Capítulo 1

História em parceria entre Drika e Hannah Kisa!


Miguel sentiu seu coração bater como louco dentro de seu coração. Sempre sentia essa sensação antes de vê-lo.

Olhou para a fachada do prédio a sua frente e deu pequeno sorriso. O edifício devia ter apenas três anos de uso e era um daqueles condomínios novos que muitas construtoras estavam lançando. Foi mais ou menos nessa época que os conheceu.

Ele não morava naquele lugar, pois ainda morava no mesmo teto de sua mãe, mas costumava vim bastante ali.

Miguel sorriu mais abertamente.

Ele os conheceu quando tinha 13 anos. O primeiro que conheceu foi Lucas. O garoto era skatista e esbarrou nele na rua, causando um profundo corte em sua perna com skate. O maluco entrou em desespero e ligou para um amigo vim de carro a fim de levar Miguel ao hospital. E ele acabou levando cinco pontos e ganhando três novos amigos, mesmo que eles fossem mais velhos.

Agora com 16 anos, ele tinha amizade louca e forte com os três homens. Os mesmos moravam naquele prédio. Lucas e Daniel eram irmãos, e moravam juntos, já sua 'paixão secreta' morava sozinho em outro apartamento.

Aquela noite eles decidiram fazer festinha privada, era mais um de seus encontros. Daniel alugaria os filmes, Lucas as bebidas; e ele cedeu o apartamento, e Miguel levaria alguns quitutes que sua mãe preparou, além do que, eles pediriam pizza.

Puxando o ar para seus pulmões, Miguel entrou na portaria acenando para o porteiro e seguiu para o elevador. Bem, o prédio tinha 10 andares, nem morto ia pelas escadas. Quando chegou ao nono andar, apertou a alça de sua mochila e seguiu pelo corredor até a porta 902 e apertou a campainha.

...

Gustavo, ou Guto para os amigos, estava em pé perto do sofá rindo das palhaçadas dos seus amigos. Os irmãos estavam brigando pelo controle da televisão. Era sempre assim, Lucas sempre implicava com Daniel, mas sempre cedia e entregava o controle depois de deixá-lo um pouco com raiva. Era divertido olhar a cara de Daniel com enorme bico por causa das implicâncias do irmão.

Ele olhou ao redor. A mesa do centro estava repleta de guloseimas e os filmes estavam espalhados no chão. O delicioso cheiro de pipoca vinha da cozinha, e a TV de plasma estava ligada, e os irmãos brigando... Só faltava uma pessoa, só em pensar nela, fazia o coração disparar. Mas ele sempre deixava isso de lado, pois o pequeno Miguel nunca olharia para ele, com certeza Miguel olharia para ele como um irmão. Ele devia tirar isso da sua cabeça e principalmente do seu coração.

O tinido da campainha chamou sua atenção, retirando dos seus pensamentos. Gustavo olhou para os dois brigões e os mesmo ainda estavam brigando por causa do controle.

Sorrindo, Guto foi à direção da porta, antes de abri-la, ele percebeu que só uma pessoa podia estar do outro lado. Olhando para si mesmo, para ver se não tinha nenhuma coisa fora do lugar.

Camiseta, Ok! Shorts, Ok! Sem sandálias, Ok! Cabelo bagunçado, Ok! Pronto, ele estava um pouco apresentável, sorrindo com os seus pensamentos malucos, finalmente atendeu a porta.

...

Miguel conferiu se os cabelos estavam alinhados, mesmo que seus cabelos loiros tendiam a não obedece. Os seus cabelos eram loiros e lisos, e como gostava, iam até altura de seu ombro. Devido sua altura e magreza, as pessoas tendiam confundi-lo com mulher. Algumas pessoas tendiam fazer brincadeiras maldosas com ele, mas não ligava.

Ok! Até ligava, e isso sempre o fazia sentir-se inseguro, mas não era momento para isso.

Seus olhos brilharam quando a porta abriu e teve a esplêndida visão daquele que cobiçava. Gustavo. O cara estava mais lindo do que nunca com aquele jeitão relaxado e sensual. Gustavo era lindo demais, e tinha corpo de fazer inveja em muitos.

