Capítulo 30
Drica: Oie amores do coração, aqui esta o penúltimo capítulo desta história que amo muito, espero que gostem.
Boa Leitura
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— Onde será que estão os outros? — Lucas indagou para si mesmo. Ele estava sozinho fazia uma hora e já estava quase perdendo a cabeça, sabia que o seu irmão merecia um descanso longe do hospital e igualmente os outros, mas ficar deitado olhando para as paredes brancas iria enlouquecê-lo.
O seu olhar foi diretamente para a porta e em seguida para o teto. Ficar olhando para ela não faria ninguém entrar, mesmo estivesse torcendo para um lindo homem entrasse por ela para fazer o seu dia melhor. O seu lindo homem.
Lucas sorriu ao pensar em Henrique. Ele quase o perdeu.
— Arg, não! Você está melhor e bem, não pense nisso, idiota! — Resmungou para si. Aquela toda situação o fez doente. Ele suspirou. — Estou bem e estou com eles, é o que importa.
Lucas fechou os olhos tentando ver se cochilava, mas estava muito agitado para qual coisa, mas para a sorte dele a porta se abriu e com o barulho ele olhou diretamente para ela esperançoso.
— Lucas! — A voz infantil de Guilherme o fez abrir um enorme sorriso.
— Gui, pivete! — Falou alegre. — Graças a Deus que você veio, eu estava quase enlouquecendo aqui sozinho. — Lucas sorriu ainda mais ao escutar a risada dele. — Venha, suba aqui! — Lucas se sentou com muito esforço e tentou ajudar a criança, que prontamente se sentou e logo em seguida abraçou fortemente o ruivo.
— Que saudades! — Guilherme falou. — Acabei de chegar da escola, quer dizer, fui em casa, tomar banho e comer para vir vê-lo. Você está bem?
Lucas sorriu e acariciou o rosto dele. — Estou ótimo pivete, melhor agora que estou na sua companhia. Mmm, comeu? Certeza que foi uma ótima refeição, já eu. — Encolheu os ombros. — Os filmes estavam certos, comida de hospital é horrível. — Ele fez uma careta, contribuindo para que Guilherme risse. — Não ria pirralho, é a pior coisa que comi na vida.
— Mas é para o seu bem Luc, você tem que comer para ficar forte e sair daqui. — Guilherme desviou o olhar. — Não suporto te ver aqui deitado, quero ver você fora daqui, sendo você.
Lucas o puxou para um pequeno abraço. — Eu sei bebê, prometo que logo estarei em casa com vocês fazendo bagunça. Certo?
Guilherme assentiu. Ele ficou com a cabeça no peito de Lucas e este o abraçou apertado. — Estava com muito medo.
— Shi! Passou! — Lucas acariciou as costas da criança. — Foi horrível, mas depois ficou bem, estou vivo e aqui e é isto que importa.
Guilherme ficou um pedaço em silêncio e Lucas respeitou, sabia que para a criança era difícil a situação.
— Luc! — Guilherme falou tão baixo que só escutou porque estava abraçado a ela.
— Sim, pivete!
Guilherme se afastou e com os olhos emocionado ele fitou o rosto pálido do ruivo. — Sabe, eu tinha dito algo ao meu papai que iria te falar e pedir algo, mas não tomei coragem até agora.
Lucas franziu o cenho. — O quê? Fale.
O menino suspirou e com as bochechas rubras ele falou. — Que eu te amo. Eu gosto muito de você e quase enlouquecia ao ver você naquele estado. Amo você igual que amo o papai Rique e queria te pedir... Quer dizer, você já me chamou de filho, naquela situação, mexeu comigo e quero que você continue me chamando assim. Quero que você seja meu papai. — Lágrimas desciam no rosto de Guilherme e de Lucas. — Pois é uma honra ter você e Rique como os meus dois papais, amo vocês e sei que vocês se amam como um casal... Lucas, posso ser o seu filho?
