38. Falando Do Diabo

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Jimin fez uma entrevista e até recuperou sua confiança e seu otimismo... Vamos continuar para ver como as coisas serão. Hehehe
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É incrível a rapidez com que Jimin passa de otimista para querer amaldiçoar o mundo e todos nele. Em um segundo, ele está no topo com uma quantidade ilimitada de possibilidades (e esperança) à sua frente, e no próximo, ele está tentando abafar o barulho ao seu redor com seus fones de ouvido e a voz de Jungkook explodindo em seu ouvido.

Um mecanismo de enfrentamento, é como ele chama, piora quando, no dia seguinte à entrevista, Namjoon pergunta inocentemente pela enésima vez:

— Ei, você ouviu falar de Jungkook?

Ele diz isso com casualidade forçada, como se tivesse se esforçado para fazer a pergunta. Jimin não devia ficar surpreso, já que o homem tentou obter uma resposta dele várias vezes.

— Ele se foi. — Jimin responde, o que é mais do que ele disse todas as outras vezes que Namjoon perguntou a ele.

— O que você quer dizer com ele se foi?

Jimin suspira.

— Ele tirou férias. Estendida. Ele vai ficar fora por um tempo.

— Férias? Jungkook?

— Sim.

— Jimin, o que você quer dizer? Onde ele está?

— Não em Seul. Algumas coisas aconteceram e ele me disse para dizer a todos que ele ficaria fora por um tempo. — Jimin pode ver a tensão nos braços de Namjoon. — Relaxe, Namjoonie. Não é grande coisa. Ele estará de volta em breve.

— Se não é grande coisa, por que você não me contou antes?

— Não sei. Eu queria mexer com você, eu acho.

— Jimin. Isso não faz sentido. Jungkook não iria simplesmente sair sem dizer nada. — Namjoon soa como se estivesse tentando não entrar em pânico. — Ninguém conseguiu encontrá-lo.

Isso porque eles não têm serviço de celular no submundo, Jimin quer dizer.

— Ele disse algo para mim. — Jimin rebate, ignorando a última declaração de Namjoon. Embora, não, Jimin não teve nenhum aviso. Às vezes, ele experimenta aquela onda de tristeza novamente, lavando-o tão intensamente que é como se estivesse de volta àquela rua em Tóquio, a chuva caindo quase tão forte quanto suas lágrimas.

— Você está escondendo algo. — Namjoon diz.

Jimin revira os olhos.

— O que eu teria a esconder? De qualquer maneira, tenho que ir para o treino.

Ele deixa Namjoon olhando para ele, gaguejando enquanto tenta entender isso. Jimin não pode fazer nada para convencê-lo, então é melhor deixar como está.

Yoongi e Hoseok disseram que ele estava escondendo algo também.

— Por que você simplesmente não acredita em mim? Ele se foi. Ele saiu. Isso é tudo.

— Ele não faria apenas isso. — Argumentou Hoseok. — Eu o conheço desde antes dele debutar. Aconteceu alguma coisa com a família dele?

— Não é da sua conta.

— Então você está escondendo alguma coisa.

— Tudo bem, estou escondendo algo, mas é porque realmente não é da sua conta. Yoongi, diga a Hobi que não é da conta dele.

Yoongi sorriu maliciosamente.

— Eu gostaria, mas também estou curioso. Parece estranho que ele simplesmente vá embora assim. O que aconteceu?

— Eu não estou contando. — Jimin disse teimosamente, e foi isso, por enquanto de qualquer maneira.

O treino com Siwoo é tenso, pois Jimin diz ao coreógrafo que não tem certeza de quando Jungkook irá voltar. Ele está sem contato com ele também, veja, as palavras são difíceis para Jimin dizer, mas ele não pode desmoronar se estiver tentando ser uma pessoa melhor, uma pessoa mais forte.

De alguma forma, dentro de uma hora, a palavra chega a Seokjin que o adorável ídolo de olhos de corça de JinHit está desaparecido em ação, a história indo de 'Jungkook está apenas de férias em algum lugar' para 'Jungkook está desaparecido com D maiúsculo, e todos deveriam estar preocupados com isso.'

Deus.

Talvez seja melhor manter a boca fechada.

