IV. A noite está boa para um mergulho?
– Como eu estou? – minha amiga pergunta rodando algumas vezes na minha frente.
– Vai arrasar corações mais tarde Carol.
– Você também está linda com esse vestido. Esse vestido fica muito melhor em você do que em mim...
– Impressão sua Carol. Você já sabe pra onde nós vamos?
– Sei de uma boate aqui perto que está bem falada esses dias.
– Então, estamos esperando o que?
– Nada.
Carol pega a minha mão e descemos pelo elevador. Pegamos facilmente um táxi em frente ao prédio e Carol dá o endereço do bar para o taxista e quinze minutos depois estávamos na frente do bar, esperando que uma fila enorme de pessoas entre.
– Odeio filas – Carol fala um pouco alto, pois o barulho do lado de fora do bar estava alto. – Vou ver se eu encontro alguma pessoa que eu conheço mais na frente. Volto já – Carol pisca o olho pra mim e sai da fila.
Eu fico lá parada e sozinha. Vejo muitos homens bonitos passando por mim. E eu arrisco até sorrir para alguns. Eles sorriem de volta. Mas a merda do sorriso do vizinho da Carol não me sai da cabeça. Nenhum deles sorria de maneira tão bonita quanto o Samuel. Merda!
– O que a senhorita está fazendo aqui sozinha? – uma voz familiar fala atrás de mim. E quando eu me viro dou de cara com o dentista mais lindo.
– Cauê! – me viro e dou um abraço e um beijo nele. – O que você está fazendo aqui meu lindo? Você não tinha um encontro hoje?
– Falou bem Lice, TINHA. A menina me deu um bolo... – ele fala coçando a cabeça.
A menina só podia comer cocô. Como é que ela dispensa o meu amigo? Ele está lindo com uma camisa pólo e uma calça jeans. Seus tênis da moda e o cabelo perfeitamente arrumado.
– Pois ela não sabe o que está perdendo, ainda bem, que assim eu e a Carol que ganhamos – abro um sorriso para ele e seguro sua mão.
Carol vem de cabeça baixa poucos minutos depois, é pelo visto ela não tinha conseguido arrumar nada, vamos ter que esperar na fila mesmo... Quando ela vê o Cauê o abraça por trás.
– Cauê, largou a mocréia e veio amar as suas amigas de verdade? – Carol fala colocando a cabeça no ombro dele.
– Ela deu um bolo nele Carol, disfarça – falo brincando, fingindo que estou falando o maior segredo do Estado. Rimos um pouco, e a fila finalmente começa a andar.
– Ela que perdeu.
– Perdeu mesmo, vem meninas, que eu tenho entrada VIP aqui, obturei o dente do filho do dono daqui, e ele me liberou a entrada – Cauê fala segurando as nossas mãos e nos guiando para o começo da fila.
– Tenho que conhecer mais pessoas assim – brinco com ele. – Eu só conheço casais velhos e amargurados, tenho que atualizar a minha clientela.
– Depois te passo o número – Cauê vira para mim e dá uma piscadela.
Ele dá nossos nomes na entrada VIP e em questão de minutos estamos no meio do bar. Eu não sabia, mas o bar ocupava a área de um quarteirão inteiro. Estava lotado de gente, mas não estava tumultuado. As pessoas estavam bem separadas lá dentro, e não tinha ninguém por cima de ninguém. Eu achei o ambiente bem arejado e tinha uma pista de dança enorme, e quase vazia. Também pudera, ainda era cedo.
Escolhemos uma mesa um pouco afastada de tudo, num cantinho do bar, onde não tinha muito movimento e nem tinha muito barulho.
Cauê começou a pedir nossas bebidas. Não sou de beber muito, mas se bem que esses dias eu estava precisando de uma folga. Eu poderia aproveitar que a Manu está na casa da mamãe e me soltar um pouco mais. Mas não muito, afinal ainda quero estar inteira amanhã para organizar e comprar muitas coisas para o aniversário dela e domingo ir para praia.
– Por minha conta meninas as bebidas hoje – Cauê fala e nos dá um sorriso.
– Só se você nos deixar pagar as do seu aniversário... – falo segurando o pequeno copo cheio de tequila.
– Não só podem, como vão. Vou levar nem a minha carteira no meu aniversário – ele segura o seu copinho.
– Então, um brinde a isso – Carol fala, levantando o copo dela e brindamos e viramos o conteúdo todo de uma vez.