Lucas abriu um imenso sorriso, lágrimas desciam feito chuva pelo seu rosto, o seu coração estava acelerado, ele estava quase explodindo de felicidade. Ele amava aquele menino como o seu filho e ter ele pedindo aquilo era como se estivesse ganhado na loteria.
O ruivo assentiu fervorosamente a cabeça e com a voz trêmula ele se pronunciou. — Claro meu amor, claro! Sim! É uma honra ter você como filho. Eu te amo tanto. — Guilherme soltou um grito e pulou nos braços do ruivo, que chorando abraçou de volta a criança, agora, o seu filho.
Os dois choravam de felicidades e se abraçavam com muito amor.
— O que é isto tudo? Porque estão chorando? — A voz grossa de Henrique invadiu o ambiente fazendo eles despertar daquele momento, os dois não tinham escutado a porta ser aberta e nem passos, mas também nem viram o tempo passar.
Com o seu filho em seus braços, Lucas ergueu o rosto e abriu um sorriso apaixonado. — Oi, lindão!
Ele riu. — Oi meu amor! — Henrique caminhou até eles e sentou na outra beirada e carinhosamente beijou na testa dos dois. — Porque estão chorando?
Os dois se entreolharam e Guilherme assentiu, ele tinha o seu rosto vermelho e os seus olhos, riscos de lágrimas no seu rosto. — Eu contei a ele e ele aceitou.
— Como? — Henrique perguntou confuso.
Lucas sorriu. — Digamos que eu sou o mais novo e segundo pai de Guilherme. — Ele olhou para a criança. — É uma honra ter ele como filho... Se estiver bem com você...
Henrique abriu um sorriso. — Que maravilha. Isto é ótimo! Oh meu Deus! — Ele reuniu os dos seus braços. — Estou tão feliz.
Lucas suspirou aliviado e se aconchegou no peito amplo do amado. — Bom, isto quer dizer...
— Somos uma família! — Guilherme falou alegre. — Uma família.
Henrique assentiu. — Como Guilherme já confessou o que tinha de confessar, é a minha vez.
— Hoje é o dia da confissão? Só sei que estou amando. — Todos eles riram.
— Acho que sim. — Henrique se sentou de frente para Lucas, pegou as duas mãos e Guilherme já sabendo o que iria a acontecer se sentou um pouco longe vendo o casal de mãos dadas com expectativa.
"É hoje que completo a minha amada família" Pensou ele.
— Lucas, meu moleque! Meu menino atrevido, eu dou graças a Deus por ter você do meu lado, por terem colocado no meu caminho... Ou em frente ao meu carro. — Ambos riram. Os dois tinham lágrimas nos olhos. — Eu passei a gostar de você desde o nosso primeiro encontro, você me encantou, me fez rir, me fez feliz. Adoro muito você e com os passar dos dias, meses, esse sentimento foi crescendo, pode ser cedo para te dizer isto, mas é verdadeiro.
— Rique! — Lucas sussurrou.
O empresário sorriu e acariciou o rosto macio do amado. — Meu amor, eu te amo! Te amo tanto, quase te perdi, por favor, nunca me faça ter esse susto, quase que enlouquecia ao vê-lo daquele estado, por favor, não me deixe... Eu te amo tanto.
Lucas soluçou, o seu sorriso estava grande, o seu rosto estava começando a doer, mas a sua felicidade era demais. — Oh meu Deus, eu virei uma menininha! Eu nunca pensei em sentir isto e nem por um homem, mas estou feliz por sentir... Eu te amo Henrique, nunca pensei em dizer isso a alguém a não ser o meu irmão, mas agora digo essas palavras a você e ao nosso filho. Por favor, me beije! — Pediu suplicante.
Ele assentiu. — Não precisa pedir meu amor. — Henrique aproximou o rosto dos dois e ao ficar próximo ele sussurrou. — Eu te amo. — E selou os lábios.
Guilherme ao ver a cena gritou de felicidades e levantou o punho.
