Capítulo 9
— Olá, Rique!
Os olhos de Lucas arregalaram e seu coração falhou algumas batidas. Ele simplesmente não podia acreditar como mundo poderia ser pequeno. Ele aqui pensando no loiro, e ele simplesmente aparece.
— Oi Lucas! Como está? — Henrique ditou sedutor.
O jovem de cabelos pretos enlaçou o braço no de Henrique e olhou superior, ao que a mulher loira adiantou. — Oi, Sou Isabel. — Ela disse estendendo a mão para o ruivinho. — Seus cabelos são naturais? São lindos!
Lucas corou diante da mulher. Ela era linda e tinha corpo escultural. Vestia uma calça de couro bem justa em suas pernas, e uma blusa de tecido transparente na cor branca, e seus peitos eram lindos.
Ele tocou as pontas das mexas ruivinhas. — S-são! São naturais!
— Ohh. Posso adotá-lo? — Isabel ditou.
Henrique riu e afastou do moreno. Ele puxou a loira pela cintura. — Bel, por favor. Esse é Lucas, o jovem que lhe falei!
Lucas sentiu seu coração bater forte. Rique tinha falado sobre ele. Será que era namorada dele? Não! Gui tinha dito que o loiro era gay, então. Olhou para o moreno que parecia impaciente logo atrás. Aquele poderia se seu namorado. De alguma forma não gostou daquele cara.
— Fiquei famoso! Eu estou aqui com meu irmão e amigos. — Apontou para a mesa onde estava seu grupo, e viu-os olhando curiosos para ele. — E bom vê-los aqui!
— Oh! Quantos gatinhos... E uma menina fofa. Posso me sentar com vocês? — Isabel pediu, mas foi logo enlaçando o braço com Lucas, e o levou a mesa de seus amigos. Isabel era uma jovem alta, 1,80 de altura, cabelos loiros e sutilmente cacheados e olhos verdes. — Oi pessoal! Sou Isabel, vou sentar com vocês.
Ela sentou no lugar de Lucas, que ficava exatamente ao lado de Valentina, e fez o ruivinho sentar do seu lado.
— Olá... — Miguel disse ainda meio pasmo. Não sabia amigo tinha paquerado a garota ou ela era doida. Lucas parecia meio confuso e nervoso. — Sou Miguel! Esse é meu namorado. Gustavo. E temos Yuma, Daniel, Valentina... E Acho que Lucas já conhece!
Isabel deu lindo sorriso. — Prazer em conhecê-los!
— Bel, por céus! Não tem limite! — Henrique ditou ao aproximar da mesa. — Não perturbe as pessoas!
— Ela não estar! Não vejo problema em sentar aqui. — Valentina ditou, mas a verdade parecia mais acanhada, fora de seu normal.
Lucas olhou para o loiro, — Ah, esse é Henrique... O benfeitor do Centro que falei. Eu e meus amigos formos lá ontem. — Disse, tentando espantar o nervosismo.
— E o famoso Henrique! — Yuma disse.
— Uau, sou famoso! — Rique disse em tom brincadeira.
— Amor, vamos! — O moreno aproximou emburrado.
Lucas o olhou. Era realmente bonito, parecia modelo. Era quase altura de Henrique e tinha corpo bem definido, mas não comparava ao loiro.
— Leo, por favor. — Henrique disse sem muita paciência. — Bel, vem!
A loira apenas acenou. — Vou ficar aqui com meus novos amigos. Se quiser ficar!
Henrique parecia querer ficar, porém seu namorado não parecia disposto, e para evitar que ele estragasse a noite dos outros, decidiu ir sentar em outra mesa com ele.
— Não liguem! — Isabel disse depois que eles se afastaram. — O namorado do meu irmão é um chato! Meu irmão é lindo, mas péssimo gosto para namorados.
Todos na mesa riram, menos Luc que parecia abatido. A verdade que não gostou saber que o loiro tinha namorado, ainda alguém tão chato. Porém sentia ainda pior por sentir isso. Tudo parecia tão confuso para ele.
Miguel não tirava os olhos de Lucas, pois o mesmo estava um pouco abatido e ficava só olhando o seu amigo Henrique na outra mesa, e esse que sempre voltava os olhos para o seu amigo. Ele viu o exato momento que Henrique sorriu e Lucas ficou vermelho que nem tomate e abaixou a sua cabeça, parecia que as suas desconfianças tinham fundamentos.
