Capítulo 24

Miguel sentia o seu peito aperto em agonia profunda e desesperadora. Tinha completado uma semana desde acidente, uma semana que Gustavo estava em coma. Os médicos tinham dito que o inchado havia melhorado e que agora dependeria unicamente do moreno acordar.

Todos os dias ele convenceu a sua mãe permitir que o levasse para o quarto de Gustavo, e ele gastava pelo menos três horas sentado na cadeira e segurando a mão de seu namorado.

Era final da tarde, e Miguel havia cometido a travessura de sair de seu quarto sem ninguém ver. Mais recuperado, ele conseguiu deixar o quarto sem a carência de cadeira de rodas.

Loirinho entrou no quarto fechando a porta atrás de si e andou até a cama. Diferente das outras ocasiões que ele ficou sentado na cadeira, Miguel subiu na cama hospitalar e deitou ao lado do namorado. Apoiou sua cabeça contra ombro de Gustavo e tomou a mão fria entre as suas.

— Guto... Acorde! Eu preciso de você! — Miguel choramingou. Ele sentiu os olhos arderem anunciando lágrimas, mas manteve-se firme, recusando permitir que elas caíssem.

Ele fechou os olhos e ficou quieto apenas escutando o barulho das máquinas interligadas a Gustavo e seu peito que subia e descia lentamente. Perdido em sua própria agonia, ele não escutou quando a porta abriu.

O recém-chegado olhou cuidadoso para a cama e aproximou. Ela ergueu a mão e tocou os fios dourados.

Miguel assustou, e abriu os olhos, somente para encontrar a senhora Munhoz.

— Oi...

— Oi querido! Está tudo bem? — A mãe de Gustavo perguntou.

Miguel sentou na cama e esfregou os olhos. Apesar de saber que os pais de Gustavo estavam na cidade e com frequência no hospital, ele não havia dito oportunidade de encontrá-los.

Os conhecia unicamente de foto ou das historias que Guto contava, já que o casal morava nos EUA e raramente vinha ao país. Normalmente era Gustavo que ia passar as férias com seus pais.

— Sim! Desculpa entrar... Eu queria... Fica um pouco com ele. — Miguel disse sem jeito.

Narcisa sorriu. — Eu estava indo comer algo na lanchonete, quer me acompanhar? — Ela pediu.

O loirinho olhou para o namorado e depois para sua sogra. Não pode deixar sentir certo medo, imaginou se aquela mulher ficaria furiosa e diria palavras duras com ele pelo fato de estar namorando seu filho.

— Cl-claro! — Miguel disse. Ele saiu com cuidado da cama e seguiu a mulher para fora do quarto. Vestidos pijamas hospitalar e calçados pantufas, Miguel seguiu a elegante mulher pelos corredores do hospital.

Ao entrarem na lanchonete, eles tomaram uma mesa vazia e foram atendidos pela garçonete.

— Um chá de cidreira e um chocolate quente. — Ela disse.

Miguel olhou em volta. Sabia que não devia demorar muito ou sua mãe descobriria que fugiu e ficaria preocupada. Voltou seus olhos para a bela mulher. Poderia encontrar um monte de Guto nela.

— Eu sinto muito!

— Pelo quê querido? — Narcisa perguntou. Eles haviam acabado de receber suas bebidas, mas não chegaram a tocá-las.

— Por acidente. Ser não fosse...

— Na comentar a sandices. O único culpado é o motorista do caminhão que entrou a contramão. — Ela disse firme.

— Mas...

— Agora repita comigo. Não é minha culpa!

Miguel engoliu o caroço que formou em sua garganta. Sentiu pequenas lágrimas cair de seus olhos. — Não é minha culpa! Não é minha culpa!

— Isso! Agora não tocaremos mais nesse assunto. — Ela disse, e deu sorriso caloroso.

Miguel sentiu mais confortável ao saber que a sua sogra não o via como culpado. — Eu quero tanto que ele acorde!

— Ele vai! Guto é teimoso! — Narcisa disse com firmeza.

Miguel sorriu. Ele queria ter essa confiança, porém não podia evitar o medo que crescia desfreado dentro de seu coração. Finalmente arriscou saborear a bebida quente e doce, mas bebeu apenas a metade antes que ouvisse a voz da sua mãe.

