I. Começo de um dia comum
Acordo cedo e já estou na cozinha preparando um sanduíche para a minha pequena bailarina. Faço um sanduíche de atum, que é o favorito dela. Seis e meia ela entra na sala, vestindo um pijama todo rosa, de pantufas e coçando os olhos.
– Bom dia mamãe – ela fala, abraçando a minha perna.
– Bom dia minha princesa – desligo o fogo e a puxo para um abraço.
Emanuela era a luz da minha vida. Uma menina tão doce e inteligente. Ela tinha sete anos e era a razão do meu sorriso de toda manhã. Eu cuidava com ela com todo o amor que eu tinha, mas às vezes parecia que ela era que cuidava de mim. Mas isso eu culpo a minha amiga, Carolina. Fica colocando idéias precipitadas na cabecinha dela.
– E porque você já está de pé meu amor?
– Porque um passarinho bateu na janela do meu quarto e me acordou – suas perninhas estavam ao redor da minha cintura e suas mãos mexiam nos meus cabelos.
– E onde está o passarinho?
– Ele estava do lado de fora da janela, mas quando me aproximei dele, ele voou para longe.
Ainda bem. Senão era bem capaz da Manu querer cuidar do passarinho e ia ser mais uma conta no final do mês. Veterinário.
– Huuuum, e esse bafo de leoa? Princesas não têm bafo de leoa. Vá escovar os dentes e quando você terminar seu café da manhã estará pronto – dei um beijo na sua bochecha e a depositei no chão. Ela foi correndo pro quarto.
Tirei o bolo da janela, que estava esfriando e o coloquei num prato. Coloquei os cereais, leite, café e mais algumas coisas na mesa enquanto esperava minha filha sair do banheiro. O interfone toca.
– Deixa que eu atendo mamãe! – Manu passa por mim correndo e vai até o telefone.
– Cuidado Manu, quantas vezes eu te disse para não correr dentro de casa?
– Mãe, a tia Carol está subindo.
– Cadê o bafo e o sorriso? – me abaixo perto dela, que assopra no meu rosto e me dá um sorriso. Boa garota!
A campainha toca e eu vou abrir. Encontro a minha amiga parada na porta e ela nem espera que eu saia do caminho para ela passar, ela mesmo desloca o meu corpo e me dá um enorme sorriso.
– Alice amiga, bom dia! Cheguei em boa hora... Esse é o cheiro do seu bolo de banana?
– É sim Carol, pode entrar viu? – brinco com ela. – E eu pensei que você não gostasse de banana!
– E eu não gosto mesmo não, só gosto da sua – ela pisca o olho para mim.
– Mas você já está bem de casa não é?
– Deixa de besteira que eu já sou de casa... E cadê a Katrininha? – Carol chamava a minha filha de Katrina, por causa do furacão, o quarto dela era sempre uma bagunça, realmente, parecia que um furacão sempre passava por lá.
– Na cozinha. Entra e faz companhia a Manu, vou aproveitar e me aprontar logo pro trabalho.
– Sim senhora senhora! – Carol faz um continência e corre para a cozinha.
Carolina Praga, minha melhor amiga, me ajudou quando eu mais precisei. Esteve do meu lado em todos os momentos, e se eu estou feliz hoje, eu devo uma boa parcela a essa mulher. Carol é alta, cabelos negros compridos, branca como a neve com diversos piercings e tatuagens. Ela era lésbica e namorava sério com uma amiga em comum, Teresa, há quase dois anos.
Você pode até pensar. Nossa, uma mulher toda tatuada, que namora outras mulheres, poderia ser uma péssima para a minha filha certo? Errado. A Carol era uma das melhores pessoas que eu conhecia. E se a minha filha crescesse se espelhando na Carol, eu ia ser uma pessoa muito feliz.
E não, eu e a Carol nunca nos envolvemos. Sempre fomos mais irmãs do que qualquer coisa. E ela nunca sentiu nada por mim, a não ser um carinho de família. Eu daria a minha vida por ela. E ela me deu a minha vida.
Eu tive a Manu quando eu tinha dezoito anos. E meu namorado assim que descobriu fugiu, me deixando com toda a responsabilidade de uma vida. Batido né? Sabe aquele cara que sua mãe não quer que você se envolva? Foi exatamente o cara que eu resolvi engravidar.
