Capítulo11
Lucas sentiu um grande desespero apossar de si, tudo conseguia imaginar era as possíveis coisas que aconteceu com Guilherme. Aquele menino tinha crescido rapidamente dentro de si, e mataria quem ousou permitir ou o feriu.
Suas unhas estão todas denotadas, pois roeu todos no trajeto.
— Pare com isso! Agorinha comerá os dedos! — Henrique ditou. Ainda prestando atenção no trânsito, ele puxou o braço do ruivo, para impedi-lo de acabar com as pontas dos dedos.
— Mas... E se for mais sério do que falaram? — Lucas choramingou.
— Carlota está com ele, e não mentiria para mim. Foi acidente, Luc. — O mais velho disse.
Lucas soltou o ar preso em seus pulmões. — E se alguém o empurrou? Apostos que nesse lugar não cuidam deles direitos.
— Ei, esse lugar e o meu lugar. E todos são cuidados muito bem. Ele é uma criança, e levada por sinal. — Henrique disse. Ele manobrou estacionando diante do hospital. O centro tinha convênio de saúde, assim, encontravam em frente um dos Hospitais particulares de São Paulo. — Vamos!
Os dois deixaram o veículo e seguiram rapidamente para o hospital de faixada moderna. Mesmo sendo final de semana, o local parecia movimentando. Bem, a saúde não tirava folga somente por que era final de semana.
Foram até a recepção. — Boa tarde, estou aqui para ver Guilherme Bedesko. Ele foi traço devido ferimento no braço!
A mulher olhou com cobiça para o loiro, afinal, como resistir aquele homem lindo, mas isso não pareceu agradar ao ruivo.
— O que está olhando? Que tal encontra logo o garoto e para cobiça um homem gay. — Lucas grunhiu.
Henrique poderia ficar com raiva da atitude do mais jovem, mas a verdade que achou fofa.
A mulher desconcertada verificou as informações. — Ele está ala pediatra. Podem esperar na sala de espera que o Doutor irá vê-los. — Ela disse, após entregá-los o crachá de visitante e indica o caminho.
Eles seguiram pelo caminho que a mulher indicou, porém a dureza da expressão de Lucas não amenizou. — O quê? Acaso gostou se flertado por ela? Acho que é momento para isso?
Henrique tirou o sorriso dos lábios. — Não! Eu nem prestou atenção nela... — Disse rapidamente. Quando chegaram a sala de espera, Carlota já guardava por eles. — Carlota, o que aconteceu?
A mulher parecia apavorada. — Ele... Eu lamento muito Sr. Sampaio!
Lucas estreitou os olhos. Ele não achava que Guilherme caiu por escorrega, por que do contrário, aquela mulher não agiria assim. — O que aconteceu?
Ela encolheu os ombros. — A mãe dele... Apareceu no Centro. Queria vê-lo, e a psicólogo achou seria bom... Sabe, inclusão das crianças a família, mas Gui não gostou... Ele fugiu e acabou escorregando no chão... Molhado.
— Sabe que tem ordem judicial para essa mulher fica longe dele. Por que deixaram-na entro no meu centro? — Henrique ditou furiosos. Lucas nunca o tinha visto assim, e confessa que o loiro parecia sexy e ao mesmo tempo assustador.
— Eu lamento muito! — Carlota choramingou.
— Cadê ele? — Lucas perguntou. Foi quando enfermeira aproximou e indicou para levá-los.
Henrique ordenou para que Carlota ligasse para a polícia e denunciasse aproximação da mãe biológica de Guilherme, e depois ligasse para advogado do centro solicitando uma reunião. Ele não iria deixar mais ninguém machuca aquele menino.
Lucas estava se sentindo preocupado, estava doido para ver o seu pivetinho, o seu coração doía só de imaginar pelo que o seu Gui passou e com essa aproximação da sua mãe. Quando ele chegou a frente à porta, Lucas empacou, ele não sabia, mas um sentimento novo apossou dele, medo que Gui tivesse mais ferido ainda.
Ele sentiu Henrique pegar a sua mão, ele levantou a cabeça e sorriu de lado.
— Está tudo bem? — O loiro indagou.
— Estou sim, vamos, quero ver Gui! — Disse Lucas e o loiro assentiu e lançou um sorriso para ele.
— Está tudo bem, senhores? — A enfermeira indagou.
— Sim! — Henrique respondeu.
