Capítulo 5
Dandara
Acordo de manhã com um baita susto! Olho para o relógio e são quase nove horas! Céus, será que não ouvi meu alarme? Pego meu celular e vejo que graças a Deus hoje é domingo. Mas de qualquer forma eu nunca consigo dormir até tão tarde, a muito tempo que não durmo bem assim. Minha mente grita pra mim mesmo: efeito Marco na sua vida! Dou um suspiro bobo enquanto lembro dos nossos beijos e momentos ardentes… mas em seguida sacudo a cabeça tentando afastar os pensamentos, pois tenho muito a fazer hoje.
Depois de passar um bom café, vou pro meu quarto, me sento na cama e abro o notebook para começar a estudar a palestra do desembargador que me foi enviada pelo seu assistente. Começo a leitura, vou marcando os tópicos no meu rascunho e mergulho de cabeça no conteúdo. Era como estar voltando aos meus tempos de formanda, revi muita coisa que confesso já ter arquivado da minha memória.
Duas horas depois o meu corpo clamava por mais café, me levanto pra encher outra xícara e dou de cara com o relógio da cozinha me mostrando que eu precisava pensar em algo para almoçar. Resolvo pedir algo pois não há nenhuma chance de eu colocar a mão numa panela hoje. Pego meu celular e quando vejo, estou cheia de mensagens para ver. Abro a conversa com Cíntia que me cobra: “Ande logo, me conte TUUUUUDO sobre a noite de ontem!” o que me faz dar risada. Jéssi e Lu também mandam mensagens parecidas e resolvo responder o mesmo para todas: “Ele é maravilhoso! Rolou de tudo e confesso que meu corpo respondeu de forma diferente do habitual.” Todos os tracinhos ficaram azuis muito depressa e é claro que elas me exigiram detalhes, mas deixei pra contar em nosso próximo encontro.
Abro o app de refeições e escolho uma feijoada, a muito tempo que não como. Quando estou colocando os dados do meu cartão, minha campainha toca. Ué? Esse prédio não tem mais porteiro? Me levanto e assim que espio pelo olho mágico da porta tomo um delicioso susto. É ele! Estou completamente desarrumada! Me dá um tremendo frio na barriga! Eu tento ajeitar o cabelo, respiro fundo e abro a porta. Ele me presenteia com um sorriso delicioso e uma imagem tentadora de suas tatuagens aparecendo por conta de uma camisa regata.
— Boa tarde, meritíssima! Dormiu bem a noite?
— Boa tarde detetive, você deu um apagão no porteiro?
Ele sacode a cabeça em negação e ri.
— Senhor Jorge é cliente do restaurante do meu pai e me conhece desde que eu corria por aqueles corredores querendo me fazer de garçom. Ele achou fofo o fato de eu querer te fazer uma surpresa e me deixou subir sem interfonar.
— O síndico vai ficar sabendo disso! — brinco.
— Não brigue com ele, brigue comigo!
— Bem, então preciso que você entre para que eu possa fazer isso sem dar um show no corredor, né? — digo má intencionada.
— Sim, meritíssima.
Ele passa por mim deixando o rastro de um perfume delicioso, me fazendo “esquecer” de brigar com ele. Resolvo dar uma de inocente e pergunto:
— O que te trás aqui?
Ele me mostra umas sacolas nas mãos e responde:
— Vim fazer uma entrega! O senhor Antônio Ferrara fez um frango ao pesto com arroz branco e salada. Me disse para trazer para a senhorita almoçar. O vinho branco eu roubei da adega do restaurante, mas com total consentimento dele.
Meu Deus, que fofo!
— Nossa, não tenho nem palavras pra agradecer, seu pai é um anjo! — digo enquanto pego as sacolas da sua mão.
— Vim fazer essa entrega com minhas próprias asas, tá? — ele faz cara de coitado.
— O senhor não está grandinho para fingir ciúmes e fazer pirraças, detetive?
— Eu ando merecendo um bom corretivo… acho que uma pessoa com autoridade precisa me manter encarcerado por algumas horas.
Seu semblante de bom moço se vai, dando espaço para o delicioso homem com quem dividi minha noite ontem. Eu me aproximo, coloco ele contra a parede deixando nossos lábios quase juntos.
— Sou uma excelente cumpridora da lei. Executo minhas sentenças sem deixar nada passar! — mordo seu lábio — mas eu jamais poderia deixar um frango ao pesto feito por um renomado chef italiano esfriar por causa disso! — dou um passo pra trás.
