CAPÍTULO SETE
— Essa festa está um porre — Harry verbalizou o que todos estavam pensando, jogando a tampinha de sua quinta cerveja na grande lata de lixo próxima ao grupo.
— A festa está boa, a nossa presença que parece estar incomodando — Maria comentou, olhando em volta.
De fato, todo o staff do hotel parecia extremamente incomodado com a presença dos garotos do One Direction ali. A maioria simplesmente fingia que o grupo não existia, enquanto alguns casos extremos lançavam olhares raivosos na direção dos meninos.
— O que está acontecendo com essas pessoas hoje!? — Anita quis saber, irritada com a grosseria dos colegas de trabalho. Sem esperar pela resposta, ela foi até o cooler e dele tirou uma garrafa de vodca, uma de Coca-Cola e algumas latinhas de cerveja. Depois, voltou-se para os amigos e exclamou. — Nós pagamos por isso tanto quanto eles! Vamos dar o fora daqui.
A espanhola saiu pisando duro com a garrafa de vodca na mão direita. Sem pensar duas vezes, o restante do grupo a seguiu, resgatando as bebidas deixadas no chão. Os jovens que dançavam ao som de música eletrônica cochicharam com a saída repentina das colegas com o One Direction, mas nada fizeram para impedi-los.
Anita os guiou até uma faixa de praia preservada, onde nenhum hóspede podia ir. A areia amarelada estava gelada sob a luz do luar e eles se jogaram nela, já bêbados e rindo muito.
— Agora isso sim é uma festa! — Niall berrou, abrindo uma latinha de cerveja.
— Eu acho — Victoria tomou um gole de vodca direto da garrafa, deixando um pouco do líquido escorrer pelo queixo — que nós deveríamos entrar no mar. Sem roupa.
— Eu acho — os olhos de Louis brilharam — que isso é uma ótima ideia.
— Fiquem a vontade — Ramona sorriu, deitando-se no peito de Niall enquanto ele acariciava seu cabelo fino e gelado.
— QUEM CHEGAR POR ÚLTIMO VAI TER QUE VIRAR A GARRAFA DE VODCA INTEIRA! — Maria berrou, arrancando o biquíni de qualquer jeito e correndo nua até a praia.
Como apenas a luz da lua os iluminava, Louis não conseguiu ver muito; apenas o contorno dos seios da morena. Mas foi o suficiente para que ele arrancasse sua própria roupa na velocidade da luz e disparasse em direção ao mar atrás dela, fazendo todos rirem com a visão de sua bunda branca. Victoria jogou a garrafa em cima de Courtney e se levantou, também arrancando a roupa e indo atrás dos amigos, dando gritinhos agudos durante a corrida. Liam ficou paralisado, sentado no chão, olhando para a ruiva que corria com elegância até a água.
Alguns segundos se passaram até que Harry desse um soco no ombro do amigo e berrasse:
— Cara! Vai atrás dela!
E assim ele o fez, tirando a bermuda e jogando a camiseta para o ar enquanto corria pela areia.
Os seis restantes riram da cena, Niall abraçado a Ramona, Zayn com Anita encaixada entre as pernas e Courtney deitada no colo de Harry.
Depois de algum tempo em silêncio, Courtney se manifestou, ouvindo os gritos dos amigos como trilha sonora.
— Acho que vou me juntar a eles...
— ISSO! — Harry berrou, levantando-se com um salto e deixando a cabeça da morena bater na areia. Ele se abaixou e acariciou a região que havia atingido o solo. — Desculpa, desculpa, desculpa!
— Ah, pare com isso, seu tarado! — ela sorriu, retirando o vestido que usava e correndo para a água, deixando-o para trás.
Niall olhou para Ramona com expectativa, mas ela revirou os olhos.
— Nem pense nisso!
— Só um pouquinho...
Os gritos de Harry caindo na água a fizeram rir, e a loira foi obrigada a dar o braço a torcer.
— Ok, mas feche os olhos e só abra quando eu estiver dentro da água!
