Final... e começo da vida a dois
Imagina se não ia colocar uma música em homenagem a essa família Bombom. haha...
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Um aninho de namoro, marcadinho no calendário, dia 25 de novembro de 2017.
Ah como voa o tempo, não dá pra dormir no ponto, não dá pra piscar e nem distrair. Benício é meu, só meu. Aquele menino meio estranho que não falava, hoje fala um pouco mais. Final de ano pegou uma moto nova, uma 250 CG mesmo e adeus aquela BIZ. Sempre achei um perigo essas "motinhas" e quando fomos buscar meu carro zero, meu primeiro zero na vida, ele ficou empolgado de verdade:
— Charles, tô feliz demais por essa tua conquista, amor.
— É?
— Aham. Tu é um cara esforçado, batalhador, um orgulho.
— Oh meu lindo. Nossa conquista sabia? Tô baita feliz por a gente estar junto. Feliz demais.
— Eu também. — Ele me abraça dentro do carro antes de eu dar a partida. — Não me imagino sem você, meu nego lindo.
— Isso, fala essas coisas que me apaixono ainda mais.
— Acho bom.
Acho uma graça esse jeito dele, tão discreto e tão ruinzinho quando quer. Manda em mim? Manda, mas só um pouco. (iludido aqui)
— E outra coisa que me deixa muito mais feliz, é te ver mais solto, mais acessível e enturmado com meus amigos. Sábado de manhã quando a gente se reuniu e você não tava, precisava ver...
"— Ué, negão, cadê o Benício? — Valdizão me pergunta."
"— Teve curso hoje, mas pode guardar um pouco desse torresmo que ele gosta."
"— Hoje vamos conhecer o feijão da Suzi e vamo ver se presta esse negócio que ela tá cozinhando. — Minha mãe tava morrendo de ciúme que não é mais a única "deusa da feijoada" com pagode do sábado. — Tadinho do meu genro, onde já se viu num sábado ter que fazer curso pela empresa."
"— Mas ele tá contente, mãe. Não fica assim. A empresa que tá pagando e isso é super importante no ramo da informática, isso atualiza o tempo todo. Trabalhar com tecnologia não deve ser fácil."
"— Me dá um pote, Suzi, vou separar comida pro Benício." — Dona Rochelle já não tem filho que chega, adotou mais um, meu namorado.
"— Mãe, meio dia ele chega, não precisa."
"— Xispa Charles, deixa eu separar pra ele. Se chega uns minutos atrasado, o povo já comeu o melhor. Isso era coisa que tu deveria estar fazendo, onde já se viu."
Olha isso... Não acredito!
"— Assim a senhora que tá tirando o melhor pra ele. Oh louco! Ele não come tanto torresmo assim, dona Rochelle. Haha."
Valdizão ganhou o porco no torneio de sinuca e claro que Suzi não ia matar o pobrezinho do animal. Isso não quer dizer que o instinto carnívoro estivesse adormecido em nós. Um colega de trabalho do Valdir fez o "serviço" e ficou com uma parte do animal como pagamento.
E depois de falarmos de dó do bicho, "ai coitado do porco", "eu devia comer só vegetal", "não sei se tenho coragem de comer esse torresmo, depois que vi o animalzinho vivo ontem", depois disso tudo, parecia um bando de leões na savana africana na mesa. Ninguém rejeitou e só faltou lamberem o prato do feijão, esconder torresmo nos bolsos pra levar pra casa e eu confesso(envergonhado) que comi torresmo demais e tive um piriri brabo.
— Ai Bê, tô mau... Chega a perna treme.
— Mas também, torresmo é muito gorduroso, Charles, comesse demais. Eu tive que trazer pra casa porque tua mãe ia ficar chateada se eu não comesse tudo aquilo.
— Eu comi demais lá mesmo, aii...
— Tadinho do meu gato mais lindo. Vou ali no mercadinho comprar uma caixinha de chá e fazer pra ti.
Olha que bicho lindo. Me fez até chazinho. É ou não, o cara mais fofo do mundo?
— MEODEOSSS. Que praga de chá é essa?
(Expressão com créditos à PatiAdami)
— Boldo, né? É pra dor de estômago, é dessa caixa aqui ó.
— Mas não tá doendo meu estômago, é dor de barriga.
— Toma logo.
Sim, senhor! É o que dá tempo de pensar com esse moleque. Só depois de três dias é que melhorei uns 67% e me arrepiava quando ouvia o "crec-crec" do Benício mastigando um torresmo sequinho que tinha na geladeira. Casamento é pra isso, irmãos. Um cuida do outro e o meu namorido é um espetáculo. Um diabinho quando reclamo, mas é um anjo de pessoa.
