20. Dia Infernal
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Jimin e Yoongi fizeram as pazes, mas ele e Jungkook ainda estão afastados e o clima ficou meia tenso na prática de dança. Vamos ver como eles estão....
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Por algumas semanas, Jimin descobre que não tem muito tempo para pensar em Jungkook. Ele não tem tempo de se sentir ansioso com a rapidez com que tudo está se movendo. Ele não tem tempo de ficar chateado quando Siwoo ou Hoseok o criticam durante a prática de dança. Ele não tem tempo para ter medo de colocar seus pensamentos no papel ao discutir ideias com um compositor duas vezes por semana.
O cenário ideal que Jimin sonhou no começo, de fazer as coisas com Jungkook ao seu lado, é levado embora assim, substituído duramente pela realidade. Ele teria se importado... mas não tem tempo para isso.
Às vezes passava por ele no corredor, e geralmente eles se encaravam, os passos diminuindo, o tempo parecendo diminuir também, para fazer o momento durar mais tempo. Às vezes, Jungkook acenava com a cabeça educadamente, ou desejava boa sorte a ele, sua voz acariciando os ouvidos de Jimin. E uma rara vez, Jimin encontrou nele para dizer o que sempre estava em sua mente, sua frustração borbulhando por um instante na forma de três pequenas palavras: "Sinto sua falta".
E Jungkook nunca o abraçou, nunca disse nada que levasse a uma conversa real, nunca passou mais do que segundos ao seu lado, mas naquela rara vez que Jimin deixou essas palavras escaparem de sua boca, o diabo respondeu com: "Eu também sinto sua falta."
Às vezes, eles não se viam por dias, separados por agendas lotadas, sim, mas principalmente separados por uma linha invisível que parecia crescer mais e mais a cada dia. Não que isso tenha impedido Jimin de ter sentimentos por Jungkook. Na verdade, seus sentimentos estão ficando mais fortes a cada dia, ele só não tem tempo para pensar nisso.
- Seu conceito é importante. - Alguém diz enquanto Jimin olha para a parede em branco na frente dele, escutando, mas não ouvindo. - Qual é a história que você quer contar? Qual é a imagem que você quer que as pessoas vejam? Alguma ideia?
Jimin está em uma espécie de sala de aula, sentado ao lado de Yoongi e alguns outros trainees, um dos quais é Lee Sungho. O garoto olhou para ele quando o viu, mas Jimin de alguma forma conseguiu fingir que ele não existia. Ele lembrou a si mesmo que não está sozinho agora. Yoongi está aqui, e se ele não puder se proteger, bem, Yoongi provavelmente irá gostar de lutar contra os bandidos por ele. Jimin sabe que seu amigo está ansioso por uma maneira de compensá-lo.
E então ele percebe que provavelmente não é uma boa maneira de ver isso, porque ele deveria estar pensando em como lutar contra os bandidos sozinho, mas não vai muito longe com esse pensamento.
- Jimin-ssi? Por que você não vai primeiro? - O homem que fala é um dos diretores criativos da JinHit Entertainment, um homem baixo e atarracado chamado Yang Junghoon.
- Hum? - Certo, conceitos. Jimin desvia o olhar da parede, voltando ao presente. - Hum, algo a ver com a verdade, eu acho.
- Vamos descompactar isso um pouco. Por que a verdade é tão importante para você?
- Mentiras podem machucar as pessoas. - Jimin diz lentamente.
- A verdade também pode machucar as pessoas.
- Você está dizendo que devemos mentir para evitar que as pessoas se machuquem?
- Eu não estou dizendo nada. - Junghoon rebate. - Eu só quero explorar sua ideia. Seria um bom conceito para você, com base em sua experiência pessoal, mas acho que há uma maneira certa e uma maneira errada de abordar isso. Pode ser interessante falar sobre, digamos, a consequência de uma mentira, o bom, o mau, o feio, sem tentar pregar se é moralmente correto fazê-lo.
Jimin assente.
- Sim, isso faz sentido.
- Você tem outras ideias sobre o que pode falar? Eu sei que você tem se encontrado com Yejun-ssi para falar sobre composição. Você quer compartilhar alguns de seus pensamentos?
- Hum... - Jimin cruza as pernas e os braços, encolhendo-se em si mesmo. - Há... há este aqui, eu acho. É sobre me sentir preso, como se tivesse sido pego por algo que não me deixa ir. Na verdade, pensei no visual também. - Ninguém diz nada, e Jimin tem mais a dizer, então ele continua, ganhando confiança enquanto fala: - Estou na minha casa, ou no shopping ou no estúdio ou na rua, mas o tempo todo eu estou sendo controlado como... como uma marionete. E o mestre das marionetes seriam pessoas aleatórias. Não importa quem elas são. No final do dia, eu voltava para casa. Eu olhava as cordas e as tirava e, de manhã, as colocava de volta. Eu não tenho que fazer isso. É escolha minha. Sou eu que me deixo controlar porque é muito mais fácil viver a história que os outros escreveram para mim.
