Capítulo 1
Quando acordei hoje de manhã, eu sabia quem eu era, mas acho que já mudei muitas vezes desde então.
— Alice no País das maravilhas,
Lewis Carroll
☾
Meadville, Pensilvânia
1 de fevereiro de 2018
— Procurando algo?
A voz rouca e sombria daquelas em que se sente problema me fez olhar para trás, era um cara, talvez da mesma idade que eu com um sorriso de lado no rosto.
Olhei para cima na tentativa de ver ele melhor. Era alto talvez ele tivesse um metro setenta, ou mais que isso, certeza que era um dos jogadores de basquete. Eu não sou tão baixa, mas ele era um homem e tanto. Os músculos dos seus braços tavam quase me tirado da minha concentração em achar o que eu queria mesmo estando de blazer.
— Não sei onde fica minha sala. — Consegui dizer.
— Último ano?
— Último ano. — Afirmei.
— Lá — ele ergueu o queixo para que eu olhasse. E por cima dos altos corpos de modelos e jogadores de basquete, tinha uma única sala com as letras douradas escritas em maiúsculas TERCEIRO ANO. — Penúltima sala do lado esquerdo, lá onde a gatinha loira vestida de líder de torcida tá encostada.
— Ah, obrigada!
Fiz cara de nojo e logo depois sorri e saí.
Ouvi passos, talvez dele, mas não liguei. Era meu primeiro dia de aula em Dawson, eu não queria chegar atrasada. Estava tudo planejado. Tudo do jeito que era para ser. Eu não me considerava uma pessoa intelectual, mas eu sempre fui obcecada por organização. Tudo tinha que está em seu devido lugar ou eu surtava, isso incluía minha vida antes da faculdade.
Tentei não ser notada por ninguém durante minha ida triunfal horrenda em direção a sala, ouvi alguns assobios atrás e algumas piadas sobre minha roupa, mas assim que cheguei na porta me senti barrada por corpos agitados por fofocas.
Um mine grupo de líderes de torcida vestidas rosa e seus seguidores fiéis estavam rodeando a passagem.
— Posso passar?
Dei um passo à frente e a líder sexy colocou uma mão entre eu e a madeira me parando ali mesmo.
— Quem é você? — ela quis saber, a voz era fina, não fina enjoativa, era fina e delicada. Era como se fosse de um anjo.
Percebi olhares em mim.
— Desculpa, mas preciso entrar — respondi secamente.
Seus olhos olharam ao redor, mas então voltou a me olhar com nojo e desprezo ao cruzar os braços.
— Novata — ela disse meio sorridente. — Você não é daqui. De onde veio, baixinha?
Calma.
— Eu acho que você não deveria se importar muito para uma desconhecida, não acha? — Eu não iria responder algo pessoal para alguém desconhecida e que tinha cheiro de morango que dava de sentir de longe.
Ela riu se sentindo desconfortável, abalada mentalmente por mim. Eu queria rir dela, parecia até que eu era a garota malvada. Precisava me controlar para não falar besteiras e acabar com um tapa na cara.
— Eu sou a Lexie, espero que sejamos amigas no futuro. — Ela não desviou os olhos de mim, olhando para as próprias unhas.
Sussurravam atrás de mim algo sobre eu não saber com quem estava mexendo. Mas não liguei.
Movi meu corpo em direção a sala e ela sorriu, era um sorriso de ameaça e junto com ele algo cintilante brilhou dentro dos olhos escuros dela, algo tão estranho que parecia ter me paralisado ao lado dela na porta.
— Que foi, Helena? — rosnou Lexie, jogando seus cabelos loiros para de trás dos ombros.
Mantive a postura ao passar por ela e correr de pressa pra qualquer cadeira que ficasse lá no fundo. Ela entrou em seguida, nem sequer me olhou, mas eu podia ver ela sorrir a cada vez que eu pensava no nome dela, não sei se era absurdo pensar que ela poderia ler minha mente.
E por mais estranho que parecia ela sabia meu nome, ela sabia... meu nome. Como que ela sabia meu nome?