Miguel se sentiu triste pelo seu amigo, pois o tal Henrique tinha um namorado, esse que parecia bem metido e egocêntrico. Lucas parecia confuso e perdido, o seu amigo iria caminhar numa longa estrada para aceita ele e o seu coração estava sentindo.
Esperava que o dono dos sentimentos de Lucas o ajudasse. Miguel sentiu uma mão na sua coxa e sorriu, colocando a mão em cima da de Gustavo. Ele se se encostou ao seu moreno, e viu os seus amigos. Yuma e Daniel estavam conversando. O seu amigo um pouco tímido, mas os dois pareciam que estava num assunto muito bom, pois os dois tinham um lindo sorriso. O seu olhar passou para Val que estava um pouco fora do normal, estava com as bochechas vermelhas e falava um pouco com a irmã de Henrique, Isabel, a mesma era só sorrisos e não parava de falar, ela percebeu que estava sendo observada e o olhou dando um sorriso.
— Aqui está tão bom, pensei que ia ser um dia chato, com o namorado do meu irmão sempre as coisas ficam chatas, mas ainda bem que encontrei você, o meu irmão não parava de falar de você! — Falou pegando na mão de Lucas e sorrindo, o mesmo ficou mais vermelho ainda, mas sorriu. — Eu queria que Rique tirasse a sua cabeça da sua bunda e largasse logo Leo, pois tem outros muito bons para ele. — Falou olhando diretamente nos olhos de Lucas, que o mesmo quase que engasgava com a sua caipirinha. — Mas voltando o assunto, você gosta de yaoi ne, Val? Posso te chamar assim?
— Eu gosto. Claro que pode! Ehh... Pode! — Respondeu sem jeito.
— Eu também gosto, quando descobrir que Rique era gay foi como se eu realizasse um sonho sabe, nesse dia eu pirei, eu abracei tanto ele que o deixei roxo. — Disse os fazendo rir. — Val, você gosta de yuri? Eu gosto! — Disse sorrindo para ela, Valentina estava vermelha que nem um tomate, mas tinha um pequeno sorriso.
— Eu gosto, é... Quantos anos tem? Não é do meu interessa, nem nada, só...
— Tenho 24 anos, mas eu não me importo com a idade, isso é algo irrelevante. Sem importância. — Isabel falou. — Mas continuando, o que você gosta de fazer? O que faz da vida?
E assim as duas continuaram a conversar, Lucas que estava meio quieto começou a conversar com eles.
— Daniel! — Exclamou uma voz de trás deles, se virando Dan deu de cara com a sua ex-namorada, Clara, a mesma estava vestindo um lindo vestido florado, mas curto. Ele deu um aceno, mas ela se aproximou e o abraçou, e não querendo ser frio ele retribuiu o abraço, mas quando ele se afastou os lábios delas se juntou com o dele. Pego de surpreso, ele ficou imóvel, mas logo se afastou e o seu olhar recaiu em Yuma, o mesmo estava com a cabeça baixa.
— Dan, eu estava com tantas saudades bebê! — Disse Clara.
— Clara, por que me beijou? A gente terminou. — Falou firme.
Todos na mesa olhavam meio abismados, mas fora Yuma que carregava um olhar decepcionado. O menino sentia como se uma ferida estivesse sendo aberta em seu coração. Apertando os lábios juntos em uma fina linha, levantou da mesa sem dizer nada e saiu rumo ao banheiro.
Mas suas ações não passaram despercebidas. Preocupado com seu amigo, Miguel deu beijo no rosto de Gustavo, e foi atrás do amigo. Ele empurrou a porta do banheiro masculino, e encontrou Yuma lavando o rosto na pia.
Miguel torceu a boca e aproximou-se do amigo. Apoiou na bancada de mármore de costas e cruzou os braços.
— Não fiquei assim! Ele não tem mais nada com ela. Terminou têm uns dois meses. — O loiro disse.
Yuma suspirou. — Ele não é nada meu. Mas é bem legal!
O loiro negou com a cabeça. — Eu vi, as coisas estavam fluindo bem entre vocês, e Dan parecia interessado. Não fiquei assim!
A porta do banheiro abriu. Os meninos olharam, e sorriram ao ver Valentina.