- Eu gosto disso. - Junghoon diz quando Jimin fica em silêncio. Ele está com um pequeno sorriso, então talvez Jimin tenha dito algo certo. - Parece que você tem uma longa jornada pela frente para se tornar seu próprio mestre de marionetes.
- Eu espero... - Jimin vacila, de repente ciente de que todos os olhos estão nele. Ele divaga e eles o deixam.
- Prossiga.
- Eu espero que o processo de escrever um álbum me ensine a ver que está tudo bem... assumir o controle da minha própria vida e parar de viver a mentira de outra pessoa.
- Acho que isso também ajudará.
Junghoon segue em frente depois disso, fazendo perguntas a todos para decidir qual conceito poderá ser mais adequado para eles. Para os estagiários, isso é apenas um exercício. Para Jimin e Yoongi, é algo mais real. Jimin está começando a perceber o quão perto ele está do que quer.
Bem, uma das coisas que ele quer.
É estranho estar neste lugar, ter um horário definido todos os dias, fazer as mesmas coisas, ver as mesmas pessoas e trabalhar para um objetivo tangível. Isso... o deixa parado. Ele não se sente tão perdido ou solto. Ele não sente que precisa de Jungkook para segurar sua mão, porque ele foi colocado em um barco com instruções embutidas e agora ele está viajando por um rio de mão única para seu destino.
Tudo é mais fácil agora, cantar, dançar, atuar, fazer brainstorming. Não há como recuar. Ele está em dívida com um único pedaço de papel que assinou, e isso, se nada mais, o mantém no lugar. Atua como sua bússola. Dá-lhe a segurança que ele não sabia que desejava.
Fora das sessões de composição, ele mal pensa nos problemas que o atormentaram por tanto tempo. Sua mente é dominada por novas distrações, um desejo de ser tão bom quanto costumava ser, ou talvez até melhor, uma esperança de um futuro em que as pessoas o amem por sua música, um desejo de praticar, praticar, praticar.
É como se todo o seu ser tivesse sido dominado por uma força invisível. Ele é novo, fresco, uma lousa em branco a ser substituída pelas lições e orientações de JinHit. Ele não é mais Park Jimin, preocupado constante e viciado em videogame. Ele é Park Jimin, um empreendedor ambicioso e dançarino semi-adequado.
Ele não é mais Park Jimin, alguém que teve seu coração partido em mil pedaços. Ele é Park Jimin, coração endurecido e pronto para enfrentar o que vier pela frente.
Pelo menos, enquanto ele se deita na cama para dormir todas as noites, é o que ele diz a si mesmo. Ele diz a si mesmo que está onde deveria estar, que está melhorando e melhorando e indo para um bom lugar onde nunca mais terá que enfrentar a dor.
Ele evita ver tudo isso como uma distração. Evita reconhecer que, embora haja coisas que o deixem feliz ou animado, há outras que ainda o deixam nervoso, ansioso. Se ele evitar e disser a si mesmo que nenhuma das coisas ruins é real, então elas não serão. E ele poderá continuar sem uma única preocupação no mundo.
Mole-mole.
A vida é boa.
- Você está olhando para a seleção de carne por um minuto inteiro. - Yoongi diz ao lado dele. Eles estão no refeitório, tendo acabado de terminar a aula de conceitos. - Sinto que devo me preocupar. Devo me preocupar? Olá? Jimin? Jiminie? - Jimin mal ouve a voz de seu amigo. Ele está pensando em muitas coisas ao mesmo tempo, mesmo quando parece que não está pensando em nada. - É carne de boi ou de porco. Não é uma decisão difícil. Aqui.
Jimin sente seu prato pesar quando Yoongi coloca um pouco de cada um nele, e ele pisca de volta ao presente, saindo de seus pensamentos abruptamente. Certo. Ele está parado aqui há... quanto tempo? Um minuto?
- Oh, obrigado. - Jimin diz, levantando seu prato em gratidão. - Não consegui decidir.
- Pareceu mais para mim do que isso.
- Estou bem.
Jimin escolhe seus acompanhamentos, acrescentando arroz, kimchi e alguns tipos diferentes de vegetais. E então ele olha para os assentos vazios, observando os funcionários da JinHit, vários ídolos diferentes, estagiários, Jung Hoseok e... Jeon Jungkook.
Os dois estão sentados um ao lado do outro, trocando palavras animadamente. Isso faz Jimin se perguntar que força sobrenatural esta em jogo aqui, para colocar todos os quatro no refeitório ao mesmo tempo, quando seus diferentes horários geralmente os mantém separados.
