Capítulo 2
"Um beijo de língua em Miguel. Agora!"
"Um beijo de língua em Miguel. Agora!"
"Um beijo de língua em Miguel. Agora!"
Isso repetiu um monte de vezes na cabeça de Gustavo para acreditar que não foi uma mera ilusão. Ele olhou atordoado para os outros. Daniel tinha um sorriso presunçoso no rosto. Lucas ainda estava olhando para Daniel sem acreditar e o seu olhar caiu no anjo do seu lado, o mesmo estava com os olhos esbugalhados olhando para ele e foi ai que caiu a ficha, essa era a sua oportunidade de sarna o seu desejo de provar dos deliciosos lábios de Miguel, que sonhara desde que começou a gostar do pequeno.
— Bem, desafio é desafio... Mas está tudo bem contigo, Miguel? É só um desafio tolo que Daniel propôs. — Infelizmente, pensou Gustavo.
Ele olhou para Miguel para ver a resposta, mas só que o mesmo não teve nenhuma reação, o seu olhar recaiu nos lábios entreabertos do mesmo o fazendo suspirar e um sentimento de desejo o tomou.
Gustavo se aproximou de Miguel e com delicadeza ele pegou no queixo de Miguel e se aproximou do rosto dele. Ele olhou para aquele belo rosto, os lindos olhos, as bochechas avermelhadas, os lábios cheios. A pele de Miguel era tão macia.
Fechados os lábios, Gustavo finalmente fechou o espaço entre eles e tomou os lábios de Miguel para si. Ele esperou por um momento até que pediu passagem com a sua língua atrevida, e para a surpresa dele, Miguel cedeu. O doce sabor da boca de Miguel o deixou derretido e feliz; feliz que ali era ele beijando o seu adorado anjo. As suas línguas entraram em sintonia, se aproximou mais de Miguel, o beijo estava tão maravilhoso, tão inacreditável, magnifico, mas infelizmente para acabar o momento.
Lucas e Daniel observaram aquilo de olhos bem surpresos, mas Daniel era o único que estava sorrindo. Lucas olhou para aquilo e viu que os dois não desgrudaram, o deixando desconfortável e para acabar com aquilo, com a almofada mais próxima o mesmo jogou nos dois beijoqueiros fazendo Gustavo gritar 'Eii' e Miguel se encolher.
— Pensei que vocês iam ficar se beijando para sempre. Só foi um desafio... Imagina ser não fosse. — Lucas disse olhando desconfiado para os dois.
Miguel rapidamente se afastou de Gustavo, o mesmo estava um pouco arfante, com o rosto muito vermelho e os lábios inchados belo beijo trocado. Já Gustavo, o mesmo se sentiu triste pelo beijo interrompido e pelo afastamento do seu anjo.
Miguel não sabia que vivia realidade ou sonho. Por três longos anos imaginou como seria beijar Gustavo, e sua fantasia não chegou nem perto da realidade. Beija Gustavo era... Surreal. Os lábios do moreno eram macios, exigentes e viciantes. Como viveria agora sem nunca mais prová-los?
Ele abriu a boca tentando dizer algo, mas nenhum som saiu. Sua vez havia literalmente desaparecido e seu coração trovejava como corcel de raça em meio à pista de corrida.
Ele fechou a boca, cumprindo os lábios e buscando inutilmente tentando acalmar sua respiração. Em sua mente torcia para que seus amigos e o próprio Gustavo, não percebessem que aquele beijo significou mais que simples desafio para ele.
— Seus loucos. Viraram gays? — Lucas disse alterado, mas foi Daniel que o aquietou.
— Sem exagerados Luc... Foi apenas brincadeira. E pensei que não fosse preconceituoso?! E algo entre a gente, ninguém vai sair contando e não é como fôssemos virar gays. Relaxa! — Daniel disse. Lucas sentou na almofada, mas ainda carregava um bico nos lábios.
Miguel não soube que reação tomar, então fez a única coisa possível. Ele levantou e saiu sem dizer nada ao banheiro. Trancou a porta e sentou no vaso sanitário. Escondeu o rosto com as duas mãos e abafou um grito. Merda, havia sido beijado por Gustavo... Seu Gustavo.