— Jimin, posso falar com você? — Seokjin diz enquanto Jimin sai do estúdio de dança, sua camisa encharcada de suor e seu cabelo grudando desconfortavelmente em sua pele.

— Agora?

— Sim. Tempo é dinheiro.

Certo. Jimin segue Seokjin até o salão do prédio. Está vazio, todos provavelmente ocupados praticando ou gravando, então eles relaxam nos sofás um de frente para o outro. Relaxar é uma palavra forte aqui. Jimin definitivamente não se sente relaxado.

— Estou ciente de que há mais em Jungkook do que aparenta. — Diz Seokjin, arregaçando as mangas da camisa casualmente. Jimin congela, olhando para o rosto de seu CEO para tentar discernir o que ele quer dizer com isso. — Estou ciente de que há mais para você também.

— Eu?

— Vocês dois.

— Oh. — Então Jin sabe que eles estão juntos. É disso que se trata? Seokjin não parece ser o tipo de pessoa que se importa.

— Estou ciente de que quando você o conheceu, ele... se ofereceu para ajudá-lo.

Agora Jimin está confuso. Isso não é sobre eles serem um casal?

— Sim. — Jimin diz lentamente. Seokjin já sabe disso. Jungkook investiu muito em sua jornada desde o início, desde reivindicar o escritório de Seokjin como seu até convencê-lo ao CEO quando ele não tinha para onde ir.

— Me ofereceram ajuda também. — Explica Seokjin.

— Você quer dizer... de Jungkook?

— De outra pessoa.

— O que você faz…

Seokjin dá a ele um olhar divertido e não explica, esperando que Jimin chegue às suas próprias conclusões. E honestamente, Jimin não quer ir nessa direção. Parece inacreditável demais, apesar das suspeitas anteriores de Jungkook de que Taehyung podia estar mais envolvido com Seokjin do que eles pensavam.

Mas Seokjin não tem uma tatuagem.

— Você está falando de... Vante? — Jimin pergunta.

— Sujeito estranho. — Seokjin reflete, sem realmente responder a pergunta. — Eu pensei que estava vendo coisas quando seus olhos ficaram vermelhos enquanto ele falava comigo, até que a mesma coisa aconteceu com Jungkook.

Isso é novidade para ele.

— Jungkook... ele... o quê?

— Eu não acho que ele quis. Ele estava frustrado no dia da filmagem. Ele ficava me perguntando o que o Vante me ofereceu para tirar aquelas fotos. Honestamente, eu gosto das fotos de Vante. Agora não consigo falar com Vante e não consigo falar com Jungkook.

Jimin não sabe o que pensar. Sua mente está cambaleando com a informação, mais peças se encaixando, peças que ele nem havia considerado.

— O que você está dizendo?

— Estou dizendo que se algo acontecer, você pode me contar, Jimin.

Seria bom falar com alguém sobre isso. Faz apenas uma semana, mas ele já se sente sufocado por isso, por não saber, por estar sozinho nisso. Apesar de sua positividade recém-descoberta, é difícil não cair nessa desesperança. Quanto mais o tempo passa, mais ele se pergunta se Jungkook irá voltar.

Não parece que Seokjin sabe sobre demônios e acordos, apenas que há algo estranho sobre a dupla.

— Eu não sei o que dizer. — Jimin admite. — Jungkook é... Ele é diferente. Vante também. E eles tiveram que ir embora... para algum lugar... por um tempo.

Seokjin nem pisca.

— Entendo. Eles vão voltar?

— Eu... eu acho que sim.

— Tudo bem. Jimin?

— Sim?

Seokjin usa esse visual que Jimin nunca viu nele antes. Ele não parece mais um CEO, alguém que Jimin tem que admirar ou tentar impressionar. Ele apenas parece um amigo tentando confortar outro amigo. Talvez ele tenha percebido a hesitação na voz de Jimin, ou a maneira como sua boca está apertada de preocupação.

Seja o que for, faz Seokjin dizer:

— Posso não saber tudo, mas entendo, e estou aqui se precisar de alguma coisa.

Quando Jimin se juntou à XZ Entertainment, ele não tinha ideia de que uma pessoa como essa poderia existir. Ele estava cego pela perspectiva da fama, aceitando o que quer que aparecesse em seu caminho, fosse uma voz dizendo que ele não era bom o suficiente ou uma mão forçando-o a uma posição em que ele não conseguia fazer um movimento de dança direito.

