32. O Diabo em você | pt2

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Jungkook fez um pacto com o ex do jm e cumpriu. 👏👏 Porém JM estava envolvido no desejo do cara.... Bem, vamos continuar .
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Essa é a vida dele agora? Jimin se pergunta, encostado na lateral dos prédios em um esforço para permanecer de pé

Ele não sabe o que pensar. Ele não entende como as coisas mudou tão rápido, os acontecimentos do dia escorrendo por ele como água. Longe daquele apartamento, seus pensamentos vagam pelo acordo que Jungkook fez, agarrando-se às palavras que Jungkook disse a ele e como elas o fizeram sentir.

Bem. Talvez seja apenas uma tática. Talvez seja a única maneira de combater a crueldade de Byungho. Mas Jimin não está feliz por ter sido pego de surpresa, e ele certamente não está feliz por ser mandado embora. Para casa.

É isso que Jungkook espera que ele faça?

Ele não sabe, não sabe de nada. Ele se sente inútil, enfrentando o segundo grande chefe de seu jogo em dois dias sem levantar uma única mão. Ele se sente confuso, mantido no escuro, como um fracote que não consegue lidar com a verdade.

Talvez seja melhor voltar para Hadong. Talvez isso acabe com seu sofrimento.

— Jimin!

Jimin ergue a cabeça, por um único segundo pensando que é Jungkook, que veio explicar tudo para ele, explicar que foi um truque, apenas um truque, mas em vez disso ele vê Taehyung, correndo pela área gramada que os separa.

E foda-se, mas Jimin acha que nunca sentiu esse tipo de fúria antes.

— Você fez isso. — São as primeiras palavras que saem de sua boca. E quando Taehyung tenta se aproximar dele, parecendo culpado, Jimin pega uma página do livro de Jungkook e o empurra no peito.

— Jimin, eu...

— Essa era sua ideia de diversão? Nos filmando e depois entregando o vídeo para Choi Byungho, de todas as pessoas?

— Não, Jimin, eu tinha um plano. EU...

— Que porra de plano envolve ameaçar a mim e Jungkook? — Os olhos de Jimin ficam úmidos de lágrimas e ele os enxuga com raiva. — Sabe como me senti quando vi? Você sabe o que Jungkook foi forçado a fazer... Porra, por que você faria isso? Eu sei que você fez isso. Eu sei que foi você.

Por um segundo, Taehyung parece inseguro. Ele coça a nuca, os olhos olhando para todos os lugares, menos para o rosto de Jimin.

— Eu tinha um plano.... — Diz ele sem jeito.

— Gostou do seu plano para trazer Jungkook para ficar comigo? — Jimin grita. Ele solta um suspiro irritado. — Você queria mexer com a gente, é isso? Ficou entediado fazendo o que quer que você faça, então gravou um vídeo... Você sabe como isso é foda? Você sabe o que esse vídeo fará comigo, com Jungkook, se for divulgado?

— Ele queria provas. O vídeo foi apenas uma forma de acalmá-lo. Eu precisava de tempo para armar para ele.

Jimin não consegue acreditar no que está ouvindo.

— Do que diabos você está falando?

— Eu disse uma vez, não disse? — Taehyung finalmente olha para ele, a expressão tensa. — A única maneira de derrubar alguém como Choi Byungho era armá-lo. Eu queria pegá-lo em flagrante. Eu tinha um plano cuidadosamente traçado, um que você arruinou quando entrou no ar.

— Quando eu entrei...

— Ele queria acelerar as coisas depois disso. Eu não pude detê-lo. Ele não deveria confrontar você ou...

— Você está me culpando pelo que ele fez?

— Estou apenas dizendo...

— Não! — Jimin está lívido. Toda a raiva reprimida que havia acumulado nos últimos dias l saindo agora, e talvez ele deva se sentir mal por Taehyung estar levando o peso disso, mas ele não se importa. — Você quebrou minha confiança no minuto em que decidiu que não havia problema em filmar aquele vídeo.

Taehyung diz teimosamente:

— Às vezes você tem que ser o cara mau para ajudar o cara bom.

Jimin ri incrédulo.

— Às vezes você pode ser apenas um cara legal.

— Eu estava ajudando você.

— Me machucando.

— Você não deveria ter visto aquele vídeo. — Taehyung argumenta, como se isso fizesse alguma diferença. — Eu ia armar para ele, rastreá-lo e reunir evidências suficientes para expô-lo.

— Em vez disso, ele me ameaçou.

— Eu não sabia que ele tinha ido ver você ontem até que fosse tarde demais. Eu não posso controlar tudo, Jimin. Desculpe.