Nem sei há quanto tempo eu não bebo nada mais forte, eu só tomava vinho, e era uma taça por dia, e mal... Mas assim que senti o ardor escorrendo pela minha garganta, senti meus músculos relaxarem e eu estava bem melhor.
Cauê foi, nas palavras dele, procurar a próxima vítima, e me deixou sozinha bebendo com a Carol. A Carol é uma ótima companhia para beber. Quer dizer, uma péssima companhia, pois os meus planos de beber pouco tinham ido goela abaixo com um pouco de vodka.
– Essa é minha música – Carol grita ao escutar uma música ritmada e se levanta e vai para pista de dança, tento ir com ela, mas minhas pernas falham e eu resolvo sentar mais um pouco. – Você não vem?
– Agora não Carol, mas vá lá, aproveita.
– Tudo bem – ela me manda um beijo e vai pulando para pista de dança, o que é impressionante devido a quantidade de álcool que ela ingeriu e pela altura do salto que usava.
Carol arrastou diversos olhares enquanto ia para a pista de dança, mas por fim eu percebi um em mim. O rapaz estava do outro lado do bar, a quantidade de pessoas se mexendo no ritmo da música e as luzes e fumaça não me permitiam ver seu rosto com clareza.
Mas dava para ver que ele era alto, forte e de olhos escuros. Seus olhos me olhavam de maneira lasciva e por alguns momentos eu fiquei envergonhada. Fiquei bons momentos ali, na troca de olhares, mas nem ele nem eu saímos dos nossos lugares. Eu somente levantei para ter uma visão melhor dele.
– Vocês estão se despindo só com o olhar – Carol fala perto de mim, e nem tinha percebido que ela já tinha voltado. – Vim te buscar, você demorou demais. Mas agora eu entendo o motivo da demora. Vem comigo, vamos dar um motivo para ele olhar.
Carol segura a minha mão e me leva para a pista de dança, quebrando pela primeira vez os nossos olhares.
– Agora se solta Alice, deixa ele te ver – Carol fala e se afasta um pouco de mim, me dando espaço para me soltar.
As luzes, a música, a fumaça, tudo tornava tudo meio surreal, e eu não me senti eu mesma. Comecei a dançar livremente, balançava os cabelos, levantava os braços, mexia meus quadris no ritmo da música.
Sempre amei dançar, e se eu não amasse tanto minha profissão com certeza seria dançarina. Me perdi no ritmo e parecia que eu estava sozinha na minha casa, dançando na cozinha.
– Acho que alguém vai já avançar em você Lice – Cauê fala, me tirando do transe e me virando para encará-lo.
Não vejo sinal da minha amiga em lugar nenhuma. Onde será que ela tinha se enfiado? Será que eu passei muito tempo dançando que esqueci do tempo? Mas quando encontro ela na fila do banheiro, me tranquilizo.
– Bobagem Cauê, com tanta gente assim aqui dentro, ninguém deve nem ter notado.
– Tem um cara ali no bar que não tira os olhos de você. Ele parece ser legal, porque não vai falar com ele? Você merece uma noite de folga gata – Cauê me dá um tapinha na minha bunda, me jogando na direção do bar.
Nem preciso nem dizer que era o mesmo cara que estava me encarando. Fui me aproximando dele, e o sorriso dele foi aumentando. Obrigada álcool por me proporcionar esses momentos. O homem estava segurando um copo de uísque e tomou um gole enorme antes que eu chegasse até ele.
– Olá – falo com a voz mais baixa do que eu pretendia, e não sei nem se ele me escutou.
– Olá princesa.
Não gosto que me chamem de princesa, me sinto dez anos mais nova e não sei porque, indefesa. Mas resolvo não implicar, afinal ele nem me conhece e tenho que admitir que essa fala deveria surtir efeito em muitas meninas.
Ele passava pelo menos um palmo da minha cabeça, e eu usava um dos saltos da Carol, tinha os cabelos loiros penteados de maneira bem desajeitada e bonita, seus olhos eram de um castanho claro bem bonito e ele tinha um rosto bem masculino. Ele tinha uma barba por fazer o que deixava ele muito mais belo.
– Me chamo Roberto – ele me estende a mão dele.
– Alice – aperto a mão dele. Ele leva a minha mão até a boca dele e dá um beijo. Senti até uma coisa boa subindo pelas minhas pernas.
