9. Era uma vez... aquela conversa
capítulo com prováveis erros por culpa do corretor da autora.
Boa leitura!
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Durante todo o caminho para o escritório real Jimin ficou pensativo sobre o que aconteceu na cozinha, chegou até se encolher de vergonha ao lembrar-se que realmente havia batido em um alfa.
Nunca havia batido em um alfa. Gritado, xingado e chutado as bolas já, mas logo corria para longe do indivíduo com medo que ele revidasse; sua sorte foi que o Duque chegou antes que Soobin se recuperasse do seu ataque surpresa, senão estaria ferrado. Afinal, não tinha tanta força quanto um alfa, mas anotou mentalmente que deveria treinar sua força para brigas futuras.
Park Jimin riu com seus pensamentos. Cada minuto que passava naquele castelo mais doido ele ficava, concluiu o Ômega.
Quando finalmente chegaram no escritório real Yoongi parou na frente da porta o que fez o loiro estranhar. Logo os olhos críticos do Duque estavam sobre o camponês.
— Antes quero lhe fazer algumas perguntas. —Disse o Min, e o ômega apenas concordou. — Peço que seja direto.
— Certo.
O alfa achou curioso a determinação de Park, mas não falou nada, apenas deu continuidade.
— O que veio fazer no castelo?
— Conversa com o príncipe.
— Conseguiu?
— Ainda não.
— Mas se encontrou pessoalmente com ele?
— Sim.
— Interessante... —Sussurrou para si mesmo. — Sabe o porquê do príncipe Jungkook ter te dado o título de convidado dele?
— Não.
Yoongi assentiu como se aprovasse o que Jimin acabava de dizer, o que o fez suspirar aliviado e enxugar o suor frio de sua testa.
Aquele alfa lhe dava um medo enorme, seu olhar sério mostrava que a qualquer momento ele lhe daria um sermão por qualquer movimento errado que o ômega pensasse em fazer.
— Muito bem, peço que espere nos jardins do castelo enquanto eu tenho uma conversa com meu primo, Senhor Park.
— Mas, eu... —O loiro ficou indignado, pensava que iria finalmente falar com o príncipe de uma vez por todas mas yoongi o mandou esperar mais?!
— Park Jimin. — O duque lhe calou imediatamente.— Preciso ter uma conversa particular com o príncipe, creio eu que logo ele irá dividi-la com você, mas agora peso que espere pacientemente no jardim. Garanto a você que Jeon irá imediatamente até você quando eu liberá-lo.
— ah, está bem... então.
O alfa acenou para que o guarda que os acompanhava levasse o ômega até os jardins, mas antes de sair Jimin pediu:
— Ah, Duque? —Yoongi o olhou já com a mão na maçaneta da porta. — Não conte para o príncipe sobre o que aconteceu na cozinha. Já o desculpei, não tem cabimento contar depois que já está resolvido.
O Duque não achava que estava tudo resolvido, mas iria respeitar a vontade do ômega.
— Se é isso o que deseja.
E assim, Park Jimin se retirou e Min Yoongi adentrou o escritório.
(•*🐺*•)
Jungkook, Namjoon e Dominic voltaram-se para a porta no momento em que Yoongi entrou com sua pose arrogante e sua fase irritada, que era direcionada especialmente para o Príncipe Jeon Jungkook.
O lúpus sabia pelo olhar mortal que o primo lhe mandava que ele havia trombado com Jimin, então já foi logo contado tudo noque aconteceu desde a chegada do ômega.
— Isso é um ultraje! —Yoongi ralhou indignado com o primo, e olhou feroz para Namjoon.— Te pagamos para cuidar dele mas um qualquer entrar no castelo e em vez de expulsa-lo incentiva Jungkook a paquera-lo? Que diabos de guarda real você é? E onde você estava esse tempo todo, Dominic?
— Era meu dia de folga. — Respondeu o conselheiro tranquilamente.
— Desculpe se não tenho uma bola de cristal pra adivinhar que um ômega ousaria entrar no castelo disfarçado de beta e ir atrás do Jungkook, Oh grande Duque de Daegu. — Namjoon falou debochado fazendo Yoongi revirar os olhos.— E sobre o cortejo, eu estava brincando com Jun, mas por que não questiona ele sobre ele ter gostado da ideia?!
— Jeon Jungkook! — Ralhou o Min, incrédulo.