O beijo foi mesclado com o sabor das lágrimas junto com o amor dos dois. Ambos estavam com o coração cheio de saudades e de felicidades, se beijaram selando mais uma etapa no relacionamento deles.
Com os lábios um no outro e Guilherme vendo todo feliz a cena diante de si não perceberam a porta sendo aberta e nem os passos de pessoas ao entrar.
Daniel, Miguel, Valentina, Yuma, Isabel e Gustavo entraram, e ao verem a cena diante deles, ficaram paralisados. Valentina e Isabel abriram um enorme sorriso e pulou alegre, Miguel, Yuma e Guto ficaram sorrindo e surpresos e já Daniel não sabia o que fazer.
— EU SABIA! — As duas gritaram alegres pulando.
Com o grito das duas Henrique e Lucas acabaram se assustando e o beijo foi interrompido fazendo sem querer Lucas morder o lábio do empresário e com a mordida o sangue apareceu.
— Oh! Desculpa! — Falou preocupado. Ele tentou limpar, mas Henrique afastou com um sorriso.
— Sem problema. — Piscou. — Acho que temos companhia. — Apontou para trás e Lucas ao ver seus amigos ele abriu um sorriso amarelo e o seu rosto ficou mais pálido.
— Er... Podem explicar? — Daniel perguntou cruzando os braços. Ele fechou a cara e olhou para os dois seriamente.
— Você ainda quer é uma explicação? — Miguel perguntou a ele. — Sério?
Lucas e Henrique se entreolharam. — Acho que já está na hora de vocês saberem.
— Então isto já vem de muito tempo? — Daniel suspirou. — Não creio isso.
— Dan, por favor! — Lucas gesticulou. — Você sabe que eu nunca... nunca... Arg! — Ele se deitou. — Eu nunca gostei de homem, mas eu amo o Henrique e estamos junto faz poucos meses.
Henrique pegou na mão de Lucas e olhou firme para Daniel. — A gente não contou antes porque Lucas ainda estava tentando trabalhar o seu sentimentos para mim e a conviver com eles, pois a vida dele toda foi gostar de menina e gostar de mim foi um baque para ele, por isso que ficamos em silêncio para ver o que ia dar, mas. — Ele olhou para Guilherme e Lucas. — Mas agora já está na hora, pois se declaramos um para o outro, além de que, Lucas aceitou ser pai de Guilherme. Daniel, espero que tu entenda e que nos aceite, nos amamos e iremos ficar juntos. — Voltou o seu olhar para eles. — Eu amo o Lucas e farei de tudo por ele, por ele e pelo nosso filho.
Todos estavam emocionados além de sorridentes, Valentina estava abraçada na namorada e Miguel de mãos dadas com Gustavo.
Yuma empurrou o seu namorado. — Vá! — Sussurrou.
— Então a única coisa que tenho a dizer é, bem vindo a família... Então, eu sou tio? — Daniel tinha um enorme sorriso no rosto e lágrimas desciam feito chuva. Ele caminhou até eles e abraçou primeiro Henrique, agora cunhado e depois foi para o lado de Lucas, que o olhava atento.
— Finalmente o meu irmão sabe o que é o amor e agora é pai em menos de uma hora. — Eles riram. — Eu amo você maninho, fico feliz por vocês. Gui, sobrinho. Estou feliz por vocês.
— Me abraça logo, cabeça de bagre. — Daniel riu e assentiu.
Os dois irmãos se abraçaram.
— Obrigado. — Lucas sussurrou.
— Amo você maninho. — Daniel o beijou no rosto e ergueu a mão para Guilherme, que estava quieto no seu canto, este pegou na mão dele e foi puxado para o abraço. — Sobrinho, gostei!
— Tio Dan! — Todos riram emocionados.
— Ah, quero esse abraço também! — Isa correu e abraçou o irmão. — Somos uma família agora, uma grande família. — Ela concluiu.
Lucas estava alegre, nunca pensou que isso acontecer, nunca pensou que ia gostar de um homem, mas agora ele amava um e tinha um filho, um lindo menino inteligente.
