Capítulo Quarenta e Oito
Mauro pinheiros:
Despertei calmamente no outro dia, envolto pela suavidade dos raios de sol que se infiltravam pela cortina semiaberta. Ao abrir os olhos, fui recebido pelo olhar intenso de Castiel, que repousava ao meu lado na cama. Seus olhos, repletos de ternura e admiração, encontraram os meus, fazendo-me levar um leve susto inicial. No entanto, esse susto rapidamente se transformou em uma doce surpresa ao notar o brilho apaixonado que dançava em seus olhos.
O sorriso espontâneo surgiu em meus lábios como resposta ao dele, e o quarto pareceu se iluminar com a energia positiva que emanava daquele momento. Era como se o amor que compartilhávamos criasse uma atmosfera única ao nosso redor. Castiel, com seu jeito encantador, apenas aumentou a intensidade do sorriso ao perceber minha reação.
Em um gesto carinhoso, ele estendeu a mão na minha direção, convidando-me a me aproximar. Cedi à sua gentileza, deslizando-me na cama até ficar mais próxima dele. A proximidade entre nós trouxe uma sensação reconfortante e calorosa, como se estivéssemos conectados por laços invisíveis e indissolúveis.
O toque de Castiel era suave, mas firme, como se ele quisesse transmitir toda a segurança e carinho do mundo em um simples contato. Fui envolvido pelo abraço caloroso, sentindo-me protegido em seus braços. Seu olhar continuava a expressar o amor que nutria por mim, e o coração acelerado denunciava a intensidade desse sentimento compartilhado.
Num instante, o quarto deixou de ser apenas um espaço físico e tornou-se o cenário de um momento especial entre nós. O silêncio era preenchido pelas batidas suaves de nossos corações, e as palavras pareciam desnecessárias diante da profundidade da conexão que compartilhávamos naquele instante.
Esse despertar sereno e repleto de amor permaneceria gravado em minha memória como um capítulo eterno de nossa história, um testemunho silencioso da beleza encontrada nos detalhes simples de um amor verdadeiro. E ali, naquele abraço acolhedor, eu compreendi que não era apenas mais um dia que começava, mas sim um novo capítulo de uma jornada que construíamos juntos, repleto de sorrisos, olhares apaixonados e a promessa de infinitos despertares ao seu lado.
— Minha observação pareceu ecoar no ar, e eu não pude deixar de compartilhar meus sentimentos com Castiel. Com um sorriso brincalhão nos lábios, comentei, revelando a percepção que aquele momento despertara em mim:
— Acho que isso está sendo mais especial do que das outras vezes que acordamos juntos nos últimos tempos.
A risadinha cativante de Castiel encheu o quarto, como música suave que complementava a atmosfera amorosa que nos envolvia. Seus olhos brilharam com uma mistura de alegria e cumplicidade, indicando que ele também percebera a singularidade daquele instante.
— Está dizendo isso porque agora estamos noivos? Se a resposta for sim, devo admitir que é uma sensação muito boa — brincou Castiel, sua expressão denunciando um misto de humor e carinho.
A pergunta dele provocou um riso espontâneo em mim, misturado à emoção que o compromisso recém-assumido trazia. Assenti, sorrindo:
— Talvez tenha algo a ver com isso. Mas, sabia, mesmo sem o anel, cada manhã ao seu lado é única. O noivado só torna tudo ainda mais especial.
O brilho nos olhos de Castiel intensificou-se, como se minhas palavras houvessem tocado seu coração de maneira profunda. Estávamos imersos em um momento de compreensão mútua, onde as palavras pareciam desnecessárias para expressar a plenitude da felicidade compartilhada.
Enquanto trocávamos olhares cheios de significado, eu sabia que aquele era mais um fragmento precioso de nossa história, uma lembrança que se somava às inúmeras outras que havíamos construído juntos. E ali, na simplicidade da manhã compartilhada e na promessa de um futuro a dois, celebrávamos não apenas o noivado, mas a beleza cotidiana de um amor que só crescia com o tempo.
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Como de costume, acordamos antes das crianças, cientes de que a tranquilidade da manhã seria temporária. Num ritmo sincronizado, compartilhamos um olhar cúmplice que comunicava a compreensão mútua dessa rotina. Juntos, nos dirigimos ao banheiro, onde, em meio a risos e trocas de olhares sugestivos, compartilhamos um banho rápido. A água morna caía suavemente sobre nós, proporcionando um momento de intimidade e conexão, um respiro antes de iniciarmos o dia movimentado que nos aguardava.
Terminado o banho, voltamos ao quarto para arrumar os vestígios da noite anterior. Entre lençóis desarrumados e roupas espalhadas, Castiel lançou um olhar de satisfação sobre o quarto, como se cada desarrumação fosse um testemunho visual da intensidade da nossa conexão. Seus olhos brilhavam com orgulho, e, com um sorriso contagiante, ele soltou uma risada que ecoou no ambiente.
— Olha só o estrago que fizemos! — exclamou Castiel, entre risos, enquanto admirava o quarto, como se fosse um troféu de uma noite inesquecível.
Aquela risada dele, cheia de alegria e leveza, era como música para os meus ouvidos. Era uma expressão de contentamento, uma celebração da espontaneidade e do amor que compartilhávamos. Juntos, arrumamos o quarto, transformando os vestígios da nossa intimidade em uma cena de ordem que contrastava com a paixão da noite anterior.