— Não me acorde! — Disse com sorrisinho bobo nos lábios. Ele precisava acalmar, pois iria dormir na casa de Guto, e não poderia ficar estranho, por que seu amigo ia achar que ficou magoado ou gostou mais que devia. Assustou quando alguém bateu na porta.
— Mi? Tudo bem? — Gustavo perguntou.
— Sim, já estou saindo. — Ele levantou, deu descarga para fingir está usando o vaso, e depois lavou as mãos e rosto na pia.
Deu ajeitadinho nos cabelos, e então saiu do banheiro. Ao chegar à sala, deparou-se com Guto dando ajeitada na bagunça. — Cadê Dan e Luc? — Indagou.
...
Depois que viu que Miguel saiu praticamente correndo para o banheiro, um sentimento de culpa o tomou, pois viu que fez mal beija-lo. Gustavo olhou para os seus amigos e depois de pouca conversa, Guto os enxotou do seu apê, mas antes de fechar a porta Daniel voltou e falou:
— Desculpa pelas palavras de Lucas, ele não tem filtro e é uma cabeça dura. Mas deixando isso de lado, olha, se precisar falar ou desabafar, eu estou aqui! Não vou julgar-te ou fazer nada de mau. Lembre-se, sou o seu amigo! — Disse piscando, sorrindo, Daniel saiu e fechou a porta deixando um Gustavo confuso.
Ele olhou sem acreditar para a porta, as palavras de Daniel mexeram com ele. Suspirando ele olhou para a direção do banheiro e foi ver como estava Miguel, mas o mesmo disse que estava bem, o fazendo voltar e começar a arrumar a pequena bagunça. De uma pequena 'festa' entre amigos, findou num beijo entre ele e Miguel.
A voz de Miguel perguntando pelos meninos o tirou do seu pensamento o fazendo olhar para a direção da voz.
— Os meninos foram embora, já está tarde! E eles decidiram ir! Mas... Miguel você está bem mesmo?! Olha, sinto muito por ter aceitado o desafio e te beijado, isso com certeza o deixou mal, mas te peço que não me ignore ou fique estranho comigo... Não quero perder a sua amizade... Mas se você decidir que não quer ser mais meu amigo fique aqui hoje, está muito tarde para você ir embora, e você pode dormi na minha cama, como um pedido de desculpa, — Exclamou sem jeito.
Na verdade, ele ia mesmo propor a Miguel dormi na sua cama, pois ele não deixaria o seu anjo dormi no sofá e amanhecer com dores nas costas. Mas estava com medo no que Miguel ia dizer, ele não queria de jeito nenhum perder amizade daquele garoto, já que não podia ter o amor dele, pelo menos ele queria ter amizade de Miguel.
Miguel sentiu seu coração salta um pulinho. Ahh! Era por um desses motivos que amava Guto... Ele era sempre gentil e compreensivo, preocupado com bem-estar dos demais. Não querendo ver o outro mal, olhou de maneira travessa e coçou a nuca.
— Tudo bem! Foi apenas uma brincadeira entre amigos. E não é como nunca tivesse beijado um homem antes. — Disse, mas quando deu conta do que dizer, tapou a boca com a mão. Ele e sua boca grande. Viu os olhos de Gustavo arregalar, e depois um sorriso curiosos nos lábios.
— Já beijou um homem antes? — Gustavo perguntou. Miguel queria abrir buraco na terra e enterrar-se.
Disfarçando, ele pegou seu celular que estava no chão, e colocou no bolso da bermuda, e depois passou a recolher as garrafas de cerveja e latas refrigerantes. Sabia que Gustavo não deixaria aquele assunto morrer, mas quanto mais retardasse melhor.
Viu o moreno recolhe as embalagens de comida. Aproveitando Mi foi à cozinha jogando as garrafas e latas lixo, e pegou uma sacola preta, indo para sala. Ficou segurando a sacola aberta enquanto Guto jogava os lixos. Quando eles terminaram de arrumar tudo, e coloca a mesa de centro em seu devido lugar, Gustavo virou novamente para ele.
— Não vai me responde? — O mais velho perguntou. Miguel olhou em volta, como fingisse ver se tudo estava organizado.
— Foi somente uma vez... Quando viajei para Minas com minha mãe para a casa de minha tia. — Ele estalou os dedos. — Foi apenas curiosidade... E sei lá... — Deu os ombros. — Acho que gostei! Diria que sou Bi... Espero que não seja nenhum problema... — Completou. Mal podia acreditar que admitiu isso ao moreno.