Havia uma hierarquia clara e Jimin se contentou em permanecer dentro de seus limites.

Mas todos na JinHit parecem determinados a destruir essa hierarquia.

— Você é muito legal comigo. — Jimin deixa escapar. Ele ri logo depois, envergonhado, e passa a mão pelo cabelo. — Mas obrigado, Seokjin PD-nim.

— Jin-hyung está bem.

Jimin olha para o outro surpreso, mas Seokjin parece sério. Jimin sorri e suas próximas palavras saem inesperadamente, um pouco de sua esperança retornando:

— Espere até eu contar a Jungkook sobre esse privilégio, Jin-hyung. Ele vai ficar com ciúmes.

— Tenho certeza que ele ficará. — Seokjin diz, com um brilho nos olhos. — Não se esqueça de dizer a ele quando ele voltar.

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Sempre há esse momento no palco logo antes das luzes acenderem, onde Jimin se sente como se não tivesse peso. As pessoas na plateia são apenas sombras no horizonte, prendendo a respiração. E Jimin, a estrela do show, fica invisível a olho nu.

Ele pode dançar agora e ninguém irá piscar, e será como se ele não tivesse dançado. Por alguma razão, esse pensamento tem uma calma que o envolve, algo que ele estava acostumado a sentir no passado, mas de alguma maneira esqueceu até agora.

Isso o lembra de que não importa se há uma audiência. Não importava se as luzes ficam apagadas e a música começa, e as câmeras percam tudo. Não importa porque ele sabe que está aqui, e isso sempre é o suficiente.

Dois meses se passaram desde que Jungkook voltou para o submundo. Dois meses de gravação e prática sem fim e oscilando entre a esperança pelo retorno de Jungkook e o medo de que ele nunca volte.

O cabelo de Jimin está descolorido. Seu álbum irá sair a qualquer segundo. Falta apenas uma semana para o showcase.

Jimin se aproximou ainda mais de Yoongi e Hoseok, os dois se tornando seus pilares de apoio, mesmo que não soubessem o quanto estavam ajudando. Ele até foi a Hadong para pegar alguns itens essenciais, como seu Xbox, e o trio de amigos às vezes jogava junto quando tinha um momento livre. Os outros dois de alguma maneira superaram as habilidades de jogo de Jimin, com as quais ele fingia se importar com frequência.

Namjoon ainda o incomodava por causa de Jungkook, e isso se tornou um pequeno truque que eles faziam sempre que se viam, uma forma de trazer risos para uma situação pesada. Mas o advogado falou com Seokjin, que lhe disse para não se preocupar. Jungkook irá volta.

Seokjin… Jimin não sabia o que fazer com ele. Ele verificava Jimin quando ele estava trabalhando, sentado em uma sessão de gravação ou indo a uma das reuniões em que Jimin discutiria os detalhes do álbum com um dos produtores. Às vezes, ele convidava Jimin para seu escritório apenas para conversar sobre coisas aleatórias, sempre terminando a sessão com uma piada ou um pedacinho de sabedoria, ou a garantia de que as coisas voltariam ao normal em breve.

Mas havia dias em que isso não importava. Jimin podia esquecer isso por um tempo, envolvido na produção de um álbum. Essa era a parte mais assustadora de tudo, quando ele conseguia tirar Jungkook da cabeça e se lembrar dele com carinho, em vez de cair em uma bagunça chorosa sempre que ele passava pela cabeça.

Esses dias foram os mais difíceis. Aqueles em que a noite chegava e Jimin percebia que mal havia pensado no diabo o dia todo. E então ele iria para casa com esperança em seus passos, esperando um dia ver Jungkook em um de seus hanboks modernos, descansando no sofá com um sorriso.

Todos os dias, ele se deparava com decepções. Uma cama vazia em um apartamento ainda mais vazio. Sozinho.

Mesmo quando isso passa por sua cabeça agora, Jimin acha que o palco parece solitário. Não porque ele quer Jungkook aqui com ele, mas porque o diabo não pode vê-lo. Essa coisa toda foi obra de Jungkook, na verdade. Jungkook merece estar aqui para isso. Ele (JM) nunca teria deixado Hadong sozinho.

Mas Jimin não quer ficar triste.