— Sim! — Niall exclamou, mas manteve os olhos abertos atrás das mãos que cobriam o rosto e pôde observar tudo de camarote.
Quando os oito já estavam na água, Anita começou, tímida.
— Olha, eu não ligo se você for, mas eu não...
— Ei — Zayn segurou seu queixo delicadamente, depositando um beijo leve em sua boca. — Por que eu vou querer nadar pelado na água gelada quando posso ficar aqui sozinho com você, observando a lua?
E, com um sorriso malicioso nos lábios, o moreno curvou-se sobre a vietnamita que, sorrindo, o beijou apaixonada.
— LOUIS! SEU TARADO! — Maria berrou, rindo, quando Louis se aproximou dela com os braços estendidos e acabou pegando em um de seus seios desprotegidos.
Ele fingiu ter sido um engano, mas demorou a resgatar a mão.
— Desculpa — ele enfim disse, aproximando-se mesmo assim.
— Que isso não se repita — ela sorriu para ele, um sorriso nem um pouco ingênuo.
— Eu não posso prometer nada — as pessoas gritavam tanto ao fundo que era até difícil ouvir os sussurros do moreno, mas Maria se arrepiava a cada palavra. — Não quando se trata de você.
— Então eu acho que não posso mais confiar em você — ela finalmente preencheu o espaço vazio entre os dois, colocando ambas as mãos na nuca dele.
— Muito pelo contrário — ele sorriu. — Você deveria confiar no que eu tenho a oferecer.
— Bom, nesse caso... — a espanhola mordeu o lábio inferior e, sem pedir autorização, juntou sua boca a do moreno, que a beijou com um sorriso idiota nos lábios.
Porém, alguns segundos depois, Louis afastou Anita de si sem nenhuma delicadeza. Ela o olhou com uma das sobrancelhas erguidas.
— Desculpe por isso — ele parecia constrangido —, mas acho melhor não nos beijarmos desse jeito. Não enquanto eu estou sem roupa.
Ele apontou com a cabeça para sua cintura escondida pela água escura do mar e Maria desatou a rir.
— Tudo bem — ela disse, entre risadas. — Vamos evitar qualquer tipo de... Hm... Constrangimento.
E os dois voltaram para o grande grupo, onde todos pulavam as ondas com suas coisas de fora.
Perto das duas da manhã, o grupo que estava no mar decidiu voltar a terra firme, pois o efeito da bebida já não os impedia de sentir frio. Os meninos deixaram que as meninas fossem na frente para se vestir, não sem estrategicamente espiar suas silhuetas enquanto elas corriam para a areia seca e gelada.
— Deus abençoe a água gelada do mar que impediu qualquer tipo de desgraça — Harry comentou, fazendo o resto da banda rir.
— Comigo nem assim, cara, eu tive que me afastar para não causar constrangimentos — Louis negou com a cabeça.
Depois que Ramona assoviou, passando o sinal pelo qual eles estavam esperando, os meninos saíram da água com a mão na frente de seus melhores amigos. Vestiram as roupas por cima do corpo molhado, tremendo de frio.
Zayn e Maria, os únicos secos, decidiram fazer uma fogueira, enquanto os outros tremiam e bebiam da garrafa de vodca, tentando se esquentar. Alguns minutos depois, eles retornaram com galhos secos e, com a combinação dos isqueiros de Zayn e Louis, a fogueira começou a tomar vida. Aos poucos, eles foram se aquecendo em uma roda bem unida de abraços e risadas.
Ali estava. Um momento para nunca esquecer.
— Acho que vocês poderiam cantar para a gente! — Anita sugeriu, abraçada a Zayn.
— Ótima ideia — Victoria deu um gole na cerveja, olhando para Liam; os dois eram os únicos não abraçados da roda, mas ele estava com o braço descansado estrategicamente na perna da ruiva.
— Qual música? — Harry perguntou.
— Qualquer uma — Ramona sorriu.
— Yo, I'll say you what I want, what I really really want! So tell me what you want, what you really really want! — Louis começou, fazendo a roda inteira rir.