A declaração de Miguel o pegou desprevenido o deixando surpreso, o seu... Não tão seu, era bi! Isso era uma notícia bombástica. Ele olhou para Miguel e o mesmo estava um pouco sem jeito, pois depois que Miguel declarou que era BI, o silencio tomou de conta da sala.
— Bem, isso me pegou de surpresa! Mas Miguel, não tem nenhum problema, não vou te odiar, nem nada. Até por que eu gostei do nosso beijo... Mas deixando isso de lado. — Disse sem jeito. — Bem... É! Como vou dizer isso?! — Disse para se mesmo, mas Miguel escutou e olhou sem entender nada. — Bom, vai lá! Você gostou... Do meu beijo? Bem... É uma pergunta estúpida! Você deve ter achado horrível, claro! Somos amigos, — Falou rindo, mas esse riso não alcançou os seus olhos. Gustavo olhou ao redor e viu que estava tudo limpo. — Deixa isso para lá, vou beber água. Se quiser se arrumar para ir dormir, pode ir! — Sem esperar uma resposta Gustavo saiu da sala.
Miguel sentiu vontade de dar pulinhos. Guto parecia tão lindo envergonhado, e ouvir da boca dele que tinha gostado do beijo, encheu seu peito de alegria.
— Eu gostei! Você beija bem... Um dos melhores beijos... Se não melhor. — Miguel disse. Ok! Somente por que Gustavo gostou, não quer dizer que haveria algo mais entre eles. — Somos amigos ainda, neh? Sua amizade é importante. Não quero perdê-la. Gustavo pareceu olhar aliviado.
— Sim! Amigos. Bem, vou arrumar a cama para você...
Miguel negou. — Não seja bobo. Não vou deixá-lo dormi no sofá. Eu sou visita. — Disse. Normalmente quando dormia ali, em raras ocasiões, ficava sempre sofá ou colchão solteiro que Guto colocava no quarto vazio no apartamento. Viu que Gustavo iria contestar. — Nem pensa... Fico com sofá, e acredite o seu sofá e muito confortável. Eu vou... Troca de roupa. — Disse.
Ele pegou sua mochila e retornou ao banheiro. Como estava calor, aproveitou para tomar banho.
Retirou suas roupas, e as dobrou colocando sobre tapa do vaso. Prendeu os cabelos com elástico e tomou um rápido banho. Sua mãe ensinou não abusar da hospedagem dos outros. Sentindo mais fresco, e com ereção controlada, vestiu sua cueca, a regata branca e o short de tecido que ficava folgado em seu corpo e ia até metade das coxas. Se tivesse em casa, preferia dormir apenas de cueca, mas não faria isso ali. Mais confiante, e ainda bobo pelo beijo, guardou as roupas sujas na mochila e saiu do banheiro. Ao chegar à sala encontrou o sofá pronto. Com travesseiro e lençol, além do ventilador ligado.
— Desculpa, tenho ar condicionado somente no quarto. — Gustavo disse, e Miguel percebeu que ele ainda parecia desconcertado.
— Claro, está perfeito. Em casa sou acostumado a ventilador. Obrigado! Vou só ligar para minha mãe, dizer está tudo bem e vou dormir. Sorte que amanhã é sábado e não tenho aula. — Miguel disse. Estava na torcida para que Guto não tivesse compromisso no sábado, e pudesse ficar curtindo o dia com ele.
Miguel estava tão lindo vestindo aquela roupa, ele era tão adorável... — É... Bem! Que tal amanhã você passar o dia aqui? Se você quiser, claro! — Disse nervoso, ele sempre ficava assim perto dele, isso sempre o irritava, nem conseguia agir normal.
— Se não for incomodar, eu adoraria! — Disse Miguel sorrindo, Guto naquele momento ficou desnorteado, pois ele sempre ficava assim, quando via o lindo sorriso de Miguel.
Miguel se sentou no sofá, que hoje seria uma cama provisória. Gustavo o viu pegar o celular e lembrou que o mesmo iria ligar para sua mãe.