Yoongi faz menção de se juntar a eles antes de olhar precariamente para Jimin, uma pergunta não dita em seus lábios. E, foda-se tudo, mas isso é tão estúpido. Eles não estão no ensino médio. Eles são adultos crescidos. Jimin não devia se sentir nervoso por se sentar na mesma mesa que Jungkook. Yoongi não devia sentir que precisa perguntar. Eles são todos amigos, apesar da tensão entre ele e Jungkook que nunca parece ir embora.
- Está tudo bem. - Jimin diz.
- Você ainda me deve a história completa do que aconteceu entre vocês dois. - Yoongi murmura enquanto se dirige para a mesa. Jimin segue dois passos atrás, sentando-se após uma pequena pausa em seus movimentos quando encontra os olhos de Jungkook e então... ambos desviam o olhar.
Estúpido, estúpido, estúpido.
Ele odeia fingir que está tudo bem. Mas ele também odeia agir como se tudo não estivesse. A falta de afeto físico deles está começando a afetá-lo, mas não é apenas culpa de Jungkook, pois ele tenta manter distância. Jimin é tão ruim quanto, incapaz de sair de sua cabeça sempre que eles estão juntos. Isso trás à tona esse constrangimento insuportável que absolutamente ninguém gosta, nem Jimin e Jungkook, e certamente nem Yoongi e Hoseok.
- Estou surpreso em ver que você não está mancando. - Hoseok diz enquanto Jimin se senta.
Mancando? Ah, certo, a prática de dança extra que Jimin colocou em sua agenda ontem à noite. Ele quase se esqueceu disso. Tudo escorrendo por ele como água.
- Meu corpo está se acostumando a se mover. - Jimin explica.
- Isso significa que você não está trabalhando duro o suficiente. - Hoseok pisca, dando uma mordida em sua comida. - Que tal depois disso praticarmos um pouco de hip hop? Tem uma música nova que acabou de sair e...
- Acho que vou encontrar Namjoon depois disso. - Jimin diz, empurrando sua comida sem realmente comer. - Outra hora, talvez?
Os olhos de Jungkook estão nele. Oh Deus. Jimin não poderia estar aqui agora. Ele sabe o que Jungkook quer saber. Ele quer saber como tudo está indo, qual é o plano de Namjoon para lentamente trazer Jimin de volta à indústria, o que Jimin tem que fazer ou dizer para que a mídia saiba que ele não agrediu Byungho de maneira alguma. Seus olhos dizem que ele quer saber.
Mas seus lábios permanecem fechados.
- Tudo bem. - Responde Hoseok, com a expressão amarga. Ele aponta para Jungkook. - Você vai se juntar a mim, não vai?
Jungkook pisca, se afastando de Jimin.
- Não posso. Estou gravando a tarde toda.
- Certo, para o seu álbum.
Há um pequeno sorriso no rosto de Jungkook.
- Sim.
Certo. O álbum de Jungkook será lançado em pouco mais de um mês. Ele deve estar ocupado, embora não dê essa impressão. Além de uma leve rigidez em seus ombros, que Jimin acha que pode ler como desconforto por estar tão próximo de seu adorável eu, Jungkook se move lentamente, mastigando com cuidado como se quisesse aproveitar cada mordida e cada momento.
Outra coisa estúpida é que está irritando Jimin.
Porque é exatamente como ele queria se sentir sobre seu tempo aqui, enquanto se prepara para a vida como um ídolo. Ele queria estar relaxado e levar as coisas com calma. Ele queria que as coisas fossem fáceis. E elas seriam, ele pensa, se não fosse por Jeon Jungkook. Jimin enfia um pedaço de comida na boca, mastigando agressivamente como se isso pudesse limpar esses pensamentos espontâneos de sua cabeça.
O que ele está pensando? É fácil. Ele está chegando a algum lugar. Ele está cantando e dançando e indo muito além do que imaginou ser possível apenas seis meses atrás. Ele está fazendo isso, vivendo sua melhor vida. Ele está feliz.
A vida é boa.
A vida é ótima.
Antes que Jimin perceba, ele enfia metade da comida em seu prato em sua boca em questão de minutos, seu peito doi por comer muito rápido. É algo para fazer. É apenas comer, mas para ele é muito mais do que isso. Ele ainda está nervoso. Ainda no limite. Ainda se perguntando se merece isso, se está fazendo alguma coisa certa.
Os outros não parecem ter esse problema. Este é um problema reservado exclusivamente para Park Jimin. Que porra fantástico.
Quando Jungkook fala, Jimin fica, pela primeira vez, grato.
- Estou pensando em adicionar uma faixa oculta. - Ele diz suavemente, com um sorriso fofo em seu rosto enquanto olha para cada um deles. Jimin está imaginando coisas, ou ele passa alguns segundos extras olhando para ele? - Eu escrevi essa música algumas semanas atrás, meio que no calor do momento, e eu não posso deixá-la fora, então pensei... faixa oculta. Você não acha que meus fãs gostarão disso?
- Os fãs curtem essas coisas. - Diz Yoongi.
