Capítulo 3

Josh

Tem alguma coisa nessa garota que me fascina. Percebi isso, desde que a vi naquela festa, na ocasião, eu não conseguia desviar meus olhos dela, e ultimamente ela tem estado mais tempo do que eu gostaria em meus pensamentos.

Perco a noção observando os traços de seu rosto, que são bem delicados, ela tem um corpo muito bonito, com as curvas nos lugares certos. Ela é toda linda. Tem um quê de inocência que faz com que eu queria ficar olhando em seu semblante tímido e cativante, de querer cuidar e proteger.

"De onde eu tirei tanta baboseira?" 

Balanço a cabeça inconformado. Não me agrada esse tipo de pensamento, logo trato de afastá-lo. Quase cometi a insensatez de beijá-la naquela enfermaria. 

Tenho uma certa vivência com mulheres, tanto que até chamou a atenção do meu pai, mas essas com estilo princesinha, muito delicadinha nunca foi a minha praia.

Geralmente pego as mais experientes e bem resolvidas, que sabem que não terão de mim nada além de sexo. Por isso, saio com Cassandra, as vezes, ela entende como as coisas funcionam, não alimenta essas ilusões de relacionamento. É tão prática quanto eu.

Pensando nisso, me despeço de todos na lanchonete e vou atrás dela, preciso relaxar. Vou tentar me manter longe de Kate, não estou a fim de encrencas, e ela é uma das grandes.

— Pessoal, vou nessa... — não direciono a palavra especificamente para ninguém.

— Ah cara, fica mais um pouco — meu amigo, Matt, insiste.

— Não dá mesmo. Tenho coisas para resolver — digo, evitando olhar na direção de Kate — E você, mais cuidado por onde anda — passo a mão no cabelo da irmã dela, que fecha a cara, sorrio, faço um gesto com a cabeça para ela, e saio.

Assim que chego à área da piscina, eu vejo Cassandra, em seu biquíni vermelho, com suas roupas em um dos braços e o celular na mão esquerda.

Ela olha para mim e sorrir.

— Estou indo, vamos? — sou direto.

— O que foi? Cansou do jardim de infância? — usa de ironia.

— Não estou a fim de gracinha, Cassandra — digo irritado. — Se começar deixo você aí.

— Não está mais aqui quem falou — aproxima-se beijando meu pescoço. — Vamos lá para minha casa, meus pais foram passar o fim de semana na casa da praia. Temos a casa só para nós — morde minha orelha.

— Sim. Vamos sair daqui... — digo, a segurando pela cintura.

Ela ataca minha boca num beijo faminto. Interrompo o beijo a puxando pela mão em direção ao estacionamento do clube.

Antes mesmo de entrarmos no carro, a prenso de encontro a porta, beijo seu pescoço e esfrego nela, minha ereção de forma lenta. Ela geme, e se eu quisesse ela estaria totalmente entregue, aqui e agora. Melhor não, penso, chega de encrenca com o Sr. Ferrell.

— Aqui não, venha — abro a porta para ela.

Entramos no carro e sem demora o coloco em movimento. De forma despudorada ela passa sua mão no meu pau e o aperta. Seguro sua mão a impedindo de continuar, não quero nenhum incidente.

— Calma, logo terá o que você quer — digo sorrindo. Ela dá um sorriso safado e apruma-se no banco.

Assim que chegamos em sua casa, mal descemos do carro e ela vai logo me agarrando, a empurro contra a parede já puxando sua blusa pela cabeça.
Ela leva sua mão de encontro a cós de minha bermuda, parece ter tanta pressa quanto eu.

— Vamos para meu quarto — diz com a voz rouca.

— Pensei que não tivesse ninguém em casa — digo passando os braços por suas coxas, e a levanto para que ela prenda as suas pernas em volta do meu quadril. — Não fica mais excitada com a possibilidade de sermos pegos?

— Não tem, mas algum empregado pode chegar. Não quero nenhum linguarudo me dedurando para meus pais, e com você não preciso de mais nada para me excitar. — fala mordendo meu pescoço. Sigo pelo corredor que tanto conheço.

Fecho a porta e a deito na cama, ela começa a despir o restante da roupa sem desviar dos meus olhos e abre-se toda para mim, sem nenhum pudor.

Desde o primeiro momento em que transamos sempre foi assim, ela sabe o que quer e como quer.

Tiro minha roupa e subo na cama já indo de encontro a sua boceta que clama por mim, passo o dedo em seu clitóris, escorregando a mão por sua fenda, e percebo o quanto está molhada e pronta, mas antes vou me deliciar com seu sabor. Vou descendo por seu ventre até chegar na sua entrada. Início com movimentos leves e seus gemidos vão ficando mais altos a medida que vou chupando com mais força, percebo que ela está perto.