E isso é algo que ele não quer para ninguém além de si mesmo.

A música começa com uma série de instrumentos de corda, preenchendo o espaço quando as luzes finalmente mudam, tornando-se um reflexo vermelho profundo de um lugar que Jimin acredita que Jungkook cresceu. É aí que a influência do diabo para. A música e a dança contam a história de Jimin sobre uma mentira na qual ele se deixou envolver, mudando sua vida.

No palco, ele se sente uma pessoa diferente. Mesmo que seja sua história que ele está contando, de alguma maneira ele tem mais controle sobre ela ali. Os aplausos da multidão parecem se misturar com a música, tornando-se outra coisa, lembrando-o de outra coisa que ele havia perdido.

Executando.

Ele mexe e canta três músicas de seu álbum, tão perdido na zona que é quase surreal quando chega ao fim. É só então que ele olha corretamente para o público, fãs sorridentes gritando palavras para ele que ele não consegue entender. Ele acena para eles, soprando beijos e atirando-lhes corações de dedo.

E enquanto olha para eles, ele espera ver aquele rosto familiar, vindo para surpreendê-lo.

— Obrigado! Amo você! — Ele grita em seu microfone, os olhos examinando a multidão.

Nada. Não que ele possa ver.

Seu coração se aperta, mas seu sorriso nunca desaparece, na verdade, ele se alarga quando ele ouve ecos daquelas palavras: “Te amo! Obrigado!” E em algum lugar distante, alguém dizendo: “Sinto muito!”

Sinto muito? Jimin tenta encontrar a origem da voz, mas elas se perdem nos aplausos. Ele quer dizer que desculpas não são necessárias, não de seus fãs, velhos ou novos. É ele quem se desculpa por deixá-los acreditar em uma mentira, por ficar tanto tempo longe.

Mas Jimin tem o bom senso de não explicar isso a eles agora. De qualquer maneira, ele tem certeza que eles sabem, por seus movimentos e sua voz, que ele lamenta ter ido embora e está feliz por estar de volta.

Ele sai do palco pela esquerda com um último “obrigado” e uma reverência, e logo é cercado, seu empresário elogiando-o, a equipe o guiando até um camarim para que ele possa se despir. Há mais uma agenda, uma pequena entrevista, e então ele poderá ir para casa e ler as reações sobre o álbum.

Isso o deixa nervoso com a antecipação.

Quando Jimin finalmente volta para o apartamento fica surpreso ao ver Yoongi e Hoseok relaxando do lado de fora, sentados nos degraus perto da porta como se estivessem lá por horas. Seu rosto se abre em um sorriso.

— Que porra vocês dois estão fazendo aqui?

— Viemos para dar os parabéns. — Diz Hoseok, levantando-se para dar um abraço em Jimin. — Você foi incrível.

Jimin ri, dando tapinhas nas costas do amigo. O abraço de Yoongi é um pouco menos entusiasmado, mas igualmente caloroso, e ele sussurra um suave “parabéns” no ouvido de Jimin. Ele deixa os dois entrarem, incapaz de se impedir de divagar:

— É como se eu nunca tivesse ido embora, sabe. Estar naquele palco parecia o mesmo de sempre, exceto mais pessoal. Essas músicas significam muito para mim.

Ele larga as chaves na mesa e tira a bolsa e a jaqueta, jogando-as no sofá.

— Vocês comeram? — Ele pergunta, remexendo na geladeira por algo que possa esquentar.

— Nós comemos. — Yoongi diz. Ele está olhando para o refrigerador de vinho enquanto Hoseok relaxa na sala de estar. — Jimin, cadê aquela garrafa Two Hands que te dei na semana passada?

— Huh? — Jimin acabou de colocar algo no micro-ondas e olha para o amigo agora. — Oh. Eu bebi alguns dias atrás. Desculpe. Basta escolher outra coisa.

— Eu disse que deveria ter trazido uma. — Yoongi grita para Hoseok.

— Meu erro!

Jimin ri.

— Só não tome o vinho Ice. Jungkook... — Ele congela, apenas por uma fração de segundo, mas a maneira como Yoongi olha para ele precariamente diz que ele notou. — Jungkook comprou isso, então, você sabe, devemos esperar até que ele volte para beber.

— Certo.

