Capítulo 9
Vladimir Narrando
Mas que porra de bicho era aquele? Uma besta que possuía eletricidade pelo corpo? E por que quis nos atacar como fez?
Klaus desviou de um raio que caiu do céu em sua direção. Seja lá que bicho era aquele, podia nos matar atirando raios do céu.
- Ele está te olhando Vladimir, cuidado. - Ruckia gritou pra mim.
Como se eu já não soubesse, pensei.
Estávamos ferrados, isso era fato.
- A mala! - Ruckia gritou.
Foi então que me lembrei da mala que até aquele momento eu segurava pela alça em um ombro e a mantinha jogada para trás.
- Como é que eu vou pegar a mala com ele vindo na minha direção, minha filha? - Perguntei me afastando alguns passos.
- Ele não deve correr tão rápido quanto nós, não acha? - Ela questionou com ironia na voz.
Dei de ombros, eu não fazia a mínima ideia do que aquela criatura estranha era capaz de fazer.
Eu mal vi quando a criatura correu tão rápido em minha direção que no segundo seguinte, estava a ponto de me atacar, o que só não aconteceu porque Ruckia veio tão rápido quando um raio e com a força que usou com o corpo, empurrou a criatura para longe.
- Você está bem? - Ruckia me perguntou com uma expressão preocupada tomando sua face.
Eu assenti com a cabeça.
- Aonde é que o Klaus foi parar? - Perguntei olhando envolta e notando a ausência de nosso irmão.
- Não sei .. ele estava aqui agorinha.. - Ela respondeu olhando envolta também.
Nesse exato momento, senti uma gota de água cair, olhei para cima a tempo de ver os primeiros de vários pingos que dariam início a uma chuva grossa cair.
A fera ou seja lá o que fosse aquilo, se levantou sacudindo a cabeça de um lado para o outro, meio que recuperando a consciência e se aprontando para um novo ataque.
- Acho que já entendi o que esse bicho é.. - Ruckia sussurrou.
- Já pode me dizer. - Falei.
- É um dos animais de estimação de algum deus, provavelmente de Zeus se formos levar em conta que ele está com raios envolta do corpo.
- Está dizendo que os deuses estão metidos nisso? - Perguntei intrigado. - Eles não tinham sido derrotados pelas bruxas a milênios e tiveram seus restos presos em baús selados com magia e espalhados pelo mundo ?
- Sim, mas.. - Ela mesmo se interrompeu quando o bicho correu em sua direção. - Vladimir, a mala!! - Gritou empurrando a fera pelo que parecia ser seu focinho.
Droga, pensei já me abaixando e jogando a mala no chão onde a abri e comecei procurar por algo ali dentro que pudesse nos ajudar.
Meu desespero aumentou quando notei que muitas das armas que teriamos ali eram para criaturas como duendes, trols, gigantes e coisas do tipo, nada útil para uma fera cheia de energia no sentido literal da coisa.
- Ferrou. - Falei pra mim mesmo.
- O que foi? - Ruckia gritou a metros atrás de mim ainda atrasando a fera.
- Se eu te dissesse que nada aqui pode nos ajudar no momento, você acreditaria? - Perguntei já esperando minha morte pela fera (que no caso iria ser a minha irmã).
- Eu .. te mato, VLADIMIR! - Gritou.
- Minha filha, eu não imaginei que uma fera serva dos deuses ia aparecer na terra das fadas! - Reclamei fuçando a mala novamente na esperança de antes não ter notado em algo que pudesse nos ajudar. Bufei quando não encontrei nada novamente e sussurrei pra mim mesmo: - to vendo que o negócio anda tão louco em nosso mundo que até a terra da purpurina resolveu inovar nos peões de proteção ...
- Pára de reclamar e vem me ajudar, Vladimir! - Ruckia gritou.
Depois disso, eu só tive tempo de me levantar e encará la enquanto a mesma segurava a fera do mesmo modo de antes, pois logo Klaus apareceu a uns dez metros de nós.
Eu já ia abrir a boca para gritar com ele e xingá lo de tudo o que viesse em minha mente por ele nos ter abandonado, mas notei que ele tinha aberto uma poção com um líquido amarelo e o derramava em uma adaga toda prateada.
- Mas que porra você está fazendo? - Perguntei.
Assim que o líquido acabou, ele jogou o frasco na grama e segurou a adaga forte pela punho.
- Vladimir, ajude a Ruckia a segurar a fera por mais um tempo. - Disse sem olhar pra mim.
- E você vai fazer o que enquanto isso? - Perguntei tentando entender que diabos de ideia ele tinha em mente.
E no mesmo momento um raio caiu a uns dez metros de nós.
- Ele está apelando para os céus na tentativa de nos atingir, já que ele mesmo não consegue fazer isso. - Klaus disse. - Apenas ajude Ruckia por mais alguns segundos que ovu acabar logo com essa palhaçada.
Eu o olhei surpreso. Klaus parecia muito irritado com aquilo tudo, porém determinado.
Assenti com a cabeça e fui ajudar Ruckia.
Usando a força do meu corpo, eu empurrei a fera pra longe o atingindo onde estavam apenas seus ossos, pois sentir uma descarga elétrica naquele momento não ia ser nada bom.
