31. O Diabo em Você
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Bem, Jungkook descobriu um pouco do que aconteceu, ainda bem que o JM falou, mas agora o diabo tá com raiva, acho que Tae levará um soco. Tomara que sim. Kkkkkkkkkkkk
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Houve vários pontos na vida de Jimin em que ele pensou consigo mesmo: isso não está certo. Um momento do qual ele se lembra claramente foi o momento em que anunciou aos pais que queria ser um ídolo. Sua falta de reação e eventual consentimento o deixou confuso, mas ele não questionou.
Funcionou bem para ele na maior parte, até que não funcionou.
Outro momento foi quando ganhou um prêmio no ano em que estreou, elogiando uma de suas danças solo. Ele enfrentou grandes nomes da indústria. Honestamente, ele não deveria ter vencido, até hoje, ele ainda não consegue entender o porquê.
Mas aprendeu a não fazer perguntas que pudessem fazer inimigos.
Outro momento chave foi mais recente e veio na forma de Jeon Jungkook. Apesar de todo o tempo que passaram juntos, às vezes ele ainda parece um mistério. Como ídolo, Jimin sabe exatamente quem ele é, talentoso, trabalhador, bonito. Como namorado, Jimin está descobrindo, mais ele é carinhoso, atencioso e lindo.
Mas como um demônio... Como um demônio, Jimin não sabe o que pensar. Muitas vezes ele esquece que essa parte de Jungkook existe. Exceto pelos olhos vermelhos durante o sexo, Jimin não vê esse lado dele com frequência. Na verdade, parece que o acordo deles foi deixado em segundo plano quando a vida atrapalhou. E Jimin não se importa. Ele está contente com a maneira como as coisas estão.
Ele não precisa saber mais.
Então, quando Jungkook aparece do lado de fora do apartamento de Jinwoo e diz:
— Eu só vim para ter certeza de que você está bem. — Insinuando que ele não quer ficar e que não quer levar Jimin com ele, Jimin sente aquele sentimento novamente.
Isso não está certo.
— O que você quer dizer?
Jungkook o abraça, como se percebesse que isso é algo que Jimin precisa e, normalmente, Jungkook estava certo. Ele sempre sabia o que Jimin precisava, fosse café ou comida ou uma ou duas palavras gentis.
Mas ele está desajeitado agora, não, não desajeitado, mas mais... rígido.
E Jimin devia fazer as perguntas certas, mas não sabe por onde começar. Tudo o que ele sabe é que, quando Jungkook se afasta do abraço, há redemoinhos vermelhos em seus olhos, e instila em Jimin um medo que ele não está acostumado a sentir perto do diabo.
— Ele não te machucou, machucou? — Jungkook pergunta em vez de responder à pergunta de Jimin. Ele fala com uma suavidade controlada da qual Jimin fica imediatamente desconfiado.
— Você conta sentimentos nisso? — Jimin tenta rir, mas a risada morre antes de sair pela metade de sua garganta. — Porque sim, Jungkook, ele feriu meus sentimentos.
Jungkook fecha os olhos por um segundo, respirando fundo.
— Desculpe.
— Por que?
— Porque eu deixei as coisas ficarem assim.
— Você não precisa se desculpar por Byungho ser um idiota.
— O que ele disse para você? — Jungkook pergunta, uma de suas mãos subindo para tocar as pontas do cabelo de Jimin, girando-o em seus dedos.
Jimin cruza os braços, sem saber se quer repetir alguma coisa em voz alta. Mas este é Jungkook, Jungkook com seu rosto bonito e voz gentil e olhos geralmente não tão assustadores. Então é claro que ele conta tudo ao diabo.
— Ele exigiu que eu retirasse tudo o que disse no outro dia. E... ele me disse para ir para casa. Tipo, para Hadong. — Jimin respira fundo, a voz ficando suave, os olhos caindo no chão para evitar a pena que ele sabe que o outro sentirá por ele. — Ele me disse por que fez isso, tudo isso. Ele me disse que a culpa era minha. Ele disse que era a única maneira de estrear. Ele disse... Ele disse que parou de me amar quando percebeu que eu o estava segurando.
