Capítulo 15
Depois da intensa conversa que Lucas teve com o seu amigo, Miguel, ele resolveu ir visitar Guilherme e pedi sinceras desculpas por ter quebrado a promessa que ele tinha feito.
Lucas não foi antes para o abrigo, pois tinham aparecido alguns imprevistos, mas de hoje não passava e até iria convidar o pirralho para passar o final de semana no sítio do seu tio, e ele estava tomando coragem em chamar Henrique... Só em pensar nele o seu coração acelerava, suas mãos viravam duas cachoeiras e um monte de borboletas que ele sentia na barriga.
— Clichê! — Sussurrou. Ele estava perto de chegar ao abrigo Arco Iris. Seguiu em sua linda moto, usava uma jaqueta preta por causa do sol nas suas costas. Alguns minutos depois ele chegara ao local, estava como algumas semanas antes, o nome do lugar numa linda caligrafia e um arco iria bordando, algumas pessoas sentadas em bancos.
O ruivo suspirou e estacionou a moto, tirou o capacete e olhou de novo para o abrigo. Lucas guardou a chave e levou o capacete junto. Ao chegar à recepção ele viu que não tinha ninguém, ele achou estranho, mas nem deu bola e colocou o capacete em cima do balcão e foi atrás de Gui.
Eram quase quatro horas da tarde, e ele achou que Gui estava andando por ai. Ele andou em algumas salas, tinha poucas pessoas, que o ruivo achou mais estranho. Lucas foi à direção do pátio, e quando chegou perto da porta ele começou a escutar gritos, de uma mulher adulta e de uma criança e a imagem de Guilherme apareceu na sua mente e ele correu para o pátio.
— Eu sou sua mãe e você vai comigo! — Gritou uma mulher, a mesma encontrava de costa para a porta e Lucas viu que ela era um pouco baixa que ele, uns quinze centímetros, e tinha cabelos castanhos.
— Não vou, não vou e não vou! Você pode até ser minha mãe, mas não é a que me deu carinho e atenção, aqui é mil vezes melhor do que morar contigo! — A voz infantil vinha em frente da mulher, e o ruivo logo percebeu que a aquela voz era de Guilherme.
Lucas arregalou os olhos e andou para frente e olhou para o menino, que estava com a pose firme e decidida, ainda tinha o braço quebrado que estava na tipoia.
— Não me irrite moleque, você vai comigo!
— O que está acontecendo aqui? — Lucas perguntou arqueando a sobrancelha.
— Lucas! — Gritou o menino, ele estava de costas para Carlota, a mulher da recepção, Gui sorriu e correu para encontrar o seu amigo, mas foi puxado por a suposta 'mãe' de Guilherme.
— Me solta! — Disse tentando tirar as mãos da mulher do seu ombro.
— Não, você vai agora! — A mulher disse enfurecida.
— Senhora, acho que você escutou o que ele disse... O solte!
— Quem é você para vim mandar aqui? Nem te conheço, ele é meu filho e vai comigo, esse pivete é teimoso igual o pai!
— Eu não sou igual a ele, ele é ruim, eu não sou ruim! — Choramingou.
— Olha, se você não o soltar eu juro que chamo a polícia e mando te prende! Carlota se essa mulher não soltar o Gui e não sair daqui você liga para polícia, entendeu? — Enquanto falava Lucas olhava diretamente para a mulher, que ele viu que algumas semelhanças entre ela e Gui.
— Ok Lucas! — Carlota falou, ela olhou apreensiva para os três.
— Você não ligará para ninguém, muito menos a polícia!
— Quer ver? Nem precisa ligar Carlota, eu mesmo ligo com o meu celular! — Ele pegou o celular e digitou o número e olhou ameaçadoramente para a mulher, que estava um pouco nervosa. — Vai soltá-lo? Sim ou não?
A mulher olhou de um lado para o outro, dava para ver o seu estado de nervosismo.
