na vigília cansada do corpo embalado por insônia ruidosa, surge um canto noturno,

mitos esquecidos nas brumas de um tempo imorredouro,

quando a madrugada consolava, com seu silêncio ingênuo e terrível, os santos e os loucos,

poetas entreviam crepitar no espaço remoto, a via de uma paz - invisível brasa - nas velhas igrejas, em velhas ruas,

tal flor que muito além se abre, ninguém percebe, apenas o coração persegue.