhido da noite, e o brownie caiu em cima dele, o manchando de chocolate. Então ele estava terminando de lavar.
Já era no outro dia, e eu falei rapidamente com a Carol e disse que ia passar a noite. Ela deu vários gritinhos descontrolados e estava tão feliz que até a Manu queria saber o motivo da felicidade. Ainda bem que a Carol foi rápida e deu uma desculpa. Não quero mentir pra minha filha, mas dizer a verdade nesse caso não posso.
- Acho que nunca me senti assim Alice - Sam fala, me despertando de meus pensamentos.
- Cansado? - levantei minha cabeça que repousava em seu peito para conseguir olhar em seus olhos.
- Não, completo.
Uau. Fiquei sem palavras mais uma vez.
- Sei o que quer dizer... Também me sinto assim Sam.
- Você é a absolutamente a melhor mulher do mundo.
- E você é homem que sempre me deixa sem palavras. Mas saiba que você também é o melhor homem que eu conheço - tá, acho que ele estava empatado em primeiro lugar com o Cauê, mas não precisava saber disso.
- Estou morto de fome - Sam fala, olhando para o relógio, acabara de dar meio dia, mas digamos que nas nossas atividades pós café da manhã foram bem desgastantes. Eu também estava ficando com fome.
- E o que você quer almoçar meu amor? - falo sentando mais reta no sofá.
- Huuum, não tenho a menor ideia, você tem alguma preferência?
- Na realidade não, acho que serve qualquer coisa...
- Huuum, tenho o cardápio de um restaurante muito bom em alguma gaveta da cozinha, vou buscar e já trago para escolher o que vamos almoçar...
- Não prefere que eu faça alguma coisa?
- Claro que não Alice, se você está como eu, sei que está muito cansada... Então nada de mover esse seu corpinho lindo daí, volto já - ele me dá um selinho e vai para a cozinha.
Ah meu Deus, esse homem é tão gostoso que acho que meus miolos vão sair pelo ouvido de tão gato que ele é... E fica aí, desfilando em sua casa, com essa cueca linda, mostrando esse corpo, esses buraquinhos nas costas...
Do sofá eu tinha uma bela visão dele procurando o cardápio, e quando ele abaixou para procurar numa gaveta mais baixa, faltei salivar com a visão... Ele se vira para mim e tem uma mão apoiada na cintura e outra em sua cabeça.
- Alice!
- O que foi Sam?
- Não me olha assim, senão vou pular o almoço e vou direto para a sobremesa!
- Não ia ser de tudo ruim - abro um enorme sorriso para ele.
- Minha linda, não fala assim... Precisamos comer, senão vamos acabar tendo um troço, sei lá...
- Certo, estraga prazeres - falo fingindo estar com raiva e me viro no sofá novamente, ficando de costas para ele.
- Tem certeza? - Samuel fala em meu ouvido e meu corpo todo arrepia com a proximidade de seus lábios no meu ouvido.
- Huuum, tenho quase certeza...
- Certeza? - ele captura meu pescoço com sua boca e dá um beijo demorado e sensual nele.
Ah, eu se eu tivesse usando calcinha ela estaria mais molhada que papelão em enchente. Ele põe as mãos em meus ombros e começa a massagea-los e seus dedos são pequenos milagres, sei disso porque já sei bem do que eles são capazes.
Fecho os olhos e deixei os dedos dele me guiarem para um lugar mágico. Suas mãos davam lugar eventualmente para a sua boca e sua barba me arranhava de leve e me fazia arrepiar.
- Huuuum, isso é tão bom - falei com um sorriso bobo nos lábios.
- É? - sinto seu sorriso contra as minhas costas e ele continua a massagem.
Nem sei quanto tempo ele passou amassando e relaxando meus ombros, só sei que quando ele tinha terminado, eu estava bem molinha, relaxada e não conseguia tirar o sorriso dos lábios. Ele estava sentado no sofá, perto de mim agora.
- Você é massagista ou algo do gênero lindo? - pergunto me aproximando dele.
- Não, só aprendi uma coisa ou duas sobre massagem... Nada demais eu acho.
- Não mesmo, isso foi maravilhoso. Obrigada - passo meus braços pelo pescoço dele e encho seu rosto de beijo.
- Feliz por você ter gostado.
- Amei, você é muito bom nisso. Infelizmente não posso falar o mesmo de mim. Se você fosse massageado por mim acho que seria menos doloroso apanhar com um rolo de macarrão... - ri um pouco de mim mesma.
- Deixa de ser exagerada...