— Miguel!

— Ma-mamãe... — Ele gemeu e levantou. Olhou culpado para a sua mãe que parecia furiosa. — Eu... Já estava voltando.

Narcisa sorriu. — A culpa é minha, eu o levei tempinho para podermos conversar. — Ela disse levantando da cadeira e colocando a mão no ombro do garoto.

— Apenas fiquei preocupada, quando entrei no quarto ele havia sumido. — Disse Beatriz. — Ah, o médico que estava lhe procurando, Narcisa.

— Por mim? Será que aconteceu algo com Gustavo? — Ela indagou aflita.

— O que? Guto? — Miguel gritou, ele saiu apressado para o quarto do namorado e sendo seguidos pelas as duas mulheres que gritava para o garoto amenizar os passos.

Quando chegaram à porta do quarto, eles foram paralisados por uma enfermeira que os impediu de entrar. Miguel estava pronto para começa a gritar com ela quando o doutor Bruno saiu do quarto com um largo sorriso.

— Meu filho?

— Eu temo que tenha uma ótima notícia!

Beatriz olhou atentamente. Não podia negar que aquele médico lhe atraia. Nos últimos dias, os dois haviam se tornados mais próximos. Ela abanou a cabeça, agora não era momento disso.

— O que tem ele? — Miguel perguntou.

— Estamos finalizando os testes básicos e depois teremos mais alguns mais profundos, mas ao que tudo indicar ele não ficou com graves sequelas. — Disse médico.

— Você quer dizer... — Miguel balbuciou.

—Sim, o Jovem Gustavo acordou! — Disse médico.

Miguel sentiu suas pernas falharem, e por sorte, foi amparado pelos braços de sua mãe. Ele não podia acreditar. Suas orações haviam sido atendidas. Gustavo tinha acordado.

— Podemos vê-lo? — Narcisa perguntou.

— Daqui alguns minutos. O cirurgião Neurologista está avaliando-o.

— Oh céus. Graças a Deus! Eu vou ligar para meu marido. Ele foi ao apartamento de meu filho busca algumas coisas. — Ela disse e tomou o celular da bolsa.

Beatriz podia sentir agonia de seu filho. Não parecia ser segredo que Miguel queria ver seu namorado, mas tinha esperar. — Querido, por que não liga para seus amigos avisando que Guto acordou? — Ela sugeriu e lhe entregou seu celular. — Eles ficaram felizes!

— Sim! — Loirinho tomou aparelho das mãos de sua mãe e foi mais adiante do corredor para pudesse ligar. Nem sabia o que falaria, por que sua mente estava fixada em Gustavo, porém devia realmente comunicar aos seus amigos.

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Daniel tinha acabado de sair do banho e trajava unicamente uma cueca boxer branca. O dia havia sido agitado. Ele havia tido duas provas difíceis na faculdade e depois vou para entrevista de estágio. Não sabia o resultado da entrevista, mas orava muito para que passasse, seria oportunidade de estagia em uma das melhores empresas do ramo.

Ele deixou o banheiro para ruma ao seu quarto, porém parou campanha tocou. Imaginou que Lucas fosse atender, todavia foi quando lembrou que seu irmão não estava em casa. Ultimamente Lucas vinha passado mais tempo na casa de Henrique ou com Rique do que em casa.

Seu irmão não havia lhe contado oficialmente, contudo ele já sabia que estava namorando com o empresário. Estava feliz por Lucas. Quem diria que ele uniria a força.

Sem preocupa em vestir bermuda ou blusa, ele foi até a porta e olhou pelo olho mágico. Sorriu ao ver quem era e abriu a porta dando seu melhor olhar sedutor.

O moreninho franziu a testa. — Você sempre atender a porta vestido assim? — Yuma perguntou perigosamente.

Daniel deu sonora risada e afastou da porta para que seu Love pudesse entrar. Bateu a porta fechada atrás de si, após Yuma entrar.

— Na verdade, acabei sair do banho quando campanha tocou... Conferir antes quem era... Ser fosse outra pessoa, ia me vestir primeiro. Ciumento! — Daniel disse e abraçou Yuma por trás, unindo seus corpos.