Ela abriu a porta e os dois entraram de mãos dadas, sem perceberem os dois não soltaram a mão. Lucas quando entrou viu as paredes brancas, mas o seu olhar foi direto para o menino deitado na cama, o mesmo estava com o braço enfaixado, Lucas soltou a mão de Henrique e se aproximou da cama.
— Ei! — Disse Lucas, Gui que calado deitado de lado quando escutou a voz e levantou a cabeça e se deparou com Lucas sorrindo para ele.
— Lucas! — Gritou o molequinho o fazendo rir.
— Está tudo bem com você mesmo Gui? — Lucas perguntou o abraçando.
— Sim! — A criança respondeu.
— Hey! — Henrique se pronunciou sorrindo com aquela cena. Guilherme saiu do abraço com Lucas e se virou para Henrique.
— Você veio! — Guilherme disse surpreso.
— Claro que sim, o meu pirralho caiu e vim ver como você está! — Disse sentando na cama, Guilherme era só sorriso, o mesmo com dificuldades abraçou Henrique de lado. — Está bem mesmo homenzinho? — Indagou Henrique, o abraçando, ele sentiu os seus olhos arderem, ele sabia que tinha Guilherme como um filho e nunca queria o ver machucado. Lucas se afastou e se sentou numa poltrona em frente à cama e ficou vendo aquela linda cena.
— Estou bem sim, menos no caso que eu nunca quebrei um braço e dói para cambara! — Disse os fazendo rir.
— Me deixa ver o seu novo gesso. — Henrique falou. Ele se ajeitou na cama e analisou o braço quebrado.
— Estou feio, eu sei! — Guilherme disse.
— Ei, você mesmo com esse gesso fica lindo! — Disse Lucas, ele viu as bochechas do seu pivete ficar vermelha o fazendo rir de lado. — Sabe o que está faltando nisso ai? — Indagou Lucas, ele e Henrique balançaram a cabeça negativamente. — Você nunca quebrou o braço, Rique? — Lucas ditou se levantando da poltrona e se aproximou da mesa que ali tinha.
— Não, por quê? Você já?
— Sim, eu vivia mais deitado no chão do que em pé nele, lembra-se de Miguel? Eu o atropelei com o meu skate. — Disse rindo, Henrique e Gui o acompanharam.
— Está procurando o quê? — Indagou Guilherme.
— Mmm... Isso aqui! — Exclamou sorrindo. Ele amostrou uma caneta e se aproximou deles. — Me de aqui, — Lucas se abaixou pegando no gesso dele, Gui o olhou com os olhinhos brilhando e loiro sorriu. Lucas escreveu o seu nome. — Pegue e escreva o seu nome.
— Mandou Rique, o mesmo riu e aceitou a caneta e escreveu o seu nome perto do nome de Lucas. — Agora Gui, você tem que coletar nomes de pessoas que você goste nesse gesso, eu fazia isso um monte de vezes e também as meninas sempre deixavam os seus números e algumas mensagens, era de mais! — Gargalhou.
Henrique se mexeu desconfortável pela fala de Lucas, mas deixou de lado.
— Okay! — Guilherme ditou alegre. — Quando vou poder sair daqui? — Indagou.
— Vou chamar a enfermeira! — Lucas falou. O ruivinho deixou o quarto e fechou a porta atrás dele. Ele fechou os olhos e soltou o ar lentamente. Ficou sem como reagir diante da cena. Para muitos pareciam algo normal, mas ele pegou-se vendo formando uma família com aqueles dois, e isso o assustou.
Suspirando, se aclamou, e desencostou da parede indo realmente procura pela enfermeira. Acabou encontrado o médico e esse o entregou a alta de Guilherme, assim como a receita para remédio de dor e cuidados.
Ele retornou ao quarto e acenou o papel para os outros dois. — Sua alta! Podemos levá-lo daqui!
Gui sorriu e olhou para Henrique. — Posso ir para sua casa? Só por hoje? — Implorou com os olhinhos brilhando.
— Me deixa apenas fazer umas ligações. Lucas, o ajuda vestir? — O loiro pediu.
— Claro!
— Eu sou já grande, posso fazer isso. — O menino resmungou.
— Está com braço machucado. — Lucas disse, aproximou-se de Guilherme, no que Henrique saiu do quarto. O ruivo ajudou Guilherme retira o avental hospitalar e vestir a bermuda e blusa. — Já dormiu na casa de Henrique antes?