— Oi, Gu! Desculpa a demora, mas busão demorou passar. — Miguel disse coçando a nuca. Viu Gustavo olhando para sua mochila, e decidiu que era agora. — Er... Minha mãe mandou perguntar se não tem problema dormir aqui? Ela acha que é perigoso volta à noite sozinho, e assim podemos curtir até mais tarde. — Ele falou.

Só torcia para Gustavo aceitasse.

...

Ele olhou para aquele pequeno ser que deixava o seu corpo louco de desejo e o seu coração disparado. Ele olhou para o lindo cabelo de Miguel, aquele cabelo macio e sedoso. Ele adorava passar a mão, e por isso sempre dava desculpa, dizendo que a pequena franja estava cima dos olhos. Olhos, ele ficava tão encantado olhando para os olhos azuis de Miguel, via uma pequena pureza e inocência, e sempre jurava para si mesmo que sempre ia protegê-lo, ninguém ia roubar a inocência dele.

Guto sorriu, pois ele sempre achava linda a voz dele. Era tão melodiosa.

Ele e os outros sempre diziam a Miguel, que ele ia ser um cantor um dia, e Daniel dizia que Miguel era descendente das Sereias, sempre deixando o pequeno um pouco encabulado.

— Não precisa se preocupar! Sua mãe está certa, sair à noite é sempre perigoso! Eu fui um burro por não ter sugerido, não pensei direito! — Disse passando a mão no seu cabelo cor de carvão.

Os seus cabelos eram um pouco rebeldes e batiam na nuca, e era um pouco ondulado nas pontas. As meninas sempre diziam que ele era um perfeito galã, por ter cabelo preto e olhos que mudavam de cor. As meninas não importavam, e sim Miguel, ele queria saber se ele o achava pelo menos bonito. Suspirando, ele olhou para um sem jeito Miguel, o fazendo sorrir.

— Vem, entre! Fique à vontade, e me dê essa bolsa, está um pouco pesada. — Disse tirando a mochila dos ombros de Miguel, o fazendo entrar.

Miguel sentiu suas bochechas arderem. Sentia-se estúpido por corar como menina virgem. Bem, não podia não ser menina, mas certamente era virgem, ao menos de corpo, por que de boca já tinha tido sua conta de beijos. Não era beijoqueiro nato, mas já havia ficado com algumas meninas na escola e até trocado uns beijos com seu primo Eduardo.

— Valeu! — Disse animado, tentando esconder seu nervosismo. Deu a mochila para Guto e entrou apartamento.

— Demorou Mi! — Lucas reclamou. Como sempre o ruivo era dramático.

Miguel deu os ombros.

— Qual é! Vocês moram todos aqui. Só eu que moro fim do mundo. — Disse jogando-se ao lado de Lucas no sofá, enquanto Daniel ficou confortável sentando no tapete.

— Ué, muda para cá. Tem uns apê para alugar. — Daniel disse. Ele era o mais sério e sarcástico do grupo, pois sempre dizia na lata o que pensava.

Miguel revirou os olhos.

— Sim, primeiro tenho 16 anos; não trabalho 'e' sou menor de idade. Fora que a minha mãe nem em sonhos mudar da casa própria para aluguel.

Os pais de Miguel eram separados, na verdade, divorciaram quando ele tinha cinco anos, e não quase não via o seu pai. Uma vez por ano ele ligava desejando feliz aniversário ou natal. Paulo morava em outro estado e havia construído nova família, parecia que seu primeiro filho não tinha espaço em sua vida.

Mas Miguel não ligava. Era perfeito ele e sua mãe, Dona Beatriz era mente aberta e sua melhor amiga. Do contrário, não deixaria ter amigos malucos como aqueles.

...

16 anos! Outra coisa que impedia de Gustavo se apaixona por Miguel. O menino era menor de idade, e ele?! Bem, já era um adulto com barba e tudo. Gustavo tinha 22 anos. Eram seis anos de diferença por isso nunca ia funcionar, nunca. Mas o seu coração era um idiota e não ouvia nada.

Ele gostaria de ter Miguel como vizinho, mesmo ele não sendo nada mais dele, mas Miguel era um ótimo amigo, ajudava ele e os irmãos em tudo. O loiro era o caçula do grupo, e isso deixava um sentimento no trio mais velhos de proteção, quem se metesse com Miguel, se meteria com eles.