— Ok, fique com o pivete! — Empurrou o menino para frente, e se não fosse Lucas rápido Gui tinha se estapeado no chão. — Mas digo uma coisa, eu vou voltar e vou levá-lo comigo!
Ela foi para a porta.
Lucas suspirou aliviado e abraçou Guilherme, que tremia em suas mãos.
— Carlota, não deixe mais essa mulher entrar aqui! Por favor! — O ruivo pediu.
— Uh uhm, o senhor Henrique vai me matar, eu tinha ido só para tomar um cafezinho e quando fui ver a mulher estava gritando com o menino, você está bem Gui?
— Perguntou preocupada, o menino só fez assentir com a cabeça, dava para ver que ele estava um pouco abatido.
Lucas olhou comovido para o menino e o abraçou mais apertado, o mesmo ainda como braço na tipoia o abraçou e escondeu o rosto na sua roupa.
— Posso levá-lo para um lugar calmo? Gui precisa ficar um pouco relaxado depois que isso aconteceu, será que posso?
— Pode sim, mas venham logo e cuide dele viu? Eu vou ligar para Henrique sobre isso.
— Obrigado! Mm... Diga a ele que Gui está comigo e diga para não se preocupar, quero passar um tempo com Guilherme!
— Ok! Tenham um ótimo passeio! — Ela disse sorrindo.
— Vamos Gui, vamos tomar sorvete! — Disse apertando de leve o ombro do garoto, o mesmo só fez assentir.
Eles andaram até a recepção onde Lucas ficou em dúvida, se levava o garoto na moto ou iria de pés.
— Gui, você sabe onde fica um parque por aqui?
— Mmm... Na esquina, depois da lanchonete! Tem um pequeno parque, onde as pessoas passeiam com os cães, e tem bancos e vendedores de sorvete e algodão doce.
— Parece bom esse parque! Vamos! Quer que eu te leve na minha moto?
— É perto, mas eu adoraria andar numa moto, nunca andei!
— Então vamos de moto! — Disse sorrindo. O ruivo pegou o capacete que estava em cima do balcão e andaram para fora do abrigo e caminharam até a moto de Lucas.
— Ela é linda! — Disse o menino admirado.
— Que bom que gostou! Quando você crescer, eu vou te ensino a andar numas dessas! — Lucas disse sorrindo.
— Oba! — Gritou animado, e Lucas deu uma breve risada.
— Você vai usar o capacete! — O ruivo de abaixou e ficou na altura do garoto, ele viu que Guilherme tinha rastro de lagrimas pelo rosto. Lucas suspirou e passou as mãos pelas bochechas do garoto e sorriu.
Depois de colocar o capacete em Guilherme, que ficou grande na cabeça infantil, e com esforço ele conseguiu colocar o garoto no banco de trás e se sentou na frente.
— Me segure! Vou devagar para não ter nenhum problema!
— Devagar não, quero rápido! Na última velocidade! — Disse com a voz abafada pelo capacete, o ruivo fez só gargalhar!
Ele segurou na mão de Guilherme que estava na sua barriga e assim eles fizeram uma pequena viajem até o parque, lá tinha poucas pessoas, o sol já estava mais frio. No parque tinha muitas árvores e jardins cheios de flores, criança correndo, cachorros com os seus donos e os carrinhos de sorvete e algodão doce como Gui lhe dissera.
— Chegamos! — Lucas saiu primeiro da moto e tirou o menino de cima um pouco com dificuldade por causa do gesso, mas quando tirou o capacete o ruivo viu o enorme sorriso do menino o que fez sorrir junto.
— O que achou?
— Ótimo! Vou querer andar mais vezes de moto!
— Com certeza garoto! Mas agora vamos tomar sorvete! — O menino gritou de alegria o que fez sorrir.