— Eu quero ser a sporty spice! — Niall exclamou, afetado.
— Sem músicas por hoje — Liam sorriu, misterioso. — Vocês vão poder curtir o luau ao vivo amanhã à noite, totalmente de graça.
— Tem como você ser menos vendedor, Liam? — Zayn quis saber, rindo e imitando o amigo como se ele fosse a voz das propagandas do Polishop. — Na compra de um Liam, vocês levam inteiramente de graça um Louis pela metade!
— Acho que você poderia aproveitar essa promoção, Vic — Harry sorriu com terceiras intenções para a ruiva.
Liam sentiu o rosto esquentar, enquanto o resto da roda ria.
— É o tipo de proposta irrecusável — a ruiva não perdeu a compostura, também rindo.
O fogo da fogueira os esquentava parcialmente, pois seus rostos pegavam fogo, enquanto suas costas eram atingidas pelos ventos gelados trazidos pelo mar. Estremecendo, Courtney decidiu tentar ocupar a cabeça.
— Tenho uma ideia — ela pegou um dos isqueiros esquecidos no chão e o acendeu em frente ao próprio rosto. — Histórias de terror!
Todos exclamaram em concordância e uma explosão de "eu sei uma muito boa" e "posso começar?" atingiu a roda.
A única pessoa silenciosa era Victoria, que parecia bastante desagradada com aquela ideia estúpida.
— Silêncio, mortais, eu dei a ideia, eu começo — Courtney cortou a todos, sorrindo de maneira diabólica. — Era uma noite fria de inverno e a jovem Andrea Sullivam chegou cedo à casa na qual prestaria serviços de babá. Lá, conversou um pouco com os pais do casal de crianças e estes lhe deram as últimas instruções necessárias...
Victoria encostou a cabeça no ombro de Liam, respirando fundo. Subitamente encorajado pela bebida, este passou a acariciar o cabelo ondulado e espesso da ruiva.
— Tudo bem aí?
— Eu tenho medo dessas coisas — ela sussurrou, com os olhos apertados.
— Os pais enfim saíram e Andrea se pôs a cumprir seus afazeres — Courtney continuou, ignorando a conversa paralela de Liam e Victoria. — Alimentou as crianças, as cansou com suas brincadeiras e, já por volta das 21h, colocou os dois pequenos adormecidos em suas respectivas camas no quarto colorido do segundo andar.
— É só uma história boba — Liam sussurrou, com os lábios encostados na curva da orelha de Victoria, que estremeceu com a voz melodiosa do músico. — Não precisa ter medo.
— Não é como se eu pudesse controlar — ela respondeu, agarrada ao garoto como um colete salva-vidas.
— Ela desceu e pegou seu caderno da faculdade, determinada a terminar um trabalho naquele tempo ocioso. Porém, após ter escrito duas linhas, ela ouviu gritos e choros do andar de cima.
— Puta merda — Victoria se aproximou mais ainda, quase fundindo-se a Liam.
— Ao entrar no quarto, encontrou as duas crianças na mesma cama, apontando para um horrível boneco de palhaço encostado no canto do quarto. Ela acalmou as crianças e as colocou novamente para dormir. Do lado de fora, resolveu ligar para os pais e perguntar se poderia retirar o objeto do quarto.
— Eu odeio palhaços! Odeio palhaços, odeio a Courtney, odeio histórias de terror — Victoria negava ferozmente com a cabeça e Liam segurava-se para não rir, acariciando a nuca da garota com carinho.
— "Alô, Sr. e Sra. Ucker? Estou ligando porque as crianças estão muito assustadas com aquele palhaço em tamanho real no quarto, será que eu poderia retirá-lo de lá?" A linha ficou muda por alguns instantes, antes da resposta chegar, rápida e sussurrada. "Andrea, chame a polícia!"
— Como se a polícia pudesse fazer alguma coisa — a ruiva trincou o maxilar, querendo estar em qualquer lugar do mundo que não naquela roda.
