Capítulo 13
Oi sumidos.... não pera, eu que sumi kkkk
Queria começar pedindo desculpa pela demora, meu óculos quebrou (não enxergo sem ele) então escrever está bem complicado, exige tempo e atenção redobrada já que as letras estão dançando aqui... por isso se tiver algum erro me perdoem.
Queria aproveitar também e dividir com vocês que fiquei em primeiro lugar na categoria fantasia do Concurso Successful Books
Quem puder seguir as organizadoras:
Avaliadores da categoria - Fantasia:
E deixo com vcs esse certificado MARAVILHOSO
Sem mais delongas, antes que alguém me mate.... segue capítulo!
xoxo
Um julgamento... mal pude acreditar. Quando Asher me assegurou que provaria suas palavras, não achei que ele me levaria para presenciar a Sociedade Sagrada pessoalmente.
Um arrepio percorreu minha espinha ao observar o local. A aglomeração das pessoas em torno da estrutura de madeira era uma visão inquietante. Os murmúrios e cochichos permeavam o ar, criando uma atmosfera carregada de ansiedade e expectativa pelo que estava por vir.
A cada momento, mais figuras encapuzadas emergiam da multidão, como espectros sinistros que se reuniam para algum sombrio espetáculo. Aqueles que lideravam a procissão de acorrentados os empurravam com brutalidade, forçando-os a ficar diante dos postes de madeira erguidos como pilares de um sombrio palco.
Porém, o que verdadeiramente me atordoava era a visão da realeza. A realeza! Sentada próxima à estrutura, em uma área elevada e protegida. Cadeiras adornadas, que mais lembravam tronos, foram estrategicamente colocadas ali, como um lembrete ostensivo do poder e da autoridade que governavam esse julgamento grotesco.
As vestes reais cintilavam à luz das tochas, contrastando com a escuridão do céu noturno. Olhares altivos e sorrisos de expectativa adornavam os rostos dos nobres, como se estivessem prestes a presenciar um espetáculo tão grandioso quanto um espetáculo de teatro.
Eu lutava para compreender a cena diante de mim. Tantas perguntas dançavam em minha mente, mas as respostas pareciam inalcançáveis. E ali estava eu, uma mera espectadora de um evento que me aterrorizava, que me fazia questionar a natureza humana e a própria sanidade deste mundo.
Um silêncio expectante pairou sobre a praça. O ar parecia grosso com tensão, como se o próprio ambiente soubesse que estava prestes a testemunhar algo que desafiava a moral e a justiça.
Minha atenção voltou-se para os encapuzados que agora cercavam os acorrentados. Suas capas negras oscilavam sinistramente à luz das tochas, criando sombras dançantes que pareciam ter vida própria. Um deles, trajando um manto escuro enfeitado com símbolos misteriosos, ergueu as mãos em um gesto lento e deliberado.
E então a voz dele, profunda e carregada de autoridade, ecoou pela praça. Suas palavras eram como lanças, perfurando o ar e atingindo os ouvidos de todos os presentes.
— Diante dos olhos divinos, essas almas são trazidas à luz da verdade. Aquela que não pode ser ocultada, que não pode ser negada.
O silêncio da multidão foi quebrado por gritos de apoio e ofensas dirigidas aos acusados.
O homem de manto escuro ergueu a mão mais uma vez, e a multidão voltou a cair em um silêncio expectante. Seus olhos percorreram os acorrentados, e eu podia sentir que cada um deles estava sendo julgado, suas vidas e destinos decididos por mãos cruéis e implacáveis.
—Estas almas são acusadas de desafiar a ordem divina, de abraçar as trevas e as heresias que ameaçam corroer a pureza de nossa nação. — A voz do homem ressoou novamente, desta vez mais forte, mais enraizada em sua autoridade.
Cada som da corrente, cada soluço contido, parecia ecoar na noite. Meus músculos estavam tensos, meu coração batendo em um ritmo descompassado. Minhas mãos estavam trêmulas, enquanto eu lutava para processar o que estava acontecendo diante de mim.
A primeira pessoa foi arrastada até o palco, enquanto o encapuzado a acusava de bruxaria. No entanto, meus olhos perceberam o vazio de qualquer magia ao redor dela.
O julgamento prosseguiu, a mulher sendo compelida a responder por seus supostos crimes. Cada palavra, cada resposta, era arrancada dela como confissões extorquidas sob tortura.
Quando a sentenciaram à morte e a empurraram para o que percebi, naquele momento, ser uma forca, meu olhar se fixou na realeza com desespero. Contestei em silêncio enquanto eles sorriam e acenavam satisfeitos.
Aquele foi o momento culminante para mim. Eu não podia mais permanecer quieta, testemunhando aquele espetáculo horrendo. A mulher não era uma bruxa e, mesmo se fosse, não merecia aquele destino... na verdade, ninguém merecia.