— Ah! Vou sair para não atrapalhar o seu telefonema. Diga a sua mãe que eu mandei um Oi e uma boa noite e também diga a ela que estou com saudades da comida dela. — Na última parte ele riu fazendo Miguel rir junto. — Bem, eu vou me ajeitar para dormi, e você tenha uma ótima noite, e se precisar de qualquer coisa, a porta do meu quarto vai estar destrancada, pode me ir lá se precisar de alguma coisa, Ok?! — Gustavo ia se virando, mas pelo um momento ele voltou e viu que Miguel sorria e estava com o celular no ouvindo, tomando coragem Gustavo se aproximou de Miguel e se abaixou e tocou os lábios na testa de Miguel o fazendo surpreso. — Durma bem, anjo! — Sussurrou. Ele se afastou e deixou a sala sorrindo, deixando um Miguel sorrindo todo bobo.
Miguel não pode impedir de sua mente viajar, imaginando que acordaria de madrugada, e iria ao quarto de Gustavo, após pesadelo. O moreno daria espaço para deitar na cama e eles se beijariam novamente Só faltou a baba descer pelo canto de sua boca, mas foi retirado de seu fantasia quando a voz de sua mãe soou do outro lado da minha.
Miguel saiu de seu devaneio. Ele deitou confortavelmente no sofá, de lado.
— Oi mami... Desculpa... Só estou ligando para dizer que estou bem, e vou dormir aqui. — Oh sim! E foi divertido com seus amigos? Aprontaram muito? — Ela soou divertida. Miguel sorriu. Ele tinha a melhor mãe do mundo. — Sim! Sabe como é... Muitas bebidas, pornografia e beijos.
Sua mãe soltou gargalhada.
— Quem fala assim, até diz se verdade.
Miguel sorriu. Claro, não era nessa linha, mas não deixava de ser verdade. Não bebeu nada alcoólico, mas teve filme pornô e beijou Guto, mas sua mãe realmente não precisava acreditar que era mais brincadeira do filho.
— Uhh! Guto me convidou para passar o dia aqui amanhã, então devo ir para casa de tarde. Ah, ele mandou um beijo. — Miguel disse.
— Mande outro para ele. O convida para vim almoça domingo aqui em casa. — A mulher disse.
Deixou recomendações para seu filho se comporta, e finalizou a ligação. Miguel remexeu no sofá e deslizou o celular smartphone galaxy, e o colocou no chão. Jogou o lençol sobre os quadris.
Não iria enrolar por que estava calor. Sabia que iria demorar pega no sono, mas poderia aproveitar aqueles momentos para fantasia mais com seu 'Guto'. Queria imaginar como o sábado seria perfeito pertinho do seu moreno. Para quem imaginou que demoraria pegar no sono, Miguel dormiu bem rapidinho, com o barulho do ventilador.
Era acostumado apagar com esse barulho, quase sinfonia para ele. Quando remexeu novamente na cama, o sol tinha raiado e ouviu barulho vindo da cozinha.
Pegou seu celular e olhou o horário. 10:45, Uau! Tinha dormido demais. Bem, era final de semana, podia aproveitar.
...
Depois de um banho relaxante, ele vestiu a sua cueca box e uma regata branca, por ele deitaria nu, ele amava dormi assim, tinha um sensação de liberdade, mas já que Miguel dormiria aqui hoje, e não seria muito legal o encontrasse todo esparramado na cama pelado.
— Até que não seria uma má ideia. — Sussurrou. Ele deixou a porta destrancada como prometido e foi para sua cama king size, o ar estava ligado, deixando o clima do quarto bom e sonolento, mas ele sentiu a cama grande e um pouco solitária, ele queria que uma pessoa loirinha e pequena estivesse do seu lado, aconchegada a ele, mas infelizmente essa pessoa estava dormindo no seu sofá. Gustavo se mexeu algumas vezes, mas pegou logo no sono, o mesmo dormiu sorrindo, pois ele dormiu na lembrança do beijo trocado com Miguel.
Ele acordou com o toque do seu celular, ele acordou desorientado e soltou várias reclamações por ter esquecido se de desativar o alarme do mesmo. Mas a noite de ontem veio a sua mente o fazendo sorrir, esquecendo de vez a sua irritação.
Depois que se levantou, ajeitou a cama e fez as suas necessidades, e vestiu um short e uma camiseta sem mangas. Gustavo foi à direção da sala, onde encontrou um Miguel encolhido no sofá e ficou admirando-o. Miguel era tão adorável dormindo, achou tão lindo o leve ressonar, os olhinhos fechados... Depois de alguns minutos o observando, Gustavo teve uma ideia de fazer um belo café da manha para o seu querido convidado. Ele não era muito de cozinhar, mas ia tentar, para o seu anjo!
