Um Poema escrito Num Telhado Qualquer
Eu costumava pedir brinquedos
Aos meteoros que via caindo
Brinquedos que agora jazem
Numa caixa de esquecidos
Costumava brincar na chuva
Porque o pranto das nuvens
Regava minha alma seca
E isso me punha jubilante
Algumas vezes me perdia
No labirinto que eu mesmo criei
Quando procurava sonhos
Que até hoje não encontrei
Eu me entregava por completo
Em paixões cortantes
Até perder a minha metade
Na que foi de verdade
Meus passos sempre foram lentos
Mas meu coração, acelerado
E eu sabia o motivo desde cedo.
Até nos encontrarmos
Eu costumava escrever poemas
Em um simples caderno
Que talvez foi queimado
Porque quando procuro meus sentimentos lá, vejo cinzas.
Ken
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