Jimin zomba, as lágrimas finalmente secando.

— Talvez você não devesse ter tentado controlar nada em primeiro lugar.

— De que outra forma você conseguiria justiça?

— Jungkook tinha um plano!

— Que plano? Seu plano não estava indo a lugar nenhum!

— Ele tinha uma pista sobre algo. Ele...

— Ele teria aparecido sem nada. Eu fiz minha pesquisa também.

Jimin procura o rosto de Taehyung, imaginando por que o diabo não consegue entender que ele está errado.

— Isso é porque você não confiava em Jungkook? Achou que ele não poderia me ajudar, então você decidiu prejudicá-lo novamente?

— Mas eu não fiz um acordo, eu não...

— Você acabou de pressionar Jungkook para fazer um em vez disso.

Taehyung fica em silêncio e, de repente, Jimin vê as peças finais se encaixarem. Ele finalmente entende o que é tudo isso e por que se sente assim, traído, irritado, frustrado. Ele finalmente vê sua vida pelo que é, um jogo. Um jogo fodido que os demônios usaram para exercer sua influência, tudo para que pudessem fazer um ponto e vencer.

— Você estava me usando? — Jimin pergunta, e as palavras quebram algo nele. Ele não sabe o quê. Ele não percebeu o quanto o pouco tempo que passou com Taehyung significou para ele.

— Não. Não, Jimin...

— Porque eu me sinto meio que usado, honestamente.

Sua voz soa baixa até para seus próprios ouvidos. Ele está com raiva de Jungkook? Taehyung? Ambos? Jimin não tem certeza.

Taehyung o observa atentamente, deixando-o chafurdar.

— Vocês dois poderiam ter falado um com o outro. — Jimin diz, momentos e conversas passadas se encaixando de repente. — Sinto que fui colocado no meio de uma amizade por um fio, mas você poderia ter conversado um com o outro para consertar isso.

— Sempre fui eu quem o procurou.

— E o que você dizia toda vez que estendia a mão? Mais críticas? Já lhe ocorreu que talvez tudo o que Jungkook queria era um amigo?

— Não é da sua conta. — Taehyung diz.

— Parece que sim, já que estou bem no meio disso.

— Isso... Isso não é sobre eu e ele! Isso era para ajudar você.

— Sabe, Tae, eu questiono se isso é verdade.

Um olhar de dor surge no rosto de Taehyung, como se ele não pudesse suportar a linha de pensamento de Jimin.

— Jimin...

Mas Jimin não o deixa falar.

— Se fosse sobre mim, você teria falado comigo.

— E dizer o quê?

— Não sei! Mas pensei que fôssemos amigos! — A garganta de Jimin está rouca de tanto chorar nas últimas quarenta e oito horas. — Amigos não andam pelas costas uns dos outros. Eles não tentam manipular seus amigos para fazer coisas que eles não querem fazer.

Taehyung faz uma careta.

— Eu não planejei que Jungkook fizesse um acordo.

— Mas ele fez por sua causa. Ele não queria… — Jimin entende agora, o olhar que Jungkook deu a ele quando ele finalmente deu meia-volta e correu. — Ele sabia que fazer um acordo com Byungho iria me machucar, não é?

— Byungho queria que você fosse embora. — Taehyung diz mal-humorado. — Ele queria que você simplesmente... desaparecesse da vida dele. Ele não queria lidar com você. Você o fez se sentir ameaçado. Ele está com ciúmes de você e, em vez de enfrentar isso, só queria se livrar do problema.

Jimin assente, mais peças se encaixando.

— Então agora eu tenho que fazer exatamente isso. Desaparecer.

— Não. Você não precisa ir.

— Não? — Jimin pergunta, olhos vermelhos, voz amarga.

— Eu sei que Jungkook fez tudo pelo livro com você, mas a maioria dos demônios pratica a autointerpretação ao fechar negócios. Tudo o que Jungkook precisava para defender seu fim era acreditar que você realmente partiu, e que Byungho acreditasse o mesmo.

Jimin solta uma risada que mais parece um soluço.

— Isso é uma maldita desculpa.

— É a verdade. É por isso que você não deve mexer com demônios.

— A prioridade número um de um demônio é se divertir. — Diz Jimin, como se estivesse recitando de um guia sobre demônios. — Humanos são apenas brinquedos para vocês brincarem.

Algo triste nada nos olhos de Taehyung, mas ele não discute, apenas diz:

— Não para Jungkook, no entanto.