Gustavo colocou a mochila em cima do outro sofá que estava vago, e se aproximou das costas de Miguel.

— Já que Miguel chegou, vamos começar assistir algum filme, ou comer alguma coisa, pois só estava esperando-o para comer. Se não, não sobraria nada para você. — Disse rindo.

— Eu estou com fome. Espero que Luc não coma tudo dessa vez. — Miguel disse. Roubou o pacote de chips das mãos de Lucas e pegou um punhado levando a boca.

— Pôr, Mi! É meu. — Lucas gritou. Ele foi para cima de Miguel, tentando pegar o salgadinho de volta, mas o loiro levantou do sofá e saiu correndo pelo apartamento com Lucas atrás dele.

Daniel apenas negou com a cabeça pela infantilidade de seu irmão enquanto olhava a capa dos filmes, decidindo qual assistir primeiro, não percebendo a careta de ciúme de Gustavo. Miguel pegou mais punhado dos chips, e aproveitou para esconde atrás de Guto, usando-o como escudo.

— Gu, me proteja. — Miguel gritou, segurando Gustavo pelo ombro e o movendo para impedi de Lucas chegar até ele.

— Ei, quero ver o filme. Trouxe ação ou pornô. Qual vai querer? — Daniel perguntou, tentando fazer os manés pararem, mas foi totalmente ignorado.

Gustavo tentou fazer uma pequena careta, mas não aguentou, e abriu um pequeno sorriso. As mãos de Miguel no seu ombro, pedindo a sua proteção, o que era extraordinário.

Ele Riu.

Gustavo estava ficando um pouco tonto, pois Lucas o circulava e Miguel o fazia rodar. Ele olhou para Lucas e viu o sorriso infantil e os seus olhos brilhando. Ia aprontar...

Será que ele deixava? Ou protegia o seu menino das garras de Lucas? Nem precisava pensar duas vezes.

Pegou na mão de Miguel, que ainda estava no seu ombro, e o puxou e fez com que Miguel batesse o peito nas suas costas.

— Ninguém toca em Miguel, mesmo ele merecendo algumas palmadas, — Disse recebendo uma pequena tapa no braço o fazendo rir, — E bem, o meu expediente como herói ainda não acabou, e é melhor a gente escolher um filme, ou iremos escutar alguns gemidos da televisão, e isso não seria nada legal, Né Sr. Daniel? — Disse olhando para o mesmo, mas ele estava tão ligado numa capa de DVD que nem ligou.

— Vai ter volta! Se prepare Mi, pois ninguém sai impune depois de roubar os meus chips. — Lucas disse dando um sorrisinho de lado e se virou.

Gustavo tirou Miguel das suas costas. — Vamos ver um filme, Sr. Ladrãozinho de salgados. — Disse tocando o pequeno nariz de Miguel.

Miguel sentiu seu coração aquece. Ele adorava a forma que Guto sempre o protegia, mesmo que o moreno o visse mais como irmão caçula. Contudo não podia deixar de fantasia que eram namorados.

Saindo de seu devaneio, sentou no sofá ao lado do seu moreno, enquanto suas pernas encostavam. Viu Lucas sentar no chão ao lado do irmão, e Daniel foi coloca o DVD para toda. Ele olhou ao redor.

O apartamento de Gustavo era extremamente arrumado, denunciando o quarto seu amigo era organizado, diferente dele. Gustavo com apenas 22 anos, havia comprado o apartamento à vista.

Sabia que os pais de Gustavo eram ricos, mas sabia que o amigo pagou a maior parte com a grana que ganhou em seu trabalho. O apartamento tinha uns 88m². Grande em comparação ao apartamento vendido na atualidade. Tinha dois quartos, sala, cozinha, dois banheiros e escritório. Era ricamente decorado, bem masculino e elegante. Como sempre, seu Guto tinha bom gosto. Saiu sua observação quando gemidos chegaram aos seus ouvidos.

Olhou para a televisão de tela plana e seus olhos arregalaram. Não era puritano, como um adolescente ele já tinha visto suas cotas de filmes pornôs, hétero ou gay, mas normalmente era em seu quarto, com porta fechada e calças arriadas enquanto masturbava, certamente não era em uma sala com seus amigos e sentado ao lado do cara que era apaixonado desde 13 anos.

