25. O diabo Pode Se Importar | pt2

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Vimos que Jungkook sobrepôs a voz de Jimin e ainda jogou um trechinho no twitter. Também vimos que os pais de jm querem vê-lo... E falta uma semana pro álbum de JK. Muitas coisas acontecerá de agora em diante...
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Isso é do seu álbum?!!?

JEON JUNGKOOK, O QUE É ISSO

Eu não posso acreditar que ele acabou de jogar isso em nós, porque diabos é tão bom???

Ohmeudeus, eu amo a voz do JK, mas quem está cantando a outra parte?

Isso é uma colaboração surpresa?

Jungkook parece incrível, mas acho que acabei de ouvir a voz de um anjo.

Jimin acha que nada poderá derrubá-lo. Depois de ler as respostas positivas à música, ele baixa novamente o Twitter em seu telefone, criando uma conta para acompanhar os comentários e se reaclimatar ao mundo online.

Ele se força a ir devagar e não passar mais de uma hora por dia no aplicativo. Ele não quer se deparar acidentalmente com nenhum artigo de si mesmo e certamente não quer ver nada relacionado ao homem que partiu seu coração..

Então ele cria uma bolha, silenciando certos tópicos, seguindo um grupo seleto de pessoas, principalmente fãs de Jungkook, e posando sob o falso nome inventado de mochi_7. Surpreendentemente, algumas contas seguem de volta, embora ele se abstenha de postar qualquer coisa.

O que acontece alguns dias depois, ele atribui a baixar a guarda. Ele tem a noite de folga, sua agenda bastante relaxada desde que a empresa está se preparando para o retorno de Jungkook, e ele está rolando sem rumo por sua linha do tempo, quando ouve uma batida na porta.

Ele se lembra do chapéu, mas imagina que seja o serviço de quarto. Ele está esperando vinte minutos pela comida. Isso é tempo suficiente para esperar, não é?

Mas quando abre a porta, são seus pais do outro lado. Seu pai usa um terno sem gravata, e sua mãe está com um de seus muitos vestidos florais. É uma explosão do passado. Eles parecem não ter envelhecido em três anos. Depois de alguns dias bons, essas são as últimas pessoas que Jimin quer ver.

— Porra. — Diz ele, e começa a fechar a porta.

— Jimin...

O pai de Jimin entra no quarto antes que a porta seja fechada, examinando o espaço com esse ar arrogante que Jimin se lembra muito bem. Sua mãe caminha até ele, e Jimin se deixa envolver em um abraço frouxo, mesmo que pareça artificial e estranho como o inferno.

— Você não pode simplesmente aparecer. — Jimin diz, segurando a porta aberta na tentativa de fazê-los sair.

— Compramos um apartamento em Gangnam. — Anuncia seu pai. Ele pega uma camisa do chão, colocando-a sobre a mesa antes de limpar a mão na calça. — Você deveria ir ficar com a gente, Jimin.

— Estou feliz aqui.

— Em um quarto de hotel?

Jimin pode ouvir o julgamento em sua voz.

— É melhor do que morar com você.

Quando seu pai dá de ombros e vai até a porta, Jimin fica surpreso. Ele esperava uma discussão ou mais críticas lançadas em seu caminho, mas, em vez disso, seu pai diz:

— Vamos jantar.

— Por que?

— Jimin… — Sua mãe pega sua mão, apertando-a. — Podemos apenas tentar? Pela primeira vez, não podemos simplesmente tentar ser uma família de novo?

Porra. Jimin não quer ser um idiota, não quando ele ainda está em uma alta positiva feita de elogios de outras pessoas. Talvez desta vez, ele possa ceder. Talvez se ele os agradar, eles irão embora e o deixará em paz, e Hayoon também irá.

Tudo bem.

— Tudo bem. — Diz ele em voz alta. — Mas saia do meu quarto enquanto eu me troco. E eu irei escolher o lugar.

Seus pais saem e Jimin manda uma mensagem para Jungkook perguntando se ele conseguiria uma mesa para ele e seus pais no restaurante de Jieun para esta noite. Ele recebe uma resposta cinco minutos depois dizendo que sua reserva é em trinta minutos, seguida de uma pergunta:

📩 Jungkook
Seus pais estão na cidade?

📩 Jimin
Eles compraram um apartamento e agora estão me obrigando a jantar com eles :(

📩 Jungkook
Você não parece muito feliz com isso.

