35. Casamento Feito no Céu, Negócio Feito na Terra | pt2
╴╴╴╴╴╴╴╴╴╴
Jungkook estreou 👏👏. Seus amigos viram sua tatuagem. Agora vamos ver como será a fuga deles após a estreia de JK e para onde eles irão
︶︶︶︶︶︶︶︶︶︶︶︶
— Diga-me porque eu não como isso todos os dias? — Jimin pergunta, enchendo a boca com a última mordida de katsudon e suspirando de alegria.
Ele já esteve em Tóquio antes, mas por algum motivo, parece sua primeira vez.
— Você ficaria cansado disso. Jungkook responde.
— Não, eu não ficaria.
— Sim, você ficaria.
— Não, eu não ficaria.
— Sim, você... Jimin. — Jungkook balança a cabeça com um sorriso, obviamente não está com disposição para as idas e vindas que Jimin tenta começar. Ele levanta a mão para pedir a conta. — De qualquer maneira, achei que deveríamos planejar o resto da viagem. Não temos muito tempo aqui, então devemos tentar fazer o máximo que pudermos.
— Podemos planejar… ou podemos ser espontâneos.
— Temos que planejar visitar a Disneylândia pelo menos.
Jimin dá a Jungkook um sorriso apertado.
— Por que?
— Porque você quer ir, não é?
— Sim, eu acho.
— Você não quer?
— Eu quero.
— Ok, então Disneylândia. — Jungkook diz, desenhando uma marca de seleção no ar e perdendo o jeito que Jimin enterra sua expressão atrás de sua bebida. — O que mais?
— Não sei.
— Comida. Tem tanta comida boa aqui que a gente tem que comer. Você gosta de okonomiyaki?
— Eu aceito. — Diz Jimin, se animando. Okonomiyaki não está em sua lista. OK. Ele pode respirar. Ele está sendo paranóico, isso é tudo. Jungkook não está tentando completar sua lista; ele está apenas tentando ser um bom namorado.
— Talvez possamos fazer uma caminhada. Ou ver um museu?
Jimin franze a testa. Ele tem certeza de que colocou ver um museu em sua lista, apenas como uma forma de mexer com o diabo que disse que ele podia adicionar quantas coisas quisesse. Falando nisso, caminhadas não está lá também?
— Devemos ir a um dos mercados. E talvez ir a alguns parques.
— E fazer um piquenique? — Jimin desafia, mas Jungkook apenas concorda com entusiasmo, dizendo que é uma ótima ideia. Jimin estreita os olhos, mas não diz nada sobre isso. Além disso, Jungkook parece animado, e Jimin não quer tirar isso.
Quando voltam para o hotel, já tem uma lista mental de todas as coisas que farão essa semana. Jimin deixa-se esquecer de tatuagens e negócios por um momento, caindo nos braços de Jungkook.
Seus beijos são leves e brincalhões, familiares. Tudo sobre Jungkook é familiar. Jimin suspira de contentamento e recosta-se antes que eles possam se empolgar, esfregando a mão para cima e para baixo na coxa do outro.
— O que ele esta fazendo agora? — Ele pergunta timidamente, e Jungkook sabe de quem ele está falando.
— Apenas deitado lá.
Nenhum dos dois realmente quer falar sobre isso.
— Quando voltarmos, estarei gravando minha primeira música. — Jimin diz. Ele vai lançar um pequeno EP, não um álbum completo, e tem participado de todas as músicas que irão nele. Algumas ainda estão sendo trabalhadas, mas as letras, as melodias são dele.
— Isso é incrível, Jiminie. — Jungkook agarra sua mão, entrelaçando seus dedos. — Estou tão orgulhoso de você.
— Seokjin disse que seria divertido ter Yoongi em uma delas, ou para mim em uma de suas músicas.
— Uau.
— Você sabe o que eu disse a ele? — Jimin diz, com um brilho nos olhos.
— O que?
— Que eu amaria ter você em uma das minhas músicas também.
Jungkook parece atordoado por um momento.
— S...Sério?
Jimin revira os olhos.
— Por que não? Eu sei que este álbum deve ser sobre mim, eu sou muito importante afinal. — Ele fala. Jungkook solta uma gargalhada. — Mas o que eu fiz em sua faixa escondida não foi o suficiente. Eu realmente quero escrever uma música com você.
Quando Jungkook se senta abruptamente, empurrando Jimin para fora de sua posição relaxada na cama, Jimin fica surpreso.
— Vamos começar agora então. — Jungkook diz, pegando o bloco de notas e a caneta na mesa de cabeceira. Ele escreve seus nomes no topo com uma caligrafia elegante. — Sobre o que a música deveria ser, hyung? Uma canção de amor? Eu sinto que deveria ser uma canção de amor.