Quando ele chegou à cozinha, o mesmo pegou um avental, que sua querida mãe deu para ele, ele nunca a usou, mas hoje iria. O mesmo tinha na frente escrito: 'Beije o cozinheiro', bem sugestivo.
Ele passou duas horas preparando o café da manha deles, tinha pão caseiro, torradas, café, suco de laranja, omelete, panquecas recheadas, biscoitos de chocolate e uma vasilha de frutas picadas.
Ele olhou ao redor e viu que aquilo não caberia numa bandeja, assim estragando os seus planos. Suspirando, ele viu que pelo menos fez um café da manha decente... Sua mãe visse o que ele preparou, pensaria que ele não era o seu filho, e sim um extraterrestre. Rindo com os seus pensamentos, Gustavo deixou a mesa feita e saiu da cozinha e se deparando com um Miguel todo descabelado, o fazendo suspirar, pois Miguel estava tão fofo com aquele cabelo todo descabelado, a carinha inchada pela noite de sono.
— Bom dia, Mi! — Disse Sorrindo. — Eu preparei o nosso café da manhã, e espero que goste. — Disse sem jeito.
Miguel ergueu a cabeça e encarou Gustavo. Ah! Era até pecado ele ser tão lindo logo cedo.
— Bom dia! Dormi como uma pedra. — Miguel disse. Ele coçou o olho tentando espantar o sono, e olhou para a janela, reparando que estava dia lindo. — Não precisava ter trabalho de preparar tudo. Qualquer biscoito e leite estavam ótimo.
— Que isso! Está em fase de crescimento, precisa alimentar-se bem. — Gustavo disse, sorrindo e mostrando a fileira de dentes brancos e certinho. Miguel sentiu olhando abobado. — Sim, Quero dizer. Eu vou escova os dentes e leva o rosto para podemos tomar café, — Disse constrangido.
Viu Gustavo sumi para a cozinha, então aproveitou para dobra o lençol e deixar sobre travesseiro que usou. Desligou o ventilador e pegou sua mochila indo ao banheiro. Tratou de ser rápido em fazer suas necessidades, escova os dentes e pentear os cabelos. Foi difícil não bater uma enquanto sustentava uma bela ereção matinal, e parecia pior, já que dormiu na mesma casa que sua grande paixão. Empolgado de compartilha a refeição com ele, saiu do banheiro e praticamente correu para a cozinha.
Os olhos azuis arregalaram e por pouco não pularam de órbita. Aquilo era uma mesa de café da manhã dos deuses. Tinha de tudo.
— Não sabia que cozinhava! — Miguel disse. Gustavo deu risinho satisfeito, e puxou a cadeira para Miguel sentar. Os dois se serviram de suas preferenciais, e o loiro não pode deixar geme diante do sabor divino. — Uhh! Está delicioso. — Disse, mas seus olhos caíram sobre bíceps de Guto. Oh sim, ali estava outra coisa deliciosa que adoraria lamber.
— Que bom que gostou, — Disse dando um gole no seu café. Ele era viciado em café, uma boa xícara de café o deixaria novinho em folha. — Fico feliz! — Disse olhando para Miguel, o mesmo estava sentando ao seu lado. Isso parecia um sonho, ele não queria acordar dele. Eles continuaram a comer a deliciosa comida preparada por Guto, ele não acreditou mesmo que o comer que ele preparou tinha ficado bom, era de se orgulhar. Depois do último biscoito de chocolate degustado Guto se levantou e começou a pegar as vasilhas sujas e ele viu que Miguel o seguiu pegando as vasilhas. — O que você vai fazer? Pode voltar a se sentar, pois aqui você é convidado! Não quero que você se dê o trabalho de arrumar isso! — Ditou firme, mas para a decepção dele, Miguel continuou a pegar os pratos.
— Posso até ser convidado, mas não vou deixar você arrumar isso sozinho, vou ajudá-lo como um pedido de agradecimento, pelo café da manha delicioso! — Disse ligando a torneira e começando a lavar os copos.
