30. Diga a verdade, envergonhe o diabo | Pt2
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O traste do cara que esqueci o nome ameaçou Jimin com um vídeo dele e Jungkook. Será que jm vai realmente fazer o que esse infeliz quer ou ira contar a verdade a Jungkook? Veremos...
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Hayoon está dirigindo um carro que pertence a seus pais. Esse é o primeiro pensamento de Jimin. Ele não sabe as circunstâncias que o trouxeram aqui, para Seul, ou as circunstâncias que levaram Hayoon a dirigi-lo, mas quando vê que o carro está sem pais, Jimin pula no banco de trás, cruza os braços e tenta ficar o menor possível, evitando o olhar de Hayoon pelo espelho retrovisor.
— Você está bem, Jimin? — Hayoon pergunta um minuto na unidade.
— Não quero falar. — Responde ele.
— Tudo bem.
Ela fica quieta, serpenteando pelas ruas de Seul como se tivesse morado aqui a vida toda. O que, Jimin percebe, ela morou, até começar a trabalhar para os Park. E então o desastre de sua vida a puxou para Hadong, e ela só fez pequenas pausas aqui e ali, apenas para poder cuidar dele.
Às vezes ele se pergunta por que ela fica. Às vezes ele se pergunta por que ela se dá ao trabalho de atender o telefone sempre que ele liga.
Vinte minutos se passam e eles estão passando pelo mesmo shopping que Jimin os notou dez minutos atrás. Ele olha para Hayoon pelo espelho retrovisor, avistando as linhas de idade em seu rosto, as poucas mechas grisalhas em seu cabelo. Ela parece cansada, talvez estressada, talvez cansada de estar no meio de toda a merda de Park que sua família a faz passar.
— Onde estamos indo? — Ele pergunta, desviando o olhar quando os olhos dela piscam para olhar para ele.
— Onde você quiser.
Seu coração se acalmou um pouco, mas toda vez que ele pensa no rosto de Byungho, sua voz, sua respiração, isso começa a pesar sobre ele novamente. Ele ainda sente vontade de chorar. Ele ainda sente vontade de cavar um buraco para si mesmo e nunca mais voltar. Amanhã, a essa hora, ele estará voltando para Hadong, com o rabo entre as pernas e suas chances de uma carreira de sucesso como um ídolo em frangalhos.
— Eu não tenho para onde ir. — Jimin diz suavemente.
— O apartamento de…
Jimin sente que ela está prestes a dizer o nome de Jungkook, e ele endurece, dizendo rapidamente:
— Eu só quero ir a algum lugar onde possa ficar sozinho.
— A casa dos seus pais fica perto.
— Não.
— Jimin...
— Eu não quero que eles me vejam assim. — Ele sussurra, chorando novamente. — Eu não quero vê-los de jeito nenhum. Por favor. Em qualquer lugar, menos lá.
— Você quer pelo menos pegar algumas de suas coisas? Trouxe sua mala do hotel. Podemos passar por lá e posso pegar uma muda de roupa e uma escova de dentes.
— Tudo bem.
Eles não estão longe do novo prédio de apartamentos de seus pais, e ele espera no carro enquanto Hayoon entra para pegar algumas coisas para ele. Já está ficando tarde, o sol se foi, a noite o protegendo mais uma vez. Ele sente frio, embora seja o final da primavera. Ele se sente sozinho, embora tenha reunido um pequeno grupo de pessoas que pode chamar de amigos.
Se Jungkook terminou seus horários do dia e tiver tentando falar com ele, ele não conseguirá, porque Jimin desligou o telefone.
De certa maneira, ele devia ter previsto isso. Ele devia ter antecipado que Byungho faria algo para impedi-lo de arruinar sua carreira. Mas isso... isso ele não esperava. Isso o pegou de surpresa. Parece o desafio final, o grande chefe em um jogo que Jimin devia ser capaz de lutar, só que, ele pensa amargamente, nunca houve uma chance disso para começar.
Ele nunca tiraria a chance de Jungkook de uma vida feliz. Ele nunca faria isso com ninguém. Mesmo a JinHit Entertainment, a empresa da qual ele gosta, não merece a merda que ele fez. Todas essas pessoas tentando ajudá-lo, e ele não consegue fazer nada direito. Ele tem muita bagagem, muitas coisas contra ele.
Delirante, isso é o que ele foi.
Ele só lamenta todo o tempo que perdeu. Não o seu próprio tempo, mas o de todos os outros. Chegando amanhã, ele será apenas mais uma decepção.