– Prazer em te conhecer Alice, tenho que lhe dizer, você estava uma beleza ali na pista de dança. Você é dançarina profissional? – ele fala, se aproximando um pouco de mim, usando a desculpa de um bar lotado e barulhento para se aproximar. Não me importei muito.
– Obrigada Roberto. Ah não, sou psicóloga. E você faz o quê? – falo, e me viro para o barman, e peço uma garrafa de água, precisava me reidratar.
– Eu sou modelo – fico impressionada com ele. O homem realmente é muito bonito.
– E é possível eu já ter visto algum anúncio em que você fosse o garoto propaganda? – pergunto tentando fazer charme, mas me sinto um pouco ridícula no fundo. Faz muito tempo que eu não faço isso, acho que me desacostumei a flertar com alguém...
– Não sei... Faço muita propaganda para lojas de roupas masculinas, quem sabe você não tenha visto quando escolhia alguma coisa para um cara especial...
– Não que eu me lembre... Acho que eu não vi seu rosto...
– Estava torcendo para que sim, afinal, não queria que você lembrasse de mim em algum anúncio enquanto você procurava uma roupa para o seu namorado.
– Eu não tenho namorado...
– E aquele cara alto ali que está todo tempo nos encarando? Eu pensei que ele fosse o seu namorado, vocês pareciam estar bem próximos...
– Ah o Cauê? Ah não... Somos só amigos mesmo...
– Você tem certeza? Ele está olhando demais para cá.
– Tenho sim.
Quando eu olho na direção do Cauê e levanto meus polegares para ele, a postura dele muda completamente, ele fica mais relaxado, dá uma piscadinha de olho e sai do meu campo de visão.
É um acordo que eu tinha com o Cauê. Quando eu saía assim com eles, para me distrair um pouco, Cauê sempre ia me resgatar caso eu precisasse de ajuda para me livrar de um cara. Sendo ele meu irmão, namorado, noivo, o que quer que seja para me ajudar. Se eu olhasse para ele e desse língua, era para ele vir me ajudar. Mas polegares levantados significavam que o cara era maneiro. Mas o Roberto parece ser um cara legal e eu estou disposta a dar uma chance para ele.
– Então, quantos anos você tem linda?
– Tenho vinte e seis. E você?
– Nossa, eu pensava que você era bem mais nova, tem cara de muito novinha ainda – imagina se ele soubesse que eu já tenho uma filha de sete anos, mas não quero espantar ele agora... – Eu tenho vinte e oito. Mas como é que uma mulher linda como você faz aqui sozinha e sem namorado?
– Ah, acho que não sou muito de namorar, acho que nunca deu certo...
E também eu tenho uma filha e quando os caras escutam isso normalmente saem correndo pela porta da frente.
– Entendo... Você é muito linda sabia?
Coloco uma mecha do meu cabelo detrás da minha orelha tentando esconder um pouco da minha vergonha. Um modelo me chamando de linda. Tinha que sair mais vezes de casa para escutar isso.
– Nem preciso dizer nada de você não é, afinal as revistas e anúncios falam por mim... – dou um sorriso e ele me devolve. O cara é um lindo demais.
– Mas o que você acha? – ele pergunta, dando um passo na minha direção, eu também dou um passo na direção dele, estamos bem próximos, mas ao mesmo tempo bem distantes.
– Eu também te acho lindo – álcool obrigada por liberar a minha língua e eu não ficar somente olhando para o rosto dele com uma cara de tacho.
– Então – ele fala e eu começo a sentir um pouco do seu hálito em mim. Ele coloca uma mecha minha de cabelo atrás da minha orelha e se aproxima lentamente de mim.
Só então eu percebo que estou prestes a beijar um cara que eu nem conheço direto, não sei muita coisa sobre ele, e ele não sabe nada sobre mim. Mas se eu estou na chuva, acho que vou ter que me molhar, se eu me esquivar agora não ia ser muito legal...
Mas antes que os nossos lábios se encontrem eu sinto uma mão me puxar com carinho e quando eu abro os olhos eu encontro uma Carol meio chateada na minha frente. O que tinha acontecido?
– Posso falar com você Alice?
– Claro – me despeço do jeito que posso do rapaz do bar e vou andando na direção do banheiro com a minha amiga me guiando. Paramos na fila e Carol está chateada, mas será que era comigo? O que eu tinha feito?
– Alice...
– Você me parece chateada Carol. O que aconteceu amiga?
– Aconteceu que você quase ia beijando o namorado da Theresa.
– Oi? Namorado da Theresa?