Faltava pouco para começar a aula, e quando o último aluno entrou o professor fechou a porta. O homem me olhou por cima das cabeças dos alunos mais altos que estavam na minha frente.
Ele havia me notado, eba!
— Psiu! — Alguém bateu com o pé na minha cadeira. Fazendo um barulho pequeno que me irritou.
— Que merda, seu babaca — sussurrei virando, geralmente eu sou mais pacífica.
— Calma, esquentadinha — Era o cara de mais cedo, ele era lindo, o famoso playboy de escolas particulares. Ele sorria, um sorriso de canto. — Você não me disse seu nome.
Eu revirei os olhos.
— O que te faz pensar que vou dizer meu nome para você só por que você quer saber? — Mordi a língua levemente, tentando conter a ansiedade de conversar mais com aquele desconhecido arrogante.
De um jeito estranho, ele despertava minha curiosidade em saber mais um pouco sobre ele.
Seus olhos escuros se estreitaram, mas seus lábios não perderam o pequeno sorriso de canto.
— Você é bem atrevida, não é? — ele pergunta baixinho, sussurrando para que o professor não o escutasse.
— E você é muito chato, não sei quem você é, mas não quero que fique perfurando minha bolha — dou de ombros, virando para tirar minhas coisas da mochila.
Outra batida na minha cadeira. Dessa vez, um pequeno papel rasgado de caderno
voou para minhas mãos antes que eu me virasse.
"Me diga, por que veio para Meadville, Lena?"
Lena? Quem ele pensava que era?
— Olha...
Virei para tirar satisfação, mas a porta abriu em um estrondo medonho. Uma professora magricela de óculos redondo entrou correndo até o professor para um pequeno sussurro em seu ouvido e depois os dois saíram correndo para fora. Barulhos rolavam por detrás da porta que fechou-se sozinha, algumas pessoas olhavam pelas janelas. Lá fora, no campo, luzes azuis e vermelhas brilhavam.
Polícia?
Tinha algo errado, algo sério.
— Eles estão levando um corpo! — Alguém gritou da janela.
Parecia que o mundo estava prestes a acabar, todos correram para olhar pela janela e eu fui uma.
Uma multidão de alunos já estavam lá, pareciam assustados ao verem uma maca passar.
— Mataram uma aluna — Uma garota disse assustada, desesperada e quase chorando ao meu lado.
Pude notar os olhares da líder de torcida, Lexie, e do cara desconhecido se entreolharem por um bom tempo até os dois sairem da sala juntos.
Minha curiosidade um dia ainda iri me matar, mas eu os segui mesmo assim.
Apesar de meu cérebro querer ir lá fora e perguntar o que havia acontecido, meu corpo me levava para outro lugar.
Persegui Lexie e o cara pelos corredores, alguns professores até tentaram nos parar, mas a multidão de corpos correndo para fora era impossível de deixar qualquer pessoa parada por muito tempo. Algum tempo depois, os dois estavam parados do lado de fora do vestiário feminino conversando bem próximos.
— Ela morreu, Nicolai, morreu — Lexie disse, com as mãos na cintura.
— Puta que pariu, mulher, eu não tenho culpa — o cara, Nicolai, lambeu quase que em milésimos de segundos o canto da boca roçando o piercing de metal. — Vamos, eu espero que essa merda toda que A Casa fez seja resolvido por eles mesmos e não por nós dois como sempre.
Não esperei muito para ir atrás. O pouco que ficou aberto da porta dava de ver perfeitamente onde os dois estavam. Havia sangue para todo lado e as roupas que estavam na bolsa da garota tinham sido jogadas por todos os lugares. Eu não conseguia respirar direito, eu tremia como uma besta, nunca tinha visto tanto sangue em toda minha vida. Não parecia que tinham matado somente uma pessoa ali.
— Ele quer ela — sussurrou Lexie em algum lugar que eu não podia ver.
Vejo as roupas azul com preto voltar a minha visão.