📩 Jimin
Bem, não nos vemos há três anos. O que isso lhe diz?

📩 Jungkook
Esse é um relacionamento amoroso normal de onde eu venho

📩 Jimin
Foda-se
:p

📩 Jungkook
;)
Com toda a seriedade, se você não quer vê-los, por que estão jantando juntos?

📩 Jimin
Porque eu me sinto mal? Não sei
Acho que me sinto encurralado
E minha mãe disse que quer ser uma família novamente. Como vou dizer não para algo assim?

📩 Jungkook
Você não

📩 Jimin
Exatamente

📩 Jungkook
Você quer fazer algo depois? Meu último horário não termina antes das 11, mas podemos nos abraçar depois

📩 Jimin
SIM POR FAVOR <3

Jimin guarda o telefone quando ouve uma batida impaciente na porta. Resmungando consigo mesmo, veste algo um pouco mais apropriado para jantar com seus pais. Encontra uma calça preta, uma camisa listrada de gola alta, um chapéu de balde e um sapato bonito.

Quando fica pronto, dez minutos se passaram. Seu pai está com os braços do lado de fora e sua mãe sentada no chão com as pernas para frente, dizendo ao marido para ter um pouco de paciência.

— Sim. — Jimin concorda, deixando a porta de seu quarto fechar ruidosamente. — Seja um pouco paciente. Não é como se alguns minutos a mais fizessem muita diferença quando você não conseguiu fazer contato por três anos.

— Jimin... — Sua mãe avisa.

— O que?

Eles ficam em silêncio enquanto descem para o carro de seus pais. Jimin dá a eles o endereço, informando que fez uma reserva, ao que sua mãe sorri enquanto seu pai brinca sobre não confiar em seu gosto para comida.

Jimin deixa o comentário rolar por seus ombros. Ele é melhor do que isso. Melhor do que eles.

Quando sua mãe abre a boca para dizer algo, porém, ele afunda na cadeira e fecha os olhos, dizendo:

— Me acorde quando chegarmos lá.

Ele não dorme. Ele não conseguiria, mesmo se quisesse. Ele está sentado no banco de trás e está escuro lá fora, então ele passa a maior parte do tempo curvado enquanto observa seus pais juntos. Eles falam baixinho, e sua mãe até ri uma vez de algo que seu pai diz, dando-lhe alguns tapinhas na coxa.

Não faz sentido eles estarem aqui, se estão tão felizes. Não faz sentido eles estarem tentando ser uma família novamente quando não pareceram se importar por 26 anos.

O restaurante está quase vazio, com apenas uma mesa cheia de clientes. Jieun os cumprimenta com um sorriso brilhante, puxando Jimin para um abraço.

— Você parece bem. — Ela diz, baixando a voz para que apenas ele possa ouvir. — Jungkook disse que este não é um reencontro feliz com seus pais. Posso sugerir uma rodada de soju por minha conta?

— Você é uma dádiva de Deus. — Diz Jimin. De repente, a noite não parece mais tão ruim.

Ela os conduz até a mesa, distribuindo cardápios e trazendo uma garrafa de soju, como prometido, antes de perguntar se todos gostariam de um copo.

O pai de Jimin balança a cabeça.

— Nós não pedimos...

— Eu pedi. — Jimin estende a mão para a garrafa. — Se eles não quiserem, eu mesmo beberei.

— Vamos, — Diz sua mãe, dando uma cotovelada no marido. — podemos tomar um copo de soju com nosso filho.

Jieun trouxe três copos para eles, Jimin se serve generosamente e então estremece quando atinge o fundo de sua garganta. Evitar olhar para os pais é fácil com o cardápio à sua frente, e ele finge examiná-lo, ainda irritado por ter que estar aqui.

— Você vem muito aqui, Jimin? — Sua mãe pergunta. — Você parece conhecer a dona muito bem.

— Ela é filha do dono.

— Entendo.

Jimin abaixa o cardápio, servindo-se de outro copo de soju, para os nervos, ele diz a si mesmo, antes de dizer:

— Podemos apenas pedir?

Quando a comida chega, o soju acabou e ele pede outro a Jieun. No ritmo que seus pais estão bebendo, parece que ele irá beber sozinho.