Hayoon volta com uma pequena mochila, que ela joga no banco de trás ao lado dele antes de retornar ao banco do motorista.
— Eles perguntaram se você estava aqui. — Ela o informa, ligando o carro.
Jimin olha para o encosto de cabeça na frente dele.
— E?
— Eu disse que estava levando você a algum lugar por um tempo. E eles me disseram para pedir desculpas novamente. Eles querem ver você pessoalmente.
— Não estou interessado. — Jimin solta uma risada, uma risada repentina, amarga e ressentida. — Isso nem importa. Amanhã, tudo o que eles sempre acreditaram sobre mim será verdade.
Hayoon franze a testa, pisando no freio enquanto se vira para olhar para ele.
— O que você quer dizer?
Jimin abaixa a cabeça, escondendo o rosto com o chapéu.
— Não importa.
— Jimin... Você tem chorado.
Deus, ela pode dizer? Ela não devia fazer nenhuma pergunta.
Jimin enxuga os olhos, seus óculos escuros abandonados em seu colo. Ele quer ficar sozinho, mas sabe que não quer isso de jeito nenhum. Ele quer falar novamente. Ele ainda quer todas aquelas coisas que discutiu com Jungkook. Ele estava tão cheio de esperança naquela época, pensando que havia uma maneira, que ele podia ser egoísta e querer coisas porque o mundo já havia tirado tanto.
— Sinto muito. — Diz ele, ainda sem olhar para cima. Hayoon estaciona o carro, seu corpo inteiro voltado para ele agora. Ele sente a mão dela chegar para tocar sua coxa confortavelmente. — Você vai me odiar.
— Como eu poderia te odiar?
O peito de Jimin parece apertado.
— Você vai ver.
— Jimin...
— Podemos simplesmente ir? Eu não quero falar sobre isso.
— OK.
Hayoon não faz mais perguntas, e Jimin fica atordoado no assento, indo e voltando entre se sentir entorpecido e resignado, e se sentindo sobrecarregado e em pânico. No momento em que chegam a um condomínio baixo em uma parte menos movimentada de Seul, Jimin sente como se tivesse vivido várias vidas repetidas vezes.
Ele está esgotado, fisicamente, mentalmente, emocionalmente.
Um homem chamado Jinwoo os cumprimenta gentilmente na porta de seu apartamento, e Hayoon alega que é um amigo, embora Jimin não tenha ficado e conversado por muito tempo. Assim que Jinwoo mostra a ele seu quarto vago, ele agradece com um pequeno aceno de cabeça e fecha a porta. Ele pode ouvir Hayoon dando a Jinwoo algumas explicações sobre quem ele é e por que está aqui, mas ele não está ouvindo.
Ele não se importa. Ele não precisa mais se importar. Amanhã, ele voltará para uma vida lenta em Hadong, e será isso.
Afundando na cama, ele passa o polegar sobre a tela de seu telefone, uma parte dele desejando acabar com isso. Ele podia ir ao vivo agora, contar ao mundo que mentiu e depois desaparecer novamente. Ele podia limpar as mãos de tudo isso em questão de minutos.
Mas ele ainda não quer. Ele não está pronto, diz a si mesmo. Ele quer manter essa ilusão de segurança e esperança que construiu por mais um tempo. Todo o seu trabalho duro nos últimos meses tem que significar alguma coisa. Isto não é apenas um pontinho estranho em sua vida. Sua amizade com Hoseok e Yoongi, seus sentimentos por Jungkook, ele conseguirá desistir de tudo isso?
Ele não quer, mas sente que não tem escolha.
Uma batida suave em sua porta o tira de seu devaneio.
— Jimin-ssi? Você comeu?
— Eu não estou com fome. — Ele gria. Ele se enrola de lado, segurando o telefone contra o peito enquanto imagina outra vida. Três anos atrás, se ele tivesse falado. Três anos atrás, se ele tivesse apenas perguntado a Byungho o que havia de errado. Três anos atrás, se ele tivesse notado. Mas ele não fez porque ele foi egoísta, ele foi egoísta, Deus, até mesmo Byungho, seu primeiro amor que virou inimigo, pensa assim.
Ele pressiona a palma da mão nos olhos, seu corpo destruído pelas lágrimas. Isso machuca. Doi tanto que ele não sabe o que fazer consigo mesmo.
O que mais doi é que ele não está decidido sobre nada. Ele não quer admitir uma falsa verdade. Ele não quer desfazer tudo o que trabalhou nos últimos meses. Ele merece isso. Porra, ele merece ser feliz.