— Porta errada, o banheiro feminino é outro. — O japonês disse com sorriso, mas os olhos ainda expressava tristeza.
— Eu precisava arejar. Aquela mulher está me deixando doída.
— Ou tímida! Nunca a vi assim, Val. — Miguel disse largo sorriso, e Yuma acompanhou. — Ela parece bem legal, e doidinha. Vai dizer não gostou? Ela é bonita!
— E mais velha... E rica. Céus, não! — Valentina ditou. Ela se encostou em Miguel, o abraçando de frente. — Oh anjinho... Eu estou doidinha, doidinha. Aquela mulher é muita areia para meu caminhãozinho.
Miguel e Yuma caíram na gargalhada. A amiga deles era sempre exagerada. — Eu acho que devia investir. Deixa acontecer. Melhor que aquelas pirralhas bobas e não saberem o que querem da escola! — Yuma disse.
— Falou Senhor maduro... Que saiu e deixou seu bofe nas garras daquela peituda sem cérebro. — Val disse. Como sempre, sem trava na boca.
— Vamos volta! Não quero deixar meu homem sozinho. Ele é lindo demais. — Miguel disse exagerado. Os três se abraçaram e deixando o banheiro masculino, indo para a mesa. Miguel torceu a boca quando viu que além de Clara, havia outra menina, e essa parecia bem saidinha com seu namorado. Irritado, marchou até Gustavo e sem vergonha alguma, roubou seus lábios em um beijo quente e profundo, marcando seu território.
Gustavo foi pego totalmente de surpresa. Não resistiu quando Miguel sentou em seu colo e rodeou os braços finos ao redor de seu pescoço. O loirinho provava delicioso como sempre, e juntando ao tempero da carne que tinha comida, o beijo tornou mais gostoso.
Amanda olhou furiosa. Ela tivera a sorte de encontra Gustavo na churrascaria, mas aquele menino assanhado estava tocando.
— Ei garoto! O largue. Por que não vai rodar bolsinha em outro lugar, seu puto. — Ela gritou, e praticamente tirou Miguel dos braços do moreno.
As pessoas ao redor olhavam a cena abismada.
Miguel limpou o canto da boca e olhou com desdém. — Quem está sobrando e você, mocreia. Esse... — Apontou para Gustavo. — E meu namorado. Fiquei você longe dele.
— Besteira, Guto não é bicha. — Amanda disse.
— Não chame de Guto. Somente eu posso, e quem eu permiti... Que no caso não é você. — Miguel disse.
— Sua vadia de farmácia. — A menina gritou, somente para ganha um Miguel em cima dele. O menino puxou os cabelos dela, pois não daria soco em uma menina.
Clara querendo tomar partido da amiga, foi ajudar, somente para ter Yuma e Val na briga. O caso é, que todos olhavam abismados.
Gustavo não sabia o que fazer, e Daniel parecia paralisado no lugar. Isabel e Lucas olhavam animados, e até fizeram uma torcida por seus amigos.
— Sai fora vadia, ninguém mexe com meu loirinho! — Disse Val, ela pulou em cima de Amanda e começou a dar várias tapas nela. Clara vendo que o loiro estava sozinho ela puxou o cabelo dele, mas Yuma voou em cima dela puxando o cabelo dela, Val mesmo dando tapas e puxões ela conseguiu agarrar Clara, e assim a briga continuou, puxões, tapas, socos, xingamentos continuaram. Henrique estava distraído pensando no ruivo, mas uns sons de pessoas discutindo e coisas quebrando chamaram a sua atenção.
— Que foi isso? — Indagou.
— Não sei, mas vem daquele canto! — Falou Leo. Eles curiosos se levantaram e olharam na direção e para a surpresa deles, tinha três amigos do seu ruivo e duas meninas brigando, Henrique se aproximou mais e ficou de queixo caído, a loira dos cabelos grande era a que estava mais dando tapas na outras duas, e os meninos estava puxando os cabelos das duas, e bem, as duas estavam bem arranhadas e descabeladas. Ele avistou a sua irmã mais Lucas, os dois estavam gritando.
— Isso Mi, bate nessa piriguete. — Lucas gritou.
— Val coloque essas vadias no chão. — Gritou sua irmã.