- Claro que você vai nos deixar ouvir antes do lançamento oficial, certo? - Pergunta Hoseok.
- Sim, se você quiser. Posso enviar para você quando estiver pronto.
- Isso é... - Jimin não pretendia dizer nada, mas as palavras de Jungkook despertam uma memória, e agora as palavras saem. Não falar seria ainda mais estranho. - Essa é a música que você mencionou há algumas semanas? Quando você ficou em seu estúdio até as três da manhã?
- Você se lembra. - Diz Jungkook.
Não um sim. Não é uma simples afirmação da declaração. Mas 'você se lembra'. Tipo, de alguma maneira, Jungkook achou que ele iria esquecer.
Isso deixa Jimin estranhamente zangado, então ele não se incomoda em responder, apenas acena com a cabeça e volta a comer até que tudo acabe e ele não tenha mais motivos para ficar. Ele pode ter passado a maior parte de três anos segurando sua língua, mas as palavras não ditas agora são demais para lidar.
Ele quer colocar violentamente algum sentido em Jungkook enquanto simultaneamente enfia a língua na garganta. Ele devia estar se livrando desses sentimentos, mas esses pequenos comentários, esses sorrisinhos, esses olhares especiais, eles fazem o coração de Jimin disparar, apenas por alguns momentos, antes que ele se lembrem do que não poderá ser se ele ficasse triste mais uma vez.
Seu encontro com Namjoon ainda irá demorar uma hora, mas Jimin se retira da mesa de qualquer maneira. Ele não quer se dar tempo para se sentir triste. Ele precisa encontrar uma boa distração. Um dos estúdios de dança estará livre, ele irá até lá, colocará a música muito alta e voará pela pista. Ele irá se perder nisso, para escapar de um fato muito simples, muito óbvio.
Que por baixo de tudo, ele ainda é Park Jimin, pensando demais, cuidando demais, tolo apaixonado.
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- Meu plano é mais ou menos assim. Colocamos você com um entrevistador respeitável, alguém de nossos bons livros, e damos a eles uma lista de perguntas que eles podem fazer. Vamos treiná-lo, é claro, para torná-lo o mais suave possível. Tudo o que você precisa fazer é contar sua história.
Jimin está perdido em seus pensamentos pela enésima vez naquele dia. O que há de errado com ele? Ele tinha sido tão bom em ficar fora de si, mas algo o está tirando de seu jogo. Talvez ele esteja cansado. Ele ficou acordado até tarde ontem à noite, não tarde para ele, de forma alguma, mas tarde em relação ao seu novo horário.
Por causa disso, ele demora alguns segundos para perceber que Namjoon disse algo a ele e, um pouco envergonhado, tem que pedir ao advogado para repetir.
- É isso? - Jimin pergunta quando o plano fica claro. - Nenhum processo com a lei ou ajuizamento de ações judiciais... apenas chegar na frente de uma câmera e contar minha história? Você não disse que isso não funcionaria?
- O que você deve lembrar é que Choi Byungho nunca entrou com um processo contra você também. Ele está contando uma história e agora você pode fazer a mesma coisa em seus termos.
- Você quer dizer em seus termos. - Jimin rebate.
- Em termos que farão o público em geral simpatizar com você.
- Eu não me importo com simpatia. Eu me importo com a verdade.
- E será a verdade. Eu sei o quanto isso é importante para você.
- Mas vai ser coberto de açúcar. E provavelmente não terá nenhuma consequência real, não é? Byungho ainda estará por aí fazendo música porque... - Jimin engole em seco, tentando empurrar seu pânico para baixo, para baixo, onde não poderá afetá-lo. - Isso vai voltar para me morder na bunda. Ele vai me acusar de calúnia. Já se passaram três malditos anos. Ninguém vai acreditar em mim.
- Isso mesmo. Já se passaram três anos e você não disse uma palavra. Agora você está disposto, e as pessoas vão ouvir. Eles vão querer ouvir o que você tem a dizer.
- Só vai começar uma guerra. XZ virá para JinHit. Você já roubou Yoongi deles. Agora você me tem e...
- Isso é algo que você não precisa se preocupar. - Namjoon diz, sua voz severa. - Acredite em mim, o caso de Min Yoongi nos colocou até o pescoço... Você deveria ler as notícias algum dia. Nós temos isso sob controle, no entanto. Mas... Você está certo sobre uma coisa.
Jimin está com os braços cruzados, as pernas estendidas à sua frente e agora ergue uma sobrancelha.
- A XZ Entertainment não ficará feliz com você difamando um de seus maiores artistas. Isso causará problemas. O que me leva à primeira fase do meu plano. Não comecei com isso porque achei que você não iria gostar.
- Eu não gosto de nenhuma parte do seu plano até agora. - Jimin diz.
Namjoon estremece um pouco, mas continua falando como sempre faz, imperturbável e calmo.