Véspera de Natal, eu pensei em me esquivar o que pudesse da casa da minha mãe e sabe porque? Leona, a cadela, tava para criar por aqueles dias e posteriormente, teve uns nove filhotes e eu não sairia de lá sem jurar que ia adotar pelo menos dois daqueles "ratinhos". Mas não teve jeito, sexta de noite (uma semana antes) ela liga direto pro Benício e avisa que vamos ser "pais" e ele me liga no horário do cafezinho da tarde e... aí já sabe
— Charles, hoje quando vir me buscar, vamos direto pra casa da tua mãe, quero escolher primeiro.
— Escolher o que? — Até tentei me fazer de tanso.
— Ai Charles! Quero dois cachorros, vou escolher e por nome, depois que desmamarem, já levamos pra casa.
Tá bem! Não mando mais nada. Façam um favor, não deem risada porque amanhã pode ser qualquer um de vocês. Aí vão lembrar do Bombonzão aqui.
Uma semana depois de ganhar os cachorros, a penca, o Benício já queria levar embora, com olho fechado e tudo, me aporrinhou um monte e fez o maior drama da vida quando disse:
— Ai como nossa casa é vazia, né?
Vontade de dar uns tapas não faltou e mais tarde dei-lhe, deixei a raba rosada, enquanto ele, todo obediente se oferecia de quatro, me hipnotizando com a bunda gostosa e toda lisinha.
Não sou exclusivamente o ativo, na verdade morro de tesão com a penetração, viro puta mesmo e Benício se aproveita disso pra estocar com força, me fazendo ver estrelas...
— Pega leve, peste. — Eita que doeu, puta merda! Achei que ia comer bem gostosinho e no fim, ele foi revertendo o jogo, me virando, me cantando, preparando e bem facilzinho, eu abri as pernas...
— Ai amor, tô com tesão, você é apertadinho... — Ele diz com essa malvadeza misturada com dengo. Arrepia o cristão.
— Então me fode gostoso... vá... — Nem precisa pedir. Delícia, esse lindo homem sobre meu corpo, me beijando, mordendo, quando levanta minhas pernas e apoia em seu ombro, entra inteirinho, remexe pra ajeitar seu pau no meu cu ansioso.
— Charles... assim?
Ahhhhh Papai!
Ele ainda pergunta quando soca rápido, num ritmo delicioso. Antes de me beijar pede pra eu brincar os mamilos dele e ali esfrego meus polegares fazendo-o gemer abafado no meu beijo. Suspiramos pesadamente, ele perto de gozar, sai de dentro, oh maldade... senta no meu peito e ejacula, se contorce e nem espera que eu peça, substitui minha mão por sua boca no meu pau e bate com a língua naquele lugar que me faz arquear o corpo... Não é tão bonzinho a ponto de deixar eu gozar assim facilmente...
— Ah... não faz isso, ah faz sim... gostoso. Passa a língua na minha rola todinha... Mete a língua aqui, mete...
Obediente, Benício usa a pontinha da língua no furinho do meu pau que tá melado, chupa o "caldinho" deixando limpo de pois cai de boca, enfiando-me até a garganta, fazendo várias vezes esse processo. Não tenho mais autocontrole, caiu tudo por terra... gozo gostoso, louco de tesão e o bicho que parece escorpiano, se vinga e continua a me masturbar só pra eu implorar que ele pare...
Ele sorri e como sempre, digo que isso é um presente, seu sorriso é lindo. Sua essência é linda também, Benício pode ser ciumento, meio ruim e fechado, mas comigo mostra-se companheiro que tá pronto pra enfrentar o dia a dia. Não tem medo de olhares tortos quando assume-se nos círculos de amigos novos, é bastante reservado, claro, mas nem por isso deixa de retrucar quando necessário.
— Charles, acredita que a tia Paula disse que o teu patrão andou procurando ela?
— Acredito. Eles que se entendam, né. E ela que não me estresse se eles voltarem.
— Não vai acontecer. Ela tá ficando com um cara bonito que trabalha no mesmo prédio que ela. Fiquei contente de saber, ela é uma mulher bonita e jovem, não gostava do seu Hercílio. Isso tava na cara.
— Mas ficaram um tempão...
— Minha mãe sempre encheu ela de conselhos, sabe como é... Até apresentou ele, Gustavo, é Ortopedista.
— Ah, tomara que dê certo e ela seja feliz. Geralmente, pessoas felizes não perturbam os outros.
— É.
— Dessa vez não se meteu? Palpitou na sua vida?
— Sim.
— Falou o que?
— Ah, ela disse assim, que não eu não devia ter ido morar junto, que devia ter conquistado minhas coisas, que fica complicado pra mãe agora que não tô mais em casa e disse que a família do Gustavo não aprova muito minha relação contigo...