— Olha os amigos que sua irmã arranjou, são todos barraqueiros e mal-educados. — Falou Leo, não ligando para o que o seu namorado falou, ele se aproximou de Lucas.
— O que houve? Por que essa briga? — Indagou o loiro.
— Bem, essa de calça colada estava dando em cima de Gustavo, namorado do loiro, Miguel, e Miguel quando viu tascou um beijo nele, e ela começou a dizer um monte de nomes para ele, e ele não aguentou e voou nos cabelos dessa piranha... Isso, Miguel. Puxe os cabelos dela. — Falou.
— Vocês têm que separar. Isso está virando um tumulto. — Disse Henrique.
— Gustavo! — Gritou Lucas, — Vamos separar! Mesmo que a briga esteja boa, mas temos que separar.
Gustavo ainda estava imóvel, mas pelas falas de Lucas ele se moveu, ele ainda não estava acreditando no que via, e nesse exato momento eles viram Val pegar uma jarra de suco e derramar nas duas, mas antes que ela metesse a jarra de vidro na cabeça de Amanda, Daniel correu e pegou a jarra:
— Está maluca? Jogue outra coisa, mas não faça isso!
Val não escutou e voltou a bater nas duas, mesmo batendo, ela sentiu o seu cabelo sendo puxando por uma das duas, mas não se importou, pois ela, Yuma e Miguel estavam dando um trato nas duas vadias.
— O que é isso no meu estabelecimento? Quero todos vocês para fora! Se eu chamo a policia — Gritou.
Os cinco pararam e se soltaram, todos estavam com a roupa amassada, com os cabelos descabelados, mas Amanda e Clara estavam com o rosto vermelho pelas tapas de Val.
— Vocês! Já para fora! — Disse de novo. Eles se entreolharam e saíram, mas claro, eles não paravam de se xingar.
— Fique longe de Gustavo, ouviu bem vadia? — Falou Miguel. — Se um dia eu pensar que você chegou perto dele, você não vai viver para contar história. E Clara! Daniel não te quer mais, larga de ser grudenta, pois Dan tem uma pessoa muito melhor do lado dele. — Continuou.
— Você me paga loiro aguado, vamos embora Clara! — Amanda disse puxando o braço da amiga.
— Isso, chispa galinhas, cocorocó! Duas galinhinhas, duas vadias! — Valentina gritou. — Na próxima vez, vai sair é sangue! — Completou.
— Tá bom Valentina, já deu! Essas aprenderam a lição, se não, a gente da mais! — Disse Yuma.
— Vocês são bons de briga, nunca vi você assim Miguel, ate me assustei! —Daniel disse ainda totalmente descrente pelo ocorrido.
— Concordo com você. Gustavo tem em mãos um belo ciumentinho. — Lucas disse.
— Falando nele, cadê ele? — Miguel indagou procurando o seu namorado.
— Foi pagar a conta! — Isabel disse rindo. — Val, minha! Você tem um punho! — Falou pegando na mão dela e ajeitando o cabelo da outra, que se diga de passagem, era macio e sedoso, e tinha um delicioso cheiro.
Valentina nesse momento ficou sem jeito e deu um sorriso. — Ninguém mexe com os meus amigos e sair impune. — Declarou.
— Como eu disse antes, belos barraqueiros! — Falou Leonardo.
— Leo, cala a boca! — Henrique falou irritado. Após um namoro de quase dois anos, se perguntava o que tinha visto naquele modelo. Ok! Leo era bom de cama, mas depois fogo inicial passou, o que sobrou foi alguém que não compartilhava seus ideais e sonhos, e tinha visão diferente da vida.
— Você ainda vai defender eles? Melhor eu ir para casa! — Leo disse se virando.
— Leo, não vai... Leo! — Gritou, mas o mesmo continuou a andar. — Desculpa pessoal, mas tenho que ir. Depois nos falamos Bel e até outro dia Lucas. — Henrique se despediu. Ainda bem que quando saia, ele pagou o garçom, ele ainda alcançou Leo, que estava bem irritado.
Lucas ficou triste pela despedida do loiro, ele queria que ele ficasse, mas o chato do namorado dele era uma mala, ele ficou olhando Henrique ir, até que os dois ficaram de mãos dadas, o fazendo desviar o olhar e suspirar.
