Capítulo 10


Narrador narrando

(Cap não revisado e msg lá embaixo, leiam!)

Era noite, estava frio e o vento soprava forte. A janela no quarto de Isabell, mesmo estando fechada a todo momento, não impedia que parte do vento entrasse pelas brechas e soprasse as poucas velas presentes em candelabros nos cantos do quarto. Essas tinham sido acesas pela mão direita de Philip; Movenus, que entrou no cômodo poucos minutos mais tarde da "hospede" perder a consciência graças a bebida batizada que havia ingerido mais cedo. Ao lado de um candelabro, em cima da lareira, o servo deixou também uma taça de prata que carregava da mesma cor que o vinho tinto. A bebida era fresca, pobre fora a criatura sacrificada, um coelho de pêlos brancos.
Logo o mesmo servo acendeu o fogo na lareira que, por sua vez, aqueceu o quarto.
Provavelmente tenha sido a temperatura que despertou a jovem bruxa de seu sono sem sonho, apenas turbulento.
Seus olhos se abriram vagarosamente e sua consciência demorou a perceber o ambiente ao qual se encontrava, mas assim que o fez, respondeu se levantando e se sentando na cama, onde encarou cada canto do quarto e pôde ver rapidamente uma sombra percorrer o chão e passar pela fresta da porta desaparecendo de sua vista.
Isabell encarou a porta por mais alguns segundos depois daquele acontecimento, talvez esperando que houvesse mais algum movimento, talvez apenas olhando o vazio daquela direção enquanto sua mente se recordava dos últimos acontecimentos..
Logo sentiu sua garganta queimar. Estava com sede. Avistou uma jarra e um copo sobre o criado mudo e se apressou ao despejar a água no copo e beber tudo. Mas o ato não adiantou, sua sede permaneceu, queimando sua garganta cada vez mais, começando a impedir novamente de respirar direito. Mas isso era porque sua sede não era por água e sim por aquilo que seus olhos avistaram em cima da lareira. Na verdade foi o cheiro da bebida que atraiu seus olhos até ali e logo em seguida ela mesmo que se levantou em um pulo ficando de pé e correu para aquela direção.
Havia uma pequena folha dobrada ao meio em pé que se apoiava na taça. Era um bilhete.
Logo a garota pegou a taça, ignorando a folha e a encarou com a visão de cima do objeto. Seus olhos se arregalaram ao notar o que era o liquido presente no objeto. Suas mãos começaram a tremer ao sentir a quentura da taça, o que só piorou seu estado de nervoso. Ela não podia acreditar que estava desejando.. sangue.
folha, a abriu e prendeu a respiração ao ler tais palavras:

Você sabe o que há nesta taça, e eu sei que você está se recusando a tomar tal bebida, mas já lhe digo: seu corpo está fraco e tende a ficar cada vez mais e ambos sabemos que você poderá vir a entrar em óbito logo logo, então se quiser sair deste lugar como eu sei que quer, apenas ceda seu orgulho e o tome, fazendo isso você estará livre.
E só para reforçar, eu aposto que seus filhos sentem saudades de você..