— Josh... — ela geme em protesto quando me afasto.

— Calma — digo-lhe e pego a bermuda, tirando do bolso um preservativo, que rapidamente é tirado de minha mão, ela rasga a embalagem com os dentes e coloca no meu pau. Posiciono-me em sua entrada e empurro de uma única vez. Solto um gemido quando já estou todo dentro dela. Inclino-me abocanhando seu seio, sugando com força. Entre gemidos e com a voz entrecortada ela fala:

— Mais rápido... ahhhh...

Não temos calma. Meto com força, aumentado cada vez mais o ritmo, enquanto ela geme ensandecida, sinto quando ela chega ao orgasmo e também me entrego, gozando em seguida. Saio de dentro dela me levantando, caminho em direção ao banheiro. Ouço quando Cassandra fala:

— Onde vai?

— Vou tomar um banho rápido. Preciso voltar para casa, tenho um documento importante para analisar antes de entrar de férias.

— Pensei que almoçaria comigo e que passaríamos o dia juntos — diz contrariada, vestindo um robe.

— Não temos esse tipo de relação Cassandra, sabe disso. Sempre fui claro quanto a isso.
— Pensei que talvez pudéssemos avançar um pouco em nossa relação, afinal estamos juntos há alguns anos já.

— Está muito enganada, não estamos juntos, e não existe relação nenhuma, nós ficamos, transamos, é diferente. E se você começar com essas cobranças sem sentido nem isso teremos mais. Sabe muito bem que não pretendo ter nenhum tipo de relação que não seja sexo — digo sério, deixando claro minha posição.

— Tudo bem, não estou cobrando nada... eu só pensei que...

— Pensou errado — digo cortando qualquer coisa que ela queria falar, pego minhas roupas do chão e em seguida entro no banheiro.

"Essa agora foi boa..."

A caminho de casa, ligo o som do carro e a melodia tranquila invade o ambiente levando meus pensamentos mais uma vez para onde não deve. Kate.

Kate

O restante do dia transcorreu tranquilamente. Logo após o almoço, Nick foi embora, alegando que ajudaria tia Natalie, sua mãe, numa surpresa pra tio Otávio.
Eu continuei no quarto, evitando um contato direto com a minha mãe, para não ter que responder às suas infinitas perguntas sobre ocorrido no clube. O que não a impediu de vir a minha procura em meu quarto...

— Filha — ouço uma batida na porta. — Está acordada?

— Sim, mamãe, pode entrar — digo.

Ela entra e aproxima-se de minha cama, sentando-se na beirada. Passa a mão de leve na colcha, depois na manta rosa e em seguida olha para mim.

— Não quer dizer-me o que aconteceu no clube, hoje, mais cedo? — pergunta com a voz suave.

— Não há nada a ser dito sobre isso mamãe, é o que Clhoe falou. Ela já contou tudo. — digo-lhe.

— E seu amigo...

— Não tem amigo nenhum — interrompo-lhe. — Só o conhecia de vista, até hoje, formos apresentados uma vez, mas foi só isso, não temos contato. Essa foi a primeira vez que conversou comigo, e mesmo assim, apenas para levar a Clhoe na enfermaria.

"E quase me beijou." — acrescento em pensamento.

Ela olha-me atentamente.

— Mas, ele lhes pagou um lanche... — diz observando minha reação.

— Sim, por que sua filha esfomeada disse estar "morrendo" de fome — faço um gesto com as mãos.

Não gosto nem de lembrar, que vergonha.

— Tudo bem meu amor — fala alisando minha não. — Vai descer para ajudar com o jantar? — pergunta já se levantando.

— Sim — digo. — Desço em um minuto.

Ela abre a porta para sair e eu a chamo.

— Mamãe... — ela vira-se para mim e eu pigarreio. — Sobre o passeio de formatura...

— Já falamos sobre isso Kate — corta-me.

— Não falamos não, a senhora simplesmente disse não e pronto. Nem ao menos considerou meu pedido — digo chateada.

— Não é NÃO!!! — fala taxativa. Abre a porta na intenção de sair.

— Mas mãe, todo mundo vai...

Sento na cama, com as penas para fora.

— Quantas vezes terei que dizer que você não é todo mundo? — diz enfática. — Agora chega desse assunto, desça para me ajudar.

— Não pode proteger-me de tudo e de todos a vida inteira dona Isabelle — digo malcriada, levantando-me em seguida. — Não é por que foi enganada que o mesmo acontecerá comigo — completo. 

Arrependo-me na mesma hora em que ouço as palavras que saíram de minha boca.