Meus passos eram firmes, a grama sendo esmagada sob os sapatos que Asher havia comprado para mim em um tempo que parecia tão distante agora. A mesma praça onde outrora ecoaram risadas e diversão agora se tornava palco para essa monstruosidade.
Fui interrompida abruptamente quando Asher se colocou à minha frente, seus dedos apertando meus braços. Ele dizia alguma coisa, mas nada chegava aos meus ouvidos, exceto o estrondo ensurdecedor em minha mente.
Cada fibra do meu ser ansiava por vingança. Queimaria cada um daqueles encapuzados, desmantelaria um por um, e deixaria a realeza para enfrentar seu destino por último.
— Me escute! — Asher brandou, aproximando-se com uma voz autoritária.
— Vou matar todos esses malditos! — minha resposta saiu em um misto de desespero e fúria, enquanto eu tentava me desvencilhar de seu aperto firme.
— Você não pode, preste atenção — seu tom tornou-se grave e seus olhos estavam agitados com ansiedade — Não são apenas humanos ali, eles possuem aliados bruxos. Toda aquela estrutura é protegida por encantamentos, você será incapacitada no momento que pisar ali.
Eu o encarei com olhos ardentes, a raiva borbulhando dentro de mim. A visão do espetáculo grotesco e da injustiça que se desenrolava diante de mim era quase insuportável. Cada fibra do meu ser clamava por ação, por justiça, mesmo que fosse alcançada através da vingança.
Asher manteve seu olhar firme no meu, a urgência refletida em seus olhos. A preocupação genuína estava escrita em seus traços.
— Bruxos... — finalmente consegui articular, assimilando a informação — Como podem se envolver nisso?
— Como você acha que eles conseguem prender e neutralizar seres sobrenaturais? — sua voz assumiu um tom baixo e seguro — Eles ganharam aliados depois que a Irmandade Ignis começou a caçá-los.
— Ignis?
Asher arqueou uma sobrancelha, e pude sentir o peso do seu olhar inquisitivo.
— Você por acaso tem alguma noção do mundo em que vive, Morrigan? — Asher inquiriu, seu tom beirando a descrença.
Minhas bochechas queimaram com a vergonha que me inundava. Eu nunca havia deixado minha vila, mas as histórias que minha família contava sobre Aranthia pareciam ter sido filtradas, omitindo certos detalhes.
Devagar, o aperto dele em meu braço suavizou, e ele me conduziu a passos lentos para longe de nosso esconderijo. Olhei uma última vez para a estrutura: o corpo da mulher jazia pendurado na corda, inerte, sem vida.
Segui o vampiro, ciente de que naquele momento não havia nada a ser feito. Eu precisava saber mais... precisava entender tudo.
Asher me guiava pelas ruas com passos decididos, enquanto sua mão segurava firmemente a minha. Não demorou muito para que entrássemos no que percebi ser uma estalagem.
O vampiro conversou rapidamente com a recepcionista, garantindo um quarto com duas camas. Enquanto eles trocavam palavras, permaneci imóvel a seu lado, a imagem da mulher naquela corda fixada em minha mente como um quadro angustiante.
— Você está bem? — A voz de Asher soou gentil, trazendo-me de volta à realidade.
Dentro do quarto, me vi sentada em uma das camas, ainda imersa em pensamentos tumultuados. Até aquele momento, não havia realmente prestado atenção ao nosso entorno.
O quarto exalava uma simplicidade aconchegante. As paredes eram revestidas por papel de parede com padrões discretos. As camas eram robustas, com lençóis cuidadosamente alinhados, convidando ao descanso. Uma pequena mesa de madeira ficava ao lado, sobre a qual repousava uma jarra com flores frescas.
A luz fraca das chamas projetava sombras dançantes pelas cortinas, conferindo uma atmosfera tranquila ao espaço. Era um refúgio modesto, mas com um toque reconfortante que contrastava com a agitação que ainda ecoava em minha mente.
Meus olhos encontraram os de Asher, e naquele momento singular, pela primeira vez, permiti que os muros que eu erguia com tamanha obstinação começassem a desmoronar. Sob aquele olhar penetrante, não busquei refúgio em respostas afiadas ou barreiras altivas. Pois, naquela fração de tempo, a verdade era que eu estava vulnerável, despojada da minha fachada de autossuficiência.
As camadas de desconfiança que me envolviam se desvaneceram, deixando espaço para a sinceridade que até então eu raramente permitia aflorar. Porque a verdade era que eu não sabia de nada, e naquele quarto, em meio à penumbra serena, não me entreguei a falsos conhecimentos.
— Me conte tudo. — As palavras brotaram da minha boca, impregnadas de convicção e curiosidade. No entanto, também carregavam um pedido sutil, uma ânsia por entendimento e conexão que não conseguia mais ignorar.
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