E tudo isso na nossa primeira vez. Acho o azar estava sempre me rodeando.
Carol foi a pessoa que me acolheu no primeiro momento. Me acolheu debaixo do seu teto. Me deu atenção e suportou todos as histórias que inventavam sobre nós.
Eu sempre soube que ela era lésbica. Mas eu nunca a tratei diferente e nem ela me tratou diferente.
□ Sete anos atrás □
– Filha minha não fica dentro de casa grávida sem casamento! – meu pai grita comigo mais uma vez, as lágrimas não paravam de escorrer pelo meu rosto.
– Ênio, tenho certeza que podemos encontrar um jeito... – minha mãe tenta falar com ele.
– Nem começa Rita! Essa menina sabe muito bem como fez isso e se ela tem idade para fazer isso, tem idade para aguentar as consequências!
– Mas ela só tem dezoito anos Ênio querido...
– Ela já tem dezoito anos – meu pai aponta o dedo para mim. E me olha muito bravo. – Não vou mais alisar a cabeça dela toda vez que ela faz alguma besteira...
– Mas eu nunca fiz uma besteira pai! Eu sempre tirei boas notas, nunca te dei trabalho!
A mão do meu pai desce com força no meu rosto e sinto um gosto fraco do sangue na minha boca. O mundo rodou por alguns momentos e eu caí no chão desnorteada.
– Ênio! – minha mãe segura a mão do meu pai e me afasta dele.
– Saia da minha casa – meu pai diz.
Saio de casa de cabeça baixa, sem saber o que fazer ou onde ficar. Fui para o único local que veio na minha mente. Sentei no banco da faculdade e enterrei minha cabeça nos joelhos e chorei o mais baixinho que eu consegui.
– Alice?
Levanto a minha cabeça e encontro uma menina da minha sala. Carolina o nome dela. Não consigo esconder as lágrimas.
– Ah, oi Carol.
– Nossa Alice, aconteceu alguma coisa?
Não sei se foi por causa do meu desespero, ou se foi por conseguir encontrar uma amizade adormecida nela, mas eu simplesmente contei o que tinha acontecido para ela.
Eu e Carol já tínhamos feitos alguns trabalhos juntos, e ela sempre foi muito simpática e solícita, talvez por isso eu abri meu coração para ela.
– Se você quiser, pode passar uns dias lá em casa Alice, não sei se é o primeiro plano, mas eu gostaria de ajudar.
– Obrigada Carol.
E desde então ela tem sido uma amiga quase irmã para mim. Ela fez tudo para me apoiar, me ajudou a procurar emprego, e até convenceu os pais dela e me ajudar com os gastos com o bebê. Carol me ajudou mais com a gravidez do que muito pai por aí.
E quando eu tive a minha filhinha, nada mais justo do que ela ser a madrinha.
Terminei os estudos e me graduei com honras em psicologia. Também me graduei em fisioterapia, mas trabalho mesmo com psicologia. Carol é graduada em psicologia também, mas ela trabalha como tatuadora profissional. Bem distante, eu sei, mas ela só fez essa faculdade para satisfazer os pais.
Outra pessoa que entrou na minha vida e me ajudou muito foi o Cauê. Ele era melhor amigo da Carol, e acabou virando um segundo pai pra minha filha.
Ele estava terminando a faculdade de odontologia e era um moço loiro muito bem apessoado e simpático. Tinha olhos castanhos e um sorriso fácil de menino. Ficamos amigos rapidamente e ele sempre me tratou muito bem, sem segundas intenções.
Minha filha tinha tido muita sorte. Ela tinha ganhado um pai e uma mãe adotivos antes mesmo de nascer.
□ Nos dias atuais □
– Alice, se você quiser eu levo a Manu pro balé. Se você tiver muito ocupada, só vou ter que estar lá no estúdio nove horas...
– Sério amiga? Não é muito incômodo?
– Deixa eu ir com a tia Carol mãe, ela dirige melhor do que você...
– Ihh, dona Manuela, que história é essa? – brinco com a minha filha.
– Mas é mamãe, a tia Carol sempre dirige mais depressa que você. Sempre chego com tempo de sobra para brincar com as minhas amigas...
– Não fale assim com a sua mãe Katrina – Carol interrompe. – Ela não tem culpa de dirigir sempre dez, sempre vinte...