O ruivo pegou na mão de Guilherme, e eles foram direto para o carrinho de sorvete, Lucas pediu de morango e o garoto de chocolate e depois foram se sentar num banco que atrás tinha algumas árvores.
Depois de alguns minutos em silêncio o ruivo quebrou, ele se mexeu no banco e ficou de lado olhando para o garoto.
— Então, eu ainda estou um pouco confuso sobre a sua mãe... Ela não devia está presa? — Franziu o cenho. Guilherme deu uma lambida no sorvete e olhou para o lado, Lucas achou estranho. — Gui?
Respirando fundo Guilherme respondeu. — Ela foi presa, mas com seis meses a liberaram... Tem uma parte na história que eu não te contei.
— Que parte? — Perguntou curioso.
— Parte que não foi só o meu pai que me maltratou e que ela, a minha mãe, ajudou nisso... Os dois viviam brigando, e numa discussão a minha mãe atirou nele, e quando ela foi presa eu fui para o orfanato, e quando a liberam ela foi me buscar... Mas foi pior, passei quatro meses com ela, de surra, maltrato, fome e ela me acusando que era uma bicha... — Disse cabisbaixo. Lucas sentiu o seu coração despedaçar e nem ligou para o sorvete e puxou o garoto para o seu peito, o ruivo escutou uma solução, mas não sabia se era dele ou do menino. — Eu não aguentei e fugi, por dois meses na rua, e Henrique me encontrou!
— Oh menino! Sinto muito! — Disse abraçando Gui.
— Não precisa! A minha vida no começo foi difícil, mas agora está tudo bem, e parece que ela vai querer estragar o resto! — Guilherme limpou as lagrimas e sorriu forçado.
— Foi é forte! — Disse o ruivo sorrindo. — E eu vim visitar você hoje para pedir sinceras desculpas! — Sorriu sem graça.
— Desculpas? Bom mesmo, você não apareceu mais! — Beliscou o braço de Lucas, o mesmo guinchou pelo susto. — Agora está desculpado.
— Pivete! — Disse alisando onde Gui apertou os dedos. — Isso doeu.
— Fresco! — Fez careta e os dois riram. — Por que você não veio mais aqui? Senti a sua falta, estava até com uma ideia em mente em fazer você e Rique se junt... Ops! — Ele colocou as duas mãos na boca.
— Que ideia? Pode desembuchar ai, fiquei curioso!
— Bem, Henrique me falou que estava gostando de você e eu percebi que você gostava dele, e até ofereci a minha ajuda para ajudá-lo a te conquistar... — Disse sorrindo sem graça.
— Espertinho! — Falou cutucando a barriga do garoto, o mesmo riu e tirou as mãos de Lucas de cima dele. — Eu vou contar uma coisa, mas não diga ao loiro, viu?
— O quê? — Perguntou com os olhos brilhando.
— Eu acho que... To sentindo algo aqui. — Apontou para o seu peito. — Algo bom por Rique, algo que eu nunca imaginei sentir por algum homem, ou até mulher. — Disse envergonhado.
— Eu sabia! — Gritou de alegria.
— Shiii! — Lucas riu.
— Quer me ajuda para você se declarar por ele?
— Eu ainda preciso entender os meus sentimentos, mas quando for à hora certa eu te peço ajuda! — Disse sorrindo.
— Pedi que ajudar? — Falou uma voz grossa na frente deles, essa voz causou um arrepio no ruivo.
— Henrique! — A criança saltou do banco, derrubou o resto do sorvete e correu e abraçou o loiro.
Lucas sentiu o seu coração acelerar e suas mãos soarem, tudo aquilo que ele pensou mais cedo veio dez vezes, ele olhou para o loiro e prendeu a respiração, o mesmo estava usando um lindo terno, com certeza era de marca, os seus cabelos estava um pouco bagunçados, dava um leve charme e para acabar o mesmo tinha um lindo sorriso nos lábios que acabou com o ruivo.