E Jimin sabe que isso é verdade. Embora, se ele for honesto, ver Byungho se encolhendo o satisfez de uma maneira que ele não consegue explicar. Ver Jungkook defendê-lo, lutar por ele, era algo que ele não sabia que queria.

Mas tudo o que levou a isso? Tudo o que Taehyung fez? Mesmo a súbita relutância de Jungkook em falar com ele sobre isso... Ele se sentiu fora de seu elemento, brincando com poderes que ele nem devia saber que existem, poderes que ele nem mesmo entende.

Jungkook devia fazê-lo se sentir amarrado, mas em vez disso ele se sente perdido. Impotente. Inútil.

— Eu não sei o que pensar. — Jimin diz, puxando o lábio inferior entre os dentes, deixando escapar um suspiro triste.

— Sinto muito, Jimin.

Jimin apenas balança a cabeça. E a coisa é, Taehyung parece arrependido, sincero, arrependido e triste, e Jimin está meio decidido a perdoá-lo. Mas ele não quer ser influenciado. Ele não quer desistir tão facilmente. Pela primeira vez, ele só quer decidir por conta própria como se sentir, mas está muito sobrecarregado com as emoções para fazer isso agora.

— Sabe, — Jimin diz, os olhos ainda molhados. — Jungkook não queria acreditar que era você. Ele não queria que fosse você.

— EU…

— Eu acabei por aqui. — Jimin sai da parede, prestes a ir embora quando a voz de Taehyung o para.

— Jimin! Eu não... eu não sei de mais nada. Eu não.

Jimin pode ouvir a incerteza naquela voz, na maneira como ela quebra na última palavra. Ele pode dizer que o outro está sofrendo, talvez não da mesma maneira, mas sofrendo mesmo assim. Mas Jimin não consegue lidar com isso agora. Taehyung precisa saber que o que fez foi errado, apesar de suas intenções. E talvez, um dia, Taehyung saiba mais. Talvez, um dia, ele saiba melhor.

Jimin volta a andar, indo o mais rápido que seus pés permitem até que não consiga mais andar, pois seus olhos estão cheios de lágrimas e ele não consegue mais ver para onde está indo.

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Uma hora e meia depois, Jimin se acomoda no assento espaçoso e macio de sua poltrona de primeira classe em um trem com destino a Hadong. Ele tem um tíquete amassado na mão direita e o telefone na esquerda enquanto procura um número em seus contatos, alguém, qualquer um, um não-diabo, apenas para tirar um pouco desse peso do peito.

Yoongi atende após o quinto toque.

— Que porra você está fazendo me ligando quando Namjoon está muito preocupado com você? — Vem o sotaque relaxado da voz de seu amigo, apesar das palavras reais que ele falou.

— Bom dia para você também.

— Sério, Jimin. Eles tiveram que cancelar a entrevista.

— Está bem. Nós descobrimos isso.

— Quem somos nós? Descobriu o quê?

— Você vai ver.

— Eu odeio quando você é enigmático. — Diz Yoongi.

— Isso é estranho. Eu amo isso.

— Por quê você ligou?

Jimin hesita. Ele havia pedido... apoio, conforto, desabafo. Ele ligou para esclarecer seus pensamentos e sentimentos, não que pode falar sobre isso em detalhes. A menos que... Ele balança a cabeça. Não. Isso é uma lata de minhocas que ele não quer abrir.

— Eu estou indo para Hadong. Eu queria saber se você e Hobi gostariam de vir.

— Você... Você quer... Hum, o quê?

Jimin engole em seco desconfortavelmente, percebendo agora o quão inesperado seu convite foi, especialmente em meio a tudo o que aconteceu esta semana.

— Apenas algumas coisas aconteceram. — Explica ele. — Preciso me afastar por um tempo.

— Algo... entre você e Jungkook?

Bem, já que ele está sendo honesto...

— Hm, sim, exatamente.

— Vocês…

— Terminamos? Não. Eu não vou deixá-lo ir tão facilmente. Ele apenas... me atacou. Estou me sentindo insignificante, então vou me afastar um pouco. Ele provavelmente ficará chateado com isso. Não posso garantir que ele não vai me seguir.

— O que você está dizendo é... você quer que eu e Hobi nos juntemos a você em Hadong, onde seu namorado pode ou não aparecer correndo atrás de você. Me desculpe, que drama é esse?

— O drama da minha vida. — Diz Jimin, sem poupar gravidade. — Você deveria se sentir privilegiado por fazer parte disso, hyung.

— Eu realmente não acho que Jin vai gostar de três dos artistas de sua gravadora fugindo assim.