– Carol! Se não for ajudar, não atrapalha!
– Brincadeira amiga!
– Então vão vocês duas tratantes! Que eu vou sair pro trabalho agora!
Pego a minha bolsa e dou um abraço na minha amiga e um beijo na minha filha antes de sair. Não pego nenhum trânsito e logo chego ao trabalho. Daria tempo tranquilamente de ir deixar a Manu na escola, mas ainda bem que a minha amiga se disponibilizou. Tenho que fazer um desvio medonho para deixá-la lá.
Trabalho com terapia de casais. Amo o que eu faço. Acho que me faz tão bem quanto faz a eles. Observar os problemas que eles têm, e resolver tudo da melhor maneira possível. Meu consultório fica no andar debaixo do consultório do Cauê. Assim que vimos que o prédio comercial dos nossos sonhos ia abrir, corremos e garantimos o nosso lugar no décimo segundo e no décimo terceiro andar.
Eu ainda estava pagando o meu consultório. Agora que eu tinha terminado a dívida enorme da minha casa e da faculdade. Perdi minha bolsa de estudos por conta da Manu, mas dei meu jeito e conclui os estudos.
Quando terminei de pagar a faculdade, comecei a juntar uma grana para comprar uma casa. Eu dividia um apartamento com o Cauê e ele quase não me deixava pagar o aluguel. Mas serviu para juntar o dinheiro necessário para dar a entrada num apartamento.
Quando me formei consegui um emprego melhor e comecei a procurar um escritório para mim. Atendia os pacientes em casa, mas com a Manu pequena em casa não dava certo.
Quando o Cauê me ligou para dizer que tinha um prédio comercial com espaços para vender, quase tive um troço, me desdobrei e aluguei um escritório. No final desse ano, eu conseguiria pagar todas as minhas dívidas e eu não poderia estar mais feliz.
Como ainda estava cedo resolvi fazer uma visitinha no Cauê, subi um andar de escadas e bati na terceira porta a esquerda, que era o seu consultório. A secretária assim que me viu, liberou a minha entrada. Cauê estava deitado na cadeira dele, e estava com os olhos fechados.
– Bom dia dentisgato – dou um beijo estalado na sua bochecha, acordando ele.
– Lice, minha maravilha, como você está? E que milagre você aqui tão cedo?
– Ah, a Carol foi lá em casa e aproveitou e foi deixar a Manu na escola, aí como eu já estava pronta, resolvi vir logo.
– Ah bom. E como vai a pequena? Já se recuperou da gripe?
– Graças a Deus sim, ela perguntou por você Cauê...
– Mas ela vai me ver no final de semana, afinal, quero ver como vai o andamento daqueles dentinhos de leite.
Nunca vi uma pessoa tão apaixonada por sorrisos quanto o Cauê. Ele amava demais o que fazia e era um profissional muito competente...
– Acho que vai cair um. Estava molinho hoje mais cedo, mas ela ainda não reclamou.
– E você quer uma consulta de graça nesse sorriso lindo?
– Sai daí senhor Gomes, não quero que você brigue com a minha escovação...
– Nunca reclamei. Você tem um sorriso lindo. Acho que vai ser o ponto alto do meu dia de cáries e dentes tortos.
– Só porque você insiste.
Cauê falava animado sobre uma menina que ele tinha conhecido. Ele tinha o dedo mais podre para escolher mulheres que eu já tinha visto. Sempre escolhia as meninas que não valiam nada, que estavam atrás dele só por causa do dinheiro que ele tinha. Meninas vazias e que sempre magoavam aquele pobre coração.
– Você sabia que a Carol está de mudança?
Concordei com a cabeça, já que a minha boca estava cheia de algum produto que ele estava usando para clarear os meus dentes.
– Vem, você já pode cuspir – ele colocou a pia de aço na minha frente e eu cuspi todo o conteúdo dentro dela. – Agora bocheche isso – Cauê me entrega um copo com um líquido turvo e eu bochecho a solução, cuspindo depois também.
– Como estou? – dou um sorriso forçado, mostrando todos os dentes.
– Sorriso lindo e brilhante. Fazia muito tempo que você não vinha aqui pra fazer uma revisão Lice, tenta vir mais freqüente.