— Carlota me ligou, não deu para vim mais cedo por que eu estava em uma reunião, e até procurei vocês, e quando passava perto daquela lanchonete eu os vi. — Disse se explicando. — Você está bem Gui? — Disse preocupado.
— Você devia ter visto! Lucas foi lá e ameaçou ela dizendo que ia ligar para a polícia, ela ficou morrendo de medo e fugiu. — O garoto disse sorrindo. Henrique tirou os olhos de Gui e olhou o ruivo, que estava mordendo o lábio inferior, o que fez sorrir só de vê-lo. Como sempre o ruivo estava lindo.
— Obrigado por tê-lo protegido Lucas!
— Nah, eu só fiz o que era certo... Só espero que ela não vá mais o abrigo.
— Eu também, mas com certeza depois que os papeis foram assinados pelo juiz, ela não vai ter nenhum poder para ter Guilherme.
— Como assim? — Lucas perguntou confuso.
— Ele vai me adotar! — Disse o menino com um enorme sorriso no rosto, Lucas foi pego de surpresa e olhou para o loiro e Henrique viu a dúvida nos olhos do ruivo e assentiu sorrindo.
— Oh, que ótimo! Parabéns! Tenho certeza que você vai ser um ótimo pai para esse pivete! — Disse bagunçado o cabelo de Guilherme, o mesmo só fez rir de alegria.
— Bom, então é melhor eu ir e deixar os dois sozinhos! — Disse Lucas se levantando.
— NÃO! — Gritou Henrique e Guilherme ao mesmo tempo. As pessoas ao redor e Lucas pularam de susto e o olharam abismados, os dois sorriram sem graça e o loiro falou. — Fique, tenho certeza que Gui quer que você fique aqui com a gente... Eu quero que você fique! — O coração de Lucas perdeu uma batida e se sentiu derreter pelas palavras do loiro, ele sorriu e assentiu sorrindo bobo.
— Ok!
— Eba! — Gritou o garoto. — Me leva para o parque lá atrás? Lá tem alguns brinquedos, me leva? — Pediu animado.
— O que acha Lucas? — Indagou o loiro.
— O quê? Você ainda me pergunta? Vamos Gui! — Assim o ruivo e o menino correram para o outro lado do parque.
Henrique riu para aquilo e andou calmamente para os dois garotos que tinha o seu coração.
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Miguel olhava desolado quando pegou sua mala de rodinha e deixou seu quarto. Encontrou sua mãe na sala falando com alguém no celular e com outra mala ao seu lado.
Beatriz finalizou ligação e pegou a mala. Olhou para filho e estreitou os olhos. — Pare de lamentação! E apenas alguns dias longe de seu namorado. Não vão morrer por causa disso. — Ela falou.
Miguel a ajudou colocar as malas no carro e entrou no veículo enquanto esperava sua mãe trancar a porta. Ela tinha deixado o cachorro deles com a vizinha, que sempre dispôs em cuidar dele quando eles estavam fora,
— Mas mãe...
— Miguel, eu vou participar concurso importante, e pedi demais que meu filho vá torcer por mim?! — A mulher disse feroz.
O loirinho amuou os ombros sentindo peso da culpa em seu coração. — Desculpa mãe, tem razão.
— Obrigada! Agora vamos, temos algumas horas na estrada. — Ela disse.
Quando saíram para rodovia, Miguel ligou o rádio em sua estação preferida acomodou da melhor forma o banco. Depois sua indignação pela separação passou, ele passou conversar com sua mãe, e descobriu que sentia falta dos papos deles.
Depois de quase duas horas, ele acabou adormecendo e assustou quando sentiu toque em seu ombro. Abriu os olhos — que pareciam pregados com cola — e olhou para lado.
— Mãe...
— Chegamos ao hotel. — Beatriz disse. Ela saiu do veículo e olhou para belo hotel. Ele tinha mais de vinte andares e fachada toda espelhada. O concurso de culinária aconteceria no saguão do hotel, e todos participantes ficariam hospedados nele.