— ah, logo quando me encontrou, até que me mandou para abrigo. Não posso muito por que ele poderia ter problemas legais. — Disse dando os ombros.
Lucas ajoelhou em frente à cama enquanto a criança estava sentando na borda cama, permitindo que o mais velho calçasse os seus tênis. — Quer fala sobre o que aconteceu?
Guilherme fechou os olhos. — E-eu... Não quero volta morar com ela. — Era claro que ele não queria chorar. — Por que não posso ter Henrique como meu pai? Você podia se minha mãe. — Disse última parte com sorriso, fazendo Lucas corar, e dar um cascudo no moreninho.
— Seu bobo! Vamos, ele deve estar nos esperando.
Os dois deixaram o quarto e encontraram com Henrique falando algo com Carlota, a mulher parecia apreensiva. Ele despediu-se dela quando viu os outros dois, e virou para eles.
— Vamos? Já resolvi, pode ficar lá em casa resto final de semana, Gui. Mas na segunda precisa retornar o centro por causa das aulas. — Disse. Claro, não contou tudo que tratou com seu advogado, deixaria isso para quando conseguisse o que queria.
O menino deu lindo sorriso e acenou. — Também vai Lucas?
Lucas olhou apreensivo. — Posso ir um pouquinho, mas depois preciso ir para casa.
Henrique sorriu. Adoraria ter o ruivinho na sua casa. Assim, os três deixaram o hospital. Guilherme foi ao banco traseiro do carro, e Lucas ao lado de Henrique, enquanto o loiro diria pelas ruas da cidade.
–oo0oo-
Miguel sentiu algo mexer do seu lado, o fazendo abrir os olhos e ele percebeu que cochilou no meio da maratona de supernatural, ele sentiu as suas bochechas ficarem vermelhas de vergonha. Com dificuldades Mi virou a cabeça e viu Gustavo já em pé.
Ele não tinha percebido que o loirinho tinha acordado e estava aproveitando a visão de Gustavo de costas. As costas largas. Ele desceu o olhar e viu a cueca saindo do short. Miguel sentiu uma enorme vontade de apertá-las e percebeu que agora podia, pois felizmente eram namorados...
Namorados, ele amava essa palavra. Com delicadeza e sem fazer ruído, ele se aproximou da borda da cama, e ergueu o braço. Sorrindo malicioso, ele pegou aqueles glóbulos redondinhos e deliciosos e apertou com a sua mão, e escutou o grito do seu moreno, que o fez rir.
Gustavo olhou para trás e balançou a cabeça negativamente com um sorriso no rosto.
Miguel ainda estava com a mão erguida, e ele encostou a sua cabeça na cama e lançou um sorriso para Gustavo. Com a mão ainda erguida, ele traçou o short onde tinha um volume. Ele ficou vermelho, mas ele não recuou, não, ele continuou a traçar com os dedos.
O moreno olhou surpreso, mas não retirou a sua mão.
Depois de rodear aquela área, Miguel virou a cabeça e deixou cair à mão, mas para logo sentir a mão firme de Gustavo na sua mão, o fazendo voltar o seu olhar para ele. Ele estava tão perto dele e sentiu o seu coração acelerar, mas não falou nada. Só ficaram se olhando por um bom tempo. Ele nunca se cansaria de olhar para o belo roto do seu amado moreno.
Gustavo se aproximou mais e ele sentiu a respiração pesada dele o fazendo ofegar. E com passe de mágica, os dois começaram a se beijar.
Miguel estava viciado em Gustavo, ele era a sua droga pessoal, nunca queria deixar Guto, nunca queria ficar separado com o seu amor, sim, Guto era o amor da sua vida, o único homem que é capaz de deixá-lo louco com pequenas coisas, com pequenos gestos, que o deixa feliz só de vê-lo feliz.
Miguel sempre via o seu futuro com o moreno de olhos castanhos esverdeados, que o deixava fascinado desde o primeiro encontro dos dois. O beijo se intensificou e suas mãos mergulharam no cabelo negro de Gu. O mesmo já estava por cima dele o fazendo gemer e soltar múrmuros com aquilo.