— Um dia, um dia eu vou ser feliz, em saber que eles terminaram! Leo é um metido e chato, não sei o que meu irmão ver nele, agora que ele tem alguém que goste dele. — Falou olhando para Lucas, o mesmo desviou o olhar e se aproximou do seu irmão.
Após pagar a conta, o grupo deixou estabelecimento, ciente que jamais poderia pisar ali novamente, não depois desse vexame.
— Vamos há algum lugar? Cara, ainda estou com fome. — Lucas disse. Na verdade, tentava espantar a tristeza.
Miguel olhava emburrado e Yuma sem jeito.
Daniel não parava de olhar para japonês, e Isabel parecia devorar Valentina com os olhos.
— Não sei! Talvez é melhor terminar a noite. Não? — Gustavo ditou. Ele não estava gostando dos olhares que Miguel estava lhe dando. O loirinho parecia realmente furioso.
— Qual é! Não sejam chatos. Já sei, vamos para nosso condomínio... Compramos pizza, refri e cerveja... Podemos ficar jogando ou vendo filme. Poxa, hoje é sábado! — Lucas insistiu.
— Eu topo! — Isabel falou levantando a mão.
Todos se entreolharam, e realmente, ainda era 21:30, não queriam que a noite terminasse ainda. Eles tinham planejado ficar até umas 23hs na churrascaria.
— Sem bagunça em casa. Vamos para pizzaria, melhor. — Daniel sugeriu.
O restante do grupo concordou, e seguiram para carro. Como Isabel tinha vindo com irmão, acabou indo no carro com Daniel e Lucas, e obviamente arrastou Valentina para ir com ela.
Yuma até pensou ir com Miguel, mas quando viu clima estranho entre eles, correu para ir com os outros, e fora ficaria mais perto de Daniel.
— Aqui Yu, vá na frente. Quero ir com as gatas. — Lucas disse. Ele entrou depois das meninas, permitindo que elas ficassem pertinho.
— Mas não curto homem! — Isabel disse sem nenhuma vergonha, e Valentina engoliu em seco. Porra, agora ela tinha as mãos cheias.
Lucas deu os ombros, e ficou quieto. A verdade, não queria seu irmão visse sua expressão pouco desolada, pois queria Rique com eles. "Namorado chato".
— O que disse? — Val perguntou, e o ruivo deu conta que falara um pouco alto.
— Nada! — Lucas desconversou.
Yuma sentou lado passageiro, todo sem jeito por estar ao lado de Daniel. Ainda pouco chateado por ele ter beijado aquela tal Clara, mesmo que Mi disse era ex-namorada e não tinham mais nada.
O carro seguiu com gritaria e animação para uma pizzaria que ficava no bairro do trio. Não demorou em chegarem ao local, e parecia bem badalado.
Eles escolheram uma mesa e demorou pouco serem atendidos, por que o local estava cheio. Mas quando garçom aproximou, pediram suas pizzas e bebidas. O legal que para não permitirem que Lucas segurasse vela, ninguém realmente parqueou abertamente, mas curtiram todos juntos. Falando da briga, e rindo horrores do estado que as duas garotas ficaram.
O que estranharam era que o casal namorado não chegou. Miguel e Gustavo que deveriam ter seguidos, não tinham nenhuma sombra. Lucas até ligou, mas o loirinho não atendeu, e nem Gustavo.
— Será que está tudo bem?
— Acho que apenas foram ter momentos a sós. O loirinho fofo parecia cimentado, na certa, o gostosão terá acalmá-lo. — Isabel disse, sem nenhum problema falar abertamente.
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— Mi? Está tudo bem? — Gustavo indagou.
— Bem? Estou a mil maravilhas, muito bem, acabei de dar uma surra numa vadia que estava dando em cima de você na frente de todo mundo, estou ótimo! — Declarou. O loiro tinha os braços cruzados em frente ao corpo e um bico de todo tamanho nos lábios.
— Se acalma Miguel, ela não estava dando em cima de mim não!
— Magina, magina, ela quase que esfregava os peitos caídos dela na sua cara. E ela não estava dando em cima de você?! HAHA! Só um cego que não viu... Pera, você está defendendo ela? É isso? — Miguel perguntou olhando para ele, se olhar matasse, Gustavo já estava a sete palmos do chão.
