005 | Detalhes
━━━━━━━━━━━━━━━━━━━
Agarrei seus ombros e me apoiei neles, envolvendo seu quadril com minhas pernas, sentindo uma textura rígida e úmida roçar contra minha perna. Eu almejava tanto ele que estava sendo difícil me manter concentrada e não pedir para ele por um fim e incendiar tudo em nossa volta. O fogo só acaba quando ele queimasse tudo o que poderia queimar, se fosse assim, teríamos que acabar com isso de uma vez por todas.
Nossos lábios não se desgrudaram, ele era tão macio e vicioso que começava a desconfiar de mim mesma. Arrastou a calcinha para o lado e me enrijeci sentindo seu dedo tocar brevemente em minha entrada, em seguida ser pega em uma onda violenta de prazer quando seu membro entrou e eu deslizei para baixo, sentindo minha buceta pulsar em volta dele. Ele me apoiou contra as grades da cela, usando o encosto para ganhar mais sustento, investindo em ósculos enquanto começava a se mover, provocando um desequilíbrio em meu alto controle.
— Um pouco mais? — Sua pergunta soou provocativa e com segundas intenções.
— Uhum, mais… — as palavras soaram como um assobio. O agarrei com as unhas enquanto ele me dava mais. O atrito quente dos nossos corpos e o gelado das grades era tão perfeito.
Tudo aquilo era sujo, transar com o homem que eu deveria manter dentro da cela, teoricamente estava ainda nela, comigo contra as grades tendo ele parcialmente dentro de mim, em meias verdades eu estava seguindo o que era exigido, menos esse detalhe. O soltei, me segurando nas barras de ferro, inclinando minha cabeça para trás e expondo meu pescoço, sentindo seus lábios repousarem em pausadas estaladas, marcando meu tronco, a fenda entre meus seios. Era terrivelmente bom o que ele fazia, abrindo minhas nádegas com as mãos cheias sob elas, fazendo meu quadril colidir contra o dele, me fodendo melhor do que eu deveria ter imaginado.
Ele me abraçou, me levando, sentando e me pondo sobre ele.
— Isso seria considerado mais um crime? — Perguntou e afastei os fios pretos que caíram sobre seu rosto.
— Depende — sibilei. — Só é crime se você não fizer o trabalho completo, aí com certeza vou prendê-lo.
— Já não estou preso?
— Não como deveria ser — ele concordou e segurou minhas coxas, me puxando para um novo contato, no qual eu correspondi, sentando sobre ele e sentindo sua ereção me lembrar como aquilo era tão bom. Segurei seus ombros, dando eu a direção de onde íamos, beijando aquele estranho como se fosse alguém que eu conhecia a anos, me tocando como se já fossemos íntimos a muito tempo.
A delegacia sempre foi mais fria a noite, principalmente de madrugada por estar tudo tão vazio e oco, no entanto, dessa vez eu senti que o calor vinha de mim e de Jimin também, aquecendo meu interior que já tinha se desprendido de lembranças como aquela. As salas agora ajudavam a ecoar os gemidos que escapavam por nossas bocas, ressaltando ainda mais o barulho explícito do sexo que acontecia.
Quando me vi ele já tinha me deitado sobre a cama e deveria concordar, era bem desagradável passar uma noite ali, bem provável de resultar uma dor nas costas ou alguma outra a mais. Arranhava seus braços numa tentativa de me conter, sendo mergulhada por seus dedos que erguiam uma das minhas coxas, dando um ângulo perfeito para ele alcançar meu clitóris dentro. Tudo estava tão bom que me fez lembrar que eu iria esquecer ou tentar pelo resto da minha vida.
★
Coloquei minha segunda camisa por cima da primeira, abotoando os botões e aproveitando para disfarçar o amassado da roupa que foi jogado de qualquer forma no chão, achando minha calça e meu cinto. O Park já tinha parcialmente se vestido, me vestir sempre demorava mais.
— Já deve ter amanhecido? — Perguntou.
— Não sei, mas se tiver, eu preciso adiantar as coisas — Me concentrei em me vestir como estava antes, fechando o cinto e checando a trava da minha arma antes de guardá-la mais uma vez, indo até um espelho velho e checando meus cabelos.