— Que? Mas que filha da... E o que tu dissesse?
— Só perguntei se ela não cansa, aí ela me perguntou: cansar do quê? Aí eu disse: de se meter tanto na vida alheia. Aí eu falei que quem importa de verdade na minha vida, me aprova e aprova eu com você.
— Ahhh seu cagalhão, vem cá minha mundiça linda. Que orgulho. Falou isso tudo?
— Tô te dizendo. — Ele se irrita.
— Tá, calma. Então, nem com namorado novo, ela sossega?
— Ela acostumou a palpitar e nós, a ouvirmos ela, sem responder. Agora é que tô criando coragem e a mãe também responde e ajuda a dar nos dedos. Família, né Charles. Toda família tem pelo menos um "ovo podre".
— Isso é verdade. Mas então... o que é toda aquela tralha na lavação?
— As casinhas dos nossos meninos, escolhi um preto com branco e outro todo pretinho. Quando eles chegarem já tem tudo pronto.
— Um deles podia se chamar Stark né? Igual da série.
— Não, porque já dei os nomes, já escolhi. Jocker e Axel.
Eu nem falo mais nada, tô começando a me sentir um banana.
— Porque não coloca Totó, Lulu, Duque, Salsicha, Scoob, Lessie, Preciosa, Laika? Isso é nome de cachorro.
— Jocker e Axel também podem ser. E esses nomes aí parecem com os nomes de cachorro que meu avô dava pros dele.
— Tá me chamando de velho?
Ele não responde, revira os olhos e fica bicudo. Relacionamento tem essas paradas mais tensas, não fique achando que é só "morzinho" daqui, "pretinho" dali. Beijos, romances e delicadezas tem e tem beiço também. E eu derreto todinho...
— Tá, gostei dos nomes. Os dois.
— Verdade?
— É, seu troço brabo. Tu não é fácil.
— Ai, eu sabia que tu ia se render.
Sempre!
Bom, ainda faltam muitos dias para buscarmos nossos filhotes caninos, ou seja, família completa. Sou homem-família e ter um companheiro, era uma meta de vida. Ter esse parceiro, no caso do meu, muito apaixonado, é uma das coisas mais valiosas e pela qual me esforço muito para manter. Se estou feliz? Feliz demais.
Sigo com meu trabalho, do qual gosto muito. Benício se esforça pra manter-se no seu e por enquanto está de boas na área em que ganhou uma oportunidade. Minha família, que cresceu quando me juntei com Benício, ainda vai crescer mais em breve e como se isso não bastasse...
Bruna anuncia:
— Tô grávida.
Minha mãe surta:
— De quem?
Bruna se estressa:
— Do Cristiano, né? Tô namorando ele, mãe. Como assim, de quem?
Minha mãe destila:
— Mal começou esse namoro.
Bruna joga na cara:
— Mal comecei? São oito meses que tô namorando.
A mãe se justifica:
— Oras, achei que tinham terminado, ele é meio vadio.
Bruna defende:
— Mãe, ele é autônomo, igual teu filho Alan.
A mãe retruca:
— Alan é autônomo, só que trabalha na fábrica.
Bruna engrossa:
— O Cristiano é pintor, dona Rochelle. Ele trabalha por conta. Pode parando que senão eu não volto aqui.
Minha mãe larga os pés:
— Olha minha cara de preocupada. Depois que tem filho, as filhas, noras, filhos e genros sempre lembram da vó... ainda mais pra cuidar quando não consegue creche, quando quer sair, quando tá doente...
Não se preocupem, isso é muito comum entre as duas mulheres da minha vida. Barraco é nome do meio delas.
Benício que estava de olhos arregalados, relaxa um pouquinho quando a Bruna se acalma e mais um tantinho quando, minha mãe e ela estão se "xeretando" como melhores amigas, BFF mesmo. Porque são, né.
E nós, seguimos juntinhos nessa confusão que é minha família e a dele. Nosso mundinho, nossa casa, nossos "filhos" que logo vão morar conosco e nossos sonhos. Nosso romance. Bom, melhor que Bombom.
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Oii Pessoal!! Acabou? Acabou sim 😿🙀😿🙀, mas pelo menos um extra vai ter. E extra com safadeza, porque nóis curte, hehe 😼😏.
Obrigado pelo apoio de vocês e pela oportunidade de lerem mais um romance que escrevi com carinho.
Sintam um abraço carinhoso, beijos e tudo de melhor na semana que inicia♥😊😉😺😸😻😻😽😽😽😊😉😺😸😻😻😽😽😽😊😉😺😸😻😻😽😽😽
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Vou continuar a postar Papai Urso 2 e continuar a escrever alguns contos que tenho começados, então até loguinho 😻
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