2. O Diabo desceu a Hadong

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Bem, vimos que Jimin se isolou por 3 anos em uma lugar no interior e que ele está depressivo. Até mesmo ver o lado de fora o deixou ansioso. Agora vamos ver o que vai acontecer... O título ja diz muito né?
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Hayoon não diz nada quando Jimin pula o jantar e pega uma garrafa de cabernet sauvignon do refrigerador de vinho. Ele se enrola no sofá, bebendo de um copo cheio que deve ser maior que sua cabeça.

Quando Hayoon aparece com queijo, bolachas e uma tigela de frutas, Jimin apenas olha para ela, com as bochechas coradas, mas não a impede de colocar os petiscos na mesa de café. Ele espera até que ela se vá antes de colocar alguns biscoitos na boca. Ele está com um pouco de fome, afinal.

O Homem de Ferro está passando novamente na tela, mas Jimin não está prestando atenção. Ele não consegue acreditar na ousadia que Jung Hoseok teve, principalmente para falar sobre sexo. Porra, quem iria fazer sexo com um famoso agressor sexual? Mesmo que não seja verdade. Não importa, porque as pessoas irão acreditar no que quiserem de qualquer maneira.

A maior ação que Jimin teve foi com a mão ou o velho vibrador que ele comprou antes de se tornar um ídolo. Ele com certeza não irá enviar Hayoon para comprar um novo para ele, e ele não irá pisar em uma sex shop quando as pessoas ainda se lembram de quem ele é. Ele sabe que pode comprar algo novo online, mas talvez só goste de sofrer.

Jimin ri em seu copo meio vazio, rindo com o pensamento. Choi Byungho certamente gosta de vê-lo sofrer, e ele (JM) foi estúpido o suficiente para se apaixonar.

Sua risada desaparece tão repentinamente quanto havia surgido, substituída por uma dor que parece nunca passar. Três malditos anos e ele ainda está com o coração partido. Jimin gira o vinho restante em seu copo e toma outro grande gole. É a maneira errada de apreciar o vinho, mas seu objetivo não é o prazer.

Ele só quer esquecer.

Nos primeiros meses de isolamento, Jimin quebrou algumas vezes e procurou sobre Choi Byungho online. A princípio, os únicos artigos sobre ele eram sobre o incidente e sua 'recuperação'. Mas então algo mudou. Byungho iria estrear em um grupo de quatro pessoas! Byungho era o favorito entre os fãs! Byungho tinha uma voz de anjo! Byungho era muito admirado por sua resiliência depois do que Park Jimin fez com ele.

Jimin parou de ler as notícias depois disso.

Quando percebe que seu copo está vazio, estende a mão para servir outro, apenas para descobrir que a garrafa também está vazia. Jimin a chuta para o lado, observando-a rolar pelo chão e parar contra a parede.

Porra.

A cabeça de Jimin está girando, sua bexiga cheia, mas ele não quer se levantar. Ele quer se fundir no sofá e fazer parte dele. Que vida os sofás têm. Tudo o que eles tem que fazer é ficar ali. E pelo menos eles são úteis, pelo amor de Deus.

— Preciso fazer xixi. — Diz ele, grunhindo enquanto se levanta. Sua mão entra em contato com uma maçaneta, e ele a torce e abre. Ele é atingido por uma rajada de ar frio, mas não pensa muito nisso. Hayoon está chamando seu nome atrás dele, mas ele apenas acenou para ela. — Banheiro. — É toda a explicação que ele dá.

Está escuro. Os pés descalços de Jimin estão frios no chão. Enquanto caminha, ele temporariamente esquece o que veio fazer ali. Ele tem que se concentrar em andar em linha reta, mas é um pouco difícil quando sua cabeça gira mais rápido que uma bailarina. Ele ri com o pensamento.

Quando seu ombro esbarra em algo e ele tropeça um minuto depois, Jimin se lembra de sua busca para fazer xixi. Ele estende a mão, tocando a parede de tijolos à sua frente. Esse não é o banheiro, ele constata, mas isso não o impede de sacar o pau e fazer xixi.

O alívio o faz cair contra a parede por um momento. Um vento sopra e ele cheira o ar fresco. Deus, faz muito tempo que ele não sente o cheiro de ar fresco.

Seus olhos se abrem ao perceber que está do lado de fora. Ele se afasta da parede com pressa, apenas para cair de bunda no chão. Ele rasteja desordenadamente sobre as mãos e os joelhos, o peito arfando quando o pânico começa a se instalar.

Não ajuda que ele esteja bêbado e sinta que o mundo está se inclinando.

— Puta merda porraporraporra, — Diz Jimin, rapidamente e em rápida sucessão. Ele não consegue reconhecer onde está no escuro, e o caminho não têm postes de iluminação porque ele mora no meio do nada. — Hayoon? — Ele grita na noite. Jimin tenta se levantar, tropeçando alguns passos para o lado. Com os braços estendidos de cada lado, ele tenta recuperar o equilíbrio, rindo de si mesmo por ser tão desajeitado até lembrar, de novo, que está do lado de fora. — Porra! Merda!