Jimin se sente perdido nas memórias novamente, alimentando uma raiva que havia começado três anos antes e ainda não foi desencadeada.
— Ele disse que ninguém me quer de volta. Ele disse que as pessoas só estão interessadas em mim agora pelo drama. Ele disse que estou sendo egoísta e que afetaria a vida de muitas pessoas se continuasse com minha história. — Cada palavra adiciona combustível ao fogo dentro dele, e ele não consegue deixar de acrescentar: — Ele disse que você faria exatamente o que ele fez e se salvaria se ele divulgasse aquele vídeo. Ele disse que você me jogaria debaixo do ônibus e diria que eu forcei isso a você. — Jimin olha para cima então, travando os olhos com Jungkook. — E sabe a melhor parte? Depois de tudo, ele ainda achou que merecia um beijo de despedida.
Olhando para a vermelhidão nos olhos de Jungkook, Jimin pode praticamente sentir a raiva do diabo, mesmo que seja silenciosa. Está presente na maneira como ele agora segura os ombros de Jimin, seu aperto quase doloroso. Na verdade, está presente no silêncio, e permanece no ar entre eles como ondas feitas de fogo.
— Sinto muito. — Jungkook finalmente diz, sua mandíbula tensa. — Você vai ficar bem aqui por algumas horas?
— O que?
Jungkook repete a pergunta, sua voz dura, e esse pensamento o atinge mais uma vez. Isso não está certo. Jimin engole sua apreensão, seu medo, e toca Jungkook no braço.
— Você está planejando fazer alguma coisa?
O vermelho nos olhos de Jungkook vacila.
— Eu... eu preciso.
— O que você vai fazer?
— Algo que eu deveria ter feito há muito tempo.
— O que...
— Então você vai ficar bem aqui, Jimin?
Jimin pode dizer, por trás daqueles olhos ardentes e o aperto em seus ombros que Jungkook está tentando não explodir. Ele pode dizer que sua raiva transborda logo abaixo da superfície, e que Jungkook está escondendo isso, pelo bem dele.
Então ele simplesmente diz:
— Não.
Jungkook parece surpreso.
— Por que...
— Não, não vou ficar aqui. Eu vou contigo.
— Jimin...
— Esta é a minha luta, Jungkook.
— A que eu forcei você a fazer.
Jimin revira os olhos, apontando um dedo para o peito do demônio.
— Você não me forçou a fazer nada. Tudo o que você fez foi me lembrar o que eu sempre quis.
— Se eu não tivesse aparecido...
— Eu estaria definhando em Hadong.
— Mas pelo menos você estaria seguro.
— Bem, então foda-se a segurança.
O aperto de Jungkook em seus ombros fica mais forte, quase empurrando-o de volta para a 'segurança' do apartamento de Jinwoo.
— Jimin, ele só vai te machucar de novo. Ele já te machucou o suficiente. Se eu não tivesse pedido para você... Por favor, deixe-me mantê-lo seguro.
— Não vejo por que você não pode me manter seguro se estou com você.
— Inferno…
— Ele vai o quê? — Jimin tira as mãos de seus ombros, avançando alguns passos para fazer o diabo recuar. — Eu o odeio. Eu o odeio tanto, e você quer que eu fique sentado enquanto você sai para salvar o dia? Ele me machucou. E agora eu quero machucá-lo também.
— Jimin...
— Isso não é uma discussão.
— Ele chantageou você! Ele te machucou e te fez chorar e você quer vê-lo novamente?
— Então é isso que você vai fazer? Você vai vê-lo? — Jimin pergunta.
Jungkook respira fundo.
— Sim.
— E quando você chegar lá, o que você planeja fazer com ele?
— EU…
— Porque seja o que for, eu quero participar. Esta é a minha vingança, não é?