Eles se acomodam na sala de estar alguns minutos depois, e Jimin começa a comer.

— Eu já tinha ouvido algumas delas por causa do showcase, mas eu diria que minha música favorita é Lie. — Hoseok diz, girando e cheirando o vinho em seu copo. — Sua performance foi incrível, Jiminie.

— Eu sinto que errei um pouco na nota alta.

— Eu não percebi.

— Gosto do Filter. Ah, e Fake Love. — Diz Yoongi. — Jimin, você deveria aparecer no meu álbum. Ainda falta um mês e eu estava conversando com Jin sobre adicionar mais uma música.

Jimin fica boquiaberto.

— Você está falando sério?

Yoongi dá de ombros.

— Nós conversamos sobre fazer uma música antes, lembra? Antes tarde do que nunca.

— Eu adoraria.

Yoongi sorri, estendendo seu copo para que eles possam brindar.

— Então está resolvido.

Eles conversam assim por algumas horas, terminando a primeira garrafa de vinho e abrindo outra. Jimin está deitado no sofá, com a cabeça no colo de Hoseok, quando sente o celular tocar no bolso. Ele franze a testa, pegando-o e vendo um e-mail de Seokjin com o título do assunto: Divulgação de fotos dos artistas da JinHit Entertainment.

Jimin abre, vendo que há um link no conteúdo do e-mail. Assim que vê o nome 'Vante' na URL, ele se senta, com a cabeça girando um pouco.

E lá está, todas aquelas fotos do que parecem anos atrás, bem espalhadas com legendas. Há até uma montagem de vídeo do dia, e Jimin chama Yoongi e Hoseok para que eles possam assistir juntos.

Yoongi não está nela, mas Jimin se vê conversando com Hoseok.

— Ah, foi quando você não quis me contar o que aconteceu com aquele estagiário. — Hoseok diz, vendo-se conversando com Jungkook, sussurrando algo um para o outro com pequenos sorrisos entusiasmados. As fotos deles também estão espalhadas, todas exceto aquela em que ele beijou a bochecha de Jungkook.

— Eu quase esqueci que isso aconteceu. — Diz Jimin, sentindo-se um pouco tonto.

— Eu também. Acho que Vante decidiu liberá-las.

— Sim. — Jimin olha para a porta, seu coração acelerado. Se Taehyung postou isso, então ele deve estar de volta. E se ele está de volta, então Jungkook... Jimin não se importa que seus amigos estejam pairando sobre seus ombros; ele vai direto aos seus contatos, encontra o número de Jungkook e clica no botão de ligar.

Yoongi franze a testa.

— O que você está…

Mas nem toca. A ligação vai direto para o correio de voz, e Jimin solta um suspiro exasperado, encontrando o contato de Taehyung. O demônio menos favorito de Jimin. Ele tenta ligar para ele, mas, novamente, vai direto para o correio de voz.

Eles não estão aqui.

Eles não estão de volta.

— Jimin...

— Eles estão brincando comigo. — Jimin diz com raiva. Ele encontra o contato de Seokjin, hesitando um momento antes de ligar para ele. O CEO atende no terceiro toque.

— Jimin? Isso é uma surpresa. Parabéns pelo seu álbum.

— Ele está de volta? — Jimin pergunta.

— O que?

— Tae... Vante.

— Oh. Não, recebi um e-mail de seu assistente dizendo que ele havia carregado a foto. Desculpe, acho que você pensou... eu deveria ter lhe contado.

— Está bem.

— Jimin...

Jimin desliga, pressionando as palmas das mãos nos olhos. Ele sente a mão de Hoseok acariciar seu ombro, e pode sentir os olhos de seus amigos sobre ele, observando-o cuidadosamente. Às vezes ele não aguenta. Às vezes ele não fica triste com isso, mas com raiva.

— Você está bem? — Pergunta Hoseok.

— Você parece chateado. — Yoongi diz.

Jimin baixa as mãos para encará-los.

— Preciso de mais vinho. — Diz ele, pegando a garrafa. Seus amigos não o impede, apenas permite que ele se afunde na autopiedade, sempre muito paciente com ele. Ele daria qualquer coisa para entrar em uma briga agora. Pelo menos isso ajudaria a tirar a raiva de seu peito.

Ele bebe a taça de vinho e, quando vai pegar outra, a mão de Yoongi o detém.