— Nem fudendo! — Nicolai protestou com as duas mãos da cabeça. Ele ia de lá para cá, pensativos, ausente dali por um instante. — Ninguém... Ninguém toca nela.
Uma risada nervosa soprou no ar.
— Você não pode proteger ela — Lexie diz. — Vai acabar morrendo igual Genevieve. Ou até pior, você pode nem existir mais.
— Eu não vou morrer, Lexie.
Algo é arrastado no chão.
Ai meu Deus!
Eles arrastavam o corpo pelo lugar, pelas pernas, um segurando cada lado. O corpo ainda estava lá? Se o corpo estava lá o que estava lá fora no saco preto?
Tentei respirar e não chorar, eu não sabia o porquê, mas eu queria chorar. Eu tava com medo, eu nunca fui medrosa demais, mas também não era burra. Aquele tanto de sangue, o jeito como os armários tavam destruídos e as roupas rasgadas e marcas de unhas nas paredes só podiam ter sido feitas por uma gangue ao algum grupo de maníacos. Ou algo desconhecido.
Um barulho me assustou. Era Nicolai, parado ao meu lado me encarando com repulsa.
— Você não devia está aqui — ele grudou as mãos em meu braço me arrastando para longe dali, me obrigando a ir com ele.
— O que aconteceu? — Indaguei, quase sem voz. — Como que o corpo está aqui se ele já está lá fora?
Silêncio.
Eu não recebi respostas.
— Quem fez aquilo? — Eu tentei sair das garras dele, batendo sem querer em algumas pessoas que corriam assustadas pelo corredor, De alguma forma, era impossível me soltar.
— Era para ter ficado na sala — diz passando umas das mãos em seus cabelos escuros, o mesmo falava como se fosse alguém que eu deveria obedecer —, ou ter ido embora.
Balancei meu braço com ódio, me soltando por fim dele.
— Tem muito sangue lá — esbravejei apavorada. — E tem dois corpos!
— Shhh, dá pra parar de falar isso em voz alta, Lena? — Nicolai me puxou pro canto do corredor, distante da correria. — E não, não tem dois corpos.
— E tem como você parar de me chamar de Lena? — Pedi, cruzando os braços. — Só me fala a verdade, vocês dois sabem o que aconteceu com a garota.
Nicolai me encarou, a raiva cobrindo seus olhos em minha direção.
— Eu não sei, okay? — ele disse, massageando sua nuca meio pensativo. — Eu ainda não sei.
— Sua namorada disse algo sobre "ele quer ela" — lembrei.
Nicolai riu.
— Nunca diga isso em voz alta perto dela, você não vai gostar de saber o que aconteceria.
Por um momento eu esqueci o corpo, a garota morta, o sangue. Nicolai ainda sorria quase que se dobrando ao meio com o que eu tinha dito e era meio estranha a sensação que um sorriso de um desconhecido havia me causado. Ele era lindo, vestia o uniforme de todos os outros, mas nele a cor preta com detalhes azuis se destacava bilhões de vezes a mais que qualquer um ali. Mas ele também era mal, a sensação de morte toda vez que seus olhos escuros encontravam os meus era de assustar. Não de medo, pois eu não estava nem um pouco assustada perto dele, e sim por eu não conseguir parar de olhar para ele mesmo eu sabendo que não era um bom caminho.
— Você viu ela? — Ele me olhou, de canto de olho.
— Não deu tempo. — Mentirosa, eu que não quis ver.
Nunca fui curiosa em relação a cadáveres, nem mesmo gostava de ir em velórios. Não era à toa que sempre arrumava uma desculpa para faltar aos enterros familiares, sempre fui muito sem importância quando se falava em morte, mas nada se compara com pessoas assassinadas. Isso foi o que não me levou a ter curiosidade em ver o corpo, eu estava mais focada em saber quem tinha feito aquilo do que saber como fez.
Eu não sabia quem tinha morrido, mas era uma típica patricinha que com certeza falava mal de todos. Ela perdeu metade do sangue. Estava pálida tanto quanto a neve, sem deixar de falar das manchas roxas como se tivesse sido espancada até morrer e dos rasgados em sua carne que quase a deixava sem órgãos, era o que falavam a cada corredor que eu passava. Mas e a que Nicolai e Lexie estavam arrastando? Como que podia ter dois corpos?
