Prólogo

Dia das Bruxas, moradia de James Potter e Regulus Black.

Estava tarde demais.

— Droga! — James levantou em um pulo de onde estava com seu marido.

— O que foi, querido? — Regulus perguntou, olhando para ele com uma feição enigmática.

— Nós perdemos a hora — James explicou, passando a mão pelos cabelos.

— Ai, meu Merlin! — exclamou, fazendo uma expressão como se havia acabado de lembrar-se de algo. — O Harry.

— Lembro de ter prometido à Lily que buscaria Harry mais cedo hoje, já que é Halloween — Potter disse, pegando o seu casaco que estava em cima da cadeira.

Regulus encaixou o seu braço no de James, segurando-se firme ao seu marido. Sentiu uma tontura invadir o seu corpo, por conta da aparatação.

Mas logo esse incômodo passou, eles haviam chegado na cidade.

Godric's Hollow estava em um silêncio incomum para uma noite de Halloween; sem crianças na rua, sem luzes acesas, somente o silêncio sombrio. A brisa estava fria e um vento gélido roçou por suas peles, causando um pequeno arrepio.

Os dois se entreolharam, foi como se eles dividissem um pensamento, começaram a andar divagarmente até a casa, com as varinhas em riste. Pararam em frente à casa, um medo súbito subindo a cabeça ao ver a porta aberta. A preocupação tornou-se mais presente no coração deles.

Subiram às pressas, indo aos tropeços pelas escadas.

A porta do quarto de seu filho estava escancarada, um corpo atravessado sobre a mesma. Sangue manchando as paredes de cor clara, deixando uma tonalidade vermelha tomar conta do ambiente.

Regulus olhou horrorizado para os corpos jogados no chão. E para um bebê com os olhos fixos na mulher de cabelos avermelhados, afrente dele.

James agachou em frente à sua amiga, aquela que foi apaixonado durante grande parte da sua vida. Quando checou o seu pulso, não sentia nada, somente um corpo gelado e sem vida, morto.

Black olhou para o bebê, olhos vermelhos e lágrimas secas há tempos, em um estado de choque. Seu olhos iam da mãe ao chão, para o pai com uma expressão devastada, e ao próprio, que estava parado por causa de culpa e incredulidade.

Em um som da criança, o casal se pôs em ação, o pai biológico agarrando seu filho e o padrasto se certificando que o responsável pela morte de sua amiga nunca mais acordaria.

Assim que pegou seu filho no colo, James percebeu sangue na cabeça do pequenino. Uma cicatriz em formato de raio se estabeleceu na cabeça do filho, marcando aquela noite por todos os tempos.

— Levamos-o para casa? — Regulus inquiriu, quebrando o silêncio.

— Sim — James o encarou com lágrimas nos olhos. — Sim, pequeno, nós estamos indo para casa — olhou para o bebê em seu colo melancolicamente, aparatando novamente.

O que só podia ser ouvido era o choro do bebê quando deixaram Godric's Hollow.

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Moradia de Sirius Black e Remus Lupin.

Ela estava atrasada.

— Draco! — Remus exclamou, chegando mais perto do garoto. — Pare de enfiar esses brinquedos na boca, você vai acabar engolindo — pediu, tirando os brinquedos da mão do bebê.

— Qual é o problema desses brinquedos? Eu achava que ele podia brincar com eles — Sirius perguntou desentendido, franzindo o senho.

— Sirius — Lupin suspirou. — Ele tem um ano, não pode brincar com lego! — bradou exasperado, massageando as têmporas.

— Como eu iria saber?! — Black levantou as mãos em sinal de desentendimento.

— Você é um adulto, precisa saber de coisas como essas — Remus disse, passando a mão na testa.

— Nós já concordamos que você é o responsável nessa relação — o menor disse, sentando-se ao lado do primo. — Né, priminho? O tio Moony é muito chato, depois eu te dou vários legos e nós poderemos brincar juntos. — Sirius falou sorrindo, vendo o loiro rir baixinho.

— Padfoot — Lupin o chamou. — Eu não sei se você sabe, mas eu estou aqui! — exclamou, fazendo um gesto com a mão, mostrando a si próprio.

— Ele é muito chato, não é? — Sirius continuou brincando, fingindo não ter escutado o que seu marido havia acabado de falar.

Remus somente revirou os olhos em resposta, rindo baixinho, indo para a cozinha.

