Capítulo 5


Vladimir Narrando

Alguém me bateu fazendo com que eu acordasse no mesmo momento.
- Ai, seu filho da mãe! - Gritei ao ver Klaus de pé me encarando.
  Passei a mão no braço que ele tinha batido uma vez e me pus sentado.
Nesse mesmo momento, meus olhos notaram o espaço em que nos encontrávamos.
- Isso é a terra das fadas? - Ruckia perguntou pondo as mãos na cintura e olhando em volta. - Não é tão incrível a primeira vista..
- O que é que você esperava? - Klaus lhe perguntou de volta?
- Sei lá.. algo exagerado, tipo muito brilho, um lugar que nem se pudesse imaginar de tanta perfeição.. - E fez uma careta. - mas tudo o que vejo nesse momento são essas árvores e essas flores que são até bonitas mas não são nada demais..
- Nada demais? - Falei quase gritando ao notar que tipo de flores eram aquelas. - Essas não são flores comuns..
  Ambos me encararam com as sombrancelhas unidas.
- Como assim?
Eu me levantei e olhei em volta mais uma vez. As flores que ali tinham eram em formato que lembrava a um cino e de um azul escuro que predominava nelas, mas com a presença de pequenas e delicadad pintas brancas em seus interiores.
- Essas são as Flores Nisi Vera, em outras palavras, Flores Da Verdade.
Vi os olhos de Ruckia se arregalarem e Klaus apenas levantar as sobrancelhas.
- Essas flores soltam um aroma que se inalarmos, nos tornamos vítimas de nossas próprias verdades por um determinado tempo.
- Quanto tempo? - Klaus perguntou ao se abaixar e ficar cara a cara com uma delas.
- Não vou dizer. - Falei começando a me divertir com aquela situação.
- Ai, Vladimir! - Ruckia disse fazendo bico.
Eu ri.
- Só pra avisar, nós já estamos inalando o aroma delas desde que chegamos aqui, então só acho que já podemos começar o jogo da verdade. - E com isso, saí andando entre as árvores cujas folhas e troncos me lembravam a ipês amarelos.
Não lembro se foi no segundo seguinte ou apenas poucos segundos mais tarde, mas logo Ruckia já estava andando do meu lado e Klaus estava caminhando a poucos passos atrás.
- Isso é sério ou você só está inventando esse tipo de coisa para nos assustar e nos fazer contar algum podre?
Eu lhe dei um meio sorriso.
- Então sou só eu que tenho podres pelo jeito.. - Sussurrei.
- Então você admite que têm podres também?!? - Ela disse quase gritando como se tivesse feito com que eu caísse em uma armadilha.
Eu lhe sorri mais ainda.
- Sim, tenho.. mas vocês já sabem os meus, porém eu.. - Parei e encarei os dois que também pararam e me encararam. - Eu não estou atualizado dos segredos de ambos..
- Acredito não ter nenhum segredo no momento. - Klaus respondeu. - A não ser que queira saber de algo específico que tenha acontecido sem sua presença nos últimos tempos.. aí é só perguntar que te respondo.
Aquilo era uma deixa para que eu perguntasse sobre algo em relação a Isabell?
- Você parece querer saber de algo Klaus.. - Falei baixo o encarando.- Pois bem, diga logo.
Um segundo de silêncio enquanto encarávamos os três uns aos outros.
- Ainda pensa em Isabell? - Ele disse já sendo direto.
Sua pergunta me deixou com o pé atrás, por assim dizer, pois Isabell ainda era um assunto delicado para mim. Porém eu estava decidido a ser bem sincero independentemente do fato de que estávamos sujeitos a dizer a verdade de qualquer maneira.
- Se está perguntando se eu ainda sinto algo por sua esposa, minha resposta é sim.
Ruckia arregalou os olhos.
- Continue. - Klaus apenas falou.
- Mas e a Clarisse? - Ruckia me perguntou.
Eu a encarei.
- Eu sei exatamente o que sinto por Clarisse, eu a amo, apenas ainda sobram me vestígios de minha paixão por Isabell de treze anos atrás. - A cada palavra que saía de minha boca, eu temia mais a reação que Klaus teria.
  Mais silêncio. A expressão de meu irmão era tão séria que não me permitia ter grandes pistas do que se passava em sua mente naquele momento.
- Entendo. - Klaus disse de repente. - Não o culpo, e fico feliz que tenha me contado isso.
Vi Ruckia ficar tão surpresa quanto eu com a resposta de nosso irmão.
Dei a Klaus um pequeno sorriso e suspirei.
- Sinto um peso a menos agora. - Sussurrei.
Em seguida, Klaus virou se para Ruckia.
- E você irmã, não tem nenhum segredo que queira partilhar conosco?
Vi Ruckia arregalar os olhos surpresa com sua pergunta.
Ela espondeu balançando a cabeça para os lados de modo rápiddo e em seguida começou a caminhar novamente.
Logo desconfiei por ela ter preferido negar com um gesto do que falando.
Eu olhei para Klaus desconfiado e o mesmo me olhou igualmente.
- Está pensando o mesmo que eu, não é? - Ele me perguntou em um sussurro.
- Com certeza.
  E no segundo seguinte, ambos correram e se colocaram um em cada lado de Ruckia.
- É melhor você contar logooo! - Klaus disse a ela de um modo que me fez rir.
- Eu não tenho nada que eu queira contar. - Ruckia rebateu.
- Nada que você QUEIRA, ou seja, algo você esconde, irmã.
- Eu se fosse você, falava logo antes que a gente comece com a tortura. - Avisei lhe.
Ruckia se virou para mim com os olhos se apertando ao me fuzilar.
- É melhor os dois pararem de gracinha, já não somos mais crianças. Eu tenho o direito de ter meus segredos e vocês os seus. Você contou o seu porque quis, eu não sou obrigada a fazer o mesmo.- E apressou um pouco o passo.
Troquei outro olhar com Klaus, agora ambos preocupados. Seja lá o que Ruckia estivesse escondendo, era algo muito sério.

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Era pra eu ter postado ontem, mas fiquei com sono e pra mim, sono é prioridade por isso terminei de escrever hoje, agora pra ser mais exata e tá aí.

Vou começar a ser aquelas pessoas grossas com uns e outros que ficaram no meu pé por causa de capítulo. Uns foram bem de boa responder, mas outros me tiraram do sério novamente, e não vou ser mais paciente com essas pessoas, espero que a maioria concorde, pois muitos os que são escritores aqui sabem como isso irrita.

Gente, obg pela paciência (da maioria como sempre) agora eu tenho q começar a escrever outro dos Flocos De Neve mas to escrevendo tudo devagarinho, mas to amando escrever as duas histórias.

Bjss pessoas

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