O bicho bateu contra uma enorme pedra onde soltou um grito estranho.
- Vamos segurá lo o máximo que pudermos, parece que Klaus tem um plano. - Disse a ela.
- Ah, eu já estava fazendo isso faz tempo. - Queixou se.- Espero mesmo que ele tenha um plano ou estaremos muito, mais muito ferrados..
E então corremos para a fera a preensando contra a pedra. Ruckia o empurrando pela lateral do focinho e eu o segurando pelo rabo.
- Acho que já estamos muito ferrados.. - Ela disse em algum momento.
E com isso, Klaus apareceu no alto da pedra onde se jogou e ficou de pé sobre o crânio da criatura, que aliás, era o único lugar onde não haviam raios rondando a fera.
Ruckia e eu o encaramos perplexos ao vermos tal cena.
- No três vocês o soltam e se afastam, entenderam? - Ele gritou em meio aos sons que a criatura fazia.
- Mas o quê? - Eu gritei devolta o achando um retardado.
- Um... dois.. - Disse alto. - Três!
E mesmo sem termos certeza nenhuma se aquilo daria certo, nós soltamos e nos afastamos.
Ainda que agora longe, conseguimos ver claramente quando o louco do nosso irmão fincou a adaga no crânio da criaturo que apenas pode soltar um último grito antes de entrar em um tipo de colapso e explodir.
Fechei os olhos no segundo seguinda graças a luz que quase nos cegou, mas logo que abri, corri devolta para onde antes estávamos na procura de Klaus e logo o encontrei deitado no chão de brucos.
E claro que eu saí correndo em sua direção, me ajoelhei no chão seguido de Ruckia que fez o mesmo e o chamei preocupado.
- Pára de gritar no meu ouvido, por favor!?! - Ele sussurrou com a voz falha sem se virar. - agradeço.
Eu disse que o chamei né?!.. talvez eu tenha chamado um pouco alto demais..
- Você está bem? - Ruckia perguntou alarmada.
Klaus se virou devagar até ficar de barriga para cima e pos o baço em cima dos olhos.
- Está sentindo alguma coisa? Se machucou? - Perguntei quase tão rápido que acho que nem deu pra ele entender.
Ele respirava rápido, o que nos deixava ainda mais nervosos.
E então pra piorar as coisas, escutamos um som vindo.. Klaus passou a mão na barriga.
- Se eu disser pra vocês qie estou com muita fome, vocês acreditam? - Ele disse finalmente tirando o braço do rosto e nos encarando.
Revirei os olhos e caí pra trás me deitando na grama também.
Escutei um dos dois suspirar.
- Nem acredito que estamos vivos.. - Ruckia sussurrou.
Eu a encarei e a vi olhar para o céu.
- É melhor procurarmos um abrigo logo, pois mais coisas como aquela podem aparecer do nada.. - Sussurrei devolta.
Escutei outro suspiro que novamente eu não sabia a quem pertencia e então vi Klaus se levantar e Ruckia loho em seguiça.
O último suspiro foi meu quando vi que também teria que levantar sendo que eu mal tinha me deitado.
Assim que fiquei de pé, notei que as sobrancelhas de Klaus estavam unidas.
- O que foi? - Perguntei.
Ele olhou pra baixo enquanto ficava respirando rapidamente pelo nariz.
- Vocês estão sentido esse cheiro?
- Cheiro? Eu não to sentin.. - E então eu senti. - Mas que diabos é isso?
- Nossa, que cheiro horrível! - Ruckia disse tampando o nariz.
- Ah não! - Klaus disse levantado o pé e descobrindo algo temeroso. - mas que merda!
Ruckia e eu rimos.
- Mas que merda literalmente. - Ela disse olhando para o cocô preso em toda a sola do sapato dele e presenta em alguns lugares das laterais.
Klaus bufou.
Eu ri mais ainda com a sua expressão de raiva e nojo.
- Eu salvo a pátria e é isso que recebo em troca.. - Disse indignado.
- Pare de reclamar, é só limpar na própria grama. - Ruckia disse já caminhando pra longe.
Klaus continuava indignado com o fato, apenas olhava para o sapato e negava algo com a cabeça.
Eu me aproximei dele e lhe dei uns tapinhas nas costas enquanto ria.
- Sabe de uma coisa, irmão? - Comecei.
Ele me encarou já sabendo que tipo de coisa viria.
- Você é o cara. - E com isso, eu saí andando enquanto ria baixinho, pois sabia que ele estava parado mais atrás e estava muito puto.
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Povo eu tava com bloqueio, pqp, que bloqueio.. não sabia como continuar essa coisa kkkkk
Bem, o cap foi revisado por cima. Bem por cima kkkk
Outra coisa: para os que me ajudaram curtindo lá, eu vou recompensar vcs ainda.. é que comecei a "ter" tempo agora.
Provas acabaram povo kkk SÓ QUE to de exame em algumas então tenho que estudar pra semana que vem.. mas ainda dá pra tentar fazer algo mais até lá..
Muito obrigado a todos pelo apoio em relação a possível publicação do livro e eu tbm espero que dê tudo certo mesmo, mas se não der, a gente não vai desistir kkkkk
Bjss!
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