E doí que só possa ser às custas de outra pessoa.
Egoísta.
Ele pensa que Hayoon bateu em sua porta mais uma vez, mas sua mente está divagando naquele momento e ele não se preocupa em responder. Não demora muito para que ele sinta o sono começar a puxá-lo, pronto para embalá-lo em um estado onde ele poderá simplesmente esquecer por um tempo.
É só então que lhe ocorre perguntar de onde veio aquele vídeo. Ele estava no quarto de Jungkook, desabotoando a camisa com os dedos apressados, um botão abrindo em sua pressa e... Não. Ele quase acorda totalmente quando se agarra a uma explicação, a única explicação, mas uma explicação que ele não quer acreditar ser verdade.
Não. Ele não....
Mas a inquietação em sua barriga não passa enquanto ele dorme, e não passa nem mesmo quando seus olhos se abrem cedo no dia seguinte. Ele vira de costas, a mente girando em descrença. Por que? Como? Essas são as perguntas que atormentam sua mente cansada. Ele precisa dormir mais, mas não consegue relaxar agora, não quando está tentando racionalizar por que faria isso com ele. Com eles.
— Merda. — Jimin se senta, seu estômago roncando de fome. O som de tamborilar contra a janela chama sua atenção por um momento, a chuva escorrendo pelo vidro. Está cinza lá fora, mas o sol está alto. O relógio na parede marca 8h13. Quarenta e sete minutos antes de sua entrevista agendada. Ele devia estar lá agora. Ele devia se encontrar com Namjoon para discutir algumas dicas, mas ao invés disso está aqui, deitado na cama, sem intenção de sair.
Porque ele não pode ir para a câmera agora. Ele não pode dar um tiro no próprio pé e admitir algo que não fez, não ainda, não até que saiba mais.
Namjoon terá que esperar.
Jimin encontra Hayoon na mesa de jantar. Há uma variedade de alimentos espalhados sobre ele. Jinwoo não está em lugar nenhum.
— Jimin-ssi! — Hayoon diz, apontando para a cadeira em frente a ela. — Coma. Tem muita comida. Como você está?
Jimin senta-se, esfregando os olhos. Eles parecem um pouco inchados de tanto chorar, mas ele está um pouco mais alerta. Um pouco menos de pena de si mesmo.
— Melhor. — Ele admite. Uma pequena onda de ansiedade toma conta dele por um segundo enquanto ele pensa naquele vídeo dele e Jungkook sendo solto, mas, ele tem tempo. Ele tem que ter tempo suficiente. — Eu... me desculpe por ontem. Eu não queria excluí-la.
— Está tudo bem, Jimin. — Os olhos de Hayoon são tão gentis. — Eu sei que você está passando por muita coisa.
Jimin balança a cabeça.
— Não é só isso. — Ele olha ao redor do pequeno apartamento, notando algumas das jaquetas de Hayoon em um gancho na porta, vários pares de sapatos. Até o arranjo da cozinha tem o nome dela. Ele franze a testa para Hayoon. — Você... você mora aqui?
— Oh. Às vezes moro aqui, sim. Jinwoo e eu vamos nos casar em breve.
— O que? — Jimin não consegue evitar o choque em sua voz.
Hayoon dá um sorriso suave e solta uma pequena risada.
— Nos conhecemos quando chegamos a Seul, alguns meses atrás. É rápido, mas… não queremos esperar.
— Eu não fazia ideia. — Diz Jimin. Ele recosta-se na cadeira, um pouco envergonhado, talvez culpado, por nunca ter perguntado sobre a vida de Hayoon antes. Não, sim, ele está definitivamente mais culpado do que qualquer outra coisa. — Hayoon-ssi, eu impedi você de viver sua vida? — Ele pergunta apressadamente. — Eu sinto muito. Eu não queria. Você não precisava ficar comigo.
— Não, não, não. — Diz Hayoon. Ela sempre faz isso. Ela é muito legal com ele. Jimin está começando a perceber, muitas pessoas são legais demais com ele. — Jimin, eu queria cuidar de você. Cuido de você desde criança. Você... Você é como um filho para mim.
Jimin pisca, porque nunca ocorreu a ele... Mas, novamente, quando a merda atingiu o ventilador e ele pensou que estava sozinho, Hayoon encontrou o caminho até a porta dele, e então ele não estava mais sozinho. Ele nunca havia questionado isso. Para ser honesto, ela sempre esteve lá.