Miguel olhou de soslaio para Gustavo, e viu concentrado na tela. O sorrisinho safado em seus lábios denunciava que estava gostando do que via.

Lucas parecia tão animado que achava que a qualquer momento ele iria tirar o pau da bermuda e masturbar-se. Uma coisa deviam saber sobre Lucas: ele não tinha vergonha de nada.

Daniel parecia mais centrado, mas Miguel pode ver o volume em sua bermuda.

Safados, pensou.

Sem jeito, Miguel pegou almofada e colocou em seu colo. Quem não ficaria excitado vendo pornô? Mesmo fosse hétero, não pode deixa imaginar que era ele e Gustavo no lugar dos atores.

...

Gustavo não acreditou que Daniel teve a coragem de colocar o DVD pornô, mas não estava com raiva. Quem não tinha visto pornô na vida? Ele com 22 anos tinham visto muitos hétero e gay, mas ele sabia que não estava prestando atenção na mulher, e sim no homem. Mais precisamente nos gemidos roucos que o homem dava ao foder a jovem mulher.

Alguns anos ele descobriu que tinha uma tara por gemidos, ele adorava escutá-los, sempre o deixava louco.

Ele era doido para escutar uns gemidos saírem da boca de Miguel. Como seria? O loirinho era um gritador na cama? Ou não? Oh Deus, ele esperava que fosse, seria um sonho poder escutar Miguel fazendo esses barulhos, ver a cara de prazer dele, de poder dar prazer a ele, beijá-lo e foder o pequeno buraquinho de Miguel.

Gustavo não já estava prestando atenção no filme ali na frente, pois sua imaginação viajava. Seu pensamento, pensamentos insano e totalmente sexy, pois o mesmo estava imaginando Miguel nu, e completamente a mercê de seu prazer, mas um gemido tirou completamente Gustavo dos seus pensamentos e ele percebeu que o gemido que acabara de escutar não vinha da TV e sim de seu adorado amigo Lucas. O ruivo estava completamente concentrado no filme e com a mão dentro do calção brincando com o seu brinquedinho.

Sorrindo de lado, ele olhou para o pequeno que estava todo encolhido no sofá. Miguel tinha uma almofada em cima do seu quadril, e Gustavo percebeu que o as suas bochechas vermelhas. Era tão adorável.

Gustavo ficou com um pouco de pena do seu adorável amigo. Parecia que o loirinho estava um pouco desconfortável, e pela almofada estava um pouco excitado, mas...

Seria pela mulher ou pelo homem?

Ele queria que fosse pelo gostoso ator. Sentir ciúmes de Miguel passou a ser rotina dele. Ele percebeu há uns anos atrás que estava gostando dele, mas nunca falou a ninguém, pois nenhum de seus amigos sabia que ele gostava de um belo pau do que uma vagina.

Gustavo bateu na cabeça dos dois irmãos os fazendo gritar.

— É melhor vocês tirarem esse filme, se não, daqui a pouca isso vai ficar fedendo a gozo, e não quero a minha casa com esse cheiro. — Disse firme.

— Larga de ser chato, Guto. — Lucas disse, mas em momento algum seus olhos saíram da tela.

Miguel remexeu em seu assento. Ele estava morrendo de vergonha. A verdade que estava bastante excitado, e queria ter um pouco da coragem de seu amigo e masturbar-se... Mas a verdade que sentia uma vontade que Gustavo fizesse isso por ele.

Que besteira. Seu amigo gostoso jamais faria isso.

Sabia que Guto já tinha namorado algumas meninas, mesmo que atualmente estava solteiro, ele jamais tocaria em um homem. Sabia que ele não era homofóbico, mas não era gay. Não mesmo!

Daniel olhou meio entediado para tela.

— Porra, eu achei que seria melhor. Eles atuam muito mal. — Daniel reclamou.

A verdade era que Daniel queria ter pegado um pornô gay, mas temia que seus amigos e irmão o julgassem mal. Dan era bissexual, apenas nunca contou para seus amigos. Foi então que uma ideia passou sua mente maligna. Por que não?

— Eu estou adorando... Olha como essa loira é gostosa... — Lucas disse, soltando afagos.