O atendente do hotel retirou as malas do carro e as levou direito para o quarto enquanto outro levou o automóvel para estacionamento do hotel. Mãe e filho entraram no recinto e olharam encantados para todos os cantinhos do recinto.
Beatriz foi falar com recepcionista para dar entrada deles no local e pegar as chaves. Miguel acabou descobrindo que hotel tinha SPA, cinema e até mesmo piscina. Ele previa pouco de diversão para ele e sua mãe.
— Vamos, Miguel! — Beatriz chamou o filho.
Ele correu para ficar ao lado dela e de braços dados ambos seguiram para o quarto. Havia ficado com suíte dupla, onde teria área social como sala e dois quartos separados e unidos pela sala.
— Vou tomar banho! — Miguel disse e foi para seu quarto. Ele não resistiu e pulou em sua cama caindo deitado (e quicando algumas vezes). — Uaua. Macio. Tenho contar para meus amigos.
Ele pegou celular do bolso da calça e desbloqueio. Entrou Watsapp — especificamente no grupo formado entre seus amigos — e começou a digitar.
Miguelito: Fala pessoal! Não vão acreditar, estou hotel maneiro.
Yuma: Já chegou Como foi à viagem?
Miquelito: Foi bem... Mas acabei dormindo um pouco. Não me contou como foi encontro com Dan?!
Daniel: Larga de ser curioso. Quando voltar saberá.
Luke: Ohhh, eles estão fazendo mistério Mi... Mas estão namorando. Eh sinto que ficarei para titio. Sou único grupo solteiro.
Yuma: Mas é a Val?
Miquelito: Kkk Essa já foi raptada por Isa. Ela pensar que me enganada. Parabéns Dan e Yuma, fazem belo par. Você vai arrumar alguém também Luc. Aposto já tem e não percebeu ainda.
Luke: Eita vão começar falar besteira. Ah, convidei Gui e Rique para iremos para sítio conosco.
Val: Ei, estão falando de mim pelas costas. Oh, convidei Isa. A turma estará completa. Vamos zoar muito.
Miquelito: Cadê Gu?
Dan: Ohh foi abandonado pelo amor.
Yuma: Não seja mal com ele Danny.
Luke: Já estávamos em Danny. Eu acho que ele saiu com a prima dele, Mi. Ao menos vi os dois saindo quando cheguei.
Miquelito: Ah é... Tenho que ir, minha mãe me chamando. Depois falamos. Fui.
Miguel saiu do grupo e jogou celular na cala. Ele sentiu aperto em seu coração. Conhecia a prima de Gustavo, e gostava dela. Gustavo tinha dito que iria sair com ela, mas esperava que ele ligasse preocupado para saber se chegou bem da viagem, mesmo que ela fosse curta.
Ele levantou da cama e decidiu ir se arrumar. Tomou rápido banho e vestiu estilo sport e prendeu os cabelos. Não se esquecendo de borrifa perfume, e sorriu feliz.
— Miguel! — Sua mãe gritou, e ele saiu apressado e esqueceu seu celular. Seria três dias de competição, e ele queria acompanhar de perto desempenho da sua mãe.
–oo0oo-
Henrique jogou a chave no aparador em cima da mesa entrada e afrouxou a gravata. O dia tinha sido realmente cansativo, mas teve seus momentos bons, pois pode passar à tarde com Guilherme e Lucas. Contudo, isso não tirou a raiva, pois aquela mulher procurou novamente por Gui. Ah, mas não permitiria. Já tinha ligado para advogado e pedido para agilizar o processo de adoção, e esse disse que conseguiria liberação para que Guilherme pudesse morar com Henrique, antes que processo fosse finalizado.
O loiro sentou no sofá de couro preto e retirou os sapatos. Encostou a cabeça contra encostou e fechou os olhos, mas foi retirando relaxamento quando celular tocou.