- Não sou. Você acha que eu não sou uma fisioterapeuta porque? Sei lá, não me acho muito jeitosa com as mãos...
- Tenho certeza que é tudo coisa da sua cabeça, senão não teriam te deixado formar...
- Você tem um ponto...
- Claro que tenho.
- Então assim, quando eu tiver uma massa pra sovar, eu te chamo aqui para você dar uma bela surra com rolo de macarrão nela tá?
- Ei! - finjo estar brava.
- Estou brincando minha bravinha - ele beija o meio das minhas sobrancelhas e logo a minha falsa cara de raiva vai para o beleléu.
- Assim não vale amor...
- Não vale o quê? - ele me pergunta confuso.
- Esse seu jeito carinhoso de me tratar, posso nem fingir que estou com raiva de você... Você está me desarmando.
- Ô minha linda - ele me puxa carinhosamente para o seu colo. - Venhamos e convenhamos, de armado nesse relacionamento só me basta não? - ele fala com o seu sorriso safado que eu estou aprendendo a amar.
Sua ereção me cutuca pelo tecido da sua cueca.
- Pra quem era virgem a pouco tempo atrás, você não está um namorado bem atiradinho? Não que eu esteja reclamando... Longe de mim.
- Efeito Alice meu amor - ele me beija com paixão e nos deixamos levar por aquela onda de paixão que nos tomou.
Uma hora da tarde estávamos escolhendo o nosso almoço e tanto eu quanto ele estávamos cheios de fome. Ainda bem o nosso pedido não demorou muito para chegar.
Comemos na cozinha, num silêncio confortável e sempre que nossos olhares se cruzavam nos víamos sorrindo, felizes com o mundo.
- Minha avó está morrendo de vontade de te conhecer - Samuel fala, quando terminamos.
- Sua avó? E você contou sobre mim para ela?
- Sim, espero que isso não te incomode Alice. É que a minha avó é assim mesmo. Já está morrendo de vontade de conhecê-la... Falei com ela porque você sabe...
- Sei Sam, e não me incomodei não - achei até bem fofo ele se dar o trabalho de contar para sua avó sobre mim. Isso que dizer que ele está levando à sério nós dois.
- Que bom, mas não temos pressa não... Quando você quiser e se sentir à vontade para fazer isso...
- Besteira Sam, eu adoraria conhecer sua avó, ela parece ser uma mulher incrível, e você já conhece a minha família - mais até do que eu gostaria, até o meu ex...
- Você não sabe como eu estou aliviado em ouvir isso Alice - ele procura minha mão e passa seus longos dedos por cima dela. - Ela está viajando. Assim que ela voltar, marcamos alguma coisa, fica combinado assim?
- Combinadíssimo.
- Você é a melhor minha linda - ele levanta da mesa e me pega em seu colo.
Não consigo evitar o gritinho de espanto que sai da minha garganta e ele ri daquilo. Ele me levanta com facilidade, mesmo eu tendo acabado de comer um prato cheia de comida do tamanho da minha cabeça.
- Pra onde está me levando? - pergunto passando os braços pelo seu pescoço.
- Descansar um pouco minha linda Alice. Preciso de pelo menos uma meia horinha deitado sem fazer muita coisa para me recuperar...
Ele me leva até o seu quarto e me deposita sobre a cama dele. Ele fica ali me olhando por alguns segundos e tem um sorriso bobo nos lábios. Ele está ali na minha frente, sem falar nada.
- O que aconteceu amor?
- Nada minha linda, só que isso é a cena mais perfeita que eu presenciei. Você, na minha cama, sem nada por baixo, somente com a uma camisa minha. L-I-N-D-A.
Ele fala cada palavra pausadamente e fica passando os dedos de leve na minha perna. Pequenos arrepios sobem e descem, dançando com as suas carícias.
- E você, senhor perfeito, não vai descansar aqui comigo?
- Sim, só tenho que ir no banheiro rapidinho, já venho - ele pega a minha perna e planta um beijo carinhoso nela.
Sorri e esperei ele voltar. Um minuto depois ele já estava de volta e já estava enrolando meu corpo com o dele da maneira que eu tanto amo.
O que era para ser um descanso rápido acabou sendo um até quase o anoitecer. O bipe fraco do meu celular ao longe foi o que despertou. Abro os olhos um pouco atordoada e envolta no cheiro bom que emanava do meu namorado ainda adormecido.
Vi pela pequena fresta da cortina que a tarde já estava indo embora. Droga, dormimos demais. Mas mesmo assim, era errado acordar o Sam. Então me levanto com o maior cuidado possível e vou caçando o bipe do meu celular.