O corredor se amenizava aos poucos e só ficou completamente vazio quando enfim o corpo não estava mais na escola.
— Temos que ir embora agora — Era Lexie com os olhos ainda vidrados no corredor que levava ao vestiário feminino.
— Porque tinha dois corpos no vestiário e como que a polícia não viu os dois? — perguntei, na tentativa de por os dois entre a parede.
— Me espera no carro — Nicolai mandou.
Lexie me encarou com um olhar de repugnância e depois virou sumindo da minha visão em segundos.
— Eu vi vocês lá dentro, vocês sabem...
— Como você pode ver — Nicolai virou o rosto para o corredor, me mostrando que a perícia já tinha ido embora —, não tem mais com o que se preocupar, Lena.
Abri minha boca para o amaldiçoar. Ninguém. Nunca. Me chama assim.
— Só vai, Lena.
Dessa vez, ele olhou nos meus olhos, o escuro perfeito me deixou sem rumo, era como se ele tivesse me implorando de joelhos. Eu podia ver que ele estava se preocupando comigo. Eu não era de obedecer ninguém, mas Nicolai parecia com medo tanto quanto eu e foi por isso que decidir ir.
— Humm.... — Tá bom.
Passei por ele, voltando para a sala.
— Toma cuidado — ele me pediu.
— Engraçado, você acha que pode mandar em mim? — respirei fundo com raiva.
— Não, linda, eu sei que não mando em você — ele se aproximou, não muito perto, mas o bastante pra sentir seu hálito frio tocar meu rosto. —, mas você sabe que tem que ir.
Um estalo na minha mente me fez pensar de novo. Era como se eu tivesse alucinando e meus pensamentos estivessem ficando claros de repente.
— Sim — Quê? — Tá bom.
Virei e saí. Só passei na sala novamente para pegar minhas coisas. O que eu estava fazendo? Eu tinha obedecido ele como se eu realmente quisesse ir embora, mas eu não queria. Era como se eu tivesse sido hipnotizada.
Do lado de fora de Maxfox ainda tinha alguns grupos de alunos conversando e alguns pais indginados juntos com repórteres e moradores curiosos quase pulando sobre o diretor Dawson e outros professores que avizinha dos tentavam amenizar a situação. Eles mau conseguiam falar de tantas perguntas. A multidão pulava em gritos, todos queriam saber o que tinha acontecido. Era um escândalo para uma escola tão bem sucedida como Maxfox, eu estaria mais que preocupada se fosse eles.
Enquanto observava a multidão, vi Lexie e Nicolai indo embora em uma BWM preta. Eu sabia que eles tavam escondendo algo e eu ia descobrir cedo ou tarde.
Liguei para minha mãe que atende no mesmo instante.
— Mãe... vem me buscar — peço ainda olhando para trás.
— Lena, não se preocupe, já estou chegando — ela desligou.
Dessa vez eu não poderia dispensar uma carona de volta para casa. Não sei o que realmente eu tinha, mas não era só medo. Acabei indo no banco de trás do Fiat Mobi, pois Leah, minha irmã mais nova, queria contar a nova notícia com detalhes. Mamãe repreendia Leah a cada palavra inapropriada que ela dizia, mas era impossível já que ela aprendeu com a própria. O resto da ida pra casa foi silenciosa e assim que cheguei corri para meu quarto. Tava cansada, exaustas e era uma medrosa. Eu estava morrendo de medo.
Deitar na cama era aliviante e ainda mais depois de um dia tão turbulento como o que eu tinha tido na escola, mas dormir cedo não era minha intenção. Querendo ou não eu queria saber mais sobre a garota assassinada e eu sabia que ia me arrepender.