— Amor — Lupin chamou, depois de ficar alguns minutos refletindo no cômodo. — A Narcissa não está um pouco atrasada? — perguntou, apoiando a mão na porta.

— Sim — confirmou. — Você acha que pode ter acontecido algo? — Sirius inquiriu, colocando os brinquedos no chão.

— Cadê mamãe? — Draco perguntou, olhando com os olhos transbordando preocupação para eles.

— Não, meu bem — Remus falou, lhe enviando um sorriso reconfortante, mas por dentro ele estava morrendo de preocupação. — Ela está bem, só deve ter perdido o horário, não é, Padfoot? — Lupin olhou para Black, esperando por uma resposta.

— Claro, nós só vamos até ela para a sua mamãe não precisar vir aqui — Sirius respondeu, sorrindo satisfeito ao ver o primo assentir minimamente, voltando a brincar.

— Aparatamos? — Lupin perguntou, olhando de esguelha para o seu marido.

Sirius assentiu e enganchou o seu braço no do marido, com o bebê em seu colo, que estava brincando com o cabelo do primo.

Eles chegaram na mansão Black — antiga mansão Malfoy — e tudo parecia normal. A casa era protegida por um feitiço de sangue, tendo um controle de quais pessoas entrariam na casa.

— Mamãe! — Draco exclamou, reconhecendo o ambiente, perguntando por sua mãe, querendo saber onde ela estava.

— Calma, meu anjo — Remus pediu calmamente. — Nós já iremos achá-la, você quer ajudar a procurar? — Lupin perguntou sorrindo, vendo o menino assentir rapidamente, olhando em direção as escadas que levavam para o quarto dela.

— Quem chegar por último é o homem do padre! — Sirius disse rindo, segurando Draco firmemente em seus braços, saindo correndo para as escadas, deixando um Remus inconformado para trás.

O ambiente no andar de cima estava com uma atmosfera diferente, o ar parecendo um pouco mais frio e as luzes estavam falhando, quase sem nenhuma iluminação.

O bebê fungou levemente, escondendo o rosto na curvatura do pescoço de Sirius, com medo. Black passou a mão pelas costas dele, tentando reconfortá-lo, enquanto esperava Lupin terminar de subir as escadas.

Remus chegou logo depois e percebeu que havia algo de errado ali, ele entrelaçou seus dedos na mão livre do marido e abriu a porta do quarto de Narcissa, ouvindo um rangido vindo da porta, devido a ferrugem.

Algo estava impedindo a porta de abrir-se por completo e por mais que Lupin tentasse, a porta não iria ceder tão fácil. Como Draco ainda tinha menos de dois anos, ele conseguiu olhar através da brecha, soltando um grito abafado ao ver o que tinha ali.

Sirius assustou-se com o barulho, tirando Malfoy da visão da porta. Ele afastou-se e chutou a porta, fazendo com a mesma se abrisse, e uma visão de Narcissa Black estirada no chão, com uma poça de sangue em sua volta, os olhos abertos em terror.

Black rapidamente tapou os olhos do pequeno, impedindo-o de continuar tendo essa visão tão sórdida.

Seu marido olhou para a janela, vendo que uma silhueta de um comensal ainda estava ali, tendo acabado de desaparatar. Ele correu na direção do comensal, tentando pegar algum vestígio dele, mas não encontrou nada.

— M-Moony — Sirius balbuciou, ainda olhando em choque para a visão da sua prima morta no chão. — O que nós faremos agora? — perguntou inserto, a voz sumindo com a palavra.

— Vamos para casa.


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N/A: Olá, liebe fanfic freunde. Nova fic aqui!!

A ideia dessa maravilhosa fanfic veio da cabecinha da Bia. A pessoa mais criativa, inteligente e incrível deste mundo inteiro (corvina e istj). Minha corretora pessoal e parceira de merda durante as aulas.

Felicidade, né? Não fiquem bravos comigo, prometo que essa fanfic vai ser muito boiola, vocês não vai se arrepender. (Ps: tabique é a nossa religião.)

Avisando desde agora que a fic não é pesada nesse estilo, fiquem tranquilos viu. É bem soft e levinha, prometo.

Eu acho meio impossível já que essa é uma fanfic de drarry, mas se você for homofóbico, pode ir embora porque não tem um hétero aqui.

Vou tentar atualizar toda segunda, já tenho metade dos capítulos prontos, então fica mais fácil.

Não se esqueçam de votar <3

Enfim, aproveitem. Beijos meus e da Bia.

Até segunda que vem!!

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