— Namjoon Hyung, seu fofoqueiro! —Gritou Jungkook.
Todos se calaram quando Yoongi suspirou cansado de toda aquela ladainha.
O duque de Daegu olhou para o primo, dando um alerta de perigo para aquela ideia que vivia na cabeça ingênua do lúpus, aquilo só traria problemas para eles.
Após perceber o que o Min queria lhe dizer com aquele olhar de repreensão, o príncipe ficou mas desesperado com a ideia de seu primo também não apoiá-lo a tentar algo com Park Jimin.
— Hyung, por favor, você tem noção que eu senti o cheiro dele, Bem de pertinho, e minha alergia não apareceu! — Jungkook voltou a falar empolgado enquanto andava de um lado para o outro. — Estou seguro ao lado dele!
— Você não pode namorá-lo por isso e muito menos colocar suas apostas todas acima do garoto, Jun! —Suspirou tristemente Yoongi ao ver a carinha iluminada de seu primo se entristecer. — pode haver mais coisas por trás disso que não sabemos, entende?
— Eu sei disso, hyung.
O lúpus aquietou-se e acabou se sentando na poltrona que era de seu pai, buscando aconchego.
— Yoongi está certo, Jun. — O duque bufou pela forma informal que Namjoon se referiu a si, mas ficou quieto por saber que ele faz isso para lhe irritar.— Não podemos confiar e nem jogar isso nas costas de Jimin. E talvez você só esteja balançado por ele ser o primeiro ômega que você sentiu os feromônios sem quase morrer.
Havia concordado, mas no fundo Jungkook sabia que não era somente isso, tinha algo a mais, mas não iria trazer aquilo para debate. Esse sentimento estranho só dizia respeito a si, e a Park Jimin.
(•*🐺*•)
Depois da conversa conturbada com seu círculo íntimo, Jungkook se direcionou para os jardins do castelo pois era a hora de finalmente ter aquela conversa com Park Jimin.
Não a conversa sobre sua alergia e de ele provavelmente ser seu elixir, mas sobre o que levou um simples camponês a se infiltrar no castelo com um ordem direta de restrição de ômegas naquele local.
Assim que chegou no local, mesmo cercado de cheiros florais das plantas sentiu com clareza os feromônios com cheirinho de maracujá do ômega, assim conseguindo encontrá-lo no meio do jardim com facilidade.
Jungkook não iria esconder que a cada vez que o cheiro doce de Jimin entrava por suas narinas um sentimento enorme e reconfortante lhe possuía, como se tivesse passado muito tempo longe e finalmente havia voltado para casa. E isso lhe assustava na mesma proporção que deixava feliz.
Devagar se aproximou do loiro, mas como parecia que ele estava alheio ao mundo o melhor a fazer era chamá-lo de uma vez.
— Olá, jimin.
O ômega se assustou com a voz grave surgindo do nada enquanto estava distraído. O príncipe achou aquilo adorável.
Sem pensar duas vezes jimin levantou-se e comprimentos adequadamente sua alteza, deveria ser mais educado do que foi quando chegara no castelo, afinal não é com grosserias que conseguiria cumprir seu objetivo ali.
— Oh, Não precisa se curvar, Jimin! Levante-se. — assim o loiro fez, mas com certa curiosidade, pois desde que conheceu o príncipe este não lhe trata com formalidades que achava que um nobre teria, como por exemplo o duque Min. — Lembro-me que querias falar comigo, desculpe pela demora em lhe atender mas o castelo está uma confusão.
— Nem me fale... — Sussurrou Jimin.
Quando a atenção do ômega voltou-se para o alfa percebeu que este o olhava com um sorriso mínimo, o que era estranho mas não deixou de sentir um calorzinho em seu peito. Porém Park logo tratou de afastar aquela sensação nova.
— Bom, o que eu gostaria de falar com... sua alteza, é sobre os ômegas que foram mandados embora do castelo. — Jungkook assentiu levemente e sentou-se no banco de mármore, logo sendo acompanhado por Jimin.
— Já suspeitava que poderia ser isso... — O príncipe suspirou entristecido.— sabe que não os deixamos completamente desamparados, não é? demos o trabalho para um familiar alfa da mesma casa, assim eles não ficariam sem o sustento...
— Sim, eu sei mas... poxa! No momento em que minha classe consegue alguma liberdade, os alfas pegam isso da gente! — Desabafou indignado, porém logo percebeu que estava sendo direto demais e correu para se concertar. — Sem ofensas.