Jungkook bufa, obviamente não feliz, obviamente lutando com o que quer que ele queira dizer. E Jimin não tem ideia do que pode ser, qual é realmente o impedimento, mas acaba que ele não precisa saber, porque o diabo finalmente diz:
— Tudo bem.
E se os pensamentos de Jimin são interrompido por outra interação disso não é certo, bem, então, ninguém precisa saber disso.
Quando Jungkook liga o carro, Jimin diz:
— Você acha que Tae realmente...
— Eu não quero falar sobre Tae agora.
— Mas ele pode ter...
— Eu disse que não quero falar sobre ele!
Jimin se afasta de Jungkook em seu assento, a mente zumbindo com um milhão de perguntas, a maioria delas começando com a palavra por quê.
— Jungkook…
Jungkook apenas ri e balança a cabeça, virando-se para a janela da frente.
— Era isso que ele queria que eu fizesse, então vou fazer.
— O que você está falando?
— Vamos embora.
Jimin não tem a imagem completa. Ele sabe disso. Ele sabe que está perdendo inúmeras peças do quebra-cabeça, todas espalhadas em pedaços de sua memória e pedaços de coisas que Jungkook ainda não contou a ele. E ele devia ser cauteloso, e talvez até estar com medo, mas em vez disso, sua cautela e seu medo são superados pela mesma raiva, e quando eles entram na rua principal, Jimin faz uma careta para o diabo e diz:
— Não seja um idiota.
O pé de Jungkook no freio é muito mais forte do que precisava ser. Ambos avançam com o impulso quando param em um sinal vermelho.
— E...eu?
— Quem diabos mais?
— Não me chame de idiota. — Jungkook diz, soando estranhamente jovem.
— Bem, como devo chamá-lo, então? Porque você está sendo um idiota.
— Eu não queria que você viesse.
— Por que? — Jimin vai fazer perguntas agora. Chega de ficar em segundo plano nessa história que é para ser dele. Ele está no comando da porra da própria vida, não está? — Por que você está agindo assim? Por que você não fala sobre Tae? Ele é obviamente...
— Pare com isso, Jimin.
Jimin ferve.
O carro passa pelas ruas novamente quando o sinal fica verde. Enquanto isso, os olhos de Jungkook oscilam entre vermelho e marrom, e suas mãos agarram o volante com força. O que quer que esteja em sua mente está corroendo as entranhas de Jimin, mas ele não tem ideia de como abordar o assunto sem ser gritado novamente.
Ele odeia ser gritado.
Em outro sinal vermelho, Jimin ouve o telefone no bolso de Jungkook começar a tocar, mas o diabo o ignora propositalmente, a tal ponto que, após dez minutos de zumbido sem parar, Jungkook pega o telefone e desliga.
— Quem você está tentando evitar? — Jimin pergunta emburrado.
— Não importa.
— Provavelmente sim. — Jimin murmura.
Há algo aqui, algo fantasmagórico, invisível, mas sempre presente, tentando abrir caminho entre eles. Jimin decide que é porque eles estão tendo sua primeira briga, e este não é o momento ou o lugar, não com a ameaça de Byungho pairando sobre suas cabeças, mas ele não vive exatamente uma vida típica, e Jungkook não é o típico cara.
Jungkook para no estacionamento de um complexo de apartamentos, desligando o carro antes de dizer a Jimin:
— Você não precisa vir comigo.
— Você não está me convencendo a ficar aqui.
— Eu sei. — Jungkook solta um suspiro. — Pensei em tentar de qualquer maneira.
Enquanto ele se move para sair do carro, a mão de Jimin estala para detê-lo.
— Ei... estamos bem?
Um pouco do vermelho desaparece dos olhos de Jungkook.
— Sim, por quê?
— Porque estou com raiva de Byungho, mas também estou com raiva de você. Você... Você não está me contando tudo.
— Não. — Jungkook abre a porta do carro, dizendo sem olhar para ele. — Eu não estou.
Jimin salta do carro, pisando duro atrás dele.
— Bem, por que diabos não? — Quando Jungkook se recusa a responder, Jimin continua: — Como você sabe onde ele mora? Ou isso é algo que você também não pode dizer?