O encontro dentro da minha bolsa, no corredor, perto do quarto dele. O bipe para e eu solto um suspiro. Vou para a varanda, quero fazer o menor barulho possível.
Quando eu dou uma olhada no meu celular tinha umas quinze chamadas não atendidas da Carol, umas três do Cauê, e uma da minha mãe.
Eu passo o tempo todo com o meu celular e é a coisa mais rara do mundo as pessoas ligarem para mim, mas se eu tiro um cochilinho maior acontece um milhão de coisas. Mas que merda. Resolvo ligar logo pra Carol, já que a quantidade de ligações dela é maior.
Mas sei que não deve ser muito sério, se fosse uma coisa importante, ela sabe nós estávamos. Nem quero pensar que seja alguma notícia ruim. Notícias ruins chegam logo.
Escuto somente um toque e minha amiga já atendeu esbaforida.
- Alice!
- Nossa Carol, o que aconteceu? Pra quê essas ligações todas, aconteceu alguma coisa? - falei não conseguindo segurar uma coisa ruim dentro de mim.
- Não Alice, não é nada disso...
Solto um suspiro aliviada.
- Nossa Carol, mas que susto amiga do céu. Quando vi esse monte de chamada nãoa tendida fiquei preocupada... Quando você liga essa quantidade de vezes pra alguém e não é nada, tem que deixar um recado, mandar mensagem, dizendo que não é nada demais.
- Como é que eu mando mensagem se você não atende minha ligação, se não atende, não lê mensagem...
- Eu poderia só não atender a ligação, estar ocupada, sei lá...
- Eu sei com o que a sua boca estava ocupada viu Dona Alice? - Carol fala caindo na gargalhada.
- Carol! Se a Manu escuta!
- Vai dizer que eu estou mentindo... E mesmo se escutasse, ela não saberia do que eu estou falando sua tarada!
- Pra sua informação, eu estava dormindo...
- Alice, eu não acredito nisso, você com esse boy do seu lado e você dormindo? Alice, te partir a cara!
- Carol, eu estou cansada...
- Ah bom. Aí sim. Mas voltando ao assunto amiga. Queria saber se você vai ficar mais uma noite ou se vou ter que remarcar meu encontro...
- Você tem um encontro Carol? Ai meu Deus! Como eu sou uma amiga desnaturada, nem precisa se preocupar, já estou indo pra casa...
- Obrigada Alice. Você é dez, quero que tudo dê certo com essa nova menina.
- E vai dar Carol. Se quiser se arrumar aí em casa, pode usar qualquer coisa que quiser do meu armário...
- Até suas calcinhas taradas?
- Só se você nunca me disse qual é, e eu nunca ter ela de volta! - rimos juntas. Claro que ela não ia usar minhas calcinhas.
- Não, mas pode deixar que eu ainda tenho tempo, dá pra ir pra casa e me arrumar aí...
- Certo então Carol.
Quando desligo vejo que o Cauê me deixou uma mensagem.
"Oi Lice minha gata. Sei que eu estou sumido, eu sei. Mil desculpas anjinha, mas é que eu tenho algumas novidades e tenho que compartilhar com você... Quando tiver um tempinho me liga, certo? Te amo sua LINDA."
Sorri com a mensagem e quando chegar em casa eu dou um jeito de ligar para ele. Mesmo me sentindo triste por estar indo embora, não posso ficar mais e atrapalhar a saída da minha amiga.
Saio da varanda e antes que eu desse um passo para frente eu esbarro com o peitoral mais firme que eu já tinha posto as minhas mãos.
- Oi - ele fala e eu sinto seu hálito sair com um leve cheiro de hortelã. Merda. O meu deve estar mais parecido com lixo.
Apenas sorrio para ele, na tentativa de não precisar abrir a minha boca, mas te em vão, já que ele me toma pela cintura, me gira em meus calcanhares e me dá um beijo cinematográfico. Estou com as pernas bambas e já me sinto umedecer. Só com um beijo, ah como eu me derreto por ele.
- Agora sim foi um oi decente, não aquele sorrisinho sem dentes... - ele planta um beijo na ponta do meu nariz e me põe de volta reta no chão.
- Você é um lindo mesmo.
- Sou mesmo - ele fala mordendo de leve meu queixo para abafar sua risada.
- Convenciiiiiiido esse meu namorado.
- Tenho que ser, eu consegui ter a mulher mais incrível do mundo somente para mim, então tenho que ser alguma coisa.
- O melhor - busco os lábios dele e dou um selinho bem carinhoso.