— Sou mesmo! Cuido do que é meu. — Yuma disse com bico nos lábios.

— Seu fofo. — Daniel distribuiu beijos na toda extensão do pescoço de seu japonesinho e o puxou até que sentou no sofá com Yuma. O mais jovem remexeu, porém parou quando sentiu animação da masculinidade do outro.

— Não sou fofo! — Falou inflamando a boca, todavia mudou rapidamente de expressão. — Ah, Mi me ligou. Parece que Guto acordou e os médicos estão positivos que ele não saíra com graves sequelas.

O sorriso de Daniel alargou ao ponto que o canto de sua boca chegou a doer. Isso era realmente uma boa notícia. Aquela última semana tinha sido agonizante, saber que os seus dois de seus melhores amigos estavam feridos e ainda um deles em estado crítico.

— Que maravilha. Temos que ir visitá-lo. — Anunciou quase levantando.

— Dan... — Yuma disse virando de frente para namorado. — São 21hs da noite... Horário de visitar já passou, e outro, precisamos dar espaço para Mi curtir o namorado. Podemos ir amanhã!

— Ah, tem razão. Devo avisar Lucas.

Yuma negou. — Miguel me disse que já tinha falado com Lucas e Valentina, e eles iriam avisar Rique, Gui e Isa.

— Hn... — Daniel rosnou baixinho. — Está com fome?

— Já jantei! — Yuma falou.

— Quer fazer algo?

— Sim, no quarto. — Yuma disse inclinando para frente e unindo a sua boca ao do namorado em um beijo lento. Seus braços apoiaram-se nos ombros de Daniel e seus quadris reviraram em provocação ao outro.

Daniel respondeu apertando as suas mãos nos glóbulos apertados e cheinhos. Ele levantou tomando Yuma em seus braços e seguiu para seu quarto. Ah, a noite seria longa e prazerosa.

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No dia seguinte os amigos de Gustavo fizeram um mutirão no hospital. Todos estavam ansiosos para verem o seu amigo acordado. Eles tinham um pequeno sentimento de culpa dentro de si, por causa dos estudos não visitaram muitas vezes, fazendo assim não dando apoio necessário ao seu amigo Miguel, que além de sofrer por causa do acidente, estava sofrendo pelo seu namorado que estava em coma.

Todos se encontraram no saguão do hospital. Cada um trouxe uma lembrancinha, flores, balão demonstrando que estavam em torcida pelo melhoramento do casal.

— Acho melhor a gente subir, já que está todo mundo aqui! — Isabel disse abraçada a Valentina.

— Eu mandei uma mensagem para Miguel e ele disse que tem que esperar a mãe dele, pois não podemos fazer um tumulto no quarto de Guto. — Lucas falou guardando o celular.

— Ainda bem que Guto acordou, doía ver ele naquele estado e principalmente Miguel, tadinho! — Yuma falou cruzando os braços. — Agora vamos orar para que eles terem alta logo.

— Sim, meu amor! — Daniel assentiu. — Oh, olha a mãe de Miguel!

Beatriz chegou onde eles estavam e os cumprimentou com um sorriso gentil. Após o acidente, ela conheceu os novos amigos do seu filho, criando um laço de amizade com todos eles. Beatriz sentia se feliz em saber que o seu querido era amado por aquelas pessoas e ao mesmo tempo triste que com o seu sonho de virar uma grande chef de cozinha ia tirar as únicas amizades de Miguel.

— Então, vamos? — Falou sorrindo. Eles assentiram e Beatriz os levou para o quarto de Guto.

— Gustavo está bem né? Teve alguma complicação ao acorda? — Henrique perguntou.

— Ele está bem, só que parece que ele terá que fazer fisioterapia para que os seus músculos fiquem como antes, por causa do coma, eles ficaram rígidos...

— Você explicou muito bem.

Todos se surpreenderam com a chegada do médico ao lado deles. Beatriz arregalou os olhos, sentiu sua bochecha esquentar e rapidamente desviou o olhar do médico, que sorria para ela.

— Você é o médico que está cuidado de Guto e Miguel, né? Ele está bem mesmo? — Valentina perguntou.