Guto balançou a cabeça sorrindo, o seu anjinho era muito teimoso. — Ok! Rendo-me... Mas eu lavo os pratos e você enxugar. — Disse estendendo o pano de prato. Miguel sem pestanejar aceitou o pano de prato e Guto começou a lavar as vasilhas.
— Espere um momentinho! — Disse Miguel. Guto olhou sem entender e viu Miguel estender o pano de pranto em cima da mesa e correu para a sala e alguns segundos depois ele voltou segurando o seu rádio e sorrindo colocou em cima do balcão e conectou a tomada. — Com música é sempre divertido! — Declarou sorrindo.
A voz de Klaus Meine ao som de Always Somehere fez pelo da sua nuca arrepiar, ele amava aquela música. Ele viu Miguel sorrir e sorriu junto. E sem perceber os dois começou a cantar, Miguel sabia que ele era fascinado pela banda Scorpions, e bem, ele fez Miguel gostar das músicas. Eles continuaram a arrumar a cozinha cantando juntos, os dois não paravam de sorrir e quando o último prato foi limpo os dois se entreolharam e riram. Gustavo olhou ao redor e viu que tudo estava perfeito limpo.
— Bom trabalho! Somos perfeita dupla! — Disse Guto pegando no ombro de Miguel.
— Uhum! — Concordou Miguel.
— Já que fizemos uma responsabilidade, precisamos nos divertir com alguma coisa... Tem algo em mente? — Disse olhando dentro dos olhos de Miguel, eles estavam tão perto...
Miguel quis dar pulinhos. Aquele momento era tão perfeito, até parecia que ele e Gustavo eram casados, e dividiam as tarefas de casa juntos. O que poderiam fazer?
— Eu pensei que podíamos... — Ele começou a falar, mas não terminou por que a campainha tocou. — Quem será? Esperando alguém?
Guto olhou confuso.
— Não!
— Eu atendo. — Miguel disse. A verdade queria matar a pessoa lesada que simplesmente decidiu atrapalhar aquele momento mágico deles. Jogou o pano de prato na mesa e correu para a porta. Sem preocupar em olhar pelo olho mágico, girou a maçaneta e abriu. Não foi surpresa ao depara-se com aqueles dois desmiolados. Só podia ser eles mesmos.
— O que fazem aqui? — Indagou meio áspero. Estava com raiva, eles atrapalharam o seu momento. Lucas olhou ofendido, mas Miguel sabia que era tudo atuação.
— Nossa Mih! Assim ficarei ofendido. Acaso atrapalhei o sexo matutino de vocês. — Ele provocou, e caiu na risada com suas próprias palavras. Miguel sentiu seu rosto entra em chamas. Está ai, uma coisa que gostariam, mas era apenas sonho. Aquele beijo fora divino, mas sabia que não voltaria a repetir.
— Você é idiota, Luc. — Miguel disse, e deu espaço aos amigos entrarem. Daniel parecia sério, mas o loirinho sabia que era apenas seu mau-humor matinal. Ele era tipo de pessoa que não era de falar muito logo cedo, mas mais tarde despertaria.
— O que fazem aqui? — Gustavo perguntou. Havia retirado avental, e olhava sexy como sempre.
— Ah, já que está sol lindo, e Miguelito está bobeira aqui hoje, viermos convidá-los para curta uma piscina e depois podíamos ir almoçar em alguma churrascaria. Quero carne. — Lucas disse com largo sorriso.
Miguel olhou sonhador para Gustavo. Sim, diz que sim, Gritou em pensamento. Na verdade, preferia passar dia sozinho com Guto, mas não era má ideia piscina, por que poderia admirar aquele corpo lindo e moreno em uma sunga de praia. Oh sim, iria tira altas fotos disfarçadamente.
Uma piscina não era uma má ideia.
— Gostei da ideia, Lucs! O que acha Miguel? — Ele estava doído para ir tomar um banho de piscina, e claro, ver o seu anjinho de sunga.
— Que vamos agora! — Disse entusiasmado, fazendo Gustavo sorrir. — Mas tem um problema, eu não tenho sunga. — Exclamou triste.
— Você poderia ir vestir uma cueca, com um short folgado, que tão? — Disse tentando anima-lo.
— Boa ideia! Vocês esperam a gente aqui, enquanto nos trocamos! Ou vocês ainda vão trocar de roupa. — Disse Miguel olhando para os meninos, sorrindo Lucas começou a tirar a camisa.