— Bobo. — Jimin murmura, mas não pode deixar de sorrir. — Quero dizer, poderia ser uma canção de amor, mas então as pessoas podem pensar que nós somos, você sabe... — Ele não consegue terminar a frase.
— E?
— E? Jungkookie, nossos fãs vão nos odiar ou se sentir traídos. E Namjoon realmente vai nos matar desta vez.
— Eu não tenho medo do Namjoon.
— Você não tem medo de nada. — Diz Jimin, e não é para soar duro, mas meio que sai assim, e Jimin tenta encobrir acrescentando: — Namjoon é um homem muito assustador, eu quero que você saiba. Você simplesmente não fez treinamento de mídia com ele.
— Ha ha. Bem. Não precisa ser uma canção de amor se você não quiser. Vamos apenas... começar a escrever e ver o que acontece?
— Claro.
As bochechas de Jimin estão vermelhas, pela maneira como Jungkook disse a palavra 'amor', pela empolgação de Jungkook por escrever uma música juntos, pela insinuação de que o diabo pode não se importar se alguém descobrir que eles estão juntos.
Então, para disfarçar que está positivamente perturbado, Jimin pega o bloco de notas e finge estar pensando muito sobre alguns temas ou letras que eles poderão cantar juntos.
Jungkook recosta-se e cantarola alguma coisa, apenas algumas notas e então cantarola novamente, perguntando:
— Que tal isso? Você gosta disso?
— Como diabos você criou uma melodia tão rápido?
Jungkook dá de ombros.
— Acabei de fazer. Espere, deixe-me gravar no meu telefone antes que eu esqueça.
Jimin o ouve fazer exatamente isso, apreciando a maneira como a voz de Jungkook acaricia seus ouvidos quando ouvida de perto.
— Você sabe como me senti preso até conhecer você? — Jimin diz, batendo a parte de trás da caneta no bloco de notas quando a música é arquivada com segurança. Ele não ousa olhar para Jungkook enquanto fala. — Era como se eu estivesse preso no limbo. Meio irônico que um demônio tenha me tirado de lá... Mas esse não é o ponto. Hum... — Ele limpa a garganta. — Na primeira noite em que conversamos, o tempo pareceu parar. E então, depois disso, começou de novo, mas em uma nova linha do tempo.
— Certo.
— Tipo, eu tinha um novo caminho a seguir que não existia antes e você... o iluminou para mim.
— Eu gosto dessa imagem.
Jimin escreve uma única palavra no papel: Luz.
— Você é minha luz. — Ele diz em voz alta, e embora soe cafona, também soa certo. Ele encontra os olhos de Jungkook, que o observa cuidadosamente, e Jimin acha impossível dizer se ele está envergonhado por quão cafona é ou completamente levado por isso.
— Você também é minha luz. — Jungkook diz, e então pisca, sacudindo-se, embora tenha um sorriso suave. — Luz. Eu acho que é realmente um bom lugar para começar.
[...]
Eles não deviam ter tentado escrever uma música juntos. Uma vez que começaram, eles não conseguem parar. Nessa primeira noite, eles ficam acordados até as 4 da manhã brincando com melodias e letras enquanto também brincam com um beijo aqui, um puxão na calça de alguém ali.
Isso significa que já passa da hora do almoço quando eles deixam o quarto do hotel no segundo dia. Se não fosse pela insistência de Jungkook para que eles saíssem da cama e fossem ver alguns pontos turísticos, Jimin teria ficado lá salpicando beijos por todo o corpo de seu namorado pelo resto do dia.
Na segunda noite, eles dormem às 3 da manhã, o que é uma ligeira melhora. A música deles ainda é um esqueleto, mas tem alguns versos e um refrão, e Jimin adora. Ele adora tanto que meio que deseja que eles tivessem um equipamento de gravação adequado para que pudessem testar como suas vozes realmente soariam juntas. Em vez disso, eles ficam com seus telefones.
Então, no quarto dia em Tóquio, quando eles chegam à Disneylândia e assistem aos fogos de artifício, Jimin se inspira para escrever outra linha para a música. Ele observa Jungkook estender a mão para as luzes acima deles, sorrindo alegremente para ele, e é assim que nasce um outro.
Por mais distantes que estejamos / Tua luz me alcançará
Eles não compõem muito nessa noite, apaixonados demais pelos beijos e toques um do outro para pensar em muito mais.
Em sua última noite, eles caminham pelas ruas movimentadas de Shibuya, Jimin agarrado ao braço de Jungkook enquanto ele olha para cima. É uma noite nublada e há um peso no ar que diz que vai chover.
— Não acredito que partimos amanhã. — Jimin diz.
— Eu também. Passou muito rápido.
— Talvez Seokjin nos dê mais uma semana.
Jungkook ri.
— Sou totalmente a favor de nos rebelarmos contra nosso CEO, mas não acho que seja uma boa ideia.