— Sim! — Sorriu. — Vamos manter Gustavo em observação e marca consultas para a fisioterapia. Já Miguel receberá liberação depois da amanhã.

— Eu não sabia disso! — Beatriz falou confusa.

— É que eu ia dizer agora Bea... Beatriz!

— Oh, fico feliz em saber, mas tenho a plena certeza que o meu filho prefere está aqui ao lado do namorado do que em casa!

— Você o conhece super bem! — Lucas falou sorrindo. — Oh chegamos. Podemos entrar todos de uma vez, né?

— Claro que sim, só peço que não faça tumulto ou coisa parecida para não deixar o paciente nervoso.

— Sem problema doutor, esses garotos e garotas são muito comportados! — Beatriz disse sorrindo.

— É isso ai tia! — Valentina exclamou sorrindo os fazendo rir.

Ao entrarem no devido quarto, todos visualizaram Miguel sentado ao lado da cama de Gustavo, além da presença da mãe de Guto e o pai dele do outro lado. Eles pareciam estar em uma pequena conversa, mas o moreno permanecia calado olhando fixamente para Miguel.

— Olá! — Disseram em único coro.

Miguel e Gustavo olharam rapidamente na direção deles e abriram um enorme sorriso. A galera rapidamente saiu do lugar e foram encontrar os seus amigos, todos tinham um enorme sorriso no rosto ao ver Gustavo acordado.

— Ei cara! — Daniel falou ao se aproximar. — Até que fim você acordou, fico feliz!

— Ficamos felizes! — Lucas completou a fala do irmão. — É tão bom vê-lo acordado.

— É bom ver vocês! — A voz de Gustavo estava baixa e fraca, mesmo estando debilitado dava para ver a alegria em seus olhos em rever os seus amigos. — Como vocês estão?

— Estou bem! Estávamos mortos de preocupação por vocês dois. Sabia que Miguel não saia do seu quarto? — Lucas falou sorrindo. — O nosso loirinho estava muito preocupado contigo.

— É verdade Mi? — Perguntou Gustavo olhando para Miguel que encolheu os ombros e pegou o copo com gelo e se aproximou dele.

— Acho que você está precisando refrescar a boca, falar gasta saliva neh! — Falou e começou a passar as pedras de gelo na boca de Guto, que teve de lamber os lábios e sentir a água descongelando refrescando a sua boca.

— Senti alguma dor? — Perguntou Henrique.

Gustavo desviou os olhos de Miguel e o olhou para o seu amigo afastando um pouco as mãos de Miguel da sua boca. — Sim, estou bem, não sinto dores, só um pouco fraco por assim dizer, parece que terei que fazer fisioterapia, né doutor?

— Isso mesmo Gustavo, mas primeiro eu e os seus pais teremos que ter uma conversa particular com o fisioterapeuta que temos no hospital, ou os seus pais podem escolher outro fisioterapeuta, o que importa que você tenha consultas para os seus músculos voltar como era antes.

— E Miguel, como ele está? Ele precisa de algo? — Gustavo perguntou, no mesmo momento olhou carinhosamente para Miguel, que tinha os olhos para baixo. — Que foi meu amor?

— Eu não tive nada do acidente, você que sofreu todo impacto! — Suspirou. — Ah, eu...

— Miguel, você está chorando? — Beatriz perguntou preocupada e no mesmo momento todos olharam preocupados para Miguel.

Todos começaram a soltar várias perguntas para o loirinho, que só fazia balançar a cabeça negativamente e a soluçar e vendo aquele barulho o médico logo ordenou que se calassem, pois o paciente estava nervoso e na mesma hora Gustavo levantou o braço direito e quase sem forças ele puxou um pouco Miguel o fazendo olhar para ele.

— Mih, o que houve? — Perguntou confuso. — Por que está a chorar? Está doendo algum lugar, meu amor? Diga-me! — Pediu preocupado.

Miguel tentou conter o soluço e o choro para tentar falar, mas isso o impedira de respondê-lo. — E-u... E-u...

— Ei calma! — Carinhosamente Gustavo acariciou o rosto avermelhado do amado, que suspirou pela caricia. — Não chore, por favor, dói-me ver você assim!