Ele olhou para visor e recolheu número da portaria do prédio. Ele atendeu sem muito ânimo.
— Sim, Pedro?
— Senhor, desculpa incomoda. Mas o Senhor Leonardo está aqui e desejar subir. Como senhor disse que ele não poderia mais acessar seu apartamento.
Henrique grunhiu. Fazia algumas semanas que terminou com Leonardo, e esse tinha sumido, porém, resolveu aparecer. Isso significava apenas que ele precisava de dinheiro ou queria publicidade ao desfilar com Henrique para mídia.
— A minha ordem permanecer. Ele não pode subir. Se insistir, chame a polícia. — Henrique disse irritado. Algumas pessoas pareciam dispostas retirar do sério aquele dia.
— Ok, senhor. — O porteiro disse e finalizou ligação.
Henrique havia bloqueado número de Leonardo no celular e mudado o número de sua casa.
— O que foi maninho? — Isabela perguntou quando entrou na sala vestida roupas de finites e pouco suada, denunciando que estava malhado, já que Rique tinha academia pessoal em seu apartamento.
— Leonardo! — Loiro disse cansado. Ele levantou e pegou sapatos. — Vou tomar banho. Quer tal fazer minha famosa macarronada para jantar?!
— Oh, vou adorar. Vou colocar vinho para gelar. — Isabela disse. — Eu lhe disse! Esse idiota somente causaria problemas. Espero que não faça perder a sua chance com Lucas. Esse sim é perfeito para você!
— Oh sim! Ele me convidou para passar feriado em tal sítio, eu e Gui. — Henrique disse com sorriso ao lembrar a forma acanhada que ruiva convidou.
— Ohhh! Eu também irei. Valentina me convidou. Quem saber você não ficar com ruivinho, lá. — A mulher sugeriu.
Henrique deu um sorriu e deixou a sala. Pelo visto ele e sua irmã estava caindo no amor rapidamente, apenas torcia para que nenhum deles saísse machucados disso tudo.
Após tomar demorado banho, o loiro vestiu apenas uma calça de tecido leve e folgado no corpo, deixando peitoral amostrar. Com os cabelos úmidos deixou o quarto e seguiu para cozinha a fim preparar a refeição. Ele mal podia conter na ânsia do dia que iria cozinhar para alimentar seu filho, sim, Guilherme seria seu filho.
Enquanto pegava as coisas que iriam precisar, mas então o seu celular tocou. Sem olhar o visor, ele atendeu equilibrando uma panela.
— Olá.
— Henrique que palhaçada é essa. Eh! Deixe-me subir, preciso falar contigo. — O modelo exigiu do outro lado da linha.
Rique grunhiu de raiva e deu soco na bancada. — Leonardo, como conseguiu esse número?
— Oras, tenho meus meios. Estar enganado se pensar que livrará de mim. Sou seu namorado. — Disse com petulância.
— Está muito enganado. Nós terminamos. Não temos mais nada. — Henrique disse. — Vá embora e não me procure mais, ou irei denunciá-lo a policia por perseguição e ameaça. — Henrique disse.
— Uff! E aquele ruivo, não é?! O vi com ele. Ser ele pensar roubará o que é meu, estar muito enganado. Ou voltar para mim ou acabo com aquele maldito. — Leonardo ameaçou, e antes Rique dissesse algo, o modelo finalizou ligação.
Henrique olhou para celular com medo. Leonardo era alguém que poderia descontrolar facilmente, mas nunca o julgou violento ou perigoso. Sempre soube que ele envolvia com substância ilícita, porém nunca feita nada efetiva para ajudá-lo, e arrependia-se disso. Achou que o modelo não abusava.
Não iria deixá-lo fazer mal a Lucas. Iria falar com seu advogado para ver quais medidas preventivas poderia adotar. Acabaria com Leonardo antes que ele chegasse a seu ruivo.