— Que merda de filho falso eu sou. — Jimin diz, enxugando os olhos mais uma vez porque aparentemente ele não chorou o suficiente.
— Você não é. — Hayoon insiste. — Você passou por muita coisa.
— Sim. Mas ainda assim, Hayoon-ssi, me desculpe. — Ele diz sem jeito. — Eu, hum, uau… eu deveria ter sido mais legal com Jinwoo. Ele provavelmente pensa que sou um pirralho.
— Ele sabe um pouco disso. Nem tudo, mas contei algumas coisas para ele, para que ele entenda.
Jimin passa a mão pelo cabelo, tentando se recompor. Comida. A comida é boa ao tentar analisar pensamentos confusos e sentimentos feios, certo? Jimin pega um pouco de comida, notando a maneira como Hayoon sorri para ele com carinho e, como ele nunca notou a maneira como ela cuida dele?
Talvez ele tenha se concentrado demais nas coisas erradas, talvez ainda tenha uma ou duas lições a aprender sobre não dar valor às coisas, perceber o que está à sua frente, em vez de se concentrar nas coisas que não tem.
— Muita coisa aconteceu. — Diz Jimin depois de algumas mordidas. — Eu... encontrei meu ex ontem.
A preocupação brilha nos olhos de Hayoon.
— Você fez?
— Hum. Sim. Não foi agradável.
— Você está bem?
— Na verdade não. — Jimin diz com uma voz fina. Ele limpa a garganta. — Ele, hum, bem, antes de tudo, Jungkook e eu estamos juntos. Tipo, estamos namorando, eu acho.
Os lábios de Hayoon se contraem.
— Você adivinha?
— Sim, então... — Jimin continua. — De qualquer maneira, Byungho descobriu… de alguma forma… e ele está me chantageando para retirar o que eu disse sobre ele ser um mentiroso. Ele tem um vídeo meu e do Jungkook. Por isso fiquei chateado.
— Jimin… Como alguém pode fazer isso? Você deveria ir à polícia...
— O que eles vão fazer? — Jimin pergunta. — Mesmo se eu contasse a alguém, Byungho iria lançar aquele vídeo e arruinar a carreira de Jungkook. Não posso fazer isso com ele.
— Então você vai pegar de volta? Depois que você finalmente disse a verdade?
Jimin engole em seco.
— Não sei. Eu... eu não quero. Mas Jungkook...
— Ele ligou. — Diz Hayoon.
Jimin lambe os lábios apreensivamente.
— Ele fez?
— Noite passada. Ele ligou e estava... perturbado. Ele pensou que algo ruim tinha acontecido com você. Eu disse a ele que você estava bem, apenas chateado, e para esperar que você ligasse para ele. Jimin, eu acho que você deveria falar com ele sobre isso.
— Mas eu sei o que ele vai dizer. — Jimin argumenta. — Ele vai me dizer para não fazer isso e se sacrificar e... eu não posso fazer isso. Eu não vim para Seul para arruinar a carreira de Jungkook.
— Como você acha que ele vai se sentir se você tomar essa decisão por ele? Ele não tem te ajudado todo esse tempo? Ele não irá odiar se achar que ele é a razão pela qual você fugiu de novo?
Jimin odeia que ela esteja certa. Ele cruza os braços, os lábios apertados enquanto resmunga:
— Só estou tentando ser atencioso. Eu amo... eu gosto dele. Bastante. Enfim. — Jimin se afasta dos olhos de Hayoon, porque eles definitivamente viram mais do que ele queria. — Eu… planejo falar com Jungkook. Eu preciso... eu preciso falar com ele sobre uma coisa.
Se Hayoon está curiosa, ela não demonstra. Eles passam o resto da refeição conversando sobre várias coisas diferentes e, depois disso, Jimin liga o telefone, com o coração parando ao ver todas as mensagens de texto e chamadas perdidas. Todos o ligaram, até Seokjin. Todos, exceto Taehyung.
O estômago de Jimin revira ao pensar no outro demônio e seu sorriso quadrado e hábitos maliciosos e palavras de conforto. Ignorando a sensação desconfortável crescendo dentro dele, ele liga para Jungkook. Só toca uma vez antes de ele atender.
— Jimin? Jimin, meu deus. O que aconteceu? Você está bem?
Jimin fecha a porta do quarto, pressionando as costas contra ela.
— Estou bem. Bem, eu não estou bem. Mas estou melhor. Eu estou... Jungkook, preciso te contar uma coisa. Você está livre agora? Você pode... Você pode vir me buscar?