— Descobri para o caso de precisar saber.
— Que porra de resposta é essa?
— Foi o último recurso. — Jungkook agarra seu braço, puxando-o para uma parada abrupta. — Eu queria fazer as coisas da maneira certa para você, Jimin. Eu não queria descer ao nível dele.
— O que você quer dizer quando diz 'nível dele'?
— Coisas ruins. — Jungkook diz, os olhos implorando para que ele entenda. E Jimin não devia ceder. Ele devia fazer mais perguntas, porque esse sempre foi seu problema no passado, mas ele perde a chance quando o diabo agarra sua nuca e sela seus lábios.
Não são os mesmos beijos gentis que Jimin está acostumado, mas ele se inclina para eles de qualquer maneira, desejando-os. Em momentos como esse, ele percebe que não quer apenas o diabo. Ele precisa dele. Foda-se o acordo que os une e foda-se o que alguém diz. Eles estão conectados e Jimin nunca o deixará ir.
— Você pode… — Jimin começa, sem fôlego, quando eles se separam e estão andando novamente. — Você pode pelo menos me dizer por que não fala sobre Tae?
— Porque... fico triste em pensar que ele faria algo assim.
— Mas se ele fez...
— Se eu descobrir que ele está envolvido, não sei o que vou fazer com ele, Jimin.
Então talvez não seja uma questão de suspeitar do envolvimento de Taehyung. Para Jimin, não há dúvida de que ele tem algo a ver com aquele vídeo. Nada mais faz sentido. Mas para Jungkook, que obviamente se importa com seu amigo, talvez ele simplesmente não queira a confirmação. Talvez ele queira manter a ilusão de que Taehyung nunca faria algo assim.
E Jimin não é estranho em se iludir, mas ele se pergunta se isso voltará para mordê-los na bunda, mais tarde.
Jimin fica surpreso, assim que Jungkook toca a campainha de um apartamento, ao descobrir que seu próprio telefone está tocando agora. Ele fica ainda mais surpreso ao ver o identificador de chamadas lendo: o demônio favorito de Jimin.
E se Taehyung estiver ligando para ele...
A porta se abre para dentro, revelando um Byungho de rosto nu em moletom e uma camiseta, seu cabelo um ninho de rato no topo de sua cabeça como se tivesse acabado de acordar. Assim que registra quem são, seu queixo cai, prestes a dizer algo, mas Jungkook não o deixa falar.
Ele o empurra para dentro do apartamento com a mão espalmada no peito, seguindo logo depois. Jimin assiste Byungho tropeçar em seus pés, caindo de bunda enquanto Jungkook se eleva sobre ele.
— O que diabos você...
Jungkook o agarra pela nuca, puxando-o de volta para seus pés enquanto ele rosna. E merda, Jimin está congelado na porta, absolutamente indefeso, assistindo seu Jungkook, seu doce demônio Jungkook, confrontar o homem que partiu seu coração há três anos.
— Suas ameaças não nos assustam. — Jungkook diz, depositando Byungho no sofá rudemente. Pela primeira vez, Byungho parece pequeno. Seu sorriso confiante que Jimin lembra muito bem desaparece completamente. — Você não nos assusta.
Os olhos de Byungho piscam para Jimin, e imediatamente ele se sente o alvo fácil, porque um pouco daquele fogo volta ao comportamento de seu ex-namorado.
— Não poderia me enfrentar sozinho, então você enviou seu novo namorado?
Jimin descobre, estranhamente, frustrantemente, que não consegue responder.
— Apague o vídeo, Byungho. — Jungkook diz, chamando sua atenção de volta.
— Por que eu deveria?
— Essas são nossas vidas que você está tentando arruinar.
Byungho se senta, levantando-se para ficar cara a cara com Jungkook.
— E eu pensei que fui claro para Jimin. Eu não me importo. Ele deveria ter ficado longe e nunca mais voltar.
— Você mentiu sobre tudo.