— Seu tarado. — Miguel disse, batendo outra almofada na cabeça do amigo. Ele fez isso apenas para disfarça, pois sabia se ficasse calado, seus amigos viriam zoá-lo. Sendo mais novo do grupo, muitas vezes era alvo. — Qual ideia Dan?

Daniel virou para trás.

— Que tal jogarmos? Saber, algo mais interessante. — Falou tom malicioso, que fez os pelinhos do corpo de Miguel eriçar, mas não por prazer, mas medo. Daniel podia ter as ideias mais perigosas.

— Qual seria? — Gustavo perguntou, parecendo interessado.

— Verdade ou Desafio! — Disse.

Miguel quis abrir buraco para sumir. Para muitos poderia parecer uma brincadeira inocente, mas com seus amigos, sabia que sairia besteira.

...

'Lasqueira', Gustavo pensou depois da proposta de Daniel tinha dito.

Essa brincadeira nunca terminava bem, pois sempre acabava em desafios picantes e descobrindo segredos, e ele não queria indo para esse lado. Mas em desafios picantes era uma tentadora ideia, pois sempre acabava em beijos. E ele estava doido para provar dos lábios de Miguel, mesmo sabendo que isso nunca ia acontecer.

—Vamos! — Disse Lucas animado, e por incrível que pareça, ele ainda estava com a mão dentro do calção.

Revirando os olhos Gustavo disse:

— Eu achei uma ótima ideia, mas primeiro Sr. Lucas vá lavar as mãos, pois eu não quero tocar nela por acidente, isso seria um pouco nojento. — Disse rindo.

— Bem, enquanto vocês arrumam para a nossa brincadeira, eu vou ao seu banheiro Gu! Antes que o Sr. Estressadinho se irrite — Disse Lucas sorrindo maliciosamente.

Quando Lucas se levantou Gustavo deu uma tapa na bunda dele o fazendo gritar e na mesma hora ele lhe deu um olhar assassino para si, fazendo o sorriso de Gustavo abrir mais.

— Eu sei que você gosta da minha linda bunda, mas não precisava bater nela. Era só pedir que eu deixava. — Disse rebolando indo na direção do banheiro.

Miguel sentiu ganas de dar empurrão no safado do Lucas.

Idiotas!

Não sabia se sentia ciúmes ou inveja do amigo, por ter sido tão atrevido com sua paixão.

Enquanto Lucas foi ao banheiro lavar a mão, e quem saber terminar com a punheta, Daniel desligou o DVD e guardou na capa. Sem jeito, o loiro conseguiu retirar a almofada do baixo-ventre e suspirou aliviado por ver sua ereção abaixou. Também com a ceninha de Guto e Luc o seu tesão foi dar uma volta.

— Algum problema ai, Miguelzinho? — Daniel provocou olhando para as partes intimas do loiro.

Miguel corou e acabou mostrando o dedo feio para o amigo, que apenas caiu na gargalhada.

Ele levantou e ajudou Gustavo a retirar a mesa de centro de cima do tapete e colocá-la de lado. Depois dobraram o tapete e colocou canto. O mesmo era branquinho e bem felpudo — uma delícia — e Gustavo não queria correr risco de estragá-lo. Quando Lucas voltou, tinha quatro cervejas nas mãos e uma latinha de coca. Ele jogou o refrigerante para o mais novo do grupo, e distribui a cerveja para depois.

— Mas porque quatro? — Miguel indagou confuso.

— Essa está vazia para o jogo. — Lucas disse. Ele deu de os ombros. Todos pegaram uma almofada e se sentaram sobre elas no chão. Claro, trouxeram os salgadinhos, a bandeja com docinhos e os mini-esfirras, para devorarem enquanto brincavam.

— Sabem as regras. Em quem cair o fundo da garrafa pergunta para quem foi apontado pela boca da garrafa. Como eu tive a ideia, vou girar. — Daniel disse empolgado. A verdade que algum tempo estava curioso com algumas coisas de seus amigos, e hoje iria descobrir, fora que era divertido fazê-los passar vergonha.