Rapidamente e incontrolavelmente o ódio que aquelas palavras trouxeram a Isabell se manifestou em sua face enquanto ela amassava o papel de modo agressivo e em seguida o jogava no fogo que ardia na lareira.
Ela sabia que ele queria que se tornasse uma dependente imortal de sangue, sabia que isso era só o começo do que ele queria pra ela, sabia que aquilo só traria problemas em sua visão, mas sabia que se não tomasse logo o que tinha naquela taça, Philip não a deixaria ir nunca e a prenderia até que Isabell aceitasse o que ele queria. E como se já não soubesse de tudo aquilo, sabia que o monstro ao qual um dia foi seu primeiro amor, estava usando seus filhos como motivo para que aceitasse o que ele desejava.
Isabell olhou para a taça mais uma vez enquanto começava a sentir suas pernas tremerem. A fraqueza estava voltando.
Ainda com o ódio presente em sua face, ódio esse que não a deixaria tão cedo, ela fechou os olhos fortemente e tomou todo o líquido presente ali até a última gota e depois jogou o suporte na lareira como tinha feito com o bilhete a menos de um minuto atrás.
Seus lábios estavam sujos daquela bebida e o resíduo que tinha na boca tinha um gosto maravilhoso que ela mal havia sentido antes, já que tomara tudo tão rápido. Mas agora saboreava cada vestígio, passando a língua nos lábios. Era doce, saboroso, revigorante e viciante. A bebida do inferno que a conseguia levar até seu pequeno paraíso ainda que brevemente.
Suas pernas deixaram de tremer nos segundos seguintes, seus ouvidos começaram a captar o som de alguma árvore não muito longe dali cujo vento balançava seus galhos movimentando as folhas que sussurravam na noite, um bater de porta vindo do andar debaixo e o som de uma voz também vinda debaixo.
- Eu sei que você está me ouvindo. - Era a voz dele. A voz que fez o ódio se alastrar ainda mais em sua face. A voz de Philip. - Sei que finalmente aceitou o seu destino, ou pelo menos o início dele..
Isabell deu um sorriso onde predominava o mesmo sentimento de antes.
- Meu destino? - E ergueu uma sobrancelha. - Você acha mesmo que só porque me tornei uma vampira, eu irei me juntar as trevas com você? Não sonhe.. isso não vai acontecer.
Um segundo de silêncio antes da resposta que veio acompanhada de um riso ironico.
- Ah, minha querida Isabell, eu sei o que acontece no fim desse caminho que você acabou de começar a trilhar. Acredite quando eu digo que eu estarei lá com a mão estendida pra ti e você, com um belo sorriso no rosto, a segurará aceitando assim se juntar a mim e ao seu lugar de direito que é como governante das sombras.
Tentando manter a calma que já estava quase toda esgotada por trás do ódio, Isabell apenas sussurrou:
- Continue sonhando, Philip.
Tendo em mente que estava forte novamente, esticou o braço para o lado, abriu a mão e mesmo com medo de que sua magia pudesse não funcionar mais graças ao seu novo estado, pronunciou a segunte palavra:
- Portal.
Na parede, perto da janela fechada, luz começou a brilhar cada vez mais forte e tomar força arredondada. Era seu portal para casa.
Com um sorriso no rosto, esse sendo de felicidade, rapidamente adentrou na passagem e deixou o quarto.
No andar debaixo, onde Philip estava em pé encarando uma vela acesa sobre um candelabro, uma sombra deixou a parede e tomou forma humana.
- Senhor, - Sussurrou Movenus meio que pedindo permissão para falar algo.
- Diga. - Seu mestre respondeu rapidamente sem deixar os olhos da vela.
- Realmente é uma boa ideia deixá la partir assim ? Não acha que era melhor mantê la aqui conosco ?
Um canto da boca de Philip se ergueu formando um meio sorriso.
- Está dizendo que era melhor tê la mantido aqui para que assim, eu conseguisse convencê la mais fácil de seguir o plano e se aliar a nós, não é?
Houve um certo receio de dizer a resposta, mas logo foi dita:
- Sim, senhor..
Philip apenas respirou tranquilamente enquanto seus olhos se prendiam a pequena chama a sua frente.
- Entenda, Movenus: Isabell é muito poderosa, logo iria arranjar um modo de escapar daqui já que ainda não sou tão forte, por isso a deixei partir. - E alguns segundos depois: - E também, porque sei que ela tem medo de machucar quem ama, o que fará já que provavelmente não conseguirá controlar tanto poder que este novo estado a fará liberar. E sei que quando o medo lhe tomar, será a chance perfeita para as trevas entrarem em sua mente e então a corromperem por completo.

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Primeira vez nas minhas histórias publicadas que eu escrevo como narrador kkkkk faz tanto tempo q não escrevo assim que me assusta kkk
Bem, hj q pra mim ainda é quinta mas como já passa das quatro da manhã, foi meu último dia de aula, então eu como to de férias, vou aproveitar pra escrever mais. Isso não quer dizer que vai ter cap todos os dias.. não. Mas vai ter mais do que o normal. Quero adiantar as histórias agora nas férias pra terminar logo e começar outras que já tenho em mente ^^ bem, povo, vamo que vamo agora nos cap e é isso aí.

Bjss!

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