— Já vim preparado. — Disse ele.
— Ok! Mas não precisava fazer um Striptease para gente, Lucas! — Disse Daniel olhando já o seu irmão sorridente só de sunga. Gustavo olhou para o seu amigo e se deliciou com a visão, mesmo amando Miguel, ele podia admirar outros... E Lucas não era de se jogar fora.
— Melhor a gente ir se trocar! — Exclamou rindo.
Miguel deu pulinhos. Realmente estava um dia calorento e a ideia de nadar pareceu atrativo. Infelizmente em São Paulo para curtir a praia precisava ir a Santos, por isso a piscina caía muito bem. Miguel pegou sua mochila e correu para banheiro. Ainda bem que sua mãe tinha colocado bastante roupa em sua mochila, por que dependesse dele teria ido somente com a roupa do corpo. Retirou a bermuda jeans e vestiu a mesma que usou para dormir, era tecido leve e bem folgado no corpo, seria perfeita.
Retirou a camisa, e não importou em vestir outra. Prendeu seus cabelos com elástico, e calcou as havaianas. Apenas não tinha nenhum protetor. Teria que ver com Guto.
Sorridente, deixou o banheiro e foi ao quarto do amigo, encontrou a porta entreaberta e não resistiu espiar. Viu Gustavo retirando a blusa, deixando seu físico surreal amostrar. Aquela pele bronzeada e os músculos trabalhados.
Oh, ele era um sonho molhado.
Miguel pensou em chamar pelo amigo, mas quando viu esse abaixa a bermuda, ficou quietinho apenas olhado. Não resistiu, e pegou seu celular, tirando uma foto de Guto somente de cueca branca. Aquelas pernas eram grossas como duas toras de madeiras. Queria tanto lambê-las.
Miguel corou com o rumo de seus pensamentos, e quando sentiu a barraca forma em sua cueca, assustou e saiu correndo dali. Chegou à sala com as bochechas branquinhas quentes e coração agitado.
— Uau, isso animação por me ver ou assistiu algum vídeo pornô enquanto estava no banheiro. — Lucas disse, desbocado como sempre.
Miguel assustou, e olhou para amigo como visse extraterrestre, até que Daniel — sentado confortável no sofá — apontou para um ponto do corpo do loiro.
Miguel corou quando viu a barraca de seu pênis. Droga! O short não ajudava esconder. Totalmente envergonhado, fugiu para cozinha. Abriu a porta da geladeira e enfiou a cabeça no refrigerador.
"Eu sou idiota... Isso está tornando perigoso. Uma hora Guto vai perceber", Murmurou em pensamento.
— Vamos Mi! Só falta você. — Lucas gritou da sala. Agora mais calmo, ao menos sua cabeça de baixo, ele fechou a geladeira e saiu da cozinha. Encontrou seus amigos na porta do apartamento, e Guto o olhando engraçado.
A visão de Miguel sem camisa e só com aquele short o estava deixando louco, aquela pele branquinha, os mamilos que estava dando uma imensa vontade de degusta-los, a barriguinha lisinha, as coxas torneadas.
Com aquela visão o seu pau começou a dar sinal de vida, mas também, Miguel era extremamente sexy, lindo, fofo, sedutor... Uma pancada na sua cabeça tirou Guto dos seus pensamentos.
— Que é? — Indagou gritando, com a mão esquerda na cabeça ele olhou para trás e viu Daniel com um pequeno sorriso malicioso.
— Para apressá-lo, ou você quer ficar aqui admirando à vista? — Disse aprontando a cabeças para Miguel, Gustavo esbugalhou os olhos e sentiu as suas bochechas esquentarem.
— Você deve estar viajando, e vamos para piscina, — Disse saindo do apê. Rindo, Daniel puxando o seu irmão. Miguel olhou sem entender, mas acompanhou e esperou Gustavo trancar a porta.
Os quatros seguiram para o elevador, e Lucas apertou o botão e os dois desceram. Gustavo ficou do lado de Miguel e sussurrou.
— Eu trouxe o protetor, quando chegamos lá, dou a você para passar. Ok?
Miguel timidamente assentiu. — O que vocês estão cochichando ai? Compartilhe! — Disse Lucas, o mesmo estava escorando no ombro de Daniel, o mesmo estava ainda um pouco mal-humorado.