Ela volta-se para mim com um olhar contrariado e magoado. Nada diz, apenas sai e fecha a porta atrás de si. 

"Que droga, eu e minha boca grande, agora que não vou mesmo e ainda magoei minha mãe."

Jogo-me na cama. ferrei tudo.

Isabelle


Fecho a porta do quarto de Kate e encosto-me na parede oposta do corredor. Fecho os olhos e respiro fundo. Quando os abro observo seu lindo rosto nas fotos que tenho aqui. 

Sei que não estou agindo corretamente ao tentar protegê-la tanto. Mas é mais forte do que eu. Só de pensar no meu bebê com o coração partido e magoada por algum motivo, morro por dentro.

Sei o quanto uma garota nessa idade é ingênua e propensa as ilusões da vida. Infelizmente sofri isso na pele. E de forma alguma quero ver minha filha sofrer o mesmo.

Caminho para o meu quarto e assim que entro, Mike olha em minha direção. 


— Venha cá — diz, caminhando ate mim, puxa-me para ele, sinto seus braços fortes abraçando-me e, aconchego-me em seu peito, sei que ele deve ter ouvido parte de nossa conversa.

— Sabe que ela tem razão, amor — diz com a voz suave, afagando meu cabelo.

— Sim, eu sei... mas, ela é meu bebê — falo baixinho. — Tenho tanto medo... — completo num fio de voz.

— Amor, tente entender, você já teve a idade dela e sabe como as coisas funcionam — diz.

— Exatamente por isso — digo me afastando. — Você já imaginou, um acampamento cheio de jovens com os hormônios saindo por todos os poros, e sem os pais por perto? — digo. Não quero nem pensar. — Não, ela não vai. Está decidido.

— Eu acho que...

— Não Mike, você não acha nada. Trata-se da minha filha, está resolvido. Ela não vai e pronto — falo mais alto do que gostaria.

Mike fixa seu olhar magoado em mim e diz com a voz calma.

— Trata-se da nossa filha, eu amo aquela garota como se fosse minha, você sabe disso...

Irritada com toda situação, sei fui grosseira e acabei falando o que não devia, tento consertar.

— Mike... — não me deixa falar.

— Ela também é minha princesa, e Deus sabe que amo aquela garota como se ela tivesse saído de mim — repete. — Mas temos que confiar em tudo que ensinamos a ela. Deixar que ande com sozinha, que arque com as próprias escolhas, ter as ilusões próprias da idade, acertar, errar, querida isso tudo faz parte — respira fundo e continua. — E se por acaso ela errar ou quebrar a cara, estaremos aqui para ela.

— Você tem razão, por favor, perdoe-me. Não quis ser grosseira com você — toco seu rosto. — Sei que ama nossa menina. Mas é difícil para mim, tente entender.

— Sei que sim, meu amor, mas seja razoável — encara-me sério. — Não pode ser tão intransigente. Vai conversar com ela? — pergunta.

— Sim... — digo com um suspiro.

— Não quero você triste ou preocupada. Dentro de poucos dias Kate terá 18 anos, vai fazer faculdade, talvez até morar longe, e você vai fazer o que? Viver aflita o resto da vida? Ligando a cada cinco minutos para saber seus passos? — fica me olhando, continua. — Isso não é vida para nenhuma das duas.

Não digo nada, mais uma vez sei que tem razão, apenas ouço... ele continua.

— Entenda, não estou dizendo que deve deixar ela ir ou não. Essa decisão é sua e respeito o que você decidir, apenas converse com ela. Resolva as coisas entre vocês.

— Farei isso — digo resignada.

— Venha cá — beija de leve meus lábios. — Amo você, sei que tomará a decisão certa.

— Eu também amo você. Desculpe-me... — ele coloca o indicador em meus lábios.

— Shiuuu... não vamos mais falar sobre isso. Vamos cuidar do jantar que daqui a pouco duas pestinhas famintas virão atrás de nós — fala com ar de riso.

Eu o abraço apertado por alguns segundos e em seguida respondo...

— Vamos — não sei o que seria de mim sem essa estabilidade e confiança que o Mike me transmite.

Kate


Ajudo minha mãe com o preparo do jantar, e em todo tempo permanecemos em silêncio.

Geralmente, a Sara, junto com mamãe, é quem cuida das refeições da casa, só que nos finais de semana ela sai mais cedo ou folga.

Aos poucos, vão chegando meus irmãos e meu pai. Eles começam a colocar a mesa, e observo que, mesmo com todo proteção de minha mãe, eu sou feliz. Tenho uma família maravilhosa. E sinto-me realizada por isso.

Sentamos para jantar e o silêncio só é quebrado pela tagarelice de Clhoe e as implicâncias de Jeff. Até meu pai, está bem calado hoje.