Eles ficam em silêncio enquanto a comida cozinha. Jimin não se oferece para ajudar, deixando seus pais se revezarem colocando a carne, virando e dividindo entre eles. Jimin se sente como uma criança novamente, e enquanto ele está acostumado a ter pessoas servindo-o, ele odeia isso agora. Ele odeia o show que eles estão fazendo, odeia que eles estejam ignorando um grande elefante na sala, odeia que eles pensem que as coisas poderá simplesmente voltar ao normal.

— Jimin.

Jimin ergue sua garrafa de soju, olhando o quanto sobrou enquanto considera pegar outra.

— Jimin, você está ouvindo?

Jimin pisca para sua mãe, colocando a garrafa na mesa.

— Sim, o que?

— Hayoon nos disse que você pode se tornar um ídolo novamente?

Jimin tenta não ficar com raiva. Não é como se seus pais fossem para a imprensa com isso. Mas ele sabe como eles se sentem sobre tudo isso. É diferente da vida estável que levavam trabalhando em sua própria empresa. Mas talvez... talvez eles queira apenas conhecê-lo novamente.

— E daí? — Jimin pergunta.

— Isso é algo que você quer?

Jimin sente como se ela estivesse levando a algo. Ele sente isso, mas afasta o pensamento, porque quer confiar nela.

— Sim. Isso é.

— Essa é uma boa ideia?

— O que?

As próximas palavras de sua mãe saem apressadas.

— O que quero dizer é, você já pensou sobre as coisas? Depois do que aconteceu da última vez... Bem, nós simplesmente não queremos que isso aconteça novamente.

— Por que isso aconteceria de novo?

— Eu não sei, Jimin. Por que aconteceu da primeira vez?

Jimin não tem certeza se ele está apenas chateado e interpretando mal as coisas. Mas ele pensa ter ouvido a decepção na voz de sua mãe, o tom que lembra todas as repreensões que ela lhe deu quando criança.

Antes que ele possa esclarecer o que ela quer dizer, seu pai fala:

— Estamos prestes a fechar um negócio muito importante. Hayoon te contou?

— Estava no jornal. — Jimin murmura.

— É importante para nós. — Sua mãe acrescenta. — Então, só queríamos ter certeza de que você sabia disso. Suas ações têm consequências.

— Eu não entendo. — Jimin fala. — Eu não vou estragar o seu negócio ou qualquer coisa. Eu não me importo com o que você faz.

A maneira como sua mãe olha para seu pai parece condescendente. Deus, ele tinha esquecido disso, aqueles olhares silenciosos que dizem mais do que as palavras jamais poderiam.

— Quando você faz algo que machuca alguém, isso reflete mal em nós como seus pais. — Sua mãe diz, lentamente, como se estivesse tentando soletrar para ele. — Estamos apenas garantindo que isso não aconteça novamente.

Jimin perdeu o apetite. Ele nem quer mais beber. As palavras foram como um tapa na cara, a insinuação uma torrente de água gelada.

— Você está... você acha que eu...

— Não vou fingir que entendo por que você fez isso... — Sua mãe continua. Seus olhos são penetrantes, sua mente está decidida. — Eu pensei que tinha criado você melhor do que isso, mas não podemos mudar o passado, podemos? Talvez não tenhamos passado tempo suficiente com você. A culpa foi nossa, por estarmos muito ocupados quando você estava crescendo.

— Pare com isso.

Seu pai parece compreensivo. Ele olha para Jimin com pena, como se entendesse o que está se passando, mesmo que entendesse tudo errado.

— Olha, Jimin, nós só queríamos ver como você estava e avisá-lo para ter cuidado se você vai perseguir essa coisa de ídolo novamente.

— Eu... eu não...

— Queremos apoiar você. Só estamos preocupados com você, querido. — As palavras de sua mãe são positivas, mas torcem o coração de Jimin até que ele fica com dificuldade para respirar. Ele não consegue acreditar que seus próprios pais acreditam naquela mentira. Todo esse tempo, e eles não duvidaram nem uma vez.

— Isso é uma merda! — Jimin grita, empurrando o prato na frente dele e fazendo os pratos chacoalharem uns contra os outros. Os outros clientes do restaurante olham para eles antes de voltarem ao que estavam fazendo. Jieun parece preocupada do outro lado da sala.

— Jimin, acalme-se...

— Eu não... Ele mentiu... Vocês realmente pensaram todo esse tempo que eu fui capaz de algo assim?