A garrafa parou apontada para ele e para Daniel, Gustavo viu que o mesmo estava com um sorrisinho de lado, causando calafrios na sua espinha. — Ora, Ora, Ora! Caiu bem Guto! HAHA! Bom, vou logo à pergunta, Verdade ou Desafio, Guto? — Disse olhando firme para ele. Gustavo olhou para os outros e o mesmo o olhava com expectativa para saber o que escolheria.

— Para começar que tal... Desafio?

— Você é bem corajoso ou está fugindo da verdade? — Disse misteriosamente. Gustavo riu e acenou coma mão para continuar a falar. — Bem, eu te desafio a dançar. Deixa-me ver. — Disse olhando a ao redor. — Dançar na boca da garrafa. — Quando ele terminou de dizer, os meninos e ele caíram na gargalhada.

Gustavo sentiu as suas bochechas esquentaram. Eles sabiam que Gustavo não era bom em dançar, mas desafio era desafio.

— Ok! Traga-me a garrafa que eu rebolo. — Disse sarcasticamente.

Lucas mais que ligeiro foi na direção do seu rádio e a primeira melodia de Beyoncé tocou o ar.

Balançando a cabeça negativamente, Gustavo se levantou e se aproximou da garrafa que Daniel pós no meio deles.

Deixou o seu olhar recai em Miguel. O loirinho tinha um pequeno sorriso nos lábios e o mesmo não parava de olhar para ele. Bem, já que é um desafio, por que não aproveitar um momento para dançar para o seu anjinho? A voz sensual de Beyonce, a batida da música, assim Gustavo começou a mexer o quadril. Ele não era muito bom, mas ia fazer o possível.

...

Miguel sentiu seu pênis dar um puxão nos confins da cueca, demonstrando que ficou bem animado com a ideia de ver Gustavo rebolar. Bem, já que não poderia tê-lo na realidade, pelo menos saciaria uma de suas fantasias. Ah sim, mais tarde masturbaria com essa cena. Tentou não mostra muito empolgado e ajeitou onde estava sentado. Disfarçando, pegou seu celular e ligou a câmera, claro, usou um saco de salgadinho para disfarça. Não ia perder a chance de grava aquilo.

Gustavo que estava com um short folgado, colocou-se em pé onde estava à garrafa, e para quem não sabia dança, estava dando uma lição para todos. Ele levou o dedo indicador os lábios, dando uma lambida sensual, e passou mover seus quadris de um lado para outro.

Miguel sentiu calor percorrer seu corpo.

Céus! Tudo que não precisava era passar vergonha. Mordeu lábio inferior, tentando impedir que o gemido propagasse, enquanto seus olhos estavam fixados na figura de Gustavo.

Lucas assobiou colocando lenha na fogueira.

— Uhhh! Rebola gostoso. Mandar ver! — Lucas gritou, mas recebeu tapa na nuca do irmão.

— Se aquiete viado. Estou até estranhado. — Disse provocativo. Aquele tipo palavreado era comum entre eles.

— Fique quieto! Até parece que vou perder a chance de zoar Guto! — Lucas disse, não dando importância reclamação de seu irmão. Gustavo virou de costas e rebolou descendo o corpo, até que foi quase até o chão e retornou.

— Chegar! Desafio cumprido. — Ele disse, finalizando a dança.

Miguel sorriu divertido. Ele pausou o vídeo e escondeu o celular. Nunca em sua vida deixaria que seus amigos descobrissem que havia filmado. Aquele iria para sua pasta secreta no note intitulada: Meu Gustavo.

— Mandou ver, Guto! — Lucas gritou empolgado.

Rindo das palhaçadas dos meninos, Gustavo voltou para o seu lugar, se te disse-se que ele um dia iria dançar uma música de Beyoncé, ele não acreditaria.

— Dança muito bem Guto, você incorporou a música e rebolou muito bem. — Disse Lucas o parabenizando.

Rindo, Gustavo pegou a almofada mais próxima e tacou em Lucas.

— Bem feito. — Disse Daniel.

— Gire Guto, o nosso novo dançarino. — Balançando a cabeça negativamente, Gustavo pegou a garrafa e a mesma parou nos irmãos, Lucas perguntando para Daniel.

— Meu caro titulado irmão... Verdade ou desafio? — Lucas indagou.

— Vamos logo às perguntas... Verdade! — Declarou firme.