Ele suspira fundo, mas me puxa pelo vestido.
— Eu concordo com vossa excelência, meritíssima. Mas infelizmente eu não posso te deixar sair antes de me dar um beijo!
Ele me segura pelo pescoço e o beijo acontece. Me sinto desejada, viva! Meu corpo aquece, arrepia e meus instintos me mandam arrancar a roupa… mas sabiamente Marco me solta e diz:
— Andiamos! (Vamos)
— Sim, estou louca pra provar o frango.
Peguei pratos, talheres e taças, nos sentamos e Marco fez questão de nos servir. Cada garfada daquele prato era um verdadeiro deleite para minhas papilas gustativas. Gente, como pode alguém cozinhar tão bem?
— Estou certa que seu pai conquistou sua mãe pelo estômago! — disse limpando a boca com o guardanapo.
— Na verdade foi ela que ensinou tudo a ele. Pena que ela não está mais aqui.
Sinto um pouco de melancolia na sua voz.
— Sinto muito. Ela partiu há muito tempo?
— Tem três anos. A perdemos para um câncer, mas ela viveu a felicidade intensamente até seu último segundo. Sinto saudades, ainda me pego pensando nela às vezes, principalmente nas pequenas coisas que ela gostava. Mas lembro com alegria. Minha mama foi uma grande mulher.
Seguro sua mão e tento consolá-lo:
— Sei que de onde ela estiver, está muito feliz com o homem que você se tornou.
— Tomara. Ela não curtia muito esse lado “justiceiro” do meu pai, meu e dos meus irmãos.
— Não pensa em parar com isso?
— Não até encontrarmos a minha irmã.
— Entendo. Torço para que vocês a encontrem logo.
— Teremos uma grande chance hoje à noite, meu irmão encontrou uma quadrilha de explora mulheres e faz tráfico humano. Talvez encontremos algum rastro dela.
Meu coração aperta.
— Tome cuidado, por favor.
Ele me dá um sorriso e diz:
— Pode deixar, eu não quero nem pensar em desperdiçar essa vida agora que encontrei um motivo lindo pra seguir em frente.
Foi tão romântico que até deu medo.
— Não sei nem o que dizer… acho que… obrigada!
— Excelente palavra.
Ele se levanta e puxa a cadeira para perto de mim. Acaricia meus cabelos enquanto me encara, parecendo tentar decorar os meus detalhes. Em contraparte eu faço o mesmo…
— Tão linda! Tão incrível! Tão única… como posso ter tido a sorte de te encontrar?
— É, eu diria que você é um cara de sorte, mas estaria sendo metida se não admitisse que tenho sorte também.
— Espero fazer jus à palavra “sorte”.
— Eu também espero.
— Acho melhor começar a mostrar serviço desde já…
Ele me puxa pelo pescoço e pela cintura com uma pegada que eu não esperava. Aquele beijo tinha gosto de tesão! E estava delicioso por sinal! Sua mão desce pelas minhas pernas e já sinto minha calcinha molhar… como pode esse homem “acionar” meu corpo desse jeito? Sinto seus dedos em cima da minha calcinha, esfregando minha vulva que implora por mais! Os gemidos são inevitáveis e minha respiração fica ofegante. Ele morde meu pescoço e cochicha na minha orelha:
— Uh… já tá molhadinha! Que delícia!
Ele puxa a calcinha pro lado, esfrega meu clitóris e me invade com dois dedos.
— Ah! — deixo escapar.
Ele mantém os dedos por dentro, fazendo movimentos rápidos. A sensação do êxtase se aproxima até que ele tira os dedos e dá um tapa na minha vulva, me dando um susto e ao mesmo tempo aumentando o meu tesão. Ele estuda minhas reações e volta a esfregar. Mordo os lábios e ordeno:
— De novo!
Ele estala a mão com mais força.
— Ah! Não para!
Ele continua enquanto vou contorcendo meu corpo e cravando minha unha das suas costas. Quando ele percebe que eu estou quase lá, enfia os dedos de novo fazendo o gozo escorrer perna abaixo.
— Isso gostosa! Derrama pra mim!