Por um segundo, ele fica congelado. Ele não sabe o que fazer ou para onde ir. Seus pés estão colados ao chão, como se ficar parado pudesse ajudá-lo a se sentir um pouco mais firme. Um segundo depois, ele vomita. Sai dele de uma vez e sem avisar, sujando todo o caminho.

Jimin sente um pouco pingar em seu pé, e esse pensamento é o suficiente para fazê-lo levantar os pés e caminhar alguns passos para longe, onde ele finalmente desaba contra uma árvore, a garganta doendo e os olhos úmidos. Ele fecha os olhos, levantando os joelhos e desejando poder ser transportado magicamente de volta para o conforto de sua casa. Ele não sabe onde está. Ele não sabe onde está.

Se alguém o ver, eles o ajudarão? Ou darão uma olhada em seu rosto e decidirão que não vale a pena ajudá-lo? Por causa do que ele tinha feito.

— Eu não fiz isso. — Ele diz em voz alta, em suas mãos. — Eu não fiz. Eu não. Por que você…

Ele se sente patético. Ele é patético. Ele havia deixado um jovem destruir tudo, e por quê? Por amor? Ele deseja poder voltar. Ele quer voltar para antes.

— Boa noite, tudo bem com você?

A voz faz Jimin pular. Ele olha para cima e vê um homem elevando-se sobre ele; seu sobretudo e gola alta fazendo Jimin pensar que ele é um homem de negócios. Quando o estranho se abaixa como se fosse estender a mão para ele, Jimin se afasta, rastejando sobre as mãos e joelhos porque não tem força ou firmeza para ficar de pé.

— Ei, ei. — Diz o homem. De repente, um par de braços envolve a cintura de Jimin por trás e o coloca de pé.

O mundo parece se inclinar novamente. Jimin está congelado. Ele não consegue acreditar que algum estranho está tentando ajudá-lo. Mesmo quando o homem para perto dele, segurando-o firme com as mãos nos ombros dele, Jimin não consegue se mover.

Está escuro, mas ele consegue distinguir o rosto do estranho já que seus olhos se ajustou a escuridão. Lábios parece macios. Olhos de corça. Bochechas redondas. Ele não parece muito velho, mas sua roupa o envelhece um pouco, o casaco escuro quase até os tornozelos.

— Você está bem? — O estranho pergunta.

A voz de Jimin fica presa em sua garganta. Quando ele tenta fazer um som, sai como um guincho patético.

O estranho ri.

— Você está um pouco bêbado? Você quer alguma ajuda com isso?

— O-o quê? — Jimin sente como se estivesse falando por um canudo.

— Talvez você devesse se sentar. Venha aqui.

Jimin se vê abaixado de volta até sua bunda tocar o chão, e o estranho senta-se bem em frente a ele, cruzando as pernas. Eles se olham do chão, e por um segundo Jimin não sabe o que fazer ou por que está ali. Ele deveria estar enrolado em seu sofá em casa, não sentado no chão frio do lado de fora sem sapatos.

— Feche os olhos por um segundo. — Diz o estranho.

— Por que?

— Apenas faça. Confie em mim.

Jimin não confia nele, nem por um segundo, mas fecha os olhos mesmo assim porque está bêbado e, honestamente, exausto. Ele sente uma mão tocar o lado de sua cabeça e recua, mas um segundo depois, a névoa bêbada em seus pensamentos desaparece e ele é atingido por uma clareza repentina.

É como emergir da água. De alguma forma, de alguma maneira, ele está sóbrio novamente.

Mas tudo o que isso faz é tornar a realidade de sua situação mais pesada sobre ele. Jimin morde o lábio quando se atreve a abrir os olhos, sua respiração ficando mais curta enquanto ele observa o ambiente. Ele realmente e verdadeiramente não quer estar ali.

— Você está bem? Você parece assustado.

— S-sim, eu-eu só… — Jimin pisca rapidamente quando sente as lágrimas aquecerem seus olhos. Ele está prestes a chorar na frente de um estranho? — Merda. — Xingar ajuda. — Merda merda merda. Porra. Porra!

O estranho parece surpreso, seus olhos nunca deixando o rosto de Jimin.

— Eu preciso ir para casa. — Diz Jimin. Uma frase completa. Ele queria se dar um tapinha nas costas.

— Você mora por aqui?

— Sim.

— Onde?

— Eu... — Jimin olha ao seu redor, para cima e para baixo no caminho, mas não reconhece onde está. — Não sei.

— Isso torna as coisas um pouco difíceis.

— É uma casa. — Jimin deixa escapar, corando em um tom profundo de vermelho porque, que coisa estúpida de se dizer.

Mas o estranho não está rindo.

— OK. Uma casa. Se você quiser, posso caminhar com você até encontrá-la.

Jimin assente. Ele agradece a ajuda e, na penumbra, não há motivo para o outro o reconhecer. Ele poderá se aconchegar no sofá onde estava seguro e esquecer tudo sobre sua estúpida aventura aqui fora. Mas então, dois passos em sua busca, o estranho fala novamente.

