luz


debruçado à varanda,
ouvi o silvo de risos,

vinha de um céu de ventos dissolutos, era turvo qual rio profundo,

num átimo de segundo, luz remota rasgou minha cegueira,

desci ao silêncio das coisas:
vi a solidão entorpecida que sacode a alma humana,

contemplei o mundo exausto, onde o invisível paira,

e noite ansiosa cresce, querendo o eterno amanhecer de alma, de vidas.

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