E naquele momento, entre risos e olhares carinhosos, percebemos que a magia não estava apenas nas noites intensas, mas também na forma como, juntos, transformávamos cada detalhe da nossa vida em algo especial. Era um testemunho silencioso de que, mesmo nas tarefas cotidianas, éramos capazes de encontrar alegria e cumplicidade, construindo uma história que ia além dos momentos extraordinários, abraçando também os pequenos gestos que tornavam nossa vida a dois única e significativa.
— Então não vou nem dizer que aquilo foi um certo estrago para mim — Falei sentindo uma leve dor na parte de trás. — Você estava sendo um animal na cama! — Minhas palavras escaparam com um tom divertido, mas também carregado de uma leve expressão de surpresa e, talvez, de uma pitada de admiração. Sentindo uma leve dor na parte de trás. — Então, não vou nem dizer que aquilo foi um certo estrago para mim. — brinquei.
O riso escapou de meus lábios, revelando o equilíbrio entre a descontração e a sensação de intensidade que ainda ecoava na minha memória. O comentário pretendia ser uma brincadeira, uma forma de expressar o impacto da noite anterior, enquanto eu processava as emoções que aquelas palavras evocavam.
Castiel, por sua vez, reagiu com um olhar malicioso e travesso, respondendo com um tom de humor:
— Bem, eu estava apenas tentando aproveitar o momento ao máximo. Um animal na cama, você diz?
A troca de olhares e sorrisos sugeriu a compreensão mútua entre nós, transformando a conversa em um jogo de cumplicidade. Apesar da leve dor na parte de trás, a lembrança da noite intensa era permeada por uma sensação de satisfação e alegria compartilhada.
A comunicação entre nós não se limitava apenas às palavras, mas também aos gestos e expressões que denunciavam a profundidade da nossa conexão. E naquele momento descontraído, envolvidos pela intimidade do nosso quarto, percebemos que, além das palavras ditas, era a linguagem não dita que verdadeiramente nos conectava, criando uma atmosfera de entendimento mútuo e aceitação que transcendia as fronteiras do convencional.
O chamado animado das crianças ecoou pelo ambiente, interrompendo a tranquilidade do momento a dois. Assim que reconheci as vozes de Alica e Forest, indicando que já estavam despertos e à procura de nossa companhia, peguei a mão de Castiel. Era como se aquele gesto simbolizasse não apenas a transição do nosso momento íntimo para as responsabilidades parentais, mas também a união e parceria que compartilhávamos como família.
Juntos, seguimos em direção ao som alegre das vozes infantis, o sorriso de Castiel iluminando seu rosto. Ao olhar para mim, seus olhos transmitiam uma mistura de ternura e cumplicidade, como se estivessem compartilhando um segredo especial. Sua mão apertou a minha com força, um gesto que, além de físico, carregava consigo o peso simbólico da nossa conexão sólida.
A medida que nos aproximávamos de Alica e Forest, o sorriso de Castiel se tornava ainda mais amplo, revelando a alegria de sermos chamados por nossos filhos. Era como se, naquele instante, o amor que compartilhávamos se estendesse para abraçar não apenas o momento a dois, mas toda a nossa família.
A cena de caminhar de mãos dadas, unidos pelo amor e pelo compromisso, era uma representação visual da harmonia que encontrávamos em nossa vida cotidiana. A responsabilidade e as alegrias da paternidade se entrelaçavam com a intimidade de nosso relacionamento, formando uma tapeçaria única de experiências compartilhadas.
E assim, guiados pelo chamado dos nossos filhos, avançamos juntos, conscientes de que, embora a manhã pudesse ter começado de forma íntima e romântica, a verdadeira essência da nossa felicidade residia na beleza multifacetada da vida em família.
Ao chegarmos à porta do quarto das crianças, Alica e Forest nos receberam com sorrisos radiantes. Seus olhinhos brilharam de felicidade ao nos verem juntos, como se a simples presença dos pais fosse suficiente para transformar aquele momento em algo mágico.
— Mauro! Castiel! Vocês demoraram! — exclamou Alica, correndo em nossa direção.
— Estamos com muita fome! — Forest disse animado correndo para nossa direção completamente feliz.
Castiel e eu nos abaixamos, envolvendo-os em nossos braços, formando um círculo de carinho e afeto que encapsulava a essência da nossa família.
A risada contagiante das crianças encheu o ambiente, dissipando qualquer vestígio de sono que ainda pudesse persistir. Juntos, compartilhamos aquele instante precioso, onde a serenidade da manhã íntima se transformou na energia vibrante e calorosa da vida em família.
Castiel, ao meu lado, trocou um olhar de cumplicidade que transcendeu as palavras. Era como se ambos entendêssemos que, apesar das demandas da rotina, da agitação e do caos que às vezes acompanhavam a vida com crianças, estávamos construindo algo genuíno e valioso a cada momento.
Naquele abraço coletivo, compreendemos que as diferentes facetas do nosso relacionamento – desde a intimidade romântica até as alegrias da parentalidade – eram peças igualmente importantes do quebra-cabeça da nossa vida em conjunto. E ali, no meio do riso e do carinho dos nossos filhos, percebemos que a verdadeira magia estava na capacidade de encontrar alegria e amor em cada etapa dessa jornada compartilhada.
Assim, abraçados, começamos juntos mais um dia cheio de desafios, risadas e momentos que, no final das contas, compunham a história única da nossa família. Era uma narrativa em constante evolução, tecida com os fios do amor e do compromisso, repleta de capítulos que nos desafiavam, fortaleciam e, acima de tudo, enchiam nossos corações de gratidão por cada instante vividos juntos.
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Gostaram?
Até a próxima 😘
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