enredos
no brilho salino deste mar translúcido, meu espírito peregrino constrói enredos:
cruzo um bosque de segredos, de sons, cores e perfumes que exaltam a mente e os sentidos,
espaço ambíguo
em que vagueia
um baile de delírios,
minhas vertigens refletidas ao espelho; imprudências de fauno,
que como eco percorrem mil labirintos, cheios de dissoluto incenso daquilo que jamais termina,
recordação de um tempo sem mentiras,
quando Cibele dava ao corpo exangue, o fresco aroma de verdes campinas,
agora efebo lascivo,
pleno de fluido
gozo divino
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