Os corpos dos dois já estavam quentes. Gustavo e Miguel esqueceram o mundo ao seu redor, o barulho da televisão, dos carros lá fora, só restava os dois, mas ninguém, pois os dois não precisavam mais de nada, só os dois colados e se beijando loucamente, se beijando apaixonadamente... Mas para a infelicidade dos dois, o toque de celular de Miguel começou soar, mas eles não se importaram, mas depois que o celular tocou pela terceira vez Gustavo parou de beijá-lo.
— O deixa tocar, e volta aqui! Miguel disse puxando Guto, que acabou se rendendo, mas eles já voltaram ao mundo real e o toque do celular começou a irritá-los, mas Miguel não deixou de beijar Gustavo, não, mas pela quinta vez, os dois se separaram de vez, bufando Miguel se sentou na cama desorientado e ofegante. — Cadê? — Indagou procurando o celular. Gustavo viu que o mesmo estava em cima do seu criado mudo, ele pegou e entregou o celular. — Obrigado amor! — Agradeceu, ele pegou o celular e olhou e na mesma hora que ele quase que caia para trás, pois quem ligara foi sua querida e amada mãe, olhando a hora, passava mais de sete horas da noite. — É minha mãe e já são sete horas! — Disse Miguel ainda olhando para o celular, com medo que sua mãe aparecesse ali e começasse a gritar e brigar com ele por que não tinha atendido a sua ligação e na mesma hora o mesmo começou a tocar o fazendo pular de susto.
— Atenda bebê, diga a ela que você estava tomando banho e não viu que estava tocando, enquanto isso vai fazer algo para comermos anjo! — Gustavo lançou um sorriso confortador e bicou os seus lábios no de Miguel o fazendo suspirar.
Ele viu Gustavo desligar a TV e, ele finamente atendeu o seu celular.
— Oi mãe!
— Oi mãe? É isso que você responde menino? Faz meia hora que estou tentando ligar para você e você diz oi mãe? — Beatriz reclamou.
— Queria que eu atendesse como? — Ditou, mas logo relaxou. —Desculpa, desculpa mami, era que eu estava tomando banho e não escutei o celular por causa do chuveiro!
— No chuveiro? Nem quero imaginar! — A mulher falou.
— Não estava fazendo nada demais. — Disse, bem praticamente mentiu, pois estava fazendo algo além de tomar banho. — Só estava tomando banho, e Guto estava fazendo algo para comermos na cozinha e o celular ficou no quarto, e não escutamos, não pense nessas coisas!
— Tudo bem, tudo bem! Vamos deixar esse assunto de lado, te liguei para perguntar como você estava, pois estava com saudades de você. Amanhã você vem embora, neh? — Sua mãe perguntou.
Suspirando e sorrindo Miguel respondeu. — Também estou com saudades suas mamis, acho que sim, mas queria ficar mais um pouquinho aqui sabe, pois na próxima semana tem aula, e Guto e eu não poderemos nos ver, ai hoje e amanhã ficaremos um pouquinho juntos, mas amanhã vou mais cedo, ok mãe? Não se preocupe!
— Ok meu filho! Você sabe como sou, somos só nos dois, e não gosto ficar muito tempo separado de você. Eu amo muito você, Mi, você é o meu único filho, não quero te perde! — Beatriz choramingou.
— Ei mãe, a senhora nunca vai me perder, eu ainda sou o seu bebê! — Miguel disse a confortando. — Amanhã peço Guto para me deixar mais cedo e poderemos assistir os nossos filmes favoritos e ficaremos juntinhos, o que acha?
— Acho fabuloso, agora vou deixar você ir, deve se alimentar bem viu, diga a Gustavo que mandei um beijo e um abraço, se cuida meu filho! — Beatriz ditou.
— Beijos mãe. Digo sim! Amo-te! — Miguel despediu-se de sua mãe, e então, desligou o celular.
Ele colocou o celular de volta ao criado mudo e se levantou da cama, ele se espreguiçou. No momento que bocejou a sua barriga roncou o fazendo rir.
— Vamos já deixar você alimentado! — O loirinho disse para sua barriga o fazendo rir bobo. Ele deixou o quarto e caminhou até a sala, onde escutou Gustavo na cozinha. Sorrindo apaixonado, ele dirigiu até lá, onde encontrou Gustavo de avental o fazendo rir, chamando atenção do moreno.
— Como foi? Ela brigou muito? — O moreno brincou.
— Um pouco. — O mais jovem bufou um riso. — Ela te mandou um beijo e um abraço. — Ele encostou-se à bancada de mármore.