Suspirando, Guto parou um acostamento mais próximo e se virou para o seu loiro, o mesmo ainda estava todo descabelado, e com as bochechas vermelhas de raiva. — Eu não estou defendendo ninguém Mi, eu juro por Deus, eu não quero mais ninguém, se ela estava dando em cima de mim, eu não vi, sabe por quê?
— Por quê? — O menino estreitou os olhos encarando o namorado.
— Por que eu te amo! Eu não quero mais ninguém além de você. Amanda não chega aos seus pés, ninguém chega. Você é o meu loirinho, o dono do meu coração, dono do meu sorriso... Amo-te. — O mais velho disse, mostrando sinceridade em cada palavra.
Miguel sentiu os seus olhos arder e prendeu um soluço. — Bom mesmo! Não quero nenhuma vadia ou qualquer um perto de você, não quero ninguém toque você como eu toco, não quero que ninguém o beije além de mim. E se eu sonhar isso... Vai ser muito pior, e além do mais, se essa Amaputa chegar perto de você de novo, ela vai ficar a sete palmos. Estou avisando! — Ameaçou. Era incrível como aquele menino doce poderia se transforma.
— Ok Mi, nunca pensei que o meu loirinho fosse todo ciumentinho! Vem cá! — Disse o puxando, e assim os dois começaram a se beijar.
O gosto da boca de Guto o fez gemer e se aproximar mais, as suas mãos ficaram naquele peito largo e o beijo durou por vários minutos até que eles pararam Mi encostou a sua cabeça no peito de Gu.
— Amo você também! — Sussurrou.
Guto escutou o que seu loiro falou e deu um selinho na cabeça de Mi e sorriu. — Juro por Deus, hoje eu fiquei assustado e surpreso, nunca vi você assim. — Ele escutou Mi ri. — Sério, eu fiquei imóvel vendo você brigar, fiquei surpreso, nunca imaginei ver você assim. Mas uma parte eu adorei. — Gustavo disse, e nessa hora Mi o olhou confuso. — Sim, eu gostei! Pois vi o seu lado possessivo, e isso me deixou encantando, loucura, eu sei!
— Sou seu louco! — Miguel disse beijando o queixo de Gu. — Sabe, agora que percebi que acabamos de ter uma primeira DR.
— Pois é!
Os dois começaram a ri. — Melhor a gente ir para o meu apê, sabe, ficar juntinhos, assistindo filmes... Tem como você ligar para a sua mãe e pedir a ela para passar a noite? Eu até posso falar com ela, se você quiser claro!
— Eu quero, vou ligar para ela agora! Quero ficar com você, sabe, sentir você perto de mim! Não quero ficar longe de você!
— Nem eu, meu loiro! Nem eu!
No trajeto para casa, Miguel ligou para sua mãe avisando que dormiria na casa de Gustavo, pois dia seguinte iria para piscina com os amigos. Ao terminar, viu que tinha três ligações de Lucas, então resolveu retorna o amigo.
— Oi Luc!
— Cadê vocês? Já chegamos à pizzaria. — A voz do ruivo soou sobre a gritaria no fundo.
Miguel olhou para namorado e deu um lindo sorriso. — Foi mal! Não iremos. Espero que galera entenda. Eu e Gu queremos momentos a dois.
— Ohhh, vão transar. Uau, usem camisinha... Saber, sexo anal... — Lucas disse com voz maliciosa, fazendo Miguel corar e agradece que não tinha colocado celular no viva-voz.
— Babaca! Oh... Yuma pode dormir no seu apê? Ele ia dormir lá em casa, mas vou ficar no Gu! — Miguel disse, lembrando-se do amigo.
— Ele disse que vai dormir na Val. Mas acho que Daniel queria que ele dormisse lá em casa. — Lucas disse. — Manda 'noite' para Guto. Tchau Bro. — Assim, o ruivo finalizou ligação.
Miguel afundou na poltrona e suspirou. Somente Lucas para falar umas coisas como aquela. Não ia acontecer nada. Iam apenas ver filme e dormir. Separados!
A viagem até condomínio não demorou muito. Gustavo estacionou seu carro vermelho em sua vaga, e ambos saíram. Miguel esperou o moreno aciona o alarme, e então saírem de mãos dadas.
Uns casais mais velhos, que passavam por eles, olharam feio por verem dois jovens mostrando afeto, mas eles ignoraram.