— A propósito, você é Park Jimin?

Os passos de Jimin param, as palavras soando em seus ouvidos. Ele pode não estar mais bêbado, ~ como isso é possível? ~ mas sente que vai vomitar de novo.

— Não há necessidade de responder. — Diz o estranho.

— E-eu acho que sei onde estou agora. Posso chegar em casa sozinho.

Quando Jimin começa a andar novamente, sem muita certeza de como chegar em casa sozinho, o estranho continua a segui-lo.

— Sou fã da sua música.

Jimin vira o rosto, a vergonha correndo por ele. Ele havia deixado tudo isso para trás. Ele não ouviu uma única faixa sua desde aquele dia, fingindo que nada disso pertencia a ele porque as pessoas mudaram o significado de suas canções para caber em suas próprias narrativas distorcidas. O amor era obsessão. Introspecção era narcisismo. Inocência era ignorância.

— Eu não canto mais. — Jimin diz.

— Por que não? Você é um bom cantor.

— Não importa.

— Você já pensou em começar de novo?

Jimin se volta para o estranho.

— Quem diabos é você?

O estranho levanta os braços, dando um passo para trás ao tom áspero de Jimin. Depois de um momento, ele abaixa os braços.

— Eu sou JK. — Ele simplesmente responde.

— Dizer-me o seu nome não me diz quem você é.

Os lábios de JK se contraem.

— Verdade. Olha, Jimin, eu sei o que aconteceu com você. Honestamente, foi uma merda, mas você não pode deixar que isso o impeça de fazer música. É o que você deveria estar fazendo.

— Você não me conhece.

— Talvez não. Mas eu amo sua música! Como disse, sou fã. Sempre pensei depois do que aconteceu que você voltaria eventualmente. Quem imaginaria que você estava se escondendo neste pequeno lugar?

O cara está falando besteira. Jimin cerra os punhos.

— Eu não vou voltar. Eu fui basicamente exorcizado da indústria do entretenimento.

— Exorcismo é um pouco diferente.

— É uma metáfora.

— Claro. — Quando Jimin começa a se afastar, farto da conversa, JK o alcança apressadamente. — Espere um segundo. Escute-me. Apenas pare de andar por um segundo, ok? Bom. Olha, e se eu disser que posso ajudá-lo a recuperar tudo isso?

— O que?

— Sua carreira e seus fãs.

— Eu sou a porra de um criminoso sexual.

— Sim, mas você não fez isso, não é?

Jimin fica atordoado. Essa é a segunda vez que alguém lhe dizia isso. Se há dois no mundo, quantos mais acreditarão nele? Um sussurro de esperança está entrando em seu coração, mas ele não quer deixar ficar.

Será melhor ignorar isso. Melhor continuar deixando o mundo acreditar no que eles querem. Melhor para Park Jimin ficar longe.

— Posso ajudá-lo. — Diz JK.

Jimin olhou para aqueles olhos e viu sinceridade. Este estranho realmente queria ajudá -lo.

— C-como? Eles não vão acreditar…

— Eu tenho meus caminhos.

JK se inclina para frente e Jimin se vê incapaz de desviar o olhar desse homem com seu casaco enorme, cabelos lisos e olhos hipnotizantes. Se Jimin o tivesse visto três anos atrás, poderia ter se apaixonado por ele. Apenas uma pequena paixão no qual ele não teria agido, já que estava namorando Byungho na época. Esse JK definitivamente é o tipo dele, meio misterioso, meio infantil também.

Mas agora, Jungkook não parece infantil. Ele parece sábio. Ele parece cheio de respostas. Parece que Jungkook pode resolver todos os problemas dele, e Jimin quer deixá-lo. Ele está doente e cansado das mentiras e da dor sempre presente em seu coração. Ficar sentado e isolado pode mantê-lo longe das repercussões do que havia acontecido, mas não permite que ele esqueça.

Ele nunca poderá esquecer, então por que não? Por que não obter justiça para si mesmo?

— Você pode mesmo? Me ajudar?

— Eu posso. — JK diz, sorrindo perigosamente. — Mas no final de tudo isso você não vai se importar se eu comer sua alma, vai?
 
 
 

CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Kskskskskskskskskfdkjgdaagks
Eu taria correndo até 2050 com essa frase. Deus é mais. Então, o que acharam desse capítulo? Espero que esteja gostando da história até agora.
 
 
ENQUETE:
Lembram dessa parte:
"O estranho parecia surpreso, seus olhos nunca deixando o rosto de Jimin"

Então com base nisso,  na sua opinião, qual opção mais provável:
1. JK é um demônio. Ele estava passando e viu um homem no escuro parecendo doente. Ele tentou ajudar e ficou surpreso ao ver que era JM, o cantor que ele gosta.
2. JK é um demônio, fã de JM. E estava procurando por ele para fazer o pacto e ajudá-lo. Mas ao ver JM de perto ficou surpreso com sua beleza, mesmo esse sem maquiagem.

Não deixe de opinar. Não precisa acertar. É só uma maneira de interagirmos. Já que quando eu pergunto as teorias quase ninguém responde.

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