— Mmm, ela pode depois me dar o abraço, mas o beijo eu quero agora. — Gustavo disse arqueando a sobrancelha fazendo cara de safado.
Miguel não aguentou e começou a rir o levando junto. — Tarado, a minha mãe mandou um beijo inocente e já quer me beijar na boca! — Disse divertido.
— Só pode oras! — E sem mais ele tascou um beijo em Mi o fazendo derreter.
— Pronto, já ganhou o seu beijo e agora me alimente! — Miguel ordenou.
— Ok vossa majestade, o seu servo vai te serve, agora se sente meu rei! — Gustavo disse respeitoso
Miguel não aguentou e riu, mas acabou ganhando uma careta de Guto.
— Ok, meu querido servo! — O loiro disse sedutor.
— O que vai querer de sobremesa vossa majestade? — Indagou se virando.
— Estava pensando num tal servo com calda de chocolate por cima! — Miguel disse se sentando, Gustavo nesse momento teve uma crise de tosse o fazendo rir. — Não fique tímido, meu servo! — Falou rouco.
— O seu desejo é uma ordem, meu rei! — Gustavo disse se virando e fazendo uma reverência. Os dois não se aguentaram e gargalharam.
Miguel ficou sentando esperando Gustavo preparar o seu jantar, o mesmo parecia delicioso pelo cheiro. Não demorou muito e Gustavo finalmente terminou o que estava fazendo. Os dois se sentaram um do lado do outro e comeram a deliciosa panqueca de carne moída e arroz.
Em cada mordida, Miguel gemia satisfatório.
— Eu fui abençoado, pois você e minha mãe são maravilhosos cozinheiros! — Miguel disse.
Gustavo deu de ombros. — Ta sujo aqui! — Disse limpando o canto da boca, mas logo ele teve uma ideia. — Ainda está sujo, perai! — Miguel parou de comer e esperou, mas logo sentiu a língua de Gustavo no canto da sua boca o fazendo ofegar surpreso. A língua encaminhou até a sua boca, ele ficou parado e esperou Guto. O mesmo pediu permissão com a sua língua atrevida, e claro que ele deu, e assim os dois recomeçaram a beijar, mas logo eles se separaram. — Agora sim, está limpo. — Disse sorrindo de lado.
— Aproveitador! — Miguel disse.
— Que bom você gostou! — Gustavo divertiu.
— Amo! — Miguel sussurrou, mas o moreno sorriu mais ainda, e disse.
— Também te amo! — Sussurrou no ouvindo de Miguel o fazendo se arrepiar.
Os dois finalmente acabaram de comer. — Vou ajudar a lavar! — Disse Miguel se aproximando da pia.
— Nananinanão, amanhã eu limpo isso ai, agora quero o meu loirinho comigo na minha cama! — Gustavo disse.
— Oh, assim eu nem reclamo, mas a minha sobremesa, vai rola? — Pediu piscando os olhinhos.
— Ohoho, bem, não tenho caldo de chocolate, mas tenho sorvete, você gostaria? — Gustavo perguntou.
— Caro que sim! — Exclamou saltitante, rindo, Gustavo se afastou do loirinho e pegou o sorvete na geladeira. — Vamos assistir o que? — Perguntou.
— Já que você dormiu no meio do seriado.
— Desculpa, mas parece que não fui o único, mas pelo visto eu não vou conseguir dormi tão cedo, coloque um filme! — Gustavo disse alegre. — Vamos assistir terror! — Disse pegando na mão de Mi. Os dois deixaram a cozinha e voltaram para o quarto.
Miguel pegou os sorvetes da mão de Guto com as colheres e se deitou. — Vem logo! — Disse abrindo o sorvete.
— To indo! — O moreno falou desligando as luzes. Ele já tinha colocado o filme, e pegou o controle e se deitou do lado de Mi, que se aconchegou e assim eles passaram o resto da noite ate a madrugada comendo sorvete e assistindo filmes, não do jeito que ele imaginara comer o sorvete, mas um dia Miguel ia realizar, ia colocar calda de chocolate, sorvete em cima de Gustavo e iria saborear, só de imaginar o deixava desejoso.
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O relógio marcava um pouco mais de 22hs da noite quando Lucas finalmente puxou o coberto sobre o menino. Guilherme mesmo cansado, lutou contra o sono, pois queria aproveitar cada segundo com Henrique e Lucas.