— Fale conosco. — Diz Yoongi.

— Não quero.

— Eu não ligo. Você está obviamente chateado. Você não está fazendo um bom trabalho em esconder isso.

— Não estou tentando esconder isso. — Jimin arranca a garrafa de Yoongi, servindo-se de outro copo. — Se você só vai tentar me fazer falar, então pode ir.

— Tão teimoso. — Yoongi diz com um suspiro.

— Jimin, o que realmente está acontecendo? — Pergunta Hoseok. — É sobre Jungkook, não é?

— Não quero ouvir o nome dele agora.

— Onde ele foi? — Hoseok parece assustado. — Até os fãs dele estão preocupados. Somos amigos dele e você namora com ele e ele nem te responde? Onde ele foi, Jimin? Eu sei que você sabe de alguma coisa.

— Mesmo que eu saiba, — Jimin diz, encarando seu amigo, — eu não posso fazer nada sobre isso. Então, qual é o objetivo?

— Você não precisa passar por isso sozinho! Deus, Jimin, é frustrante pra caralho quando você faz isso. Achei que você confiava em nós.

— Eu confio em vocês.

— Não parece quando você nos mantém no escuro. Já se passaram dois meses. Estamos preocupados com nosso amigo.

Yoongi cutuca Jimin gentilmente contra seu ombro.

— Está nos consumindo também, você sabe, o fato de que ele se foi e ninguém consegue falar com ele. Se você sabe de alguma coisa…

Jimin franze os lábios, sem saber se o que sente é raiva. Ele está apenas... cansado. Cansado de esperar, cansado de não saber, cansado de não poder fazer mais nada. Ele se sente inútil. Ele se sente culpado. Ele sente como se tivesse tirado todos os sonhos de Jungkook de viver feliz no reino humano, tudo porque ele se apaixonou e exigiu ser amado de volta.

— Eu fiz um acordo com ele. — Diz Jimin, virando o pulso em branco. — Ele me prometeu minha carreira de volta em troca de minha alma, mas não conseguiu cumprir essa última parte, então foi puxado de volta de onde veio e agora estou sozinho.

Yoongi está tenso ao lado dele.

— Você o que?

— Sua alma? — Hoseok pergunta, e ele e Yoongi compartilham um olhar como se achassem que Jimin está finalmente quebrado.

Talvez ele esteja.

— Ok, Jimin, baby, você pode nos contar mais? — Hoseok pede, passando um braço pelos ombros de Jimin e puxando-o para perto.

Jimin faz beicinho, e finalmente percebe que ele está passando do ponto de embriagado para ficar completamente bêbado, aquela última bebida girando em seu sistema. Ele deseja que Jungkook esteja por perto para curá-lo, deixá-lo sóbrio novamente para que ele possa observar o que ele está dizendo.

— Você não acredita em mim.

— Talvez se você explicar um pouco mais…

— Ele é um demônio. — Jimin sussurra, olhando para cada um de seus rostos. Jungkook irá matá-lo por dizer isso. — Não conte a ninguém, ok?

— Tudo bem. — Hoseok sussurra de volta.

— Então Jungkook, o diabo, ia levar sua alma? — Yoongi pergunta quando Jimin não diz nada por alguns segundos. Jimin assente. — E depois o que aconteceu?

Jimin ri, entrando em um estranho estado de diversão ao perceber que não há problema em falar sobre isso com seus amigos. Eles não o estão deixando ou chamando-o de louco. Eles querem saber. Então talvez não seja uma briga de gritos que ele precisa, e não é a raiva pesando sobre ele. É apenas esse segredo, porque dizê-lo em voz alta é libertador.

— Muita coisa aconteceu. — Diz Jimin. — Pode ser que eu demore um pouco para dizer tudo.

— Tudo bem. — Hoseok diz, seu sorriso dando segurança a Jimin. — Não temos outros planos para a noite.

— Tudo bem, começou na noite em que o conheci em Hadong…

    
   
   

CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Kskskskskkfdkjgdaagks. Eu no lugar de Hoseok estaria ligando para o hospício. 😂🤣

Estão gostando? Espero que sim.

O próximo capítulo tudo se resolverá, não se preocupem, dois meses é suficiente, está na hora do sr. Demônio voltar. Hehehe

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