– É, aquele rapaz que você estava conversando ali no bar é namorado dela. Foi ele que foi no meu estúdio, me pedindo para tatuar o nome dela...
– Meu Deus Carol, desculpa, juro que eu não sabia...
– Claro que eu sabia que você não sabia, só não consegui ver você se envolvendo com ele...
– E agora nem que me pagassem! Será que ele ainda está com a Theresa?
– Ele pode até não estar mais, mas eu tenho certeza que a tatuagem ainda está... Tadinha dela...
– Ah Carol, desculpa falar isso, mas se ela estava com ele em uma relação de traição, era provável que fosse os dois lados do relacionamento traindo...
– Eu sei Lice, mas não consigo não pensar na Theresa, aquela mulher acabou comigo. E mesmo ela me fazendo sofrer, não quero que ela seja traída.
Que lindo coração minha amiga tem. Mas eu tenho que ajudar ela a superar a Theresa, afinal, sofrimento não vai levar ela a lugar nenhum. Abraço a minha amiga.
– Você não existe Carol. Vou mudar de time só pra poder ficar com você...
– Bem que eu gostaria que isso fosse verdade amiga. E bem que eu gostaria de sentir alguma coisa por você.
– Ouch! Isso doeu agora, fui dispensada e você disse que ainda não sente nada por mim? Nossa, essa foi cruel...
– Deixa de besteira Lice, você sabe que você é a minha irmã do coração né sua abestada? – Carol começa a rir.
– Claro que eu sei. Só queria que você voltasse a sorrir sua besta.
– Ainda bem que eu tenho você Alice. Não sei o que eu faria sem você.
Entramos no banheiro e eu aproveito para fazer xixi. Estava começando a ficar apertada. Quando saímos do banheiro eu vi o Roberto dando em cima de outra mulher. Clássico. Olhei para a minha amiga e vi que ela estava com os pulsos apertados, acho que queria esbofetear o Roberto.
– Que tal encerrarmos a noite Carol?
– Só se você tomar mais algumas doses comigo, não quero ir para casa sóbria hoje.
– Tudo bem – o que quer que seja para irmos para casa.
Carol pediu uma rodada de bebidas que deixaria qualquer pessoa sóbria completamente embriagada. Ela tomou muito mais do que eu, mas mesmo assim eu estava completamente entregue ao álcool.
Tinha me esquecido como era estar sobre efeito de álcool, e quando eu levantei da nossa mesa o mundo girou um pouco. Segurei firme na Carol e começamos a procurar pelo Cauê. O bar tinha esvaziado um pouco e quando avistamos o nosso amigo ele estava com a língua enfiada na garganta de uma ruiva no canto da pista de dança.
– Vamos atrapalhar ele não Carol – falo puxando a minha amiga para o lado, mas minha mão acaba por escorregar no braço dela e eu caio ao chão com um baque feio. Mas não sinto nada. Carol olha para mim e começa a rir descontroladamente. – Ei! Me ajuda a levantar daqui sua ingrata!
Carol me ajuda a levantar, mas com a minha queda eu acabo atraindo alguns olhares, incluindo do Cauê.
– Pode voltar pra lá lindo, só queríamos te avisar que já estamos indo, a noite não foi proveitosa para nenhuma de nós duas... – Carol fala fazendo um biquinho.
– Vocês não vieram dirigindo não né?
– Claro que não bobinho. Pode deixar, vamos pegar um táxi e vamos direto para casa – Carol bate com o dedo na ponta do nariz dele e nós duas enchemos as bochechas dele de beijos. – Até mais dentisgato.
– Me liguem qualquer coisa. Amo vocês.
Nos despedimos dele e as passos sofridos saímos do bar. Pegamos um táxi sem muita dificuldade e fomos para o prédio da Carol. Ela tinha me pedido para dormir lá novamente e eu só aceitei porque ela prometeu me ajudar a resolver as coisas do aniversário da Manu. Estávamos quase chegando no prédio quando a Carol se vira na minha direção e fala.
– Sabe o que me deu vontade de fazer agora?
– O quê dona Carolina?
– Nadar.
– Nadar?
– É, sim, nadar. Sabe aquela coisa que fazemos na água para não nos afogarmos? Nadar.
– Mesmo que essa seja uma idéia boa... Onde é que você vai arrumar um lugar pra nadar? Na praia uma hora dessas não dá... – Mas nadar agora não ia ser uma má idéia... Poderia ajudar o álcool a sair do sangue.
– Claro que não né Lice, numa piscina...