Depois saíram do hospital fora direito para apartamento de Henrique. Lucas ficou abocanhado com a decoração e luxo. Se ele achava o apê que morava com irmão razoavelmente grande, a casa de Henrique, era literalmente saído de revista. O Apartamento era duplex e enorme.
Guilherme parecia à vontade, mostrando que já tinha ido ali algumas vezes.
Henrique mostrou rapidamente o lugar para Lucas depois que indicou o quarto para Gui ir tomar um banho e vestir roupas limpas, depois, deixou o moreninho e ruivinho vendo TV, no que Henrique fez algo para comerem.
Lucas descobriu que o loiro, mesmo sendo rico, sabia cozinha muito bem. Eles começaram na varanda aproveitando a noite com suave brisa, e quando terminaram, optaram por assistir filme.
O menino dormiu praticamente na metade do filme, e Lucas levou para o quarto enquanto o loiro arrumava toda a bagunça.
Ele sorriu para Gui. O garoto era alguém especial, e sinceramente, merecia ser amado e cuidado. Sabia que seus pais verdadeiros não fizeram isso, então, torcia para que conseguisse pais adotivos que fizessem. Lucas queria que tivesse boa condição financeira e idade para adotar Guilherme. Iria amar.
Ele deixou o quarto e seguiu pelo corredor. Sorte a casa de Henrique não ficava muito longe da dele, assim, poderia pegar um busão. Encontrou Henrique terminando de arrumar a sala.
— Oi, ele apagou. — Disse. Admirou o loiro. Henrique era lindo... Se fosse gay até poderia... merda, o que estava pensando. — Eu tenho que ir embora!
Rique o olhou firme. — Por que não dorme aqui!? — Sugeriu, mas quando viu Lucas corar, completou. — Eu tenho mais um quarto de hospedes...
— Não! E melhor ir embora. — Falou apressado. Lucas não podia ficar mais tempo perto daquele loiro, por que ele o fazia sentir confuso.
Henrique acenou. Ele deu passos lentos em sentido ao ruivo. Suas mãos fecharam em punho e abriram novamente. Para alguém tão seguro, ele parecia incerto. — Certo, eu posso...
Lucas ergueu as mãos e as balançou em negação. — Não! Gui está dormindo, não pode deixá-lo sozinho. Eu pego um táxi ou ônibus, além disso, minha casa não fica tão longe daqui!
O mais velho coçou a nuca. — Claro!
Os dois ficaram se olhando por um tempinho, até Luc sentiu calorzinho estranho em seu corpo. Com medo, ele correu para a porta, e sem esperar Henrique falar algo mais, despediu-se. — To indo! Qualquer coisa... Sobre Gui, me ligar. Tchau! — Então saiu correndo do apartamento como se ele tivesse pegado fogo. Só parou quando chegou à calçada na rua. Ele estava arfando e sentindo-se um idiota. Legal, agora era verdadeiro anormal.
Suspirando, andou calmamente até ponto de ônibus mais próximo. Teve que espera alguns minutinhos para Ônibus passar, e quando fez, sentou no fundo do veículo e encostou sua cabeça no vidro.
— Claro, sou idiota! — Murmurou.
Sentiu seu celular vibrar, e com cuidado, o retirou do bolso da calça. Lucas não gostava de mexer celular ônibus ou na rua, por causa da violência e risco de assalto. Desbloqueou a tela e viu era Watsap de seu irmão.
Daniel: Cadê você?
Lucas digitou com agilidade.
Luc: Já estou indo para casa, 10 minutos e chego.
Daniel: Uhh! Vou pedi pizza, vai querer?
Luc: Dah hora... Pedi calabresa. Blz!
Apertou enviar e aguardou o celular. Esperou mais dois pontos e deu sinal. Levantou quando ônibus parou e saltou para calçada. O ruivinho colocou as mãos dentro da calça e olhou os dois lados da rua antes de atravessa. Seguiu tranquilo e rapidamente chegou portão seu condomínio.
— Boa noite Sr. Jose. — Cumprimentou o porteiro e seguiu para seu edifício. Quando chegou a casa, entrou, e jogou-se no sofá, ao lado de Dan. — Pediu a pizza?
— Sim, chegará daqui uns minutos. Como foi? O menino está bem? — Daniel perguntou.
— Sim, está, mas acho que ele está um pouco abalado... A mãe dele apareceu, ele fugiu e acabou caindo e quebrando o braço!