— "Por que?" Andrea quis saber, assustada. E os pais responderam: "Porque nós não temos nenhum palhaço em casa!" A informação dos pais veio acompanhada de gritos histéricos e, a última coisa que Andrea viu antes de atingir o chão foi o palhaço segurando a cabeça de uma das crianças.
Victoria soltou um gemido de dor em meio a explosão de risadas. Liam levantou o rosto dela delicadamente pelo queixo e encarou seus grandes olhos verdes repletos de medo.
— Viu, acabou, é só uma história.
— E como eu vou poder dormir à noite com ela na cabeça? — ela choramingou, enquanto os outros disputavam para ver quem seria o próximo a contar um causo.
— Acho que nós teremos que distrair a sua cabeça com outras coisas — o moreno sorriu, aproximando os seus rostos. — O que acha disso?
Sem esperar por resposta, Liam beijou Victoria com vontade e a roda parou de falar sobre histórias de terror para bater palmas e jogar areia nos dois.
Eles se beijaram por um longo tempo, ignorando as brincadeiras dos amigos, que logo se cansaram e voltaram a contar histórias de terror; mas, pelo menos agora, Victoria não tinha mais medo.
— Já são 4 horas da manhã! — Courtney exclamou, após uma rodada de Eu Nunca repleta de segredos revelados. — Eu preciso dormir, acordo daqui duas horas! Ai, meu Deus!
— Sinto muito, Court — Anita sorriu, demonstrando o exato contrário do que dizia sentir. — Eu e a Maria pegamos o turno da tarde.
— Eu também — Victoria sorriu, com o corpo apoiado em Liam.
Ramona apenas entortou a boca, indicando que também não sairia dali tão cedo.
— Não tem problema — ela sorriu, calma demais para quem estava deixando a festa, levantando-se e lançando um olhar nada cristão a Harry. — Me acompanha até o alojamento, Harry?
O músico entendeu muito bem a indireta, assim como o resto da roda. Sem pensar duas vezes, ele se levantou, entrelaçou os dedos gelados aos de Courtney e os dois se despediram dos amigos.
Eles caminharam lado a lado sob a trilha guiada pela luz da lua, conversando baixinho sobre diversos assuntos. Chegaram tão rápido ao apartamento das meninas que Harry deixou um "já?" escapar quando os dois paravam em frente a porta de tela. Sorrindo, Courtney ficou na ponta dos pés e beijou a testa de Harry.
— Até amanhã, Harry.
— Ah, você não me escapa assim tão fácil, Morris — ele murmurou de volta, agarrando a cintura da morena e dando-lhe um beijo quente e feroz.
Feliz por Harry ter entendido o motivo pelo qual os dois estavam ali, Courtney o guiou às cegas para dentro do apartamento. Eles subiram os poucos degraus de uma maneira descoordenada e se jogaram no sofá duro, rindo e se beijando. Harry colocou Courtney em seu colo e esta entrelaçou o quadril do moreno com as pernas.
Courtney sorria sozinha, em completo êxtase. Ganharia a aposta e, de quebra, transaria com Harry Styles, não só o popstar, mas o garoto maravilhoso com o qual havia compartilhado os últimos dias.
Não tinha como ser melhor.
Ramona estava no meio de um beijo apaixonado com Niall, ao som das conversas paralelas do resto do grupo, quando a lembrança de uma conversa de mais cedo com seu manager a atingiu em cheio.
— PUTA MERDA! — ela soltou o irlandês, arregalando os olhos.
— O que? Eu te mordi!? — ele perguntou, assustado.
A loira se levantou com um salto.
— Eu preciso dormir! Prometi ao meu manager que cobriria para uma menina doente no café da manhã! Esqueci completamente! Ai, meu Deus!
— Bom, se mais uma vai, vamos todas — Maria sugeriu. — Afinal, se nos encontrarem por aqui a essa hora, nós estamos ferradas! E eu estou começando a ficar com sono...
— Vamos — Anita se levantou, batendo a areia da bunda e rindo. — A Courtney vai nos matar.