– Mas você é tão ocupado, não gosto de te atrapalhar.
– Atrapalha nada Lice. E está tudo de pé né para sexta feira?
– Claro que sim né? Eu não ia perder o aniversário mais lindo do dentista mais querido do mundo.
– E a Manu vem pro jantar né? Depois não quero saber de desculpa, mas vamos sair e aproveitar a noite!
– Claro que sim, já falei com a minha mãe e ela vai cuidar da Manu.
– Maravilha, então eu não quero de saber de desculpas de última hora, porque eu quero comemorar meu aniversário com minhas amigas, afinal, se elas não forem, quem é que vai encher a minha bola pra mulherada? – ele começa a rir.
– Você não precisa que enchamos a sua bola, seu convencido!
– Claro que preciso. Mas não tem choro nem vela, vocês vão comigo!
– Vamos sim meu dentisgato favorito.
– Que bom, mas agora pode fazer o favor de se retirar do meu consultório que a minha primeira consulta deve estar para chegar!
– Você me expulsando assim de maneira tão delicada, eu vou!
– Deixa de coisa. Te amo Lice. Mais tarde eu ligo pra você – Cauê planta um beijo na minha bochecha e me dá um beliscão de leve no braço.
– Au! Vou ficar roxa!
– Nem vem Lice, que a branca do nosso grupo é a Carol.
– Besta! Espero a sua ligação viu? E vê se liga cedo, pra você ainda pegar a Manu acordada!
– Pode deixar.
Dou um pequeno aceno e volto para a minha sala. Os meus pacientes ainda não tinham chegado e eu aproveito para ler um livro. Sou viciada em romances. E que a Carol não sonhe, mas romances eróticos! Logo quando eu vou chegando na melhor parte do livro, escuto alguém batendo na porta.
– Merda! – resmungo para mim mesma. – Me aguarde James, já eu volto pra você – falo com o personagem do livro, mas fazer o que né? Eu tinha vontade de entrar no livro e o roubar para mim.
Guardo o livro escondido na minha cadeira e vou receber os meus clientes. As sessões de hoje foram bem tranquilas. E na hora do almoço terminei o capítulo em que tinha sido interrompida mais cedo.
Assim que termino as sessões são cinco horas. Já está na hora de ir buscar a Manu na escola. Optei por ela fazer atividades na escola de manhã e tarde, assim não precisava me preocupar muito com ela. Cinco e meia estou na porta da escola, esperando minha filha sair. Assim que a avisto, aceno para ela e a ajeito no banco do carro.
Ela me conta como foi o dia na escola e eu conto como foi o dia no trabalho. Mesmo ocultando todos os detalhes das consultas, eu adoro falar sobre o meu dia com a Manu. Assim que chego em casa, abro a porta e encontro a Carol esparramada no sofá da minha sala.
– Boa noite Carol – Carol passava mais tempo lá em casa do que na própria. Ela segurava um pote de sorvete e estava assistindo um filme qualquer. Percebi que tinha alguma estranha com ela.
– Oi Alice. Katrininha – ela tenta parecer mais animada falando com a minha filha, mas ela realmente não estava bem.
– Filha, que tal, você ir guardar as suas coisas lá no seu quarto, e tomar um banho hein? Que a mamãe vai ajeitar o jantar e quando tiver pronto, eu te chamo... – falei carinhosamente para ela e dei um beijo na cabeça dela.
Manu dá um beijo na bochecha da Carol e vai para o quarto, arrastando a mochila de carrinho dela. Ainda bem que eu nem precisava explicar que eu somente queria conversar com a Carol. Minha filha é bem esperta.
– Então Carol, cozinha, e vinho? – pergunto.
– Você me conhece tão bem.
– Vem amiga.
Ela se senta na cadeira da cozinha enquanto eu pego uma garrafa de vinho e duas taças, encho as duas e me sento na sua frente. Seguro a sua mão livre e dou um sorriso para minha amiga.
– Então Carol. O que foi que aconteceu? – ela nem falou nada e lágrimas começam a escorrer em seus olhos.
– Terminamos tudo.
– Você e a Teresa? – perguntei espantada.
– Sim – ela falou com uma voz pouca e murcha.
– O que foi que aconteceu? Porque? Vocês duas se davam tão bem... – tadinha da minha amiga.