— Que coisa Luc, ele voltou para o abrigo? — Daniel indagou realmente preocupado com a criança.
— Não, Rique o levou para o seu apartamento, por isso que demorei veio para casa, pois fiquei um pouco lá com eles. Adorei ficar lá, me divertir, coloquei o pivetinho para dormi! — Lucas disse sorrindo. Daniel olhou para o seu irmão e percebeu um brilho nele, parecia mais feliz, tão confortável, ele nunca viu o seu irmão assim, e um pensamento inesperado veio o fazendo arregalar os olhos. — O que foi? Por que esta me olhando assim? — Perguntou Lucas desconfortável.
— Bem, você está diferente! — Disse com calma.
— Claro que não, eu sou eu mesmo!
Os dois irmãos ficaram se encarando enquanto estavam sentados no sofá de três lugares.
— Não, não é! Você não está saindo mais, está sendo carinhoso com uma criança, que pelo visto você gosta dela, mas o que estou tentando dizer, é que você parece apaixonado! — Daniel declarou, se Lucas estivesse em pé, ele com certeza estaria no chão.
— Eu apaixonado? Puff, claro que não! — O ruivo disse bagunçando o seu cabelo e tentando sorrir.
— Não sei, mas você parece! Mas a pergunta é por quem? — Daniel estreitou os olhos e firmou em Lucas, o mesmo parecia que ia enfartar com aquelas perguntas, ele nunca ia ficar apaixonado, por ninguém, mas a droga do seu cérebro e coração o traiu e a imagem de um loiro sorridente apareceu o fazendo praguejar baixinho, Dan o olhou com interrogação.
— Você deve estar imaginado coisas! Vou tomar banho enquanto espero a pizza chegar! Volto já! — Lucas ditou e praticamente saiu correndo da sala.
— Tá legal! — Daniel disse.
Quando Lucas chegou ao seu quarto o mesmo quase que quebrava a porta com a batida. Parecia que ele estava fugindo, mas não, estava tentando tirar as perguntas do seu irmão e a imagem persistente do outro homem.
Só de pensar nele fazia o seu coração acelerar, um nó se fez na sua garganta e uma enorme vontade de chorar, pois ele estava quase enlouquecendo com aquilo, com os seus sentimentos confusos, com o que ele estava sentindo por Henrique...
— Não, preciso tirar isso da minha cabeça! Henrique é só um amigo e só nutro esse sentimento para ele, amigos e nada mais, pois eu sou hétero e gosto de mulher, não, não de homens e principalmente aquele loiro de olhos impressionantes e de corpo... Ai meu pai, me ajuda! — Pediu desesperado, com lágrimas querendo descer Lucas tirou a sua roupa e correu para o banheiro, ele enfiou na sua cabeça que aquela água ia sair junto com os seus pensamentos e novos sentimentos. — Preciso me afastar, essa é a solução! — Sussurrou para si, mas o seu peito doeu com pensamento de não vez mais Henrique, mas era preciso, para ele e sua sanidade e sua heterossexualidade!
Depois de tomar o banho mais logo da sua vida, ele só parou de gastar água com o grito do seu irmão dizendo que a pizza tinha chegado. Ele não se enxugou e vestiu logo uma cueca marrom com um short folgado e confortável, Lucas foi para a sala onde encontrou seu irmão já comendo.
— Ei, não pude esperar! — Daniel exclamou sorrindo e deu uma enorme mordida na sua pizza, que logo gemeu provocando Lucas.
— Hahah engraçado! — Disse pegando um pedaço para se, e bebendo refri. — O que fará amanhã? — Indagou mordendo a pizza.
— Está boa mesmo! — Daniel disse gemendo.
— Amanhã tenho um encontro com Yuma! — Disse sorrindo.
— Quem está apaixonado aqui é você! — Disse Lucas rindo.
Dan bateu no seu irmão de brincadeira. — Num sei, acho-o bem legal, bonito, fofo, da vontade de pegá-lo no colo e enchê-lo de beijos! — Disse sorrindo.
— Boa sorte então com esse encontrou, e que eu tenha logo um cunhado! Cunhado, nunca pensei dizer isso! — Disse fazendo careta, mas logo em seguida riu.
— Então você está de boa com isso, neh? — Daniel perguntou preocupado.
— Claro que sim, você é meu irmão! — Lucas lançou um sorrindo para Dan, o mesmo sorriu confortável.
Continua...
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