— Sim claro. Mas você deveria estar com Namjoon e...
— Jungkook… — A voz de Jimin quebra involuntariamente. — Eu não posso fazer essa entrevista agora. Eu acho... eu acho que Taehyung fez alguma coisa. Eu acho que ele...
Ele se interrompe e a voz de Jungkook soa em seu ouvido um momento depois.
— O que ele fez? Jimin? Hyung? Onde você está? Qual o seu endereço?
Jimin recita o nome do complexo de apartamentos e ouve um movimento do outro lado da linha, o som de um carro sendo ligado como se Jungkook já estivesse nele, pronto para partir assim que ele (JM) ligasse.
— Não fica longe de onde estou. Estarei ai em breve. Você está bem?
— Estou. — As coisas estão se movendo, elas estão se movendo tão rápido. Jungkook está vindo buscá-lo e ele nunca se sentiu tão feliz e tão dividido antes. Ele devia correr de novo? Ele quase quer. Seus pés estão acostumados a isso; tornou-se como uma segunda natureza. — Jungkook... me desculpe por não ter ligado para você ontem.
— Tudo bem.
— Não está. Eu sei que não está.
— Hayoon me disse que você estava chateado.
— Isso não faz com que esteja tudo bem. Desculpe.
Jungkook fica em silêncio por alguns segundos, o único som é o zumbido de seu motor.
— Ok. Não estava tudo bem ontem à noite, mas está tudo bem agora. Eu estava com medo, hyung. Você não pode simplesmente desaparecer assim sem explicação. Você não pode simplesmente fazer isso. Achei que estava tudo bem conosco... com você. Não consegui pensar... pensei que talvez você...
Jimin sente seus olhos lacrimejarem, ainda emocionado.
— Desculpe.
— Eu não sabia o que fazer. — Jungkook diz tão pesadamente que Jimin se pergunta quantas vezes ele se sentiu assim com ele. Ainda há tantas coisas para conversar e trabalhar juntos.
Talvez Jimin tenha sido egoísta tentando ficar longe.
— Desculpe. Eu nem pensei... me desculpe. — Jimin sussurra. — É que ontem eu... encontrei Choi Byungho.
— Você...
— Na verdade, eu não encontrei com ele. — Jimin corrige. — Acho que ele sabia onde eu estava. Eu acho que ele sabia porque... — Jimin não quer pronunciar as palavras. Porque ele pensou que eles eram amigos. Mesmo que essas memórias tenham sido curtas e fugazes, Jimin as manteve. Elas significavam algo para ele.
— Porque o que? — Jungkook pergunta.
— Ele tinha um vídeo.
— O que você está falando?
— Byungho tinha um vídeo… de nós. Estávamos na cama. Nós tivemos a noite de folga naquele dia, e eu não entendo, mas Taehyung era o único lá naquele dia. Ele era o único que poderia ter...
— Ele…
— Eu não sei. — Jimin diz, porque acima de tudo, ele não quer ser o motivo de uma amizade quebrada. — É apenas a única explicação que faz sentido.
Jungkook não responde. Ele apenas fica em silêncio por um tempo, e Jimin praticamente pode ouvi-lo pensando. Jimin morde o lábio, de repente inseguro de tudo, se isso é a coisa certa a fazer, se ele deveria apenas manter a boca fechada, sofrer e permitir que tudo continue sem ele.
— Eu estarei ai em breve. — Jungkook finalmente diz, mas sua voz é diferente. Tenso. Frio. Sem emoção. — Espere por mim, Jimin.
Não. Jimin está errado. Há emoção ali, enterrada nas profundezas da voz normalmente leve e cadenciada de Jungkook. Ele não percebeu imediatamente porque encontrava Jungkook em muitos cenários diferentes, feliz, preocupado, aflito, triste, lascivo, brincalhão, confuso, determinado... mas ele nunca viu o diabo com raiva.
CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Bom, ficou claro que foi Taehyung. Ele tava no quarto. Jimin ouviu um clique. Tae guardou o celular quando foi visto. A pergunta é porque? Vocês acha que o que ele fez pode ser justificado? Eu não acho. Não importa a porra da explicação, nada justifica uma pessoa tirar foto ou filmar um momento íntimo seu e entregar a seu inimigo. Nunca gostei de Tae nessa história. Muito intrometido, manipulador e idiota.... Melhor eu parar. Minha raiva por um personagem inexistente está aumentando demais.
Próximo capítulo estará pegando fogo.... Ou não. 😅🤭
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