— Você e eu ainda não somos tecnicamente artistas, e Hobi parece ter dias de férias ilimitados, então tenho certeza de que tudo ficará bem.

— Você é a porra de uma ameaça, Park Jimin.

Jimin se vê sorrindo.

— Não vou negar isso.

— Você sabe que se você quer que Jungkook te persiga, você poderia ter escolhido um momento melhor.

— O que você quer dizer?

— O álbum dele sai amanhã.

OK. Talvez Jimin se sinta um pouco culpado.

— Verdade. Porra.

— É isso que você quer fazer?

— Sim. — Jimin diz inflexivelmente, assim que o trem ganha vida e começa a se mover. — Está tudo bem. É melhor assim. Menos distrações para Jungkook enquanto ele faz suas promoções. E... mais tempo para eu refletir. De qualquer maneira, já estou indo para lá, então você não vai me impedir agora.

— Quem não está te impedindo?

A cabeça de Jimin levanta, porque essa não é a voz de Yoongi, e de qualquer maneira, a voz não veio de seu telefone. Veio de cima dele, de um belo demônio que parece cansado e talvez um pouco pior pelo desgaste e...

OK. Jimin se sente muito culpado.

— Desculpe, hyung, hum, eu tenho que ir. — Jimin diz em seu telefone, desligando prontamente antes que Yoongi possa argumentar.

Ele se levanta no momento em que Jungkook contorna o assento e senta-se ao lado dele. O lábio de Jimin se contrai, sentando-se, incapaz de desviar o olhar de Jungkook.

— Você não deveria me pegar tão cedo. — Jimin sussurra, o coração batendo anormalmente rápido.

Jungkook não ri, não sorri, não faz muita coisa até que seu rosto se contorce e ele se inclina contra o peito de Jimin. Jimin o pega, embalando sua cabeça enquanto o diabo diz:

— Sinto muito. Eu sinto muito.

— Não, Jungkookie…

— Eu... eu não poderia dizer nada se... eu também tivesse que acreditar. Eu tinha que acreditar que você iria embora.

— Entendo. Tae explicou.

Jungkook enrijece.

— Porra do Tae.

— Você falou?

— Eu não quero falar com ele.

Jimin se abstém de revirar os olhos.

— Vocês dois... Tudo bem, uma coisa de cada vez. Tudo bem. Entendo. Quero dizer, doeu pra caralho, mas eu entendo.

— Eu não faria isso a menos que fosse necessário. E eu não queria que você estivesse lá porque...

— Doeu em você também, não foi? Para fazer isso comigo.

— Sim.

— Mas, Jungkookie, poderíamos ter descoberto outra coisa. Poderia ter outra maneira.

Jungkook levanta a cabeça, fungando.

— Não, quero dizer... eu não queria, mas não aguentava mais ele te machucar, então por causa disso, acho que era algo que eu queria fazer. Prometi-lhe justiça, não prometi?

Jimin morde o lábio, sem saber como fazer a pergunta, e então decide que não importa como. Ele só precisa saber.

— Ele conseguiu o que queria?

— Eu fui capaz de pegar a alma dele, então…

A realidade dessas palavras faz Jimin se sentir desconfortável, mas ele empurra o sentimento para baixo.

— Seu primeiro, hein. Que gosto?

Ele quer dizer isso levianamente, mas acha que a piada não dá certo.

— De nada. Apenas... — Jungkook abaixa a gola de sua camisa, e ali em sua clavícula há uma única marca, uma tatuagem indicando sua posse, Jimin presume, sobre uma alma humana. — Isso me liga a ele. — Ele explica.

Jimin odeia a ideia de Jungkook estar amarrado àquele bastardo mentiroso. Ele engole esse sentimento também.

— E agora?

— Agora... assistimos ao noticiário.

— Você…

Jimin não precisa perguntar, e Jungkook não precisa dizer, porque ele sabe. Ele sabe o que virá a seguir, mas tudo o que sente é essa sensação de descrença, seus esforços nos últimos meses, sua solidão nos últimos anos, culminando neste momento que ele esperou por tanto tempo.

Jungkook sorri em meio às lágrimas.

— Vamos usar o seu telefone ou o meu?
   
   
  
 
CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Aaaaaaaaa, sabe o que é? Desconfia do que e do porque de tudo que aconteceu? Vamos descobrir.

Nem acredito que falta menos de 10 capitulo para finalizar. Espero que estejam gostando. E obrigado por continuar lendo e comentando. E pelos votos também

Uau. Cinco capítulos de vez. Eu devo está empolgada ou... Hehehe

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