Deus tinha dado uma segunda chance a ele para viver esse momento e iria fazer durar para sempre. Ele sabia que os seus pais estavam sorrindo no céu, pois finalmente o seu filho estava tomando rumo na vida, com o homem que amava e um filho amado.
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— Pronto Gustavo. Estou feliz com os resultados, logo estará andando normal, mas faltam ainda algumas consultas. — Felipe falou se afastando um pouco dando oportunidade a Gustavo calçar os sapatos. — Já, já as muletas irão sumir da sua vida. — Os dois riram.
— Graças a Deus, só às uso porque preciso, mas às vezes. — Ele fez uma careta.
— Você e os outros, querido, porém fique feliz, você não as verá nunca mais, só não faça mais arte. — Ele repreendeu de brincadeira. — Então. — Felipe sorriu e desviou o olhar. — Como está o Miguel?
Gustavo ergueu a cabeça. — Bem, por quê?
O loiro mordeu o lábio e se encolheu. — Quero saber como ele está e queria te pedir algo.
— O quê?
— Queria que você falasse com ele para ver se ele poderia me encontrar, quero conhecê-lo!
Gustavo assentiu. — Uhum, eu posso falar com ele, contudo ele quem vai decidir.
— Eu sei, quero desculpar tudo o que o nosso pai fez com ele. Porra desculpa o palavrão, mas o meu pai foi um canalha, eu nunca pensei que ele tinha feito isto, estou com muita raiva dele.
— Desculpas as palavras, mas o seu pai é um imbecil, ele sempre feriu Miguel de um modo e eu odeio por isso. Mas fico feliz que você quer conhecer o meu loirinho, espero que vocês fiquem amigos, são irmãos, tem esse direito de se conhecerem.
— Não precisa se desculpar, todos esses anos eu pensando que o meu pai era um santo, tá mais para um demônio. Eu falei com minha mãe sobre isso e ela sabia, sabia que ele teve um caso com Beatriz e contou tudo, porra. Miguel sofreu muito e a sua mãe também, mas estou feliz que os dois estão vivendo bem, quero conhecê-lo, sei que ele é especial, pois ele é o dono do teu coração. — Ambos sorriram.
— Fale com ele, olha, pegue o meu número pessoal e dê a ele e diga que é só me mandar uma mensagem dizendo sim e mandarei o endereço para nos encontrar. — Felipe rabiscou num papel o seu telefone. — Espero que ele aceite.
— Pode deixar. Tenha um ótimo dia Felipe. — Gustavo guardou no bolso o papel e sorriu para o fisioterapeuta. — Falarei com ele.
— Obrigado.
Os dois se despediram com um abraço e Gustavo saiu do consultório deixando o loiro com os seus pensamentos. Ele esperava que Miguel aceitasse o seu convite, queria conhecer o seu irmão e criar uma amizade com ele, agora era só esperar pela mensagem e até lá ficaria se corroendo por dentro.
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Era um dia quente de verão quando Yuma, Eduardo e Miguel foram se mudar. Havia se passado três semanas desde que Miguel retornou e Lucas foi hospitalizado.
Após uma séria conversa com a sua mãe, Miguel conseguiu a permissão para dividir apartamento com Yuma e Duda. Beatriz havia viajado há cinco dias para a França, onde iria realizar o curso de culinária francesa por um ano Eles haviam despojado a casa dos objetos pessoais e a alugaram, afinal, será uma renda extra - o suficiente para Miguel pagar sua parte do aluguel e ainda ajudar nas despesas. Curiosamente o médico com quem Beatriz tinha saído algumas vezes, iria trabalhar em hospital na capital francesa. Miguel bem que olhou desconfiado. Ele estava feliz que a sua mãe encontrou o amor.
A avó de Yuma iria embora para o Japão dali alguns dias, mas isso não impediu que o garoto já mudasse. Ele queria instalar em sua nova casa.