- Marcamos uma reunião com você e Choi Byungho...
- Absolutamente não.
- Apenas me ouça. Estarei presente lá. Se ele for esperto, também contratará um advogado. Nós conversamos. Nós discutimos os detalhes. Chegamos a um acordo antes de você ir para a câmera. Dessa forma, saberemos exatamente qual resultado esperar. Será apenas sobre seguir os movimentos nesse ponto.
- Você não o conhece, porra. - Jimin diz, cuspindo veneno. Racionalmente, ele sabe que não devia estar tão chateado, mas não consegue se conter agora. É só ele e Namjoon, e ele não acha que o advogado entende o quão baixo Byungho irá para manter seu nome imaculado. - Esse acordo do qual você está falando, - Jimin diz. - será uma merda e você sabe disso. Eu garanto que tudo o que esta reunião vai fazer é avisar XZ sobre a minha presença, e então eles vão trabalhar duro para se livrar de mim, ou atribuir mais crimes a mim ou eu não sei, mas isso vai fazer tudo pior.
- Não é assim que funciona. - Namjoon diz calmamente. Ele tem uma mão na mesa entre eles, como se estivesse tentando magicamente obrigar Jimin a ficar sentado e se acalmar. - Nós lidamos com empresas como a XZ o tempo todo. Já lidamos com XZ antes. Não é tão claro quanto você pensa.
- Você não entende.
- O que eu não entendo?
- Não é assim que vai acontecer. Ele... Ele...
Namjoon espera, sua paciência é lendária, se Jimin for honesto. Ele, no lugar de Namjoon, teria chutado sua bunda furiosa para fora de lá eras atrás, e ainda assim todas essas pessoas ainda o toleram. Às vezes, ele se pergunta se tudo isso é apenas uma brincadeira elaborada.
E então ele se lembra de Jeon Jungkook, e do fato de que ele é um demônio e está destinado a ajudá-lo a superar isso, então sua influência nas últimas semanas pode ser invisível, mas Jimin tem certeza de que está lá.
- Você não o conhece. - Jimin diz pela segunda vez, apertando os lábios.
- Você tem razão. Eu não. Mas se for uma questão de certo ou errado, você tem a vantagem.
- Que tal obter evidências? O que aconteceu com isso?
Namjoon parece um pouco surpreso. Ele limpa a garganta antes de falar.
- Muitas das nossas pistas ficaram vazias. Ainda estamos tentando rastrear a fonte original do vídeo.
- Então não temos nada.
- Nós temos você.
- Se você acha que isso é uma coisa boa, então você está em um passeio selvagem.
- Tudo bem. - Namjoon fecha o arquivo na frente dele, juntando as mãos enquanto olha para Jimin atentamente. - Vamos colocar essa discussão em espera, certo? O que esta acontecendo com você? Você foi mal-humorado o dia todo.
Jimin solta uma risada nervosa.
- Não sei do que você está falando.
- É a ideia de encontrar Choi Byungho que te deixa com raiva?
- O que, isso não foi óbvio? - Jimin dispara.
- Tudo bem, então deixa. Eu entendo. Eu sei o que ele te fez passar. Se você decidir que quer processá-lo por calúnia, nós podemos. Essa opção ainda está sobre a mesa. Podemos fazer tudo isso e manter contato mínimo com XZ. Minha única preocupação é que isso atrase sua estreia e manche ainda mais sua imagem.
Jimin quer dizer que dane-se sua imagem. Apenas chegue ao fundo disso e exponha Byungho por quem ele realmente é, a carreira dele (JM) que se dane. Ele quer dizer um monte de coisas, mas as palavras ficam presas em sua garganta, parando quando suas emoções vacilam e tudo o que ele consegue dizer é:
- Tanto faz.
Ele deseja poder parar de ser tão emotivo sobre isso. Afinal, ele é um Homem Mudado, um homem responsável que trabalha duro e persegue o que quer. Isso é apenas uma parte disso.
Ele sabe que não é necessário. As pessoas simplesmente acreditarão no que quiserem, e Namjoon está certo, de certa forma. Algumas pessoas acreditarão nele, assim como acreditaram em Byungho. Mas se é assim que vai ser, então não vale a pena. Ele não quer apenas que as notícias sejam jogadas para debaixo do tapete e esquecidas, como costuma acontecer com as notícias em geral.
Ele quer que todos saibam a verdade. Ele quer que todos saibam que Byungho é um desprezível mentiroso. Ele quer que Byungho page um preço. E Jimin pode dizer isso para a câmera, claro, xingá-lo, contar a verdade, mas não é o suficiente. Talvez ele esteja sendo egoísta. Talvez ele esteja sendo excessivamente pessimista.
Mas ele não pensa assim. Jimin pode ver nos olhos de Namjoon, e pelo jeito que ele fala, que eles nunca irão se livrar de Choi Byungo. O homem nunca confessará. E com relação a todas as mentiras que Byungo contou, ele nunca irá admitir isso.