– E onde é que você pensa em arrumar uma piscina numa hora dessas Carol?
– Aguarde e confie minha jovem.
Faço questão de pagar o táxi quando chegamos. Nós passamos pela recepção e Carol vai falar com o rapaz que estava ali de prontidão. Eu me apoio no balcão.
– Olá – ela passa um tempinho analisando o crachá do funcionário e diz. – Rafael. Não sei se você sabe, mas eu sou a nova inquilina do décimo andar... – impressionante como ela consegue falar normalmente. Sua língua não enrola nem nada...
– Sei sim senhorita, seja bem vinda ao prédio.
– Obrigada Rafael, mas eu gostaria de te perguntar uma coisa.
– Claro senhorita.
– Onde é que fica a piscina?
– Ela já está fechada senhorita, mas ela fica no subsolo.
– Claro que eu sabia que ela já deveria estar fechada, e que horário ela abre amanhã eu poderia saber?
– Ela abre às nove da manhã.
– Muito obrigada Rafael – Carol abre um sorriso para o jovem rapaz e faz o caminho para o elevador. Ela entra no elevador e aperta o nosso andar, mas antes que as portas fechassem, ela me puxa para fora do elevador e me leva para as escadas.
– O que você pensa que está fazendo? – pergunto tentando segurar a risada.
– Nós vamos nadar, agora vem rápido, antes que o Rafael nos veja.
Ela fecha as portas das escadas e começamos a descer. Uma porta no subsolo dava acesso a piscina e ela era enorme e linda. A porta estava destrancada, então não tivemos problemas em entrar.
A superfície estava um pouco agitada, mas era lindo demais ali. Dois grandes retângulos cheios de água limpa e bem tratada. Tudo estava calmo, silencioso, só se escutava um barulho baixo da água brincando na superfície.
Olho para o lado e Carol está retirando sua roupa, ficando somente de calcinha e sutiã.
– O quê? Não é como se você nunca tivesse visto... – ela ri e entra devagar na piscina.
Me deu agora um medinho de entrar. E se pegassem a gente? O que poderia acontecer. Eu hesitei em entrar.
– Vamos Lice, deixa de ser sem graça e entra logo...
– Ai Carol, o que eu não faço por você... – dei essa meia desculpa e fui me livrar do vestido. O sutiã e a calcinha branca iam ficar transparentes, mas como só tinha eu e a Carol ali, não vi problema.
– Não tem ninguém aqui, anda logo. A água está uma delícia. E nem adianta dar essas desculpas, eu sei que você está louca para entrar aqui...
– Você ainda vai acabar sendo expulsa daqui Carol...
– Pode deixar que com o dono do prédio eu me viro... Agora entra logo de uma vez! Para de besteira.
Coloco meus pés na água e começo a entrar na piscina. A água realmente estava ótima. Nem muito quente, nem muito fria, mas mesmo assim, os bicos dos meus seios responderam a mudança de ambiente. E como esperado, a merda do meu sutiã está transparente, mostrando dois pontos mais escuros e pontudos.
Carol foi nadar meio longe. Só consegui ver sua silhueta boiando ao longe, e é nessa hora que eu vejo uma sombra se aproximando de mim. Arregalo os olhos, mas que merda é aquilo? Só sei que a sombra vem se aproximando e eu tento sair dali, mas não antes da sombra bater em mim, e eu perceber que aquilo é um corpo.
Eu tento olhar para ver se é a Carol, mas ela boia ao longe e nem nota a minha presença e a do estranho. O corpo se ergue da água e eu tenho certeza que essa é a visão mais sexy que eu já presenciei.
Samuel estava com uma cara confusa extremamente sexy, com os cabelos bagunçados e com água escorrendo entre eles. Gostas de água escorriam pelo seu rosto belo e por um peitoral lindo e definido. Vi uma mancha negra na sua costela, parece ser uma tatuagem.
Ele balança a cabeça, fazendo que gotas pinguem em nós e eu ainda estou sem palavras. Impressionante como o álcool sai do sangue quando você se depara com um homem lindo desses.
– Alice? O que você está fazendo aqui? – ele pergunta passando a mão pelos cabelos e me dando uma visão de babar dos seus braços.
– Eu, er, vim dar um mergulho... – falo completamente sem jeito.
– E onde está a sua amiga?
– Ali está – aponto para onde a Carol boiava e ele se vira para olhar, o que me proporciona poucos segundos encarando a sunga dele. Mesmo em uma piscina turva, ainda era uma coisa linda de se ver. Sério mesmo Alice Santos que você está secando ele?