Jimin deixa seu lábio inferior se projetar em um beicinho.
— Nunca esperaria isso de você, Jeon. Tóquio mudou você.
— Quem você está chamando de Jeon? — Os dedos de Jungkook se estendem para fazer cócegas em seus braços, e Jimin salta para longe dele com uma risada, empurrando alguns transeuntes no processo. Jimin ignora os olhares, deixando-se ser puxado de volta para o abraço de Jungkook.
Jimin ainda está rindo quando eles viram em uma rua lateral um pouco menos movimentada, seu destino é um restaurante que Jungkook havia escolhido.
— Vai chover esta noite. — Diz Jimin.
— Sim, Provavelmente.
— Deveria ter trazido um guarda-chuva.
— Podemos simplesmente nos esconder no restaurante se ficar ruim.
— Podemos beber saquê.
— Só se for do tipo doce.
Eles batem os punhos, compartilhando sorrisos enquanto chegam a um acordo silencioso. E então eles entram no restaurante e pedem pratos de yakitori para encher suas barrigas famintas.
Há neles um clima melancólico, que sempre vem quando as coisas boas chegam ao fim. Não que as coisas ainda não sejam boas quando eles deixarem este lugar. Eles ainda estarão juntos, morão juntos, trabalharão na mesma empresa. Suas vidas são repletas de infinitas possibilidades.
No meio da refeição, Jimin pergunta:
— Então, para onde devemos ir na próxima?
— Próxima?
— Férias? Da próxima vez que Seokjin disser que podemos tirar uma folga, aonde você quer ir?
— Podemos ir para a Ilha de Jeju.
Jimin observa Jungkook encher a boca com frango, seguido por uma colher de arroz, aparentemente inconsciente ou indiferente ao que acabara de dizer. Mas para Jimin, ele não consegue parar de pensar naquela maldita lista de desejos, aquela que está diminuindo lentamente diante de seus olhos, aquela que Jungkook parece não conseguir parar de cumprir.
— Você está brincando comigo. — Jimin diz.
Jungkook ergue o olhar.
— O que?
— Você quer ir para a Ilha de Jeju?
— Você não?
— Está na minha lista.
— Eu sei que está.
— Então você quer ir para que você possa cumprir isso?
Jungkook recosta-se com a testa franzida, a comida temporariamente esquecida.
— Quero dizer… Você colocou na lista por um motivo, certo? Porque você quer ir?
— Você parece muito ansioso para riscar tudo dessa lista.
— Eu não estou.
— Caminhada? Museus? Vindo para Tóquio? Indo para a Disneylândia? Tomando um maldito chá de bolhas.
— Jimin...
— Eu pensei que você só queria ficar comigo.
— Sim. — Jungkook insiste, estendendo a mão para agarrar a mão de Jimin. — Eu quis dizer isso, Jimin.
Espontaneamente, uma conversa do que parece ser muito tempo atrás volta para ele…
Você sabe o que acontece com os demônios que não conseguem fechar negócios? Eles são enviados de volta para o submundo. Eles se arrependem. É tudo muito assustador. Jungkookie odiaria isso. Ele pode não ter muito quando se trata de instinto, mas ele ama o reino humano e nunca desistirá dele. Não por você. Não por qualquer outro.
Jimin puxa a mão para trás, olhando para baixo para encarar a tatuagem em seu pulso. Ele não sabe por que de repente está tão certo de que tudo isso faz parte do esquema de Jungkook. Ele não tem certeza de por que não consegue aceitar a sinceridade das ações de Jungkook, por que de repente parece que ele está sendo feito de idiota.
— Quando você iria olhar para os meus desejos? — Jimin pergunta.
— O que?
— Você precisa olhar para eles se quiser concluir nosso negócio, não é? — Sua voz é muito alta. Seu peito está arfando, quente com o início da raiva. — Eu mantive um em segredo de você. Talvez você deva olhar dentro da minha cabeça para poder verificar isso também.
— Eu não quero...
— Olhe para eles. — Diz Jimin, sua voz embargada, seus olhos queimando, embora ele se recuse a chorar.
Jungkook engole em seco.
— Se... Se é isso que você quer.
Jimin assente teimosamente, preparado para ver se é possível que esse acordo seja concluído, se Jungkook for capaz de segurar seu lado para verificar seu desejo secreto.
Os olhos de Jungkook ficam vermelhos e cada barreira mental na cabeça de Jimin desaparece, uma mente estranha se intrometendo dentro dele. Embora isso o faca se sentir como a água, incapaz de manter sua própria forma, ele ainda tem clareza suficiente para pensar que depois disso, Jungkook saberá de tudo.
Jimin precisa que ele saiba de tudo.
— Amar e ser amado? — Jungkook pergunta, recuando.
— Você não precisa dizer nada.
— EU...