— Como se eu não tivesse ouvido isso antes.
— Você é uma causa perdida. — Jungkook diz, um pouco triste.
Byungho se irrita, e há uma parte de Jimin que se sente imensamente satisfeita quando ele percebe.
— Se eu fosse uma causa perdida, não teria todos os recursos à minha disposição para derrubar Jimin.
Jungkook empurra Byungho de volta para o sofá, mas o mais novo não parece mais perturbado, sentado ali com os braços abertos como se tivesse todas as cartas.
— Você fala como se isso fosse algum jogo. — Diz Jungkook.
— Eu falo assim porque é. Eu tenho uma maneira de fazer Jimin ir embora para sempre. Eu poderia ter feito você ir embora com a mesma facilidade, Jungkook, mas fui gentil o suficiente para poupá-lo. Você deveria se considerar sortudo.
Jimin engole em seco quando o silêncio cai, enquanto Jungkook olha para Byungho com seu corpo absolutamente imóvel. Quando ele fala, é quase como se tentáculos esfumaçados estivessem passando pelas orelhas de Jimin, fazendo-o estremecer.
— Você conheceu alguém, não é? — Jungkook pergunta.
Byungho não responde, mas de repente Jimin sabe. E enquanto ele tenta juntar as peças, seu cérebro alcançando o que está ouvindo, Taehyung, aquele demônio, foi ele, ele conheceu Byungho, ele, Jungkook se abaixa para agarrar os pulsos de Byungho, segurando os dois. Ele está procurando por uma marca; essa é a única explicação. Isso revelará tudo, tudo que Jimin estava suspeitando e Jungkook estava ignorando.
Mas então Jungkook ri. É curto, pesado e maníaco, nada parecido com o Jungkook que Jimin conheceu.
— Você foi enganado. — Jungkook diz, as mãos apoiadas nas costas do sofá enquanto se inclina sobre Byungho. — Eu não sei por que ele iria... Bem, talvez eu saiba. Talvez fosse por isso, porque ele queria que eu…
Sua voz faz a pele de Jimin se arrepiar mais uma vez com o pensamento de que algo não está certo.
— Ele disse que era um demônio? — Jungkook pergunta.
Byungho pisca, boquiaberto.
— Ele... tinha olhos vermelhos? Como eu? — Jungkook continua. Jimin não tem um bom ângulo, mas pode ver os olhos do diabo girando em um vermelho profundo agora, olhando para Byungho com raiva. — Ele olhou para seus desejos e ofereceu tudo o que você queria para sua alma?
— C- Como você...
— Você não sabia que eu era um demônio também, não é?
Byungho se arrasta para o sofá, mas já está sentado no encosto. Não há mais lugar para ele ir.
— Você não sabia que existiam mais de nós, não é?
Jimin não sabe se fica feliz ou perturbado quando Byungho solta um gemido.
— E você não sabia que é tudo mentira, não é? — Jungkook está a centímetros do rosto de Byungho. Ele parece intimidador mesmo de onde Jimin está, ainda emoldurado pela porta.
— O que você está falando? — Byungho pergunta.
— Aquele diabo mentiu para você. Se você tivesse feito um acordo, teria uma marca no pulso. — Byungho olha para seus pulsos nus e, ao fazê-lo, Jungkook diz: — Deixe-me ver seus desejos, Byungho.
Ele quase parece gentil, mas há algo mais ali. Algo que Jimin não gosta. Ele devia fazer algo, dizer algo, perguntar o que está prestes a acontecer, mas então Byungho olha para cima.
Seu corpo imediatamente relaxa sob o olhar do diabo. Jimin vê um flash de seu próprio encontro com Jungkook, caminhando pelas ruas vazias do lado de fora de sua casa e se sentindo completamente seguro, mesmo enquanto discutiam sobre almas sendo comidas e tudo o que vinha com isso.
Mas Jimin não se sente seguro agora.
Ele quer dizer que é demais. Jungkook não precisa fazer isso, não por ele. Mas suas palavras ficam presas em sua garganta.