Quando chegaram ao andar, Mi fez questão de abrir a boca com sua chave. Tinha que estreá-la. Eles entraram rindo.
— Quer comer algo, amor? — Gustavo perguntou, ao que fechou a porta, e retirou a jaqueta.
— Não, to cheio! Vamos fazer o que? Esqueço que você num tem Xbox. Nunca vi alguém que não gosta. — Miguel disse rindo.
Gustavo coçou a nuca. — Foi mal!
Miguel correu para o namorado e o abraçou pela cintura. — Oh, eu te perdoou. — Disse sapeca, e ganhou beijos na face e pescoço. — Não... Lambida cachorro, não! — Gritou, quando Gustavo ficou lambendo com a língua, como filhote de cão animado.
O mais jovem escapou dos braços do outro e saiu correndo pelo apartamento, apesar de que não tinha para onde fugir. Logo foi pego e jogando nos ombros de Guto como um saco de batata, e após alguns passos, os dois caíram no sofá.
— Para, Gu! Chega. — Miguel gritou.
Terminou com os dois rindo muito e abraçadinhos. Acabaram escolhendo assistir o filme; Destino de Júpiter, apesar de que Miguel dormiu na metade do filme.
Enquanto esses dois se acertaram, em outro lugar da cidade as coisas não estavam indo tão bem. Henrique entrou em seu apartamento e jogou a chave no aparador.
A viagem de volta para casa, à única coisa que Leo soube fazer era reclama e reclama. Falou mal da churrascaria; dos novos amigos de Isabel, de Lucas, da briga e até mesmo do presente que Rique tinha comprado para ele. Que era nada menos que um carro.
— Você acha que não percebei? Aquele ruivo aguado olhando para você? O que, não sou suficiente? — Leo ditou.
— Chega Leonardo! Parece que eu não sou suficiente para você. — O loiro ditou abrindo os braços. — Tudo que saber é pedir presente, reclama do que faço ou transar. Estou cansado de seu egoísmo e reclamação!
Leonardo olhou ferido, dando passo para trás como tivesse levado um tapa no rosto.
— Eu me sacrífico por você
— O que? Indo nas festas? Saindo em revistas? Ganhando presentes? — Henrique ditou. — Se for para ter puta de luxo acho várias na esquina.
Leo olhou furioso. Sua aura tornou se negra e sua verdadeira face pareceu pintar seu rosto. — Seu... É péssimo na cama. Não pode satisfazer nem mesmo uma porta. Deve ser por isso que ninguém fica contigo por você, e sim, por seu dinheiro.
Henrique sinceramente não poderia mais lidar com isso. Ele foi até a porta e abriu. — Fora! Saia!
— Não faça isso, pois vai ser arrepender! — Leonardo ameaçou.
— Como disse, tenho dinheiro para compra quem quiser. Agora quero que saia daqui! Fora! — Henrique gritou. — Não me esquece. Não ouse nunca mais me procura!
Leo olhou feroz. Ah, isso não ficaria assim. Ele saiu pisando duro, irritado e ego ferido. Mas ninguém o jogava fora. Não! Henrique Sampaio ainda pagaria caro por tal afrontar.
Ele escutou a porta bater e suspirou, ele sabia que esse namoro não ia nada legal, mas como Henrique era teimoso, e queria ter alguém que gostasse dele, mas estava completamente enganado, Leonardo gostava do seu dinheiro não dele, como todos os outros, isso o deixava chateado.
— Preciso de um banho! — Falou para si, quando ia caminhando para o banheiro, ele tirava uma peça de roupa, e no final já dentro do Box, já estava pelado. O seu corpo era um pouco musculoso, ele se cuidava, ia na academia três vezes na semana, tinha uma barriga trincada, os braços era musculosos, mas não exagerado, as suas coxas era grossas e o bumbum firme, coisas que sempre chamava atenção dos homens, ele se sentia bonito.