— Meu caro irmão, está muito firme no que diz, vou logo à pergunta. Com quem você perdeu o BV? — Perguntou sorrindo maliciosamente e para a surpresa deles, Daniel por um instante ficou paralisado, mas rapidamente ele voltou a si e sorriu.

— Luc, Luc, Luc! Como você me faz uma pergunta se você já sabe a resposta! — Disse deixando o mesmo confuso. — Ahh, você não lembra?! Bem, me deixa refrescar a tua memória. Um dia, no parque, estávamos brincando, sem querer você caiu e machucou a bochecha, tínhamos uns 8 ou 7 anos... Ai você disse que a mama sempre dizia que um beijinho sarava e bem, para deixa-lo feliz, eu fui beijar a sua bochecha, mas você virou o rosto na mesma direção e acabamos dando um selinho... O meu primeiro beijo foi com o próprio irmão e fim.

Miguel sentiu sua boca cair lá no chão e voltar. Mesmo tivesse sido beijo inocente, não podia deixar de imagina os dois irmãos se beijando. E caralho, foi bem quente.

Lucas e Daniel eram lindos e bem sensuais. Daniel era o mais velho, tinha 23 anos, os cabelos castanhos claros e olhos mel. Sua pele era bronzeada e seus músculos salientes. Estava praticamente a mesma altura de Gustavo, e perdia apenas um pouco em massa corporal, pois Guto era um pouquinho mais definido.

Já Lucas, tinha 19 anos, a pele branquinha e o nariz cheio de sardas. Seus cabelos eram ruivos fogos e enrolados. Ele tinha 1,71 de altura e um corpo magro levemente musculoso.

Miguel sabia que eram irmãos de pai diferente, mas isso nunca pareceu incomodar os irmãos.

— Uau, por essa não esperava. Incesto! Adoraria vê-los se beijando agora. — Gustavo disse, apoiando braço atrás do corpo.

Miguel sentiu abismado com as palavras de Gustavo.

"Ele não tem problema ver homens beijando?!", Indagou-se em pensamento.

— Está me estranhado Guto? Não sou bicha. Foi coisa de criança. — Daniel disse.

Miguel odiava quando amigo falava esse tipo de coisa, soava tão cruel.

— Não fale assim Dan! É preconceituoso. — Miguel reclamou.

— Qual é Mi! E apenas brincadeira. É minha vez de girar? — Daniel falou, quebrando o clima tenso e como resposta os outros balançaram a cabeça positivamente.

Ele girou e vieram mais perguntas e desafios. Houve de tudo, picantes, constrangedoras e micos horrendos. Teve até algumas mais leves, mas foi quando caiu para Gustavo perguntar a Miguel.

O loiro estava inquieto, pois não sabia o que Gustavo iria fazer.

Gustavo olhou para aqueles lindos olhos e sorriu aquela era a sua vez saber alguma coisa de Miguel. Ele estava torcendo pelo garoto escolhesse a Verdade.

— Miguel... Verdade ou desafio?

Gustavo olhou diretamente para os lábios de Miguel quando falava, o mesmo mordia o lábio inferior o deixando o hipnotizado, quase não escutando o que o mesmo dissera.

— É... Verdade!

Gustavo não acreditou que o menino escolheu o que ele estava doido para escolher. Ele viu que o loiro estava um pouco desconfortável, bem, não era de se admirar, Miguel sempre foi tímido, e com três olhares para ele o deixava sempre assim.

— Boa escolha, querido Mi. O que você gostaria numa pessoa ou o que chama atenção numa pessoa para você namorar... Gostar? — Disse olhando firmemente nos olhos de Miguel.

Miguel arregalou os olhos. Seus amigos sabiam que ficava às vezes com alguma garota da escola, claro, escondeu detalhe que já trocou beijo com seu primo. Nunca tinha realmente namorado. Bem, quando tinha 14 anos namorou uma semana com uma garota, mas não teve paciência e terminou, apesar de que na verdade era culpa por estar apaixonado por Gustavo.

Lucas e Daniel pareciam olhar diretamente para ele, bem interessados. Certamente esperando uma oportunidade de zoar com ele.

— Uhhh... Merda! — Miguel disse. — Posso mudar para desafio? — Indagou.