– Na verdade, eu descobri que ela tinha outro.
– Outro? Sexo masculino? – pensava que a Teresa só gostasse de mulheres também...
– É, hoje um cara veio fazer uma tatuagem comigo, e era o nome da Teresa. Ele começou a conversar comigo, perguntando se eu não fazia retratos também. E eu na maior inocência disse que sim. Ele disse que preferia fazer um retrato do que somente o nome, e eu perguntei se ele tinha uma foto dela. Quase que enlouqueci quando vi que era a minha Teresa ali na foto.
– Nossa Carol, que duas caras! Vem cá – a puxei para um abraço e ela voltou a chorar nos meus braços.
– E agora eu vou ficar naquele apartamento enorme, e sozinha!
– Vai lá amiga. Vai ser só por enquanto. Depois você encontra um menor... – falo afagando seus longos cabelos negros.
– Porque eu não posso gostar de uma mulher como você Lice? – ela ri tristemente.
– Porque eu nem gosto de mulher sua espertinha!
– Ah é, tem esse detalhe! – a carinha dela está um pouco melhor.
– Você quer jantar o quê?
– Qualquer coisa amiga, na realidade não estou nem com fome – Carol dá um gole enorme no seu vinho.
– Vou fazer então uma macarronada. Nada melhor para afogar as mágoas do que uma pratada de macarrão e um bom vinho.
– Falou e disse.
Carol me ajudou a preparar tudo e sete e meia estávamos desfrutando um delicioso jantar e conversávamos sobre besteiras. Até que a Carol me lembra.
– Amiga, você vai poder ir amanhã né me ajudar com as caixas da mudança?
– Claro que sim Carol. Amanhã eu remarquei todas as minhas consultas, então tenho o dia inteiro pra te ajudar.
– Se a senhora me deixasse faltar a aula, eu também ia ajudar a tia Carol... – Manu fala rindo.
– Nada disso sua mocinha esperta. Tem que ir pra escola – Carol brinca com ela. – E pode deixar que a ajuda da sua mãe já está de bom tamanho.
– Agora mocinha – falo. – Se você já tiver terminado, pode colocar o seu prato lá na pia e quarto! Mamãe quer conversar um assunto de gente grande com a tia Carol – meu telefone começa a tocar e quando eu vejo que é o Cauê, eu entrego o telefone para ela – Aqui Manu, o tio Cauê ligou pra falar com você. Mas mesmo assim vá conversar com ele lá no seu quarto, ainda tenho que falar com a Carol.
– Tá bom mamãe – ela dá um beijo em nós duas. – A senhora leva meu prato?
– Levo sim, agora atende amor! Senão ele vai desligar...
– Tio Uêuê – ela fala e sai dando pulinhos da cozinha.
Assim que a Manu sai do nosso campo de audição, eu volto a minha atenção a minha amiga.
– Você quer dormir aqui Carol? Você bebeu vinho demais...
– Não tem problema?
– Que tipo de pergunta é essa Carol? Claro que não tem problema nenhum... Pode dormir lá no quarto comigo.
– Você não existe Alice Santos.
– Você que não Carolina Praga. Vem, vou preparar um banho bem relaxante pra você e você dorme comigo hoje.
– Obrigada Lice, não sei se ia aguentar ficar sozinha hoje...
Enquanto tomo um banho, preparo o da minha amiga. Termino e libero o banheiro para ela. Enquanto a Carol toma o banho dela, vou no quarto da minha filha, dou um beijo na sua cabeça e desejo boa noite. Manu dorme minutos depois.
Vou para o meu quarto, deito na cama e fico lendo um livro esperando a Carol. Duas páginas depois minha amiga aparece e deita ao meu lado. Ela me abraça minha cintura e eu fico ali afagado o cabelo dela, esperando ela dormir. Assim como a Manu, ela não demora muito a dormir.
E eu vou dormir pouco tempo depois, embalada pelo meu romance de cabeceira.
Sei que como está no comecinho ainda não aconteceu nada, mas prometo que ainda vão acontecer muitas coisas ^^ Deixem seu feedback aqui, vai ser de uma grande ajuda pra mim :D
AH, e a pessoa que está na mídia aqui do capítulo é a Alice, só para vocês ficarem conhecendo ela :D Beijos e espero que tenham gostado.
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