Seus pais não respondem, os olhos arregalados em choque, pela primeira vez reduzidos ao silêncio.

— E então vocês tem a ousadia de rastejar de volta para mim e me pedir para ficar fora dos holofotes enquanto vocês fecha a porra de um negócio? Vocês nunca se importaram comigo.

Sua mãe parece magoada.

— Jimin...

— Vocês deveriam ter ficado longe. Ou melhor ainda, apenas me deserdem. Se cortarmos os laços, ninguém mais poderá ligá-lo a mim. É isso que você quer, não é?

Jimin arrasta sua cadeira para trás, ignorando os apelos de sua mãe para se sentar. Seu pai está balançando a cabeça, sem se importar em olhar para ele, como se ele também não quisesse estar aqui, ou como se estivesse desapontado demais para se importar.

— Você pode se sentar para que possamos conversar? Jimin, por favor...

— Eu não quero falar com vocês. Eu não quero ver vocês nunca mais. —  Jimin retruca. Ele vira as costas para eles, puxando o chapéu ainda mais para baixo sobre o rosto. Ele sente muito calor em suas roupas, seu rosto corado, suas costas suadas. Surpreendentemente, seus olhos permanecem secos.

Quando ele ouve passos apressados ​​seguindo-o para fora do restaurante, está pronto para gritar novamente, mas uma rápida olhada para trás mostra Jieun parada ali e suas palavras ficam presas em sua garganta.

— Ei. — Ela diz. — Você está bem?

— Estou bem.

— Tem certeza?

— Você pode me deixar em sozinho? — Jimin sabe que ela está apenas tentando ser legal, mas ele não quer ser legal agora. Ele quer chafurdar na autopiedade e beber até desmaiar. Ele quer ficar sozinho.

Jieun assente, visivelmente engolindo em seco.

— Se você precisar de alguma coisa…

— Estou bem. — Diz Jimin, afastando-se dela. Ele fica feliz quando ela não o segue, não o chama para voltar.

Ele pega um táxi na rua principal e, sentado ali, sem nada além de seus pensamentos como companhia, sente uma estranha espécie de fúria dominá-lo. É dirigido a todas as pessoas que acreditaram na história de Byungho. É dirigido a seus pais, por nunca terem lhe dado o benefício da dúvida. É dirigido a Byungho, por contar a história em primeiro lugar.

Mas, acima de tudo, é dirigido a si mesmo, por deixar a mentira durar tanto tempo.

Quando chega ao hotel, Jimin joga um maço de dinheiro no motorista sem contar e caminha rapidamente até seu quarto. Suas mãos estão trêmulas ao lado do corpo e sua mente ainda girando com tudo o que seus pais haviam dito, mas ele sabe o que quer fazer.

Ele dispara pelo corredor, passa pela porta de Hayoon, passa pela refeição que esqueceu que havia pedido e entra em seu quarto com fria determinação.

Ele quer rir de si mesmo. É tão fácil, por que ele esperou tanto tempo? Ele abre seu aplicativo do Twitter, gastando alguns minutos para descobrir como ir ao vivo. Ele joga o chapéu pela sala e acende todas as luzes para que seu rosto possa ser visto, balançando um pouco enquanto se afunda na cadeira.

Não querendo perder mais um segundo, ele começa o Live.

— Oi. — Diz ele quando seu rosto aparece na tela. Ele não tem muitos seguidores, mas imagina que, se esperar o suficiente e as pessoas começarão a reconhecê-lo, o vídeo será compartilhado. Qualquer que seja. Não importa. Ele está fazendo isso por si mesmo e...

Oh, olhe para isso, ele tem um visualizador.

— Aqui é Park Jimin. O primeiro e único. Infame, é o que dizem. Bem-vindo à minha transmissão ao vivo.

O número sobe para dois, depois para três.

— Se eu tivesse acesso à minha antiga conta no Twitter, isso seria muito mais fácil, mas eles tiraram isso quando me demitiram.

Dez espectadores. Dezoito.

— Compartilhe isso com seus amigos. Quanto mais melhor. Eu tenho algo a dizer.

Sessenta espectadores e subindo.

— Aqui é Park Jimin, para vocês que acabaram de chegar. Você me reconhece? Eu pareço o mesmo? — Ele passou a mão pelo cabelo, os olhos piscando para a seção de comentários. Há perguntas para ele, algumas expressando confusão. Também há ódio, pessoas dizendo para ele sair do aplicativo, que ele não é bem-vindo aqui.