E é isso que Jimin realmente quer, não é? Para ser assegurado pelo próprio mentiroso que, sim, tudo foi uma mentira. Sim, eu pisei em seu coração e foi muito bom. Uma pequena parte de Jimin espera que não tenha sido bom. Ele espera que Byungho tenha feito isso como autopreservação. Ele espera que o ídolo não tenha pensado direito, tenha contado uma história e depois continuado.
Ele está com medo de que tudo possa ter sido planejado desde o início. Ele está apavorado por saber, mas apavorado por não saber.
Ele odeia essa linha de pensamento. Ele precisa parar.
- Terminamos aqui? - Jimin pergunta.
- Não. - Namjoon diz, os olhos seguindo a figura de Jimin enquanto ele se levanta. - Esta reunião não acabou. Nós deveríamos conversar. Sei que sou apenas um advogado, mas quero ajudá-lo. Se algo está incomodando você ou não está funcionando aqui, vamos mudar. Se encontrar Choi Byungho é uma impossibilidade, então riscamos esse plano. Jimin...
- Você não precisa se esforçar tanto, sabe. - Jimin diz. Ele se vira, com a mão na maçaneta e prestes a girá-la quando Namjoon fala novamente.
- Eu quero fazer justiça para você. Todos nós queremos.
Jimin sai, cada passo aparentemente pesado com chumbo.
Seu coração não está muito bem. Ele quer atribuir isso a alguma doença, porque é algo fora de seu controle e fácil de culpar. Mas ele sabe que não é o caso, então ele faz a próxima melhor coisa, e encontra um estúdio de dança onde poderá esquecer tudo por um tempo.
Ele não se deixa sentar ou fazer uma pausa. Ele dança até ficar encharcado de suor e, quando chega a hora do jantar, dança mais um pouco. Ele verifica o telefone apenas uma vez, logo no início da sessão, para ver o que mais há em sua agenda para o resto do dia. Pela primeira vez, não há nada. Ele pode relaxar. Ele pode ir para seu quarto de hotel e jogar alguns jogos em seu telefone. Ele pode assistir a uma maratona de filmes. Ele pode dormir.
Mas ele não o faz. Ele se move pelo estúdio, praticando movimentos de todos os estilos que conhece, agravando seus músculos pelo uso excessivo, lembrando-se de memórias fugazes de momentos semelhantes de tanto tempo atrás, quando as coisas se tornaram tão opressivas para ele que ele se escondeu em um estúdio de dança a fim de desestressar.
Isso era o que ele costumava dizer a si mesmo depois. Ele se pergunta se era pelas mesmas razões, sua mente ansiando por uma distração para que ele não tivesse que enfrentar o que o estava incomodando.
Talvez. Talvez ele não tenha mudado tanto. Talvez ele nunca tenha mudado, e não está mudando de volta porque não precisa. E talvez ele não seja um homem novo que faz o que tem que fazer e trabalha duro para melhorar. Talvez ele esteja apenas seguindo os movimentos. Talvez ele não queira isso. Talvez ele ainda não goste de quem ele é.
Ele devia ter superado isso. As coisas deviam ser fáceis agora.
Em algum momento, ele está deitado no centro do estúdio, o peito arfando, um braço sobre a cabeça. Seu suor está se infiltrando no chão, sua camisa molhada e esfriando com o ar que sopra pelas aberturas.
Naquela época, depois de uma sessão intensa em que não fazia nada além de dançar, ele finalmente criava coragem para ligar para alguém. E era... Byungho. Eles falavam ao telefone por horas, Jimin ainda no estúdio, Byungho aconchegado na cama nos dormitórios. De alguma maneira, o garoto faria Jimin falar sobre isso, podia ser que a pressão fosse demais, ou que ele tivesse um dia de gravação ruim, ou alguém dissesse algo crítico sobre ele online.
Ele poderia ter ligado para Yoongi naquela época. Ele podia ligar para Yoongi agora mesmo. Mas quando Jimin pega seu telefone para fazer exatamente isso, ele se detém, olhando para o número em seu telefone. Ele está tentando confiar nos outros quando não consegue confiar nem em si mesmo.
É... É patético.
Ele se enrola de lado, o telefone no peito e os olhos se fechando, imaginando se poderia simplesmente afundar no chão por um tempo, ser outra coisa para não ter que ser ele mesmo. Hoje não foi diferente de qualquer outro dia. Ele não entende por que de repente é tão difícil.
Ele não sabe quanto tempo fica assim. Mas ele sabe que são 22h quando as luzes se desligam automaticamente no estúdio. Seus olhos se abrem e ele se levanta, sensores de movimento captando seus movimentos para acender as luzes novamente.
É tarde. Ele deve ir.
