Eu escrevo sobre um nós que pode ser verdade ou não. Escrevo sobre pessoas que existem e sobre aquelas que não existem também. Escrevo sobre um amor que gostaria de sentir e sobre o que sinto de verdade. Escrevo sobre histórias inventadas e reais. Escrevo sobre nós nesse mundo tão caótico. Escrevo sobre você e sobre qualquer outra pessoa. Escrevo sobre verdades que podem ser mentira. Escrevo sobre tantas coisas que já foram sentimento. Escrevo sobre vidas.

Se você se importa que escrevo para cada pessoa que conheço, então não se aproxime. Se você se importa que eu escrevo para cada coisa que sinto, então, por favor, não chegue perto de mim. Se você se importa que as outras pessoas leiam o que eu escrevo, por favor, mantenha distância. Quem nasceu pra escrever, nunca vai parar.

Eu escrevo sobre você e então troco os nomes, finjo que não me importo contigo, e assim cada palavra vai saindo e se encaixando na folha. É como dançar, mas como não tenho ritmo, escrevo. Escrevo com a música. Escrevo como se essa fosse nossa dança. Escrevo para ficar bem próxima de cada sentimento. Escrevo para que o que foi tão solitário possa se sentir aconchegado de novo. Escrevo sobre nós pra tentar juntar as pontas da nossa relação. Escrevo sobre meus problemas para melhor compreendê-los.

Escrevo e danço com a música para me sentir bem e, se você acha que é tão ruim o que eu faço, por favor, dance comigo para que eu possa te mostrar que as palavras são os meus passos e os meus movimentos. Dance comigo para entender. Dance comigo e saberá sobre as verdades e sobre as histórias inventadas. Dance comigo e descobrirá o que realmente sinto. Mas caso não queira se envolver nessa dança que é te escrever, então realmente não somos nós. Não somos nós que devemos ter a companhia um do outro. Pode ser que as lágrimas caiam e a música termine, mas, pelo menos, saberemos que não somos o par certo um do outro.