Ao fim do jantar enquanto retiro a louça da mesa, ouço minha mãe dizendo:
— Hoje, a louça é de vocês três, Kate e eu fizemos o jantar.

Meus irmãos já iam protestar e o Mike os repele.

— Nada de reclamação, venham os dois, vamos logo com isso, quanto antes começarmos mais rápido acabamos.

— Eu enxugo — diz Jeffrey se adiantando.

— Eu guardo — Clhoe completa.

— Tudo bem, sobrou para mim a lavagem — escuto Mike falando enquanto estou saindo da cozinha.

— Kate, quero falar com você — diz minha mãe.

— Sim mamãe...

— Venha, vamos para a varanda.

Caminhamos até lá e quando chegamos, mamãe fica olhando seu canteiro de flores, todas muito bem cuidadas e floridas nessa época, não fala de imediato, fico esperando que comece.

Olho em direção aos girassóis, que a esta hora da noite, estão de frente um para outro doando-se energia mutuamente!

Isso me lembra de quando tive um trabalho escolar e fiquei encanta com a história a cerca deles: Segundo a lenda, a ninfa Clitia apaixonou-se por Helio, o deus do Sol, e todos os dias ela o observava passar em sua carruagem de fogo. Helio seduziu a jovem ninfa, mas logo depois a deixou por sua irmã. A ninfa Clitia caiu em desespero e chorou por vários dias consecutivos em um campo enquanto continuava observando Helio passar. Clitia começou a enfraquecer. Ela ficava sentada no chão frio, sem comer e sem beber, se alimentando apenas das suas próprias lágrimas. Enquanto o Sol estava no céu, Clitia não desviava dele o seu olhar nem por um segundo, mas durante a noite, o seu rosto se virava para o chão, continuando então a chorar. Com o passar do tempo, os seus pés ganharam raízes e a sua face se transformou em uma flor, que continuou seguindo o sol.

Lembro-me que fiquei tão impressionada e triste com o desfecho, na época, que mamãe comprou sementes para que plantássemos juntas e ali me explicou o ciclo de vida deles, que é sempre o mesmo durante o ano inteiro: todos os dias, despertam e acompanham o Sol como as agulhas de um relógio. A noite, percorrem o sentido contrário para esperar novamente sua saída na manhã do dia seguinte.

Mas um dia deixam de fazê-lo, alcançam a maturidade e param com essa movimentação. A partir daí, não voltam a seguir o sol, e ficam voltados para o oriente indefinidamente, até morrerem.

Quando as primeiras mudas brotaram, eu fiquei encantada, eram lindos, e eles tornaram-se a partir daquele momento minhas flores preferidas.

Saio das minhas lembranças, olho em direção a minha mãe. Começo a ficar incomodada com seu silêncio prolongado, quando penso em dizer algo, me desculpar, então ela fala:

— Kate, sei que as vezes sufoco você, tento evitar que passe por certas coisas, algumas situações, por que não quero vê-la sofrer. Não suporto ao menos a ideia de vê-la magoada.

Eu não digo nada, apenas ouço, também observando uma parte das flores, onde tem umas roseiras a perfumarem o ar com sua fragrância característica através da brisa que sopra suave... Ela continua.

— Tenho consciência de que muitas coisas não estão no meu controle. E que não poderei evitar que você as vivencie — ela respira fundo, e vira-se para mim. Eu também viro em sua direção.

— Mamãe, por favor, desculpe-me. Eu não deveria ter falado daquele jeito.

— Não se desculpe, você tem razão — olha diretamente em meus olhos. — Não posso jogar minhas frustrações em cima de você. Não é justo com você.

Não sei o que dizer, continuo olhando em seus olhos, admirando sua beleza e feliz por ela ser minha mãe. Eu a amo e não quero vê-la magoada.

— Mesmo assim, eu não tinha o direito de falar daquela forma — digo.

— Está tudo bem minha filha. E quero que saiba que você tem minha permissão para ir nesse acampamento.

Por um momento imaginei ter ouvido coisas, então pergunto:

— O que disse?

— Que você pode ir no seu passeio de formatura com sua turma.

— Ah, mãe... mãezinha, eu queria tanto ir. Muito obrigada — chego junto e abraço-a. — Vou me comportar, prometo.

— Eu sei que vai querida, sei que vai... — ela beija minha cabeça.

Continua...

E então gostaram?

Não vou nem comentar nada do Josh hoje. rsrsrsrs...

Que paizão é o Mike hem!

Em fim Kate conseguiu. O que será que vai acontecer nesse passeio?

Aguardemos o próximo para saber... rsrsrs

Até lá, Bjs!!!


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