VI
Harry amava dias ensolarados.
Eles eram ótimos para passar o tempo no quintal, apreciando o sol e o céu azul. Potter gostava de quando ele e Draco passavam tardes no jardim de Hogwarts conversando, enquanto Edwiges voava. Pela proximidade dos dois, a coruja passou a gostar do loiro na mesma intensidade que do dono.
Malfoy não tinha uma coruja e sim uma serpente, como dizia ele, para honrar a Sonserina. Quando precisava enviar uma carta ou algo do gênero, utilizava Edwiges.
Hagrid, o guarda-caça de Hogwarts, havia presenteado o moreno com a coruja no primeiro ano escolar, por conta da proximidade de ambos.
— O pelo dela cresceu — Draco comentou.
Eles estavam nos terrenos do castelo junto com a coruja de Harry, aproveitando o fim do sol. Ela já havia tido o seu voo diário e estava cansada.
— Ela deve está comendo as minhocas de melhor qualidade — Potter respondeu, acariciando seu pelo junto com o loiro.
— Ou pequenos roedores. Parece estar mais forte também.
— Vou falar com o Hagrid para saber melhor, assim vejo onde posso arranjar mais comida desse tipo.
Draco assentiu, colocando sua mão por cima da de Harry, para poder acariciá-la também.
A coruja, depois de um tempo, voltou para o corujal, deixando Potter e Malfoy sozinhos novamente.
— Eu senti falta disso. Dos nossos dias sem fazer absolutamente nada, somente ficando aqui no sol.
— Eu também. As férias eram tão boas... — Malfoy divagou, colocando os dois braços para trás na grama.
— Já estou com saudade de casa.
— O Pads deve estar deixando o Moony completamente louco sem me ter por lá.
— Consigo facilmente visualizar essa cena.
— Ele deve acordar de madrugada e ir até o meu quarto chorar dramaticamente, dizendo que é um absurdo o que a escola faz.
— E o Remie acorda pela manhã, já sabendo onde encontrá-lo. Ele conteria o riso e o confortaria.
— James é outro dramático. Faz o maior escândalo todo ano.
— Regulus é o único com senso.
Harry assentiu. Falar sobre seus pais com Draco sempre era algo confortável e gratificante. Eles eram muito próximos e entendiam um do outro nesse requisito.
— Um sonserino no meio de três grifinórios, é óbvio que ele seria o único com senso. — Draco pontuou.
— Você e a sua obsessão pela Sonserina e pela cor verde.
— Mas verde não é a minha cor favorita por conta da minha casa.
— É por causa dos meus olhos — Harry falou brincando, dando uma risada nasalada.
— É.
Potter mostrou uma expressão boquiaberta e suas bochechas adquiriam um tom carmim. Como se ele não acreditasse que suas palavras poderiam estar corretas.
Seus pensamentos foram interrompidos por uma gota de água que caiu na sua testa, indo até seu nariz.
Harry olhou para cima confuso, notando que nuvens escuras e carregadas de água preenchiam o céu, cobrindo totalmente a visão do sol.
Draco, perdido demais em seus pensamentos, não notou quando a chuva intensificou-se e foi notificado pelo moreno.
Potter o puxou pelo braço, fazendo-o levantar-se do bando de supetão.
— Precisamos sair daqui — Harry falou.
— A estufa é o lugar coberto mais perto onde podemos ir agora
— Espero que a professora Sprout não esteja lá.
Draco assentiu, segurando a mão molhada de Harry agilmente, buscando pela saída mais próxima.
A chuva era densa e as águas caiam pesadas, com gotas grossas e repetitivas, sem deixar brechas para tréguas.
A grama estava úmida e escorregadia e Harry quase tropeçou algumas vezes, mas a mão firme de Malfoy junto a sua não o permitia ir ao chão.
A cada passo que eles davam, parecia que mais uma coletânea de águas vinham do céu, atingindo suas cabeças. Eles corriam o mais rápido possível até a estufa.
Draco estava preocupado com Potter, sua imunidade era muito baixa e ele não podia ficar resfriado de jeito nenhum.
— Chegamos — Malfoy falou, abrindo a porta de lá rapidamente, se certificando de que Harry entrasse primeiro.
— Essa chuva veio do nada — Harry comentou, colocando as duas mãos nos joelhos, respirando pesadamente. Ele espirrou uma vez e depois outra, mexendo em seu nariz com sua mão.
— Vem aqui — Draco o chamou. Ele tirou sua capa de Hogwarts e a torceu, tirando o máximo de água que conseguia. Depois que ela estava minimamente seca e bem amassada, colocou por cima dos ombros do moreno, o cobrindo.
Harry estava vestindo somente uma blusa fina, já que não havia levado a capa do uniforme, estava com calor demais para isso.
— Obrigado — Potter agradeceu, encolhendo-se no manto gigante que Black havia o disponibilizado. Sempre que ele usava roupas emprestadas de Draco ficavam enormes nele.
Draco sorriu em resposta.
Evans estava olhando para o loiro, notando que a chuva havia bagunçado completamente o seu cabelo e sua blusa. Ela agora estava com alguns botões abertos e completamente colada ao corpo de Malfoy. Ele foi abençoado pelos treinos de quadribol e tinha alguns — lê-se muitos — músculos definidos. O abdômen completamente malhado.
A boca de Harry estava minimamente aberta e ele se sentia em pânico. Merlin.
Não sabia para onde olhar, mas tendo essa visão dos deuses na sua frente e com o cheiro dele ao redor de si, o englobando como um cobertor quente. Mesmo a capa estando molhada, o cheiro do perfume de maçãs verde do loiro era presente.
— Harry? Tá tudo bem? Eu estou te chamando há um tempo — Draco balançava a mão em frente ao garoto, tentando tirá-lo do seu pequeno transe.
— Ah? Oi, sim, sim. Se tá tudo bem? Tá tudo ótimo! Mas ficou quente do nada, não?
— Para mim está normal. Será que você está doente? Pegou muita chuva... — Malfoy colocou as costas de sua mão contra a testa dele, chegando mais perto.
— Não! — gritou rapidamente, fazendo Draco ir para trás, assustado com seu grito. — Estou bem, não foi nada, não.
— Hm... Você não me parece bem. Está suando e parece nervoso. Quer ir até a Ala Hospitalar? Pompfrey deve saber de algo que possa te ajudar.
— Não. Não precisa. Vamos ficar aqui até a chuva passar, que tal, Dray?
— Tudo bem, mas você precisa continuar aquecido.
Eles sentaram-se no chão lado a lado em baixo de uma planta indefesa, mas o espaço era quase nulo. Tinham que ficar praticamente colados um ao outro. Draco passou seu braço por cima do ombro de Harry, o trazendo mais para perto, ao notar que seu lábio inferior estava tremendo levemente pelo frio.
A chuva não dava sinais de que pararia tão cedo, eles teriam que ficar lá por um bom tempo.
Mas não era um problema, já que, de repente, os dias chuvosos tornaram-se os melhores.
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Eu amo esse cap!! agdhshsjs só não é melhor que o próximo.
O gay panic forte do Harry, meu Merlin.
Até segunda!!
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