Normalmente, Jungkook mandava uma mensagem para ele na hora do jantar para perguntar se ele queria uma carona para casa. E com certeza, há uma mensagem do diabo, embora Jimin finja que não está lá. Ele sai do prédio da empresa com passos lentos, as mãos enfiadas nos bolsos. Enquanto caminha para a rua principal para chamar um táxi, ele quer que alguém salte sobre ele, roube ou algo assim, ofereça outra distração, já que nada mais parece estar funcionando.
Ele deveria apenas ligar para alguém, chorar bastante, contar o que o está incomodando, só que ele não sabe. É tudo e nada ao mesmo tempo.
Quando alguém passa por ele na calçada, Jimin se prepara, preparando-se para revidar porque não quer se machucar, mas o cara continua andando. E então Jimin ri baixinho de si mesmo, pensando em como é estúpido ele recorrer a ser assaltado se isso significar que ele poderá ignorar seus sentimentos por um tempo.
Ele volta ao hotel sem problemas, passando pela porta de Hayoon a caminho da sua. Mais uma pessoa que ele poderia alcançar.
Mas ele apenas continua andando.
Uma vez em seu quarto, ele não para. Ele vai direto ao telefone e pede o jantar. E então ele se despe e pula no chuveiro, esfregando-se até ficar limpo, aprimorando a sensação de riachos de água escorrendo por sua pele. Quando termina, veste o pijama e passa a mão nos cabelos algumas vezes, olhando-se no espelho.
Ele parece muito cansado. Em alguns dias, sua programação começava às 9h. Algumas noites, ele se revirava até as duas da manhã. Talvez seja só isso, seu péssimo humor resultado de um péssimo sono.
Ele decide ir com isso. Ele está cansado.
Quando alguém bate na porta vinte minutos depois, Jimin tem algum filme da Hallmark passando ao fundo, seu caderno aberto na frente dele enquanto olha para todas as suas ideias de letras. Ele está perdido em pensamentos novamente, mas sai rapidamente, saltando da cama e correndo para a porta.
Mais tarde, ele atribuirá isso a não pensar direito, a estar cansado e distraído, a ficar muito confortável. Porque quando ele abre a porta, seu rosto não está escondido, nem pelo capuz, nem pelo chapéu, nem pelo cabelo meio crescido. Ele nem pensou nisso, essa é a parte assustadora.
Ele deixa o garçom entrar em seu quarto, deixa-o arrumar a janta enquanto se senta na beira da cama e espera que ele vá embora. Ele continua olhando para o relógio. Jungkook irá castigá-lo por comer tão tarde. Distraidamente, ele brinca com o cabelo, se distraindo mais uma vez, até perceber que o garçom ainda não saiu.
O garçom está olhando para ele.
- É alguma coisa... - A mão de Jimin imediatamente segura o lado de sua cabeça e, com horror, ele percebe que está tocando o cabelo, e seu rosto está nu, e há um homem estranho em seu quarto olhando para ele com a boca aberta e uma pergunta em seus olhos. - Porra. - Diz ele, saltando em pés instáveis. Por alguma razão, parece que seu mundo está desmoronando.
- Você... Você é...
O garçom sabe. Ele sabe quem ele é. O reconhecimento é claro em seus olhos. Porra. Porra. Tudo acabou. Arruinado. Ele terá que se esconder novamente.
- Hum... eu não queria assustar você. - Diz o garçom. - Só não esperava...
Jimin é muito perspicaz. Muito. Então, quando a expressão do garçom cai e seus olhos se estreitam ligeiramente e ele solta um som que Jimin supõe ser uma risada, ele percebe, o garçom se lembra de quem ele é e do que havia feito. Lembra-se de uma história que todos diziam ser verdadeira. Ele se lembra de uma mentira.
- Não foi verdade. - Jimin deixa escapar. - Tudo aquilo. O escândalo... não foi verdade.
- Eu deveria ir. - Diz o garçom.
- Você acredita em mim, certo?
- Hum... eu-eu não sei. Desculpe. Não é da minha conta.
- Não. - Diz Jimin, caminhando atrás do garçom enquanto ele se dirige para a porta. - Não. Diga-me que você acredita em mim. Eu não fiz aquilo. Juro. Ele mentiu.
- Tudo bem. Tudo bem. - O garçom abre a porta, e ele está parado na porta agora, olhando para Jimin com olhos que lêem descrença e... pena. - Tudo bem. Claro. Eu acredito em você. Tenha uma boa noite, senhor.
Ele não acredita nele. Quando a porta se fecha, Jimin teve certeza absoluta disso. Porra.
- Porra!
Ele cai de joelhos, fechando os olhos com força enquanto sua mente dispara com as possibilidades do que poderá acontecer agora. Ele consegue ver isso em sua mente, a imprensa que invadirá o hotel amanhã, as perguntas que serão feitas, o escândalo trazido à tona na mente das pessoas mais uma vez. E desta vez não há escapatória.