Fora muita sorte, e ajuda de Gustavo, que o trio conseguiu alugar um apartamento no mesmo condomínio que seus amigos e namorados.
Não seria no mesmo andar, eram três patamares acima, porém ainda era bem conveniente e perto.
O local tinha dois quartos, sala, cozinha, banheiro, área de serviço e varanda. Vinha somente com os armários da cozinha e quarto, mas isso não foi problema, já que Miguel levou alguns móveis da sua casa, assim como Yuma. Eles tinham geladeira, fogão, micro-ondas, sofás, televisão, Xbox, camas, cômodas, escrivaninhas e até plantas.
Os utensílios ou algo mais que fossem precisas, havia sido comprado por Beatriz e Megume, além de terem ganhando algumas coisas de seus amigos. O apê ficou perfeito, decorado e bem jovial.
Todos seus amigos ajudaram a carregar as coisas para o apê, e isso tornou bem rápido. Depois, o trio arrumou as coisas, enquanto Isabel e Valentina foram comprar a comida e busca Guilherme para que a criança almoçasse com eles.
Gustavo teve que ir à casa de seus pais, já que os mesmos queriam conversar com ele sobre sua recuperação e garantir que estava bem para voltar a morar sozinho.
Daniel foi comprar parafusos e pregos para que pudessem pregar os quadros e fixas algumas coisas.
— Tem certeza que vão dividir o quarto? Eu posso dividir com Miguel para que Duda tenha seu quarto. — Yuma disse sem jeito.
— Não seja bobo. No final, vou ficar praticamente dormindo aqui sozinho. Miguelzinho vai dormir direto com o love, e aposto que você também. — Eduardo disse com tom malicioso.
Yuma corou e desviou os olhos.
Miguel olhou normal, nem contestou ou confirmou o que o primo lhe disse.
Duda deu tapa no ombro do primo. — Safado, deve estar pensando em nheco-nheco com boy gostoso.
— Ei, nada de imaginar meu namorado nu. — Miguel gritou e se jogou nas costas do primo.
— Pare os dois! — Yuma gritou, mas em seguida estava rindo. Ele havia adorado Eduardo, o loiro mais velho era sem noção e bem engraçado. — Vamos terminar de ajeitar essa cozinha ante que os outros cheguem. Estou com fome!
— Thá bom mamãe. — Duda disse.
Eles retornaram ao trabalho. Miguel colocava as vasilhas no armário enquanto Duda e Yuma ajeitaram a geladeira, fogão e a mesa.
— Neh, amanhã temos que ir no supermercado! — Eduardo disse.
—Não posso... Ao menos de tarde! — Miguel disse desanimado.
— Por quê? — Yuma lhe perguntou encarando.
— Porque deixei Guto me convencer de encontrar com meu irmão. Porque fiz isso? Não quero conhecer outro idiota como Marcos.
Duda olhou sério. — Eu acho que deveria dar a chance para seu irmão. Sei lá, de repente ele é legal. Se for um babaca, me chama que chuto a bunda dele. Hum... Que bunda gostosa.
— Duda, está falando do irmão de Mi! — Yuma gritou.
— O que? Ele é irmão de meu primo, mas não o meu primo. Posso sonhar com homens lindos. Ser Miguel criar um relacionado com ele, quer dizer que tenho cartão branco para paquerá-lo. Eu posso?! — perguntou com os olhos brilhando. Ele não podia negar que ficou interessado no homem.
Miguel suspirou. — Pode! Céus, você é impossível!
— Eu sei que me amar! — disse Eduardo.
Yuma negou com a cabeça. — Ei, o que aconteceu com aquele Leonardo?
— Ah... Guto disse que está preso. Ele foi acusado além de tentativa de assassinato, de outros crimes. A polícia descobriu que ele vendia drogas também. Ele irá ser julgado daqui alguns meses, enquanto isso ficará assistindo o sol nascer quadrado.
— Daqui alguns meses. Que demora!
— A justiça Brasil é lenta. Ao menos não fará mais mal a ninguém. — Mi afirmou.
