Pov Jean
Depois que servimos todos os da fila eu e Lucas decidimos ir embora, mas quando íamos sair somos abordados por um senhor e um garoto.

-Me desculpe atrapalhar, mas confesso que fiquei curioso sobre vocês. Poderia fazer uma pergunta?

-Claro.
Lucas respondeu sorrindo.

- Vocês são- ele faz um movimento com a mão, que nem os dos memes. Vejo o garoto que estava ao lado olhar para o senhor.- Vô! -ele diz em tom de repreensão. Antes que Lucas respondesse qualquer coisa, eu tomo a frente da conversa.

-Não, só ele.
Aponto para Lucas que cruza os braços e olha para mim.

-Como?

-Sim, tu que deixa.
Eu rio e ele também, o senhor que tinha feito a pergunta parecia confuso e o garoto ao lado dele ria com a gente.

-Eu tava só te testando.
Rio ainda mais e eles também, mas o senhor parece ainda mais confuso. O garoto vendo que o avô aparentemente não entendeu nada responde.

-Sim vô, os dois são gays.
Assim que o menino termina a frase o avô olha com cara feia para ele.

- Não fale assim.-ele olha para mim e Lucas- Me desculpe a indiscrição do meu neto.-só a do neto?

-Não se preocupe senhor.
Lucas diz sorrindo, ele segura minha mão e já ia me puxar para saída mas antes eu o puxo e falo com senhor antes de sairmos.

-Já ia me esquecendo-puxo Lucas-não repreenda seu neto por falar a palavra gay, a não ser que ele tente usar como ofensa. Ser gay não é uma ofensa, mas se o senhor acha que é, peço que por favor reveja seus conceitos.
Vejo o senhor arregalar os olhos e o garoto sorrir para mim. Eu e Lucas saímos, e finalmente entramos no carro. Nós  conversamos e eu tive que aguentar um sermão sobre não perder a paciência com senhorinhas.

-Tá bom eu já entendi que não posso bater em senhorinhas com panelas e nem baguetes e nem tacar arroz nela.

-E nem nada Jean.

-Tá.
Eu digo e pego o fone dele da Apple, mas ele  vira o carro e o fone cai embaixo do banco do Lucas.

-Merda, deixa eu pegar.
Eu já ia me abaixar mas ele me impede.

-Tá doido? Com o carro em movimento sem chance, quando for um sinal vermelho você pega.

Pov Lucas
O dia tinha sido muito bom, nós transamos, ficamos conversando, eu consegui gravar dois vídeos, ajudamos pessoas. Mas claro que teve umas pequenas discussões, já estávamos dentro do carro quando eu finalmente tive tempo de reprender Jean por querer bater em uma senhora. Ainda dentro do carro ele deixou meu fone cair debaixo do banco, quando eu parei no sinal vermelho deixei ele pegar.

-Abre as pernas Lucas.
Ele diz se abaixando.

-Anda logo Jean, daqui a pouco o sinal abre.
Eu puxo um pouco seu cabelo para que ele voltasse logo para seu banco, mas foi inútil pois ele continua procurando. Eu jogo a cabeça pra trás apoiando no banco.

-Espera.
Ele fala e eu solto um suspiro fechando os olhos, depois de uns 5 segundos ele levanta e olha pela janela, eu olho também e vejo uma mulher sorrindo maliciosamente pra gente. O sinal abre e eu acelero o carro.

-Ela deve ter achado que eu tava...
Ele ri.

-Bem provável, tá vendo o que você me faz passar.
Ele continua a rir e logo já estávamos perto do prédio, eu vou calado pelo resto do caminho.

-É sério que você tá puto por que a moça achou que eu tava te mamando?
Eu me mantenho calado.

-Ah Lucas, pelo amor, seja um gay melhor.

-Oh! Só porque não sou uma poc, sou um gay ruim?

-Quê? De onde tu tirou essa maluquice?

-Homofóbico!

-Q-que merda cê tá arrumando?

-Gaguejou perdeu o argumento.
Rio e ele parece bravo.

-Teu cu!

-Belo argumento, já pode ser advogado.

-Vai se foder Lucas.
Eu continuo rindo e vamos até o elevador.

-Só se você for junto...
Digo em seu ouvido e vou para trás de seu corpo beijando sua nuca.

-Desse jeito já pode fazer roteiro pra filme pornô gay.
Eu rio e logo já estávamos no meu apartamento.

Pov Jean
Nós chegamos e eu fui tomar um banho, ele tomou um remédio e apagou, eu adoraria ficar o observando dormir que nem um bebê mas tinha um encontro. Escrevo um bilhete para Lucas, se eu não voltasse até ele acordar era para chamar a polícia, deixei o endereço e saí para encontrar Davi.

O caminho era estranho, meio afastado de civilização, o quê estava me dando um certo medo. Começo a me lembrar de como Davi tinha entrado em minha vida...

Flashback
Eu estava na casa de Moisés fazendo um trabalho com ele foi quando eu o vi pela primeira vez, ele acabava de sair do banho.

-Jean! Da pra parar de olhar pro corpo do meu irmão e me ajudar?

-Ih, foi mal é que- olho para Davi que sorri para mim- seu irmão é muito gato.

-Dizem que somos idênticos.
Ele diz sorrindo e eu o olho da cabeça aos pés.

-Não, nada ver. Seu irmão é mais gostoso.
Ele revira os olhos e nós voltamos a fazer o trabalho.
Flashback off

Apesar de não ter sido um contato direto foi ali que começou essa maluquice que me trouxe até o atual momento.
Quando eu cheguei tinha algumas luminárias. Ok... Eu estava começando a me sentir em um filme de terror, eu bato na porta e escuto sua voz.

-En-tre!
Era impressão minha ou a voz dele parecia falha, aquilo tava cada vez mais estranho.

-Davi, você tá aqui?
Lá dentro estava escuro, não ouço resposta, mas quando eu olho para frente o vejo um corpo com os braços amarrados a uma barra de ferro. Me arrisco a chegar mais perto e então vejo de quem se trata.

-Davi!
Olho para seu corpo está com alguns hematomas assim que termino de pronuncio seu nome sinto uma forte pancada e tudo se apagar.

Notas da autora
Olá meu povo me digam o que estão achando da história e não esqueça de favorita.