Beijo sua boca enquanto coloco a mão em seu jeans e abro o zíper. Ele entende o recado, puxando a calça pra baixo junto com a cueca box. Olho pro seu membro rígido e não resisto… me ajoelho e começo a chupar. Adoro a sensação de bater com o membro no céu da boca. Só que paro e me dou conta que esqueci da camisinha! Afasto o rosto e quando vou falar ele puxa sua carteira do bolso do jeans e a abre retirando um pacote de lá.
— Eu ia colocar, mas fui pego de surpresa!
— Me dá aqui que eu coloco pra você!
Abro o pacote, pego a camisinha, tiro o ar da ponta e a coloco em cima, deslizando o restante com minha boca.
Subo no seu colo, puxo minha calcinha pro lado e encaixo ele dentro de mim. Assim que sinto seu membro deslizando, meu corpo inteiro entra em colapso! É como se ele me acendesse por dentro! Começo a rebolar e ele solta alguns gemidos, me dando um tesão absurdo! Ele coloca as mãos na minha bunda puxando meu corpo pra perto e depois empurrando, num ritmo viciante. Contraio a vulva, espremendo ele com força a cada vez que o prazer aumenta.
Ele solta um tapa na minha bunda seguido de um: “GOSTOSA!” que faz com que eu me apodere de cada letra dessa palavra! Em seguida apoia uma mão na minha cintura e a outra puxa a alça do meu vestido pra baixo levando meu seio na sua boca. Sua língua roça no bico e o misto das sensações me faz gozar novamente.
Ele puxa meu vestido por cima, me deixando apenas de calcinha. A minha nudez me faz sentir mais bonita e poderosa! Rebolo gostoso em cima dele enquanto meu prazer e tesão se alinham perfeitamente. Ele me suspende no colo e me leva até o sofá, nos deixando mais confortável. Ele arranca sua camiseta e eu aproveito pra explorar seus músculos com minhas mãos e boca.
Sinto ele se mover devagar comigo em cima e por mais que estivesse gostoso, eu queria mais! Coloco suas mãos na alça da minha calcinha. Mordo o lóbulo da sua orelha e ordeno:
— Me fode como uma cachorra!
Dandara! Mas que vagaba! Dane-se! Que tesão louco esse homem me dá! Ele puxa a alça da calcinha dos dois lados e começa a me penetrar debaixo pra cima. O atrito forte do fio dental me dá tesão e a penetração forte é exatamente o que eu quero. Começo a gemer feito louca! Cravo a unha nas suas costas e digo pra ele:
— Isso! Assim gostoso!
Ele puxa a calcinha com mais força e enterra tudo me deixando rebolar. Nossos movimentos de vai e vem se alinham, fazendo ele delirar. Beijo seu pescoço e digo:
— Vem, goza comigo!
Ele aperta minha coxa e responde:
— Como se fosse possível fazer diferente!
Os movimentos ficam mais fortes e em poucos instantes consigo sentir que ele se rende ao seu êxtase. Ele puxa o ar, beija minha boca e confessa:
— Não sei onde essa loucura vai me levar, mas espero ficar completamente louco!
Beijo sua boca em resposta e completo:
— Sinto que já comecei a enlouquecer!
Soltar meu corpo do dele foi uma tarefa mais difícil do que eu esperava. Esse cara está bagunçando meu juízo! Tomo um banho rápido, pois meu corpo estava puro suor. Ofereço uma toalha a ele, que faz o mesmo. Volto pra cozinha e resolvo por fim naquela garrafa de vinho. Ele volta do banho e me dá um abraço.
— Pelo visto, gostou do vinho! Na próxima vez trago duas garrafas.
— Próxima vez é? Já estamos assim? — me faço de durona — Mas sim, essa tal de Itália está me trazendo muitas coisas que estou gostando.
— Você pode se acostumar com elas. É só você querer.
E como eu quero!
— Vamos ver. — viro o restante da taça — Bem, eu amei o almoço, a visita e a nossa tarde. Mas eu preciso voltar ao trabalho.
— O mundo não pode esperar mais um pouquinho? — ele morde a minha boca — Tô brincando. Eu também preciso ir. Marquei às quatro com meu irmão e já são três e meia!
— Meu Deus do céu! As horas voaram!
— Sim, infelizmente. Me leva até a porta?
— Claro.
Abro a porta pra ele e digo:
— Espero que encontre sua irmã. Me dê notícias.
Ele estala um beijo na minha boca.
— Dou sim. Até logo, meritíssima.
— Até… detetive.
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