— Miguel, o que aconteceu, meu amigo? — Val perguntou um tempo depois. — Quer que a gente saia, quer falar com Gustavo sozinho?

— N-não, claro que não! Vocês são amigos deles, merecem está aqui o vendo acordado, só... Só é algo, bobagem minha... Guto, não se preocupe; Ok? Eu, eu preciso ir ao banheiro! — Ao terminar de falar Miguel se sentou de Gustavo e correu para a porta e saiu do quarto deixando todo mundo confuso.

— O quê... Filho! — Gritou Beatriz, mas antes dela poder ir atrás de Miguel Val a interrompeu.

— Eu e Yuma iremos ver o que está acontecendo com ele, fiquem aqui, voltaremos logo!

— Certo! — Beatriz assentiu um pouco aliviada, mas ainda estava preocupada pelo seu querido filho.

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Miguel não sabia o que estava acontecendo consigo, só sabe que estava a sentir uma dolorosa dor no seu peito e ao ver a preocupação de Gustavo consigo a dor explodiu e se transformou em lagrimas, agora estava a chorar no banheiro masculino do hospital.

— O quê está acontecendo comigo? — Sussurrou. As lagrimas estava a cair pelo seu rosto e escorrer pelo seu pescoço até chegar à sua camiseta. — Será que nunca irei tirar essa culpa de dentro de mim?

— Miguel, Miguel... Onde você está? — A voz de Valentina o assustou o fazendo quase derrubar o balde de lixo da cabine onde ele estava.

— Miguel! Por favor, somos nós!

Miguel arregalou os olhos e tentou enxugar o seu rosto. — O que vocês estão fazendo aqui?

— Atrás de você! — Yuma respondeu. — Você correu que nem um doído do quarto, nós nos preocupamos contigo. O que aconteceu?

— É Miguel, o que aconteceu para você sair naquele estado? — Valentina insistiu.

Miguel respirou fundo e escorou a cabeça na porta da cabine. — Foi minha culpa! — Sussurrou.

— O quê? Não escutamos o que você disse! — Yuma falou.

Miguel abriu a porta da cabine e olhou nos olhos dos seus amigos.

— A culpa foi minha!

— Como? — Disseram confusos.

Miguel saiu da cabine e andou até as pia que ali tinha e se olhou no espelho, era a primeira vez que ele se via no espelho. Estava abatido, pálido, com olheiras e com os olhos vermelhos por causa das lagrimas. — O acidente, a culpa foi minha!

Valentina e Yuma olharam sem acreditar para ele.

— Não acredito que você está a se culpa por um acidente que a culpa fora o motorista do caminhão que entrou na contramão. Miguel tira isso da sua cabeça... Oh meu Deus! — Yuma falou puxando Miguel para a sua frente. — Você não é o culpado!

— Eu sou sim! Se não tivesse falado que iria embora para França, não bateríamos o carro e Gustavo não estaria naquela situação... Era para ser eu naquele estado, ele ficou em coma e eu o que tive? Só algumas escoriações, só isso e mais nada!

— Graças a Deus! — Valentina disse em seguida. — Graças a Deus Miguel, se você tivesse naquela situação Gustavo estaria pior, pois estaria vendo o amor da vida dele naquele jeito. Você deve agradecer por ele acorda e reconhecer todos nós, você deve agradecer e não se culpa, pois Deus deu uma nova chance para vocês! Não se culpe por uma culpa que não é sua, Gustavo te ama e te quer bem, ele ficou muito preocupado quando você saiu naquele estado.

Miguel sentiu mais uma vez lágrima começar a escorrer pelo seu rosto. — Eu não sei o que faço. A culpa ainda está aqui me consumindo, pois na minha cabeça eu sou culpado, ver ele daquele jeito me dói! Dói ver Gustavo assim! O que eu faço, então? — Implorou.

— Converse com ele e diga o que estás sentindo e só ele pode fazer essa sua culpa desaparecer, pois sei que Gustavo não te culpa!

— Por que ele te ama e te quer bem! — Yuma completou — Queremos vê-lo bem.

— Obrigado. — Miguel sorriu e os abraçou. — Muito obrigado, amo vocês!

— Também os amamos!

Continua...


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