A menos que ele volte para Hadong. Ele pode? O carro dele está no estacionamento. Hayoon irá perdoá-lo. Ela sempre perdoa. Ele só tem que pegar e ir embora. Ele só tem que...
Chaves do carro. Ele corre para sua mala, remexendo dentro dela enquanto procura pela chave. Nada. A mochila dele? Nada. Ele bagunça o quarto, percebendo que não as trouxe, porque nunca planejou dirigir, porque seu carro não devia estar aqui, e Hayoon não devia estar aqui, e ele não devia estar aqui.
É alguma piada de mau gosto, alguém tentando desenterrar memórias ruins para que ele possa sofrer novamente.
Ele procura seu telefone, sua carteira, um moletom para vestir. Olhando para si mesmo, percebe que não poderá andar de calça de pijama, então troca por jeans, com as mãos tremendo. Por que suas mãos tremem? Ele está indo embora. Vá embora e nunca mais volte.
Ele está no meio do caminho para os elevadores quando percebe que está usando o chapéu de Jungkook, mas não quer voltar para se trocar. Hayoon cuidará de suas coisas. Ele só tem que sair daqui e encontrar uma maneira de voltar para Hadong.
Como?
Seus passos congelam. Táxi? Trem? Ônibus? Resumidamente, ele se pergunta se Donghae estará disposto a levá-lo. Ele só tem que manter isso em segredo de Jungkook.
Isso pode funcionar. Ele consegue fazer isso. Jimin clica em seu telefone, procurando o número do motorista que Jungkook enviou para ele, mas ele nunca usou. Está em algum lugar em seu e-mail. Jimin fica parado no meio do corredor enquanto procura em todos os tópicos de e-mail. Assim que vê um número, clica nele, sem perder tempo.
Ele engancha a mão em seu cotovelo, olhando para cima e para baixo no corredor para se certificar de que ninguém está vindo. Seu coração está disparado. Ele precisa sair agora.
- Olá?
A palavra mal sai da boca do cara antes de Jimin falar.
- Por favor, leve-me para Hadong. Por favor. Eu te pagarei. Eu... eu só preciso... Você vai fazer isso? Donghae-ssi, você poderia...
- Jimin.
Jimin congela, registrando o timbre da voz do outro lado. Ele olha para o telefone e, muito claramente, lê Jungkook. Ele clicou no número de Jungkook, não no de Donghae, e de repente ele entende o que aconteceu. Jungkook enviou o número de Donghae por e-mail, mas também enviou o seu.
Às vezes Jimin sente como se estivesse vivendo em algum maldito drama.
- Jimin, você queria me ligar? - Jungkook pergunta.
Não. Jungkook é a última pessoa para quem ele queria ligar. Mas sua voz está presa. Assim como tudo mais.
- Você está bem? - Jungkook pergunta.
- Eu liguei para você por acidente. Eu... vou desligar agora. - Só que ele não desliga. E Jungkook também não.
Eles ficam assim por alguns segundos, em silêncio. E então Jungkook fala:
- Você precisa de alguém para conversar?
- O que? Não. Não preciso de ninguém.
- Você está bem?
- Eu deveria dormir. Está tarde. Tenho que acordar cedo.
- Você não parece bem. - Jungkook diz.
Jimin prende a respiração como se isso pudesse ajudar a controlar suas emoções. Ele não entende por que se sente assim. Ele havia superado tudo isso. Durante semanas ele esteve bem. Sem choro. Nada de se convencer. Nada além de trabalho, trabalho, trabalho.
- Posso ir te ver, Jimin?
- Por que você gastaria de fazer isso? - Jimin parece muito amargo. Defensivo demais.
- Sinto sua falta. - Jungkook responde, parecendo incerto, talvez até inseguro.
Há um nó na garganta de Jimin agora. Ele tenta engolir, mas está sendo teimoso pra caralho.
- E você acha que por causa disso tem o direito de me ver do nada?
- Você me ligou.
- Eu não queria.
- Então desligue. Se você não quer me ver, desligue.
Jimin não desliga. Ele fica ao telefone no meio do corredor, dizendo a si mesmo para seguir em frente com seu plano de fugir. Ele fica parado enquanto sua respiração se iguala e o silêncio parece muito alto. Ele fica até que alguns minutos se passam e Jungkook diz de repente:
- Estarei aí em vinte minutos.
E só então desliga.
CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Gostaram desse capítulo? Foi um pouco tenso. Jimin ficou três anos fora e quer chegar e resolver tudo magicamente. Fala sério. E ele se afastando de JK e culpando JK pelo clima estranho, sendo que é culpa dele também. Sinceramente, esse capítulo foi uma mistura de raiva, raiva e pena. Esse final dramático me fez sentir pena dele. Um pouco. Como Tae falou, JM é dramático. Mas JK está vindo ajudar e de certa maneira tudo se resolverá.
Obrigada pelo carinho e apoio de todos.
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