Balancei um pouco a cabeça e o juízo pareceu voltar um pouco.
– Vocês sabem que não deveriam estar aqui não sabem? – ele fala divertido, mas de repente fica bem sério.
– Você também não deveria...
– Digamos que eu sei que o dono não vai ficar chateado por saber que eu nado aqui...
– E porque o dono ia ficar chateado por estarmos aqui também? – cruzo meus braços e espero uma explicação.
– Bem pensado Alice, tenho certeza que ele também não ia ficar chateado se vocês usassem a piscina... Ele libera... – Sam sorri e seus olhos alcançam a altura do meu busto.
É nesse momento que eu lembro que eu estou de calcinha e sutiã e que eles são completamente transparentes. Afundo na água, esperando que com o balanço das águas ele não consiga ver nada.
– Desculpa Alice, eu não quis, eu...
– Tudo bem Sam... Só tenho que me lembrar da próxima vez que vier para uma piscina, usar as roupas adequadas...
– Acho que isso é de bom tamanho... Bom vou deixar vocês duas aqui, podem ficar à vontade. Só tranquem a porta quando saírem. Vou deixar a chave na porta.
– Obrigada Sam.
– Sem problemas – ele dá uma piscadinha e passa bem próximo a mim. – Ah Alice, sei que agora não deve ser o melhor momento, mas você quer sair comigo qualquer dia desses?
– Adoraria – sorri de uma ponta a outra dos meus lábios.
– Depois eu pego seu número com a Carol, ou até mesmo com você se ainda estiver aqui amanhã, mas deixei minha caneta e papel na outra sunga – ele dá uma risada, e eu me junto a ele. – A gente se fala Alice.
– Certo. Até Sam.
Ele sai da piscina me fazendo babar um pouco com a visão das suas costas largas e bumbum redondo. Eu quase pirei quando vi que ele tinha aqueles buraquinhos nas costas. Mas ele se enrola rapidamente em uma toalha e sai dali.
Assim que ele sai pela porta eu nado o mais rápido que consigo para a minha amiga, que ainda boiava feliz.
– Carol, o Samuel tava aqui – assim que falo isso ela se levanta de uma vez, ficando de pé e me olhando com a mesma cara confusa...
– O Samuel? Mas que raios ele estava fazendo aqui?
– Acho que ele teve a mesma idéia que a gente. Só queria nadar a quatro da manhã... – rimos um pouco. – E você não sabe da melhor...
– Hum, diga a melhor.
– Ele me chamou para sair...
– Sério?
– Sim.
– Também né? Você fica seduzindo os rapazes com esses seus seios grandes e bonitinhos. O cara tinha que fazer alguma coisa...
– Deixa de besteira – jogo um pouco de água no rosto dela. – Tem nada haver dona Carolina.
– Tem tudo haver senhorita Alice. Tadinho, teve nem tempo de raciocinar com esses mamilos apontando pra ele.
– Você não presta Carol...
Ainda passamos um tempinho na piscina, mas quando o sono bateu, trancamos tudo e subimos para o apartamento da Carol e dormimos onde encostamos.
Boa noite pessoal :D Mais um capítulo do nosso Sam para nos deliciarmos uhuuuul :D Quem quer ir tomar banho de piscina com ele? Eu ia AMAR. Ele chamou ela pra sair. Qual vai ser a reação dele quando descobrir que a Alice tem uma filha, e qual a será a reação dela quando ele falar que ainda é virgem? Hahaha, ainda tem muita coisa a acontecer, eles ainda vão se conhecer...
Ah e na mídia desse capítulo temos o nosso Cauê. Não sei quem dispensa esse homem... kkkkkkk Ele não apareceu muito no capítulo, mas ele ainda vai aparecer e muito no livro *--* Só para vocês conhecerem o nosso dentisgato.
Bem, esse capítulo é dedicado à @ElaneMoreira leitora tão querida ^^ Lane, espero que você leia o capítulo e que se acalme para a sua defesa ^^ Estou torcendo muito por você amiga! Obrigada por todo o carinho e apoio, não só nessa obras, mas em todas as outras :D
E quem quiser participar do grupo do whatsapp, é só me mandar o número, sempre tem spoiler do capítulos novo Troca de opiniões e muito mais. Ah, e todas são umas lindas no grupo ^^
Beijos no coração de todas e até o próximo capítulo :D
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