tracy
Não se esqueçam de votar e comentar
Alyssa havia passado o fim de semana toda sozinha na casa de seu tio, já que o mais velho teve que viajar. A garota não falou com ninguém da alcateia além de Lydia, que inclusive estava estranha por algum motivo.
A bruxa estava sentada em sua cama, mexendo no celular ainda de toalha, pois tinha saído do banho há alguns minutos. A loira iria junto com Kira e Lydia ensinar Malia a dirigir; na verdade, Alyssa só iria acompanhar, pois a garota ainda não sabia dirigir também.
Lydia mandou uma mensagem para a menina, falando para ela ficar pronta logo porque ela e as garotas já iriam buscá-la. Rosier finalmente se levantou e foi procurar uma boa roupa.
Ela pegou uma jaqueta preta de couro, uma saia também preta de algodão e uma blusa de manga comprida branca. A garota deixou a roupa em cima da cama e foi até o banheiro pegar sua escova de cabelo que tinha esquecido lá.
Quando Alyssa voltou para o quarto, pôde jurar que tinha visto alguém com armadura em sua janela, mas, em um piscar de olhos, já não tinha mais nada além dela lá. Alyssa se apressou em se arrumar, colocando na sua cabeça que aquilo não passava de sua imaginação pregando peças.
Quando já estava vestida, Alyssa deu uma última olhada no espelho antes de sair do quarto, mas não sem antes fechar a janela do quarto. Assim que a garota pisou o pé na sala, ela escutou buzinas do lado de fora.
Alyssa saiu de casa vendo o carro cinza da Hale do outro lado da rua com Lydia no volante. Alyssa entrou no banco de trás ao lado de Kira, que a deu um beijo na bochecha.
— Olá — falou Alyssa, sorrindo animada para as meninas, que responderam juntas.
Em poucos minutos, as garotas estavam em uma estrada deserta, onde Lydia trocou de lugar com Malia, que parecia estar totalmente nervosa.
— Beleza, mãos no volante, posição dez e dois — falou Kira enquanto gesticulava com as mãos.
— Na verdade, agora a posição recomendada é no nove e no três; no dez e no dois, se abre um airbag que quebra os seus dedões.
— Os meus curariam — comentou Malia, olhando para Lydia.
— Poupe a sua força e tente não destruir seu lindo carro novo. Nove e três — a ruiva falou, arrumando as mãos da coiote no volante.
Malia olhou para a frente e apertou o volante com força, coisa que só Alyssa percebeu. De repente, veio à cabeça da bruxa a imagem de um braço ensanguentado para fora de uma janela de carro, mas assim como veio, rápido se foi.
Alyssa piscou três vezes sem entender o que foi aquilo; a garota preferiu não comentar nada.
— Vai dar tudo certo, Malia. Confiamos em você — a mais nova disse, dando um sorriso reconfortante para Malia, que deu um meio sorriso nervoso e deu partida no carro.
— Isso, é só ir com calma. Isso, isso, muito bem, Malia — disse a kitsune animada.
— Fica quieta, tá? — falou Malia, ainda concentrada na estrada.
— Tá bom, eu fico.
— E, é pro outro lado, pro outro lado, Malia, é pro outro lado — a asiática disse, ficando um pouco nervosa.
— A gente saiu da estrada, essa não é a estrada.
A essa altura, as três garotas já estavam se segurando firmemente em qualquer coisa que conseguiam enquanto Malia parecia nem escutar o que elas falavam.
— Pro outro lado, Malia, por favor, vai pro outro lado — Alyssa falou pela primeira vez com um pouco de medo na voz, já que Malia estava quase batendo em uma árvore.
— Que que é isso? O que que tá apitando?
— O carro tá te dizendo pra não bater na árvore. Vira o volante, Malia!
Malia conseguiu desviar da árvore por pouco, fazendo as garotas soltarem a respiração presa.
— Tenta ficar na estrada — a kitsune instruiu novamente, mas então Malia deu a volta com o carro e começou a fazer círculos. — Tá, tudo bem, isso se chama retorno.
— Você falou pra virar.
— Eu acho que você pode pisar um pouco mais no acelerador.
Malia pareceu não entender o contexto de "um pouco", já que a coiote acelerou demais, fazendo as garotas baterem as costas nos bancos e soltarem pequenos gritos.
— Na-não, vira aqui. Não, não, não, devagar, devagar.
Quando Malia diminuiu um pouco a velocidade, Alyssa e Kira se aproximaram dos bancos da frente.
— Aí, eu posso saber pra onde a gente vai?
— Pra escola, treinar baliza no estacionamento.
— Ah, tá legal.
— Hum, Lydia, a gente tá indo pro centro.
— O quê?
— Pra ir pra escola, a gente teria que fazer o retorno, não?
— Não — Lydia disse e ficou parada, de repente, olhando pra frente. — Continua.
— Tem certeza? — perguntou Malia, ainda sem tirar os olhos da estrada que estava muito escura por conta do horário e parecia que as luzes estavam mais fracas do que o normal.
— Tenho — e, de novo, a ruiva ficou estranha, olhando pra cima. — Estamos quase lá.
Malia continuou dirigindo, seguindo as orientações de Martin, que continuava estranha, até que elas pararam em um lugar que com certeza não era a escola.
As garotas desceram do carro e viram que mais à frente tinha uma van parada no meio do nada. Aquilo estava muito estranho e algo dizia para Alyssa sair dali; a garota estava se sentindo observada e sentia uma sensação ruim.