— Não é da sua conta! — Disse Gustavo.
— Ai é?! Tá bom, amigos ingratos. — Disse franzindo os lábios.
— Gustavo! — Repreendeu Miguel. — Ele me ofereceu o protetor solar, e vocês? Trouxeram o seu? Se não, Gustavo empresta o dele. — Disse olhando para Gustavo, mas logo desviou o olhar.
— Tá vendo, aqui só me ama é ele. Venha cá meu Miguelito! — Disse o puxando para o abraço, logo uma carranca de ciúmes cresceu em Gustavo.
— Da para acabar com essa agarra!? Ou vamos para a piscina? — Exclamou Guto, na mesma hora a porta do elevador abriu.
Miguel sentiu totalmente constrangido e sem jeito. Sentiu se mal por considerar que no final Gustavo não aceitou bem o fato que era gay. Não queria o amigo agisse diferente com ele.
"No final, ele tentou agir normal, mas não consegue", Disse em pensamento. No resto do trajeto, o loiro ficou calado. Eles saíram do elevador e seguiram para área de recriação do condomínio. Havia poucas pessoas, alguns garotos jogando bola na quadra, crianças piscina infantis e poucos mais nas espreguiçadeiras.
Lucas — que já estava de sunga — correu para a piscina e jogou-se com tudo, esparramando água para todos os lados. Daniel negou com a cabeça. Ele retirou a blusa, mas permaneceu com a bermuda. Escolheu uma espreguiçadeira perto onde estava seu irmão, e sentou. Colocou os óculos escuros e ficou deitado. Ele queria tomar um pouco de sol e acalmar-se.
Miguel sentou na borda da piscina olhando para seu amigo bobo brincando na água. Lucas realmente nadava bem. Assustou quando sentiu algo tocar seu ombro. Olhou para cima e deparou-se com os olhos de Gustavo. Ele parecia tentar decifrá-lo.
— Oh, obrigado. — Miguel disse, pegando o protetor. Viu Gustavo afastar e ir sentar na cadeira ao lado de Daniel. Torcendo os lábios, ele abriu a tapa do protetor fato 70, e passou boa quantidade ombros, braços e rosto. Eram as ares normalmente mais sensíveis. Esperou o produto branco aderir a sua pele, então pulou na piscina. Querendo não se preocupa com Gustavo, decidiu ir divertir com Lucas.
— Tudo bem Mi? — Lucas perguntou. Apesar brincalhão, o ruivo era excelente ouvinte e conselheiro, mas Miguel não tinha coragem de falar seus medos.
— Sim! Apenas... Besteira... Vamos apostar corrida de natação? — Miguel perguntou. Ele era nadava bem, não era por acaso que fazia parte da equipe de natação na escola.
— Já ganhei! — Lucas se gabou. Os dois apostaram três rodadas, e no final, Miguel ganhou, justamente por praticar muito. Cansados, os dois foram até a borda e apoiaram os braços cruzados nela, com corpo ainda dentro da água, e foi quando Lucas exclamou:
— Cara, Guto sempre se dá bem. Só pegar as gostosas. Olha lá... Vic está dando maior mole para ele. Miguel olhou para onde estavam seus amigos, e viu que uma loira estava conversando com Gustavo. Os cabelos loiros presos em rabo cavalo alto, e um mini biquíni vermelho, mal escondia as curvas de seu corpo.
...
Ele não sabia nenhuma ideia do que Vic estava falando, fazia quase quinze minutos que ela se aproximou e começou a falar, e ela não parava de tagarelar, já estava o deixando entediado, se ele já não estava.
— Você viu aquele novo filme? Estou doida para vê-lo... Guto? Gu? Gustavo? — Exclamou irritada tirando Guto dos seus pensamentos e a olhou contrariado.
— O que foi? — Perguntou confuso.
— O que foi? Eu estava falando do novo filme, e bem, eu estou doida para ver, que tal você ir comigo? — Disse mexendo as pestanas. Gustavo olhou ainda mais atordoado, e escutou Daniel rindo baixinho, o fazendo bufar. — Em? — Perguntou esperançosa.
— Bem... É, pode ser! — Disse franzindo o cenho. Mas um grito estridente o fez estremecer, mas um par de braços o circulou o fazendo desconfortável. — Ahh... Ok Vic, pode-me larga agora. — Disse sem jeito!
Continua...
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