— Nem pensar, sem chance de mudar. Se quer mudar quer dizer tem coisa boa ai. — Lucas disse.

Miguel quis bater em sua testa. Devido suas vá tentativa de mudar, seus amigos pareciam mais interessados.

— Deixa-me ver. — Murmurou. Tinha que dizer sem parece referir-se a Gustavo. — Alguém que seja carinhosa, que goste de fazer as coisas juntas. Sabe, ir ao cinema, assistir filme, jogar vídeo game... Ou prepara refeição juntos. Que me escute quando tenho um dia ruim, mas fiquei feliz com minhas conquistas. Seja paciente e atenciosa... — Falou tentando não soar óbvio. — E que se dê bem com minha mãe.

— Pôr, não quer namorada e sim uma amiga. Mulheres não são assim. Ainda mais quando estão de TPM. — Lucas disse de maneira bocuda.

Daniel olhou sério.

— Até parece com...

Ia dizer que Miguel parecia ter descrito certa pessoa do círculo de amizade deles, mas deixou o assunto de lado. Mas confessa que isso lhe deu uma ideia se ele caísse para desafio Guto ou Miguel.

— Nada haver... As meninas podem ser legais! — Miguel disse fazendo bico.

— Sim, disse alguém que nunca namorou!

— Já namorei sim. — Miguel gritou, avançou para cima de Lucas, e fez cócegas no pé do amigo, fazendo-o quase mijar de tanto rir.

— Parem crianças. E sua vez de girar a garrafa, Miguel. — Daniel disse.

...

Um sentimento de ciúmes o tomou de Gustavo. Quem seria a menina que namorou e provou dos lábios de Miguel?!

Ele suspirou. Lembrou no que Miguel disse e sorriu, e ao mesmo tempo ficou pensativo, pois a maioria que Miguel disse, ele fazia, ele adorava conversar com a mãe de Mi, ela era bem simpática, divertida e uma ótima mãe. Ele ficava horas e horas escutando Miguel reclamar da escola, sempre deixando o pequeno falar e depois os dois sorria e jogava juntos.

Ele queria uma coisa nova, para poder chegar ao coração do pequeno, mesmo sendo impossível, pois o mesmo declarou que já namorou meninas e acham elas legais. Isso o deixava desanimado, pois ele sonhava um dia andar de mãos dadas com Miguel, beijá-lo, ir ao cinema e poder segurar na mão dele, ou até mesmo beijar lá dentro, era o seu desejo todo dia.

Gustavo olhou e viu que Miguel tinha girado a garrafa e a mesma parou em Daniel perguntando para ele.

— Verdade ou Desafio? — Disse sem rodeio. Para mudar um pouco ele escolheu desafio.

Gustavo analisou situação. Era mais arriscado, mas... Por que não? Conhecia Daniel, ele certamente aprontaria algo, mas qual mal teria em arriscar-se?

Miguel olhou apreensivo. Ainda sentia-se bobo por ter arriscado falar àqueles quesitos que queria em uma pessoa, pois sabia que estava praticamente descrevendo Gustavo, porém, talvez essa tenha sido sua única chance em declarar-se 'indiretamente'. Guto jamais desconfiaria que falasse dele.

Voltou seus olhos para seus amigos, e depois roubou uma fatia de pizza da caixa, antes que Lucas pegasse. O ruivo poderia ser sem fundo.

— Desafio! — Gustavo disse, e por seu olhar, parecia desafiar Daniel aprontar algo grande.

Miguel olhou apreensivo. Merda! De alguma forma sentia que nada de bom sairia dali.

Daniel olhou em volta, e então seus olhos pousaram sobre Miguel. Ele sabia! Seria alvo das brincadeiras maliciosas de Dan, mas qual brincadeira seria essa?

— O desafio a dar... — Falou pausadamente. — Um beijo de língua em Miguel. Agora! — Daniel disse.

Lucas engasgou com refrigerante praticamente cuspindo-o no chão da sala.

Miguel deixou o pedaço de pizza em sua mão cair no chão e o queixo foi junto. Aquilo poderia ser pesadelo! Iria matar Daniel. O idiota não poderia ser tão estúpido de fazer isso. Seria?

Seus olhos azuis voltaram para Gustavo. O que seu amor secreto iria fazer?

Continua...

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