— Aí, gente, eu posso ser nova na cidade e tudo mais, mas eu tenho certeza que isso não é a escola. Por que a gente não volta pro carro e dá a volta? — falou Alyssa para as meninas que não deram ouvidos e continuaram andando até a van.
Alyssa não queria ficar sozinha, então foi atrás das meninas e logo parou quando viu uma mão se mexendo, do mesmo jeito que havia visto mais cedo quando estavam no carro.
— Alguém chama a polícia — disse Lydia enquanto segurava a mão de Alyssa.
Não demorou muito para a polícia e os paramédicos chegarem e, minutos depois, Stiles e Scott, que foram falar com o senhor Stilinski. Depois de conversarem um pouco, Scott saiu correndo, deixando os Stilinski para trás.
— Vocês tão bem? — perguntou Stiles assim que chegou perto das garotas, que concordaram. — Você tá bem? — perguntou, dessa vez olhando diretamente para Alyssa, que assentiu, estranhando o comportamento dele. — Tem certeza?
— Sim, Stiles, eu tô bem.
— Ok, Scott foi atrás do Donovan. Achamos que ele pode ter feito tudo isso.
Assim que o humano falou isso, o rádio de Parrish começou a fazer barulho.
— Scott, e você? — perguntou o cão do inferno, que inclusive Alyssa ainda não conhecia e nem havia notado a presença dele.
— Eu achei o Donovan, totalmente apavorado. Ele não para de repetir um nome.
— Que nome?
— Tracy. Ele fica repetindo Tracy.
— Tracy o quê? — questionou o xerife.
— Stuart, Tracy Stuart — a banshee murmurou, olhando pro rádio.
Com tudo o que aconteceu naquela noite, a Pack achou melhor não deixar Alyssa sozinha em casa, e bom, a garota não hesitou em aceitar o convite de Lydia de ir dormir na casa da ruiva.
No momento, estava toda a alcateia parada no estacionamento, conversando sobre a noite passada.
— A Tracy não tava só com dificuldade pra dormir, era um distúrbio, pânico noturno — a ruiva falou enquanto andava de um lado pro outro.
— Agora ela é o pânico noturno, ainda mais que ninguém sabe onde ela tá — disse o Stilinski, gesticulando com as mãos.
— Eu sei que todo mundo aqui tá cansado, menos você — o garoto de queixo torto falou, olhando pra Mason, que olhava pra todos com animação totalmente exposta em seu rosto.
— Ah, e foi mal, mas é muita coisa pra processar. Você é uma kitsune, e eu nem sei o que é isso — apontou pra Kira, que estava parada ao lado de Scott.
— Eu ainda tô aprendendo.
— E você é uma bruxa, caramba, eu tenho uma amiga bruxa! Você pode, tipo, fazer qualquer coisa que você tiver vontade?
— Bom, eu ainda tô aprendendo também.
— Liam, a gente disse que podia contar, não convidar ele pra roda — o moreno disse pro loiro que estava ao lado da bruxa.
— E eu faço parte da roda? — perguntou o de pele escura animado.
— Não! — disseram Liam e Stiles juntos.
— Pessoal, vamos focar na Tracy. Ela é uma loba solitária, podemos achá-la — Scott falou, indo pro meio da roda.
— Uma loba solitária e assassina — a coiote se pronunciou pela primeira vez.
— Não, ela só matou uma pessoa, os outros dois foram atacados — Stiles defendeu. — O que a gente faz quando pegar ela?
— Ué, matamos ela — Malia disse como se fosse a coisa mais normal, fazendo Alyssa e Mason arregalarem os olhos.
— Que tenso — disseram os dois mais novos integrantes juntos, atraindo olhares para os dois.
— Pessoal, vamos nos concentrar em pegar ela primeiro, pensamos no resto depois — assim que o alfa terminou de falar, o sinal tocou, fazendo todos irem em direção à escola.
— Ei, Aly — o loiro disse, se aproximando da garota, que sorriu para ele.
— Oi, Liam, tudo bem?
— Tudo sim, eu só queria saber se você tá bem, sabe, sobre ontem. Você meio que viu pessoas quase mortas e uma morta.
— Eu tô bem, Liam, acredite. Já vi coisas piores, mas obrigada por se preocupar.
— Se precisar de algo, é só me chamar.
— Ok, qual é sua aula agora?
— História — o garoto disse, revirando os olhos.
— Ah, que bom, não vou ficar sozinha. É a minha também.
Os dois sorriram e andaram em direção à sala, conversando sobre assuntos aleatórios.
— Um lobo e uma Argent, eu já vi isso antes — a ruiva falou, olhando os dois adolescentes andarem juntos.
— Todos nós já vimos.
— Eles são bonitinhos juntos — a coiote falou, atraindo olhares da Pack para ela. — Que foi?
— Nada, vamos, temos que ir para a aula — a ruiva falou, puxando a garota que resmungava.
— Acha que eles vão dar em alguma coisa? — Scott perguntou para o melhor amigo.
— Eu não sei, só espero que ela fique bem — Stiles falou, ainda olhando para onde os dois jovens passaram alguns minutos atrás.
— Aí, Stiles, eu vejo como trata a Alyssa. Cara, ela não é a Allison e não foi culpa sua.
— Eu sei que ela não é a Allison. Bom, vamos? A gente tem um dia longo pela frente — disse, já andando sem dar tempo para o lobo responder.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top