— Eu te amo. — Jimin fala.
Um segundo se passa. Dois. Jimin está contando, e conta até vinte antes que seu coração não aguente mais o silêncio, suas palavras presas na garganta enquanto os sons ao redor deles voltam com força total. Ele arrasta a cadeira para trás e se afasta atordoado.
Ele mal registra a abertura da porta do restaurante, mal registra a chuva batendo no telhado e a maneira como ela bate em sua pele quando ele sai. Jimin não se importa para onde vai, ele só sabe que tem que sair dali, tem que sair do olhar confuso de Jungkook tentando perguntar o que está errado.
O que está errado?
Tudo.
Este acordo. O relacionamento deles. O que acontecerá com ele se Jungkook terminar o negócio e o que acontecerá se Jungkook não o fizer.
— Jimin!
— Eu não posso! — Ele grita, virando-se. A rua está praticamente vazia, as pessoas passam apressadas com guarda-chuvas transparentes na mão, tentando encontrar abrigo.
— Você não pode?
— Eu não posso deixar você terminar, Jungkook. Eu não quero me tornar como Byungho. Desculpe. Me desculpe. — Ele diz, assim que Jungkook o alcança. — Eu não sabia que seria assim. Ele não consegue nem comer sem que você mande. Como você pode não me contar?
Ele se sente traído. Traído e confuso.
— Eu... eu não sabia que seria assim. — Jungkook diz.
— Ele é a porra de um robô irracional!
— Eu sei.
— Porra!
— Jimin...
— E aqui está você, apenas conferindo meus desejos da minha lista à esquerda, à direita e ao centro, como se não se importasse. Mas eu não posso. Desculpe. Eu gostaria de poder deixar isso acontecer. Eu queria… — Jimin tira o cabelo molhado dos olhos, notando os próprios olhos vermelhos de Jungkook, não o vermelho sobrenatural, mas do tipo que vem do choro, e o jeito que ele parece tão culpado. — Eu gostaria que nunca tivéssemos feito o acordo em primeiro lugar.
Jungkook não responde por um momento, como se estivesse pensando no que dizer, como dizer a ele que não importa, o acordo foi feito e ele nunca desistirá desta vida por algo tão bobo quanto o amor.
E então Jungkook sussurra:
— Eu também.
— O que?
Os braços de Jungkook o puxam para um abraço apertado, segurando-o tão perto que Jimin acha que suas costelas irão quebrar.
— Jungkook...
— Eu também te amo, Jimin.
O mundo parece congelar, mesmo com a chuva sem fim caindo ao redor deles. É como se fossem apenas os dois, escondidos nessa pequena bolha onde esperam poder ficar juntos para sempre.
Quando Jimin pensou pela primeira vez nesse desejo secreto, ele se agarrou a duas linhas de pensamento, uma, que ele queria de novo, aquele romance, aquele fogo, aquele amor; e dois, que se Jungkook não conseguisse isso para ele, ele nunca seria capaz de finalizar o acordo, e tudo acabaria a favor de Jimin de qualquer maneira, na maior parte.
Ele nunca imaginou que se apaixonaria pelo diabo. Nunca imaginou que um demônio o amaria de volta.
— Eu te amo. — Jimin diz novamente, saboreando as palavras em sua língua.
— Eu não vou comer sua alma. — Jungkook se afasta para poder tocar suas testas uma na outra. Ele enxuga a bochecha de Jimin, afastando a chuva, ou talvez uma lágrima perdida. — Eu deveria ter contado a você. Eu também não posso. Eu não posso fazer você ser como ele. Não posso fazer isso com você, querido.
É tudo o que ele quer ouvir, lavando todo medo incerto com apenas algumas palavras simples.
— Eu te amo demais. — Jungkook diz, e embora seja música para os ouvidos de Jimin, ele percebe a angústia neles, consegue sentir o tremor no corpo de Jungkook, sabe que não é da chuva.
— O que acontece agora? — Jimin agarra seus pulsos, precisando segurá-lo. — O que isso significa para...
Jimin não termina a pergunta, tropeçando um passo à frente quando o peso que o segura desaparece de repente, o vazio substituindo onde Jungkook estava parado, suas mãos segurando nada e...
Isso não é real. Isso não pode ser real.
— Jungkook?
Nada parece real.
— Jungkook!
Ele está sozinho.
CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
──── ──────── ────
︶︶︶︶︶︶︶︶︶︶
Eu entendo o Jimin, com certeza. Mas ainda acho ele egoista. Ele nunca se importou em perguntar o que aconteceria se JK não cumprisse o acordo, nunca conversou. Só queria viver e como vimos aqui, que JK não comesse sua alma. Bem..... Agora Jungkook desapareceu após desistir de cumprir o acordo. O que será que aconteceu com ele? Para onde ele foi? Vamos descobrir em breve.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top