— Isso é o que você quer? — Jungkook pergunta.
Byungho assente, parecendo atordoado.
E Jungkook lança um olhar para Jimin, o diabo parecendo mais um estranho do que nunca. Jimin deseja que sua voz funcione; ele deseja mais do que tudo saber o que está acontecendo por trás daqueles olhos.
Jungkook volta-se para Byungho, dizendo:
— Então faça um acordo comigo.
O que?
Jimin pisca, boquiaberto.
Não.
Não é isso que Jimin quer. Não é assim que devia acontecer, embora ele devesse saber. Embora fosse óbvio que o diabo recorreria ao uso dos recursos disponíveis para ele, não parece certo. Por que ele faria um acordo com Byungho? Os acordos de Jungkook são feitos para ajudar as pessoas, pessoas boas, e Byungho não é.
Ele não é bom. Ele é inimigo de Jimin, e Jungkook não pode... Jimin não quer... O que quer que Byungho queira será...
Jimin sente sua respiração prender quando Byungho diz:
— Tudo bem.
Não está bem.
— É preciso apenas um aperto de mão. — Jungkook diz, estendendo a mão, e Byungho não hesita em agarrá-la.
Jimin observa seu ex-namorado sibilar de dor, sua outra mão imediatamente apertando seu pulso. Quando eles olham desta vez, há uma marca lá, um distinto número 2 tatuado em seu pulso.
Jimin encontra sua voz.
— Jungkook...
— Sinto muito, Jimin.
— O que você... Por que você...
Jungkook não está olhando para ele, e Jimin está confuso. Ele se sente sozinho e não sabe por quê.
— Vá para casa, Jimin.
Jimin não se move de seu lugar. Eles deviam estar conectados. Jungkook devia estar do lado dele. E embora uma pequena parte dele ache que talvez Jungkook tenha um bom motivo para isso, ele não consegue ver além da sensação de traição subindo por sua garganta. Ele não consegue ver além da resignação na voz de Jungkook.
— Para Hadong! — Jungkook grita, virando-se para ele de repente, seus olhos mais vermelhos do que antes. — Vá para casa! Acabou, Jimin, apenas vá!
— E-eu…
— E não volte.
Acabou.
Não volte
— Jungkook… Você não está falando sério. — Jimin fala.
— Eu mesmo coloco você em um trem se for preciso, Jimin.
Jimin pode sentir seu lábio inferior tremendo.
— Não, você não faria isso.
— Saia, Jimin.
— Por ele? — Jimin pergunta, e deseja não ter olhado para Byungho, porque o homem está radiante como se isso fosse tudo o que ele sempre quis e muito mais.
— Vá para casa. — Jungkook diz mais uma vez, e a demanda cava direto no coração de Jimin, as palavras um eco do que Byungho disse a ele no dia anterior.
Jimin engole em seco, querendo ficar com raiva, porque pelo menos a raiva o faz querer fazer algo, mas ele não consegue. Ele não consegue porque está apavorado. Ele não consegue porque está com o coração partido. Ele não consegue porque nos olhos de Jungkook, ele não vê raiva, mas desespero.
Então Jimin faz a única coisa que pode fazer, incapaz de suportar os olhos que o observam, ele dá meia-volta e sai.
Um momento depois, ele se arrepende de não ter andado mais rápido, porque ouve Jungkook dizer a Byungho:
— Você está feliz agora?
E o outro responde:
— Muito feliz, porra.
CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Porque JK fez isso? Bem, provavelmente o desejo do infeliz lá era algo assim, machucar JM, ou dispensar JM, algo parecido, então pelo pacto JK teve que fazer exatamente isso, mas.... Jungkook é bem experto, ele sabe o que faz, mesmo que jm não saiba. Agora que o pacto foi cumprido, jk pode comer a alma desse infeliz e mandar ele ser um cachorrinho no inferno ou sei lá o que... Vamos ver e descobrir 😉
E novamente Taehyung é o pior dos piores. Eu o odeio tanto.
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