Fechei a porta, desliguei a luz e sentei na frente do computador que Leah foi obrigada a me dar. Não foi difícil achar páginas que falassem sobre a morte suspeita de uma adolescente em Meadville, mas não era isso que eu queria saber, eu estava curiosa, quem mataria alguém assim tão sem compaixão? Qualquer pessoa que a odiasse provavelmente. Mas não era caso de uma pessoa só, impossível alguém sozinho conseguir fazer aquele massacre. Se sim, não era humano. Rolei as páginas do Google em busca de algo até que achei uma fofo tirada a poucos meses atrás no ginásio da Dawson. Um grupo de umas vinte garotas vestidas de líderes estavam sentadas na arquibancada, as maiores atrás e as menores na frente. Lá no meio, brilhando, refletindo a luz para ela num círculo branco estava a garota que havia morrido. Seu nome era Genevieve Miller, tinha dezesseis anos e era uma garota estrela, como dizia abaixo da foto. Voltei outras vezes para olhar a garota. Era linda, cabelos longos escuros e sorriso de canto a canto. Meus olhos rolaram para o resto da foto borrada e bem do lado dela estava Lexie. Eu n conseguia ver bem, mas era ela e as duas pareciam próximas, como se fossem amigas.
Helena?
Olhei em direção da porta na espera de que Leah ou mamãe a abrisse, mas nenhuma mais duas apareceu. Por um segundo veio na minha mente a maca passando com o corpo e um arrepio fez com que eu respirasse fundo e tentasse mudar meus pensamentos o mais rápido possível. Olhei para o computador em uma página onde mostrava a tal garota no meio de um grupo de líderes de torcida.
Helena?
Helena?
Helena?...
O sussurro continuou, era alguém me chamando. Era mais estranho do que as alucinações que tinha quando bebia duas noites seguidas, parecia ser real e assim que virei, algo correu pelo quarto em um vulto escuro do tamanho de uma pessoa.
Vem aqui, o sussurro vinha da escuridão logo ao lado do meu guarda roupa bem onde eu quase não conseguia ver nada além de uma sombra direcionada para mim como se me olhasse.
Congelei de repente. Meu coração queria pular para fora do meu peito.
Tum-tum tum-tum tum-tum, meu coração fazia.
— Q-, Quem está aí?
Não respondeu, mas em troca a sombra se mexeu. O medo e um frio repentino me fez querer pular pela janela só que em vez disso meus pés me levavam vagarosamente em direção da coisa. A voz era medonha, fina como de uma criança, mas com certeza não era uma.
Helenaa.
A porta abriu.
— Caralho! — soltei um palavrão sem querer, depois de perceber quem era pude sentir o ar se recuperando nos meus pulmões.
Leah me encarou com desgosto, como se eu fosse uma criança de cinco anos e ela uma adulta de quarentão.
— A comida já está pronta e eu vou contar pra mamãe que você tá me xingando . — Ela fez um bico se achando e saiu correndo escada a baixo gritando pela mamãe.
Olhei para o lugar escuro entre o guarda roupa e a parede, o vazio me fez descansar meu corpo tenso. Havia passado o dia todo vasculhando a vida da garota, nem percebi quando a escuridão tomou o lugar da claridade pela janela.
Tentei não parecer paranóica ao ligar a luz do quarto e correr fechando a porta com tanta força que estremeceu tudo atrás de mim.
— Tá tudo bem, meu amor?— Mamãe perguntou lá de baixo.
— Hã... tá sim, mãe. — Gritei de volta, descendo as escadas.
Não estava, tinha algo estranho acontecendo. Algo muito estranho.
Meu celular vibra no bolso do meu jeans.
Precisamos conversar, te pego em 5 minutos.
– Nicolai.
Encarei o celular taciturna. Eu tinha duas perguntas; quem deu meu número para ele? E o que ele queria comigo?
☾
Oiii gente, tô tão feliz de voltar a escrever. E sim, eu tirei todos os capítulos e tô reescrevendo de novo pra poder realmente passar o que queria que vcs lessem da primeira vez.
O capítulo deu mais de 3k palavras, juro que tentarei crescer mais da próxima.
O que acharam que aconteceu no vestiário?
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