— Então por que eu não encontro o amor? — Sussurrou. Ele fechou os olhos quando a água quente tocou a sua pele branca, e a primeira imagem que veio foi um lindo garoto ruivo sorrindo. — Lucas! — Murmurou. O ruivo era belo e hétero, o único empecilho para ele tentar algo, pois Lucas era tudo que ele queria para ter nos braços. Era belo, tinha lindos olhos, falava o que vinha na mente, um pouco tímido, brincalhão e Lucas estava sempre nos seus pensamentos. O encontro de hoje foi maravilhoso, menos na parte que não pode ficar perto dele, e teve a brigar. Só de pensar nisso ele ria, o amigo de Lucas era muito ciumento, mas logo os seus pensamentos voltaram para Lucas.— Preciso tirar dos meus pensamentos, antes que vire algo! — Disse desligando o chuveiro, ele pegou o seu roupão e saiu do banheiro, ele escutou algo na sala e caminhou.
— Oi irmão! — Disse Bel quando viu Henrique sair do quarto.
— Como foi lá? — Henrique indagou.
— Foi uma maravilha, que pena que você não esteve lá, pois certo ruivo estava sentindo sua falta. — Disse sorrindo.
— Acho que você se enganou, Lucas nunca sentiria minha falta nesse aspecto que você, ele é totalmente hétero, infelizmente! — Hetero? Tem certeza? O seu gaydar pifou? O meu está num bom estado, sabe por quê? Quando você saiu para ir atrás daquele chato do seu namorado, ele parecia que tinha atropelado o seu cachorrinho.
— Sério? Ele ficou triste? — Perguntou sorrindo de lado.
— Uh uhm, agora só falta você terminar com Leon e conquistar o ruivo, ele é tão legal, ri um monte de vezes conversando com ele.
— Eu terminei! — Disse chamando atenção dela.
—Ah?
— Eu terminei com ele, quando chegamos! — Henrique disse coçando a nuca.
— Aleluia!!! Até que fim, que notícia maravilhosa. — Isabel disse pulando, Henrique não aguentou ver sua irmã e começou a rir.
— Você não gostava dele mesmo não, né? — Ele indagou.
— Eu odiava e ainda odeio, ainda bem que você se livrou dele. — A mulher disse sorrindo.
— Bem, deixa de falar de mim, vai me fala, você está afim da amiga de Lucas? — Henrique sempre fora aberto com sua irmã, na verdade, eram bem confidentes.
— Bem... Vamos dizer que ela chamou-me atenção, ela é tão linda, gostamos das mesmas coisas, e vou tentar conquistá-la. Ela é uma gracinha tímida. — Disse com os olhos brilhando.
— Acho que você já esta apaixonada! — Disse rindo.
Isabel deu largo sorriso. Sua irmã era aventureira, sempre viaja para vários lugares do mundo, para conhece culturas diferentes, lugares exóticos e culinários únicos, poderia dizer que nunca a viu fixar com alguém ou apaixonada, mas parecia que a flecha do cupido tinha lhe atingido.
— Bem, quem saber. Vou arriscar. Mas, não acho que seja a única. — Ela disse com sorriso sapeca.
Henrique suspirou.
Os dois encontravam sentados de maneira relaxada no sofá. Rique fechou os olhos e massageou as têmporas. — Talvez... Digamos, que tentarei tirar a prova do que falou, mas irei devagar. Acabei terminar um namorado. — Abriu os olhos, e olhou a irmã. — Eu não deveria estar mal?
Isabel negou com a cabeça. — Não por aquele idiota!
Ele deu os ombros. — Tem razão. Eu devia ter terminado há mais de um ano. Vou investir em Luc, mas devagar ou assustarei.
— Claro, ah! Peguei seu número e facebook. Pode entrar sutilmente em contato amanhã. Saber, o convide para café, cinema... Ou ir ao abrigo. Mostre todo seu charme para ele. — Ela disse, e levantou. — Estou morta, vou tomar banho e dormi.
A verdade que como Isabel viajava de mais, não compensava ter um casa ou apê, assim, quando estava na cidade, ela ficava no apartamento do irmão.
— Sim! — Murmurou. Ele jogou seu corpo relaxado no sofá e encostou a cabeça no sofá. Fechou seus olhos e suspirou. Sabia que Leo não desistiria tão fácil, por isso, teria mudar a combinação da fechadura, bloquear seu número, avisar ao porteiro para não deixa-los subir e avisa na empresa que sua visita era indesejada. Apenas esperava que aquele mimado desistisse logo.
Soltando ar de seus pulmões, ele levantou e seguiu para seu quarto. Estava cansado, realmente um sono seria bem-vindo.
Continua...
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