— Tão rápido? Não podemos conversar sobre o que acabou de acontecer? — me virei lentamente com as mãos na cintura, esperando ansiosamente que ele fosse bem rápido com o que queria falar.
— O que você quer conversar? — aguardei, calmamente. Jimin parecia querer dizer algo, seus olhos eram tão profundos que falavam por si mesmo. — Eu preciso muito ir na sala de câmeras e limpar todas as imagens que cogitem para qualquer outra pessoa o que fizemos agora, antes do próximo turno começar.
— Não quero que ache que o que fizemos foi para comprar para você, porque não foi.
— Mesmo que fosse Jimin, não funcionaria, você ainda é um preso e irá esperar os outros policiais, eles cuidarão de você.
— Eu não estava solto? — dei um risinho silencioso.
— Com certeza, não, não agora. — aproveitei para pegar as coisas dele, o envelope que trouxe. — Deixaremos as coisas só na nossa memória, tudo bem? — Fui até ele, me sentando ao seu lado. — Não é nada pessoal é só…— Arrastou a ponta dos dedos até os meus e sorri quando nossos dedos se tocaram. Eu sentia meu coração bater levemente mais forte.
— Só o seu trabalho, eu sei — confirmou com um aceno, desfazendo nosso toque e curvando o canto da boca. — Não se preocupe Ruby, ficará apenas na nossa memória. — ele veio mais para frente, trazendo seu rosto para mais perto e deixei. Fechei os olhos, só sentindo a aproximação, a brisa da sua respiração, engolindo a seco qualquer vontade que se voltasse contra mim.
— É bom assim — Também avancei e antes que ele pudesse perceber alguma coisa, o algemei na cama, ali sentado. — As coisas se tornam mais fáceis e eu não preciso atirar no seu traseiro. — Brinquei. Fiquei de pé, passando as mãos sobre minha farda.
— É sério? — Esticou o braço para mostrar a algema. — Não precisa disso.
— Você sabe, né? agora preciso ir — Caminhei para fora da cela, fechando e trancando, dando uma piscada para ele. — Não sei se vamos nos ver novamente — Ele prestou atenção em mim. — Mas se não acontecer, espero que consiga não se meter nisso novamente.
— Memorizei o seu rosto e a sua viatura. — disse e aquilo me fez soltar um arzinho pelo nariz, negando comigo mesmo e acenando para ele. Seguir pelo corredor, voltando para minha mesa, deixando o envelope sobre ela, indo para a sala de câmeras e checando uma por ela, vendo que não só tinha gravado o que fizemos, mas gravado também os momentos anteriores. Fiz questão de apagar tudo definitivamente, revendo as cenas e deixando apenas o que seria necessário de se ver, se fosse preciso, saindo e indo até a cafeteira, enchendo um copo de café.
Tudo aquilo era uma loucura. Acabei de arriscar minha carreira por alguém tão louco em aceitar do que eu. Jimin não disse nada, não ouvir sua voz ou qualquer som que ele pudesse fazer. Horas mais tarde o turno da manhã chegou e passei o que tinha acontecido — sem muitos detalhes — mostrando até onde ele estava. Minutos depois um homem de terno entrou na delegacia, indo até os policiais presentes, estava fazendo minhas anotações dos meus turnos extras quando o vi caminhar para fora do corredor.
— Eu quero que mandem todos os detalhes do que meu cliente possivelmente cometeu, foi inadmissível deixá-lo passar a noite aqui. — Eu tenho uma certeza em mim que todos os advogados daquela área dizem a mesma coisa, porque eu já tinha perdido a conta de quantas vezes ouvir aquilo na minha vida.
— Eu entendo senhor, o policial do turno achou necessário devido às circunstâncias que seu cliente foi pego.
Finalizei e fui em direção a saída, não me permitindo ficar nenhum minuto sequer naquele lugar, pegando um carro e indo para minha casa.
Em casa, só fiz me desfazer das roupas e ir para o banho, relaxando contra a água, ousando lembrar dos momentos de ontem. Assim que saí, vesti uma roupa confortável e fui para a cozinha, fazendo algo leve para comer e indo para o meu quarto. Eu precisava dormir um pouco, talvez no dia seguinte tudo aquilo pudesse se passar apenas por sonhos.
━━━━━━━━━━━━━━━━━━━
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top