A contagem de visualizações está se aproximando de trezentas agora. Não parece o suficiente. Muitas pessoas não sabem. À medida que mais comentários de ódio inundam, superando a confusão e as perguntas, ele percebe o quão terrível é sua situação.

E ainda assim ele não está com medo. Ele está com raiva. A sensação pesa em seu estômago, e ele recosta-se amargamente na cadeira, cruzando os braços enquanto olha para a câmera em seu telefone, esperando que as visualizações continuem aumentando.

— Para aqueles que estão perguntando se sou realmente eu, sou. — Diz ele. — Por que estou de volta? Eu vou te dizer em um segundo se você ficar por aqui.

É cansativo esperar. Ele se pergunta se seus pais ainda estão no restaurante, se eles estão com raiva por ele ter saído furioso, ou se eles tem suas próprias contas no Twitter, se eles estão assistindo isso agora.

A contagem de visualizações está na casa dos milhares e aumentando rapidamente agora. Pessoas suficientes perceberam. Jimin esperou, ele se escondeu por três anos.

Ele não quer esperar mais.

— Isso é três anos tarde demais. — Ele começa. — E para quem costumava ser fã, sinto muito. Sabe, há um monte de coisas pelas quais fui acusado, e eu errei, mas não da maneira que todos pensam. Eu errei ao ficar em silêncio. Eu errei fugindo. Eu errei por não confiar que alguém daria a mínima para o que eu tenho a dizer.

Os comentários estão chegando agora, mas Jimin os ignora. Ele tem que fazer isso, se vai dizer o que quer dizer.

— A verdade é… Choi Byungho mentiu sobre tudo. Tínhamos um relacionamento consensual, mas ele não queria admitir. Então, quando o vídeo vazou, ele me jogou embaixo do ônibus. Vejo que alguns de vocês estão me chamando de mentiroso. Eu deveria ter dito isso há muito tempo, mas eu juro, eu juro, porra, que esta é a verdade.

Ele respira fundo, olhando para si mesmo, e parece... diferente. Não como aquele homem que ele havia se tornado em sua casa em Hadong, cabelos longos e bochechas gordas, e não como o homem que costumava ser, maquiado com perfeição. Ele se parece consigo mesmo e, por um momento, acha que isso é uma coisa boa.

— Eu juro que vou provar isso para vocês. — Diz ele, com a voz embargada, desejando que o mundo ouça. — Vou provar para vocês nem que seja a última coisa que eu faça.

Quando Jimin desliga o Live, está muito quieto. Deveria haver gritos, perguntas, luzes piscando e o som de persianas clicando, não uma sala vazia que parece muito fria e grande demais para uma pessoa. Ele ergue os pés, abraçando os joelhos, sua fúria espiralando lentamente até o nada, dissipando-se, separando-se de si mesmo e deixando para trás apenas o pavor.

E então seu telefone começa a tocar.

Jimin olha para ele, congelado, enquanto o nome de Jungkook entra em foco. Ele o deixa tocar, pensando se deve responder enquanto sua mente gira com o conhecimento do que acabou de fazer. As palavras estão se repetindo em sua cabeça, sua determinação anterior se transformando em incerteza e...

O telefone fica mudo, voltando para a tela inicial antes de tocar mais uma vez. O som estridente é como uma faca em seu coração, empurrando, torcendo e dizendo a ele que ele tinha fodido tudo. As palavras de Namjoon em sua cabeça, dizendo que eles tinham que abordar isso com cautela, que deviam trazê-lo de volta ao público lentamente. Com cuidado.

Isso não foi lentamente. Isso não foi cuidadoso.

Jimin pega seu telefone, o dedo pairando acima dele em indecisão. Os primeiros sinais de pânico estão se aproximando dele, o tempo parecendo parar, porque, ele fez isso. Ele disse algo e não tem ideia do que virá a seguir.

Ah... merda.
   
   
  
 
 
CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Bem Jimin, você demorou demais para fazer isso. E agora vai lidar com as consequências por fazer algo sem pensar direito. ¯⁠\⁠_⁠(⁠ツ⁠)⁠_⁠/⁠¯
Espero que estejam ansiosos para ver no que isso vai dar. Hehehe...

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