—Eu mudarei o sistema de justiça do Brasil quando me tornar presidente da república. — Duda afirmou.
— Sim, e eu Rei da Inglaterra. Não fale besteira. — Miguel deu um tapa na bunda do primo.
A conversa sem nexo continuou entre os três até que as meninas retornaram com a comida e Gui. Daniel não demorou muito.
Miguel ligou para Guto, e o namorado afirmou que demoraria um pouco mais, que eles poderiam almoçar sem esperá-lo. Loiro amuou, mas passou recado para os outros e então todos caíram matando na comida. Isabel havia comprado churrasco, arroz, feijão tropeiro, refrigerante e picolé. Algo simples, mas que todos amaram.
Almoçaram sentados na sala. Sofá e alguns no chão. Uma algazarra total, já que todos queriam falar ao mesmo tempo.
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Miguel estava quase arrependido de Gustavo tê-lo convencido de encontrar-se com o seu irmão. Ele ainda temia muito que Felipe fosse igual a Marcos, o seu pai. Miguel tinha contado para a sua mãe, e Beatriz concordou que seria bom ele conhecer seu irmão, e ver a possibilidade de convivência.
O garoto havia combinado de encontrarem em lanchonete no Shopping, porque seria um lugar com muitas pessoas e isso lhe deixaria menos nervoso de ficar sozinho.
Gustavo o levou até o centro de lojas e garantiu que estaria no shopping fazendo compras, e qualquer coisa, bastava Miguel lhe ligar que iria imediatamente ao seu socorro.
Ansioso, o garoto seguiu para a praça de alimentação. Apesar do local está cheio, não demorou em que encontrasse o loiro mais velho. Miguel suspirou e aproximou.
— Olá! — disse baixinho.
Felipe deu um imenso sorriso. — Boa tarde, Miguel. Obrigado por ter vindo. Sente! Ou quer pedir primeiro?
Miguel olhou ao redor e seus olhos pousaram no McDonald. — Acho que quero pedi antes, estou com fome.
Felipe acenou. — O que vai querer? Eu vou lá comprar, pode esperar aqui!
— Eu sei pedi por mim mesmo.
— Desculpe, estou tão acostumado a comprar para Elisa e Pietro, que falei sem pensar.
— Quem são esses?
— Ah, nossos irmãos.
— Eu tenho mais irmãos?
Felipe sorriu orgulhoso. — Sim, veja. — Ele aproximou de Miguel e pegou o celular do bolso da calça. Procurou algo e depois mostrou a Miguel as fotos. Nelas estavam uma menina de 10 anos e um garotinho de 7 anos. Ambos eram loiros.
— Oh...
— São lindos, neh! Se quiser conhecê-los, podemos marcar outro encontro e os tragos. Contei a eles sobre vocês, e estão loucos para lhe conhecer. — Lipe disse.
— Oh, não sabia que tinha mais irmãos. Sabia sobre você, porque minha mãe descobriu sobre a outra família daquele... Homem... — Miguel disse com pesar.
— Não vamos falar do nosso pai. Sei que não lidar bem com ele e vou respeitar. Não estou aqui por ele, mas por mim. Sempre quis conhecê-lo.
Miguel acenou feliz. Ficou contente porque Felipe estava disposto a respeitá-lo nesse sentido. Não queria aquele homem em sua vida.
— Porque não vamos pedir? Podemos conversar enquanto esperamos. — Miguel disse.
Felipe acenou e ambos foram para a fila do McDonald.
Acabou que aquela tarde havia sido diferente do que Miguel esperou. Ele temia discutir com Felipe ou ter inimizade, mas aquele descobriu que tinha muita coisa em comum com o loiro mais velho. Eles falaram sobre várias coisas, incluindo trocaram número de telefone e combinaram o próximo encontro. No final. Guto juntou-se a eles, pois estava com fome e curioso.
Continua...
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Hannah Kisa: obrigada a todos que leram. Até o próximo
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