— Não, não, você está certo, Jimin. —Jungkook se mantinha pensativo com os desabafos do ômega.
O loiro deu alguns segundos para o príncipe capitar sua mensagem, e voltou ao seu discurso.
— Mas também tem os ômegas sozinhos. — Park murmurou, fazendo o lúpus lembra-se que havia realmente deixado esse detalhe passar.
Haviam ômegas sem alfas em casa para os substituir no castelo, ou alfas que não estariam saudável para tal ou até mesmo ômegas que queriam apenas serem livres sem alfas, como Park Jimin mesmo disse.
Jungkook voltou-se para encarar o outro nos olhos afim de realmente acabar com aquela angústia vinda do loiro e de si mesmo.
— Eu tive que tomar essa decisão rapidamente e nem pensei direito, Juro para ti que apenas fiz isso porque não tinha outro jeito. — O alfa lúpus estendeu a mão pedindo a do ômega, que mesmo hesitante a colocou junto da dele. — E logo, logo os empregos serão devolvidos à eles, e buscarei um meio de compensar os que ficaram desamparados.
Jimin o olhou desconfiado.
Sentia que podia confiar em Jungkook, mas ele não deixava de ser alfa e alfas não são confiáveis, afinal, mesmo que arrependido foi ele próprio que demitiu os ômegas. Iria confiar, por hora, mas isso não queria dizer que largaria do pé do lúpus ate ele cumprir com o que havia dito.
Enquanto se encaravam Jimin viu os olhos castanhos do príncipe mesclarem com vermelho, o que lhe fez sentir uma pontada na barriga e um arrepio pelo corpo.
Mas antes que pudesse questionar se Jungkook sentiu o mesmo, os dois perceberam a presença de uma terceira pessoa.
— Sim, Dominic? —O príncipe disfarçou o clima que havia se estalado ali, arrancando um olhar desconfiado do conselheiro e um corar do Park.
— Desculpe indomodar, menino Jungkook, mas precisamos de ti na sala do trono.
O príncipe assentiu e levantou-se, sendo acompanhado por Jimin.
— Bom, eu vou para casa.
O lúpus acabou por ficar em alerta com a fala do ômega. Ele iria embora?
— Casa? — Jeon questionou se sentindo estranho, como se o ômega o estivesse abandonando. — Não irá ficar para se certificar que irei fazer o que lhe prometi?
Decidiu jogar verde fazendo Jimin cair na gargalhada. Tal ato que fez os dois alfas sorrirem juntos, pelo encanto que aquele ômega emanava.
— Não, decidi confiar em sua alteza pelo menos por agora. —Sorriu para o lúpus que retribuiu prontamente. — e preciso mostrar para o meus irmão que estou vivo.
— Está bem, mas peço que amanhã venha me ver, tenho uma proposta para lhe fazer. —Os dois se levantaram para cada um seguir o seu caminho.
— Tem a ver com o motivo dos ômegas serem mandados para fora do castelo? —Respondeu Jimin de maneira afiada.
— Saberá que vier. — Devolvei Jungkook, da mesma maneira. — até mais, ômega.
— Até mais, Alfa.
(•*🐺*•)
— Irá pensar no que o ômega disse? —questionou o alfa mais velho, quando já estavam afastados de Jimin.
— Você ouviu nossa conversa? —Jungkook riu quando o outro alfa deu de ombros.— Na verdade já estou decidido, irei enviar uma pensão para esse ômegas.
Dominic assentiu satisfeito, e continuou:
— Você sabe que os duques não permitiram que você tire essa quantia nos fundos reais não é?
— Sim, por isso tirarei de meus próprios fundos das minhas fazendas do norte. — O lúpus olhou de relance esperando a aprovação do conselheiro, que veio logo a seguir com um simples sorriso e acenar de cabeça. — eles não podem opinar no que faço com a renda de lá. Na hora que decidi substituí-los eu não pensei nos ômegas que se sustentam sozinhos, Jimin abriu meus olhos.
Jungkook vira e acena pra o ômega, sendo retribuído rapidamente, antes de entrar no castelo acompanhado de Dominic.
— Esse ômega tem um senso de justiça admirável, príncipe.
— Concordo contigo, Dominic.
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Irei aparecer muito por aqui, quero adiantar a fic antes que minhas aulas comecem!
Até, filhotes!
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