O clima esquentou e as peças de roupa foram desaparecendo de seus corpos. Primeiro, a camiseta de Harry, depois, o vestido de Courtney. Anestesiado pelo momento, Harry deitou-se sobre Courtney e beijou seu pescoço. Depois, deixou-se perder na beleza de seu corpo esguio.
Ela aproveitou a deixa para se aproveitar do abdômen do moreno, arranhando e apertando, deliciada. Harry se curvou e achou o feixe do biquíni de Courtney. Compenetrado, ele estava na difícil tarefa de abri-lo quando vozes conhecidas foram ouvidas do lado de fora.
Os dois ficaram estáticos, respirações sincronizadas. Instantes depois, a risada característica de Niall invadiu seus tímpanos. Sem dizer nada, eles se levantaram correndo e foram atrás de suas peças de roupa. Harry vestia sua bermuda e Courtney fechava o vestido quando ouviram batidas na porta e a vozinha de Ramona do outro lado.
— Gente, podemos entrar? Eu lembrei que trabalho daqui a pouco. Me desculpem, não queria atrapalhar nada!
— Pode entrar, Mona! — Courtney se jogou no sofá e puxou Harry pelo cós da bermuda para que ele fizesse o mesmo.
Quando os oito invadiram o apartamento, Harry e Courtney estavam sentados lado a lado, sorrindo como anjos. Apesar disso, seus cabelos desgrenhados denunciavam o que estavam fazendo minutos antes.
— Me desculpe — Ramona disse por mímica labial.
— Bom, vamos nessa então! — Liam exclamou, segurando a risada e olhando para Harry, que parecia extremamente contrariado.
— Sim, vamos! — o moreno se levantou com um salto, beijando o topo da cabeça de Courtney.
— Boa noite, Court.
— Boa noite — ela murmurou, ainda sem ar.
Os meninos foram embora, deixando as garotas em silêncio por alguns instantes. Depois que mais nenhuma voz podia ser ouvida, elas gritaram histericamente e rodearam Courtney.
— Conta tudo! — Maria berrou.
— Ele é bem dotado? — Anita quis saber.
— Foi muito rápido, credo — Victoria comentou.
— Me desculpe de novo, Court, eu realmente tinha me esquecido! — Ramona parecia genuinamente chateada por ter estragado a noite da amiga.
— Calem a boca! — ela berrou, rindo. Ainda estava com o cheiro de Harry em sua pele, e aquilo era muito bom. — Não aconteceu nada!
— ÓTIMO! — Anita exclamou. — Ainda posso ganhar a aposta!
— Você pode tentar, mas eu ainda estou em vantagem — a morena se levantou do sofá. — Agora vamos dormir, porque eu e a Mona trabalhamos amanhã.
E o amanhã chegou para todos, em horários diferentes. Para Courtney e Ramona, às 6h. Para o restante das garotas, às 8h. Para Liam, às 10h e, para a tristeza do restante do One Direction, ele tinha planos para aquela manhã.
— Eu nunca senti tanto a falta do meu celular como estou sentindo agora — Niall resmungou, sentado ao lado de Louis, que estava mais dormindo do que acordado. — Prefiro ser acordado por ele do que pela dona Liam.
— Por favor — Harry foi o último a entrar no quarto, a reboque de Liam. — Me matem.
— Não dá, cara, eu estou muito cansado — Zayn se desculpou, apontando com a cabeça para o horário no despertador.
— Ok, queridos, nós só temos mais quatro dias de férias e um luau para preparar, logo, mãos a obra! — Liam bateu palminhas, sentando-se na cadeira de madeira posicionada estrategicamente ao lado de um caderno aberto onde se podia ler "setlist".
— Nós não vamos tocar as nossas músicas? — Harry coçou a nuca, confuso; sentiu o cabelo emaranhar entre os dedos, mas a opção de lavá-lo era sempre a última.
— Algumas, mas acho que os hóspedes vão ficar entediados só com músicas do One Direction — Liam deu de ombros. — Não estamos em um show, é um luau de um resort composto por famílias e casais da terceira idade.