Irritado, Henrique voltou a cozinhar, pois era meio perfeito para acalmá-lo antes que saísse atrás de Leo e cometesse uma loucura. Ligou antes para Pedro, e esse afirmou que modelo descontrolado tinha finalmente ido embora, mas ameaçou retornar. O loiro reforçou que a entrada do ex não era permitida e poderia chamar a polícia se acaso ele retornasse.
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Dois dias depois,
Miguel estava realmente cansado, mas excitado. Naqueles dois dias de concurso teve tempo unicamente para comer e dormir, e olha que ele nem estava competindo, apenas acompanhando sua mãe.
Dos 200 competidores sua mãe estava entre os finalistas. Os 10 finalistas iriam competir próximo dia para o grande prêmio. Estava confiante que a sua mãe ganharia.
O loirinho havia despedido de Beatriz, que ficou no Lobby do hotel conversando com alguns chefe e empresários internacionais, enquanto ele retornou ao quarto. Apenas uma das coisas que sentia muita falta era Gustavo. Ser eles se falaram duas vezes naquele dia, foi muito.
Ele entrou no quarto e despojou de suas vestes pelo caminho. Tomou demorado banho e vestiu apenas uma cueca vermelha antes de cair na cama. Miguel enrolou debaixo do coberto e estava quase dormindo quando sua mãe entrou no quarto.
Olhou para cima e gemeu.
— Mãe... Eu quero dormir. — Murmurou.
Beatriz sentou na beirada da cama e ficou olhando para parede, — Eu preciso... Contar-lhe algo.
Miguel retirou o coberto que cobria sua cabeça e encarou sua mãe. Não gostava quando ela começava falar desse jeito, pois sabia que viria algo que não gostaria.
— E não pode esperar até amanhã?
Ela negou com a cabeça. — Estou enrolando para lhe contar a uma semana.
Miguel sentou na cama e olhou preocupado, — O que seria? Está doente?
— Não! — Ela soltou longo suspiro. — Eu fui convidada a ser Chef em restaurante em Paris, além fazer parte da equipe Master Chefe Frances. Saber como sempre sonhei com isso, uma forma crescer profissionalmente.
Miguel estreitou os olhos. Ele estava realmente feliz por sua mãe. Saber quantos sacrifícios ela fez ara criá-lo sozinho, e igualmente como profissão de cozinheira profissional era importante para ela.
— Er... — Miguel tentou dizer algo, mas nada saiu.
— Teremos que mudar para Europa no final do mês. — Beatriz disse cautelosa.
— O quê? Não... Mãe. Eu tenho... Meus amigos e meu namorado. — Miguel alterou a voz. Ele levantou apressado da cama e olhava abismado para sua mãe. — Não quero ir!
Beatriz levantou. — Sinto muito Miguel. Mas não posso deixar essa oportunidade. Ainda pode manter contanto com seus amigos. E Gustavo, encontrar outro namorado.
— Você está sendo injusta. Saber que amo Guto e não quero outro namorado. Mãe. — Miguel disse.
— Já está decidido. — Beatriz disse.
— Vá sem mim! — Miguel disse.
Beatriz irritou pela insistência do filho. — Você é menor de idade e irá comigo. Não deixarei aqui. – Ela falou. Sabia que estava pouco cruel com filho, mas de forma alguma o deixaria para trás. – Você ainda está estudando. Pense, seria importante viver tempo em outro país. — Ela disse.
— Eu não vou!
— Eh, e vai morar debaixo da ponte? Seu pai nunca ficaria contigo, e não temos mais ninguém aqui. Ou preferi ir morar Minas? — Provocou.
— Eu não vou! — Miguel gritou desolado. Ele entrou no banheiro e bateu a porta com força enquanto as lágrimas vinham. Não queria se duro com sua mãe e forçá-la desistir de seus sonhos, mas não queria ir embora. Não podia!
Continua...
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