- Está acordada há muito tempo?
- Não, eu acordei e você estava dormindo tão bonitinho que nem tive coragem pra te acordar, vim só ver o que eu tinha perdido no meu celular.
- Muita coisa?
- Não muita, mas infelizmente coisas importantes...
- Entendo - ele faz uma carinha triste que me corta o coração.
- Vou ter que ir Sam, Carol precisa sair e eu não posso deixar minha filha sozinha... Você me entende não é?
- Só se eu fosse muito idiota para ficar chateado com isso Alice, é sua filha...
- Você não existe - sorrio e passo minhas mãos pelo seu pescoço. Ele segura minha cintura e me beija carinhosamente.
Ele me acompanha até o quarto e fica me obervando eu me trocar
- Você quer uma carona pra casa?
- Não precisa amor, estou com o carro da Carol. Vou levar o carro dela de volta.
- E depois ela volta pra cá? - eu assenti. - Então não precisa, eu te levo e na volta ela vem comigo...
- Não precisa amor dá no mesmo... E outra, aposto que ela vai querer te encher de perguntas...
- Eu insisto Alice, e não dá no mesmo. Vou poder passar um pouco mais de tempo com você - ele fala e não posso deixar de sorrir.
- Aceito namorado romântico.
Ele me estende a mão e eu a seguro. Samuel começa a me guiar para dentro do seu banheiro.
- Onde vamos? - pergunta óbvia eu sei, mas eu adoro quando ele fala com a sua voz sexy, desejosa.
- Eu vou tomar um banho, e você vem comigo - ele me responde em seu sorriso sexy e não é nenhum sacrifício para mim ir tomar um banho com ele...
Já estou de volta ao meu apartamento. Carol voltou com o Sam e a Manu está brincando no tapete da sala. Estou ao seu lado, e minha filha usa toda a imaginação dela para criar um mundo lindo de princesas e príncipes.
A noite já desbotava no céu e eu estava colocando um vestido bem grande numa das bonecas da Manu, a que ela dizia que eu era.
- Mamãe, bem o Samuel podia ser seu príncipe não é? - Manu me solta essa pérola e não sei direito como responder.
O interfone toca, me salvando de ter que dar uma resposta muito elaborada. Ainda bem.
- Só tenho que cuidar pra ele não virar sapo - brinco com Manu e ela solta uma risada gostosa. Vou atender o interfone. - Diga seu Roberto - saúdo o porteiro da noite.
- Boa noite senhorita Santos. É que tem um rapaz aqui embaixo e que disse que quer falar com a senhorita...
- E como é o nome dele?
- Como é o seu nome mesmo senhor? - Seu Roberto fala com o rapaz. Não consigo escutar a resposta do homem. Somente a do porteiro. - Ricardo Medeiros.
O mesmo zumbido oco ecoava no meu ouvido. O que ele estava fazendo na minha casa? Como ele tinha conseguido meu endereço? Mas que droga! E a Manu em casa? O que eu faço agora?
- Senhorita Santos? - o porteiro fala comigo. Droga, devo ter demorado a responder.
- Pode deixar ele subir.
Alice pirou na batatinha genteee, só pode kkkkkkk
Desculpeeem a minha demora pessoal. Faculdade apertou, então tive que dar um tempinho na escrita. Espero que gostem do capítulo, pois ele foi escrito com muiiiiiiito amor e carinho :D
Gente, estou recebendo um carinho tão grande por conta desse livro, que me faltam até palavras para agradecer vocês. Cada recado no perfil, no privado, estou simplesmente nas nuvens com vocês meus amores :D Obrigada por tudo <3 Os melhores leitores que eu poderia pedir ;D
Outra coisa, sei que alguns de vocês já sabem, mas eu estou com um novo projeto, chamado Principal Suspeito. Vai ser um mistério bem envolvente e acho que todo mundo vai querer saber quem é esse suspeito ^^ Já liberei alguns capítulos dele, e estou animada com as críticas positivas que estou recebendo nele :D Então, se quiserem dar uma olhada nele, tem até trailer dele na sinopse :D Convite feito :D
Esse capítulo é dedicado à um leitor suuuuuuuper querido, né Ilke? @IlkeEsperdiao Anotando tudo direitinho, Sam ainda tem muita coisa pra ensinar, hahahaha :D Superquerido no grupo. Beijo grande no coração lindo e nem tenho como te agradecer por todo o apoio.
E por hoje é só. Se gostaram não se esqueçam de deixar o seu voto e o seu comentário. Beijos amores e até a próxima ;**
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