— Faz sentido, dona Liam — Louis concordou, já adorando o apelido dado por Niall.
— Ótimo! Apelidos à parte — o moreno colocou a caneta sob o papel reciclado do caderno —, alguma ideia?
— Primeiro, eu não trouxe um violão — Niall bocejou antes de continuar. — Segundo, mais alguém está com fome?
— Ninguém vai sair deste quarto antes de termos uma lista completa com 10 músicas e 5 extras caso peçam por mais.
O irlandês deixou os ombros caírem; Liam era excelente em ser desagradável quando queria.
— Ótimo, eu estava pensando em cinco músicas próprias e cinco covers.
— Podemos tocar as novas! — Zayn sugeriu, animado para testá-las.
— O Simon nos mataria se alguém gravasse e colocasse na internet — Louis passou o dedo pela garganta. — Tipo, literalmente.
— É, eu não tinha parado para pensar nisso...
— Qualquer coisa dos Beatles — Harry sugeriu e, ao receber olhares do resto da banda, levantou os braços em defesa. — A Court adora! Além disso, os fab four agradam desde crianças até veteranos da segunda guerra.
— Ah, Harry, sempre preso a velharias — Liam brincou, colocando Let It Be e Yesterday na lista.
— Se vamos agradar nossas moças, eu clamo por Oasis — Louis sorriu. — Maria tem um bom gosto musical.
— Michael Jackson! — Niall berrou, orgulhoso de si mesmo por ter lembrado algo sobre o gosto musical de Ramona.
— Ótimo. Let It Be, Yesterday, Wonderwall, Billie Jean...
— Somebody To Love — Zayn falava de olhos fechados, tentando aproveitar o resto de seu sono antes que ele deixasse o corpo para sempre. — É o toque do celular da Anita.
Liam adicionou mais algumas músicas do One Direction e ficou satisfeito com a lista. Liberou a banda depois que as quinze músicas estavam prontas, alguns para voltar a dormir, outros para tomar café da manhã, e passou a limpo o que tinha escrito. E, antes de descer até a recepção e entregá-la ao gerente, adicionou Girls Just Wanna Have Fun da Cindy Lauper. A favorita de Victoria.
Louis e Zayn voltaram imediatamente a dormir, mas Harry e Niall sentiam mais fome do que sono, e decidiram descer até o restaurante e tentar pegar as sobras do café da manhã. Com sorte, encontrariam Courtney e Ramona.
Porém, às 11h, o restaurante já estava fechado e sendo arrumado para o almoço. Resmungando, Niall foi ver com a recepção onde eles poderiam tomar café àquela hora e Harry ficou esperando na porta, observando o fluxo de pessoas no saguão e desejando desesperadamente por uma xícara de café.
Ao invés disso, ele recebeu um pequeno bilhete, passado para ele pelas mãos finas de Courtney. Ele nem a percebeu chegar e, quando conseguiu processar aquela informação, a morena já havia desaparecido pela porta de "apenas empregados" com seu vestido de garçonete.
O moreno avistou Niall voltando, parecendo bastante satisfeito com o que havia ouvido, e decidiu ler o bilhete antes que ele chegasse. E agradeceu seus próprios instintos por tê-lo feito, pois o bilhete dizia:
Estarei sozinha no apartamento hoje às 20h.
C.
— Eles têm uma lanchonete perto das piscinas! — Niall berrou, praticamente dando pulinhos de animação. — Vamos antes que eles parem de servir ovos mexidos!
— Ah, Niall — Harry abriu um sorriso misterioso. — Você não tem ideia do quanto a ideia de ovos mexidos me agrada nesse momento...
CONTINUA...
[NOTA DA AUTORA]
Opa, olha quem apareceu depois de um mês fingindo que nada aconteceu? Isso mesmo, EUZINHA! kkkkkkkk
Gente, é isto, voltei a ativa, terminei meus projetos, e agora volto a postar toda semana. Espero que gostem do novo capítulo e, se estiverem curtindo a história, compartilhem com os seus amigos e amigas! <3
Beijão,
Ray Tavares
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