Labirinto sem saída

Hoje eu olho nos teus olhos e me perco. Eu costumava me encontrar e costumava me achar no teu olhar que agora é vazio, é labirinto sem saída, é prisão perpétua, é claustrofóbico e esses dias descobri que tenho claustrofobia.

Encontrei no nada a liberdade, encontrei no vazio uma possibilidade de me encontrar de novo. Hoje eu me perdi, você se descuidou, então aproveitei e fugi, fui embora, fui pra longe desses olhos que já foram perdição e agora só são labirinto sem saída.

Então ele dormiu e eu corri para me salvar, corri para não machucá-lo ainda mais. Peguei tudo que era meu, destranquei a porta, saí e a tranquei novamente. Deixei a minha cópia da chave de baixo do tapete para caso algum dia ela, o próximo amor, se esquecer de como se abre o coração. Então o espaço que um dia ocupei, será preenchido por alguém que saiba amá-lo.

Enquanto minha visão se turvava por conta das lágrimas eu tentava não tropeçar e cair na porta errada. Foi então que me vi sem casa, sem destino e sem o espaço que preenchia meu peito. Segui, andei pela estrada na qual um dia encontrei quem agora eu deixava para trás. Foi no caminho que nos conhecemos, ele também estava perdido, mas havíamos nos encontrado um no outro. Hoje nos perdemos para poder encontrar outras pessoas, outro alguém, outro coração e outros olhos que possam fazer algum sentido.

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