53. Era uma vez... o reencontro
voltei tão rápido que nem deu tempo de sentir sdds né?
Boa leitura!
#Ousadiaealergia
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Já fazia algumas horas desde que Jimin parou de chorar, agora ele estava quieto no colo de Jungkook, que estava igualmente calado. O único barulho presente naquele quarto era o das ondas denunciando que já tinham iniciado a viagem de volta para WallWolves, deixando a índia para trás.
— Não sei como iremos contar para Yoongi. — Sussurrou Jimin.
O alfa abriu um sorriso triste que não foi visto pelo seu noivo, já que este estava de costas para si e apoiado em seu peitoral.
— Ele já sabe. — Jungkook respondeu com a voz no mesmo tom que Jimin.— Isso é o que me preocupa.
A ligação de almas.
Por alguns momentos, Jimin tinha esquecido que Yoongi e Taehyung também tiveram um imprinting e que a essa hora o duque de Busan já saberia que sua alma gêmea se foi.
Em sua cabeça se passou as últimas palavras do Kim, a parte de Hoseok não havia entendido muito bem, mas as que foram direcionadas a Yoongi eram bem autoexplicativas e Jimin tinha medo que Taehyung estivesse certo.
— Acha que Yoongi poderia... tirar a própria vida? — A voz do Ômega saiu trêmula e falha, como se temesse que falar em voz alta fizesse se tornar real.— Taehyung deu a entender que sim.
Jungkook não respondeu, assim Jimin soube que ele concordava com Taehyung.
Ninguém sabia explicar o tamanho da dor de perder sua alma gêmea, até porque ninguém sobreviveu para tal, mas certas bocas diziam que era igual a uma semi-morte, primeiro o lobo do viúvo se deprime até sumir o que acabava acarretando mais dor ao seu receptáculo, e assim só restava a morte real para livrá-lo de toda a agonia e também lhe dar esperança de reencarnar em uma nova vida junto a seu amado falecido.
Jimin levantou o rosto para fitar o belo rosto de seu alfa, que agora era marcado com uma cicatriz avermelhada na bochecha esquerda.
Os dois se olharam em silêncio, não precisavam de palavras para entender o que cada um queria dizer. Eles entendiam Taehyung e Yoongi, não sabiam a sensação do que eles estavam passando e esperavam nunca sentir, mas simplesmente entendiam.
Jungkook lembrava que suas avós costumavam dizer que tudo que é belo tem seu lado feio, e aquele era o lado feio de um imprinting, ou melhor, o lado cruel.
— Eu já te perdi em uma vida, Jimin, não quero te perder novamente e não vou.
O ômega se recordou da história trágica e injusta que viveram juntos a talvez alguns séculos atrás, onde perdeu a vida por um engano, ou melhor uma armação de pessoas que achavam que só queriam seu bem mas na verdade eram mal intencionadas.
Olhando naquele momento para o lúpus, Jimin não conseguia mais se imaginar em um mundo sem ele.
— Eu te amo, Jungkook.
Dessa vez o rei conseguiu abrir um sorriso verdadeiro e cheio de alegria.
— É uma honra ser amado por você, Jimin.
Uma sensação de calor invadiu seu coração com as palavras carinhosas de Jungkook fazendo com que não soubesse o que dizer, então o loirinho preferiu agir e tomar os lábios finos de seu noivo para si com fome.
O lúpus só deu um tempo para soltar uma risada entre o beijo antes de tomar o controle da situação, dando o que Jimin queria, este que só sabia gemer em satisfação ao sentir as mãos ásperas correr em seu corpo com possessão.
Cada vez mais o ômega ficava mais necessitado, a guerra havia durado menos do que esperava, mas ainda sim foram alguns dias sem ter contato direto com seu alfa, e agora parecia que estava em abstinência dele e de seu cheiro mentolado maravilhoso.
Jungkook não estava diferente, o mundo lá fora não era uma preocupação para ele mais, só o que importava era suprir a saudade que estava de Jimin.
Com o fim do ósculo, o alfa procurou outro lugar em seu ômega para dar atenção e quase choramingou quando viu a marca de seus dentes cicatrizada e linda sob o pescoço dele. Não hesitou um segundo sequer antes de começar a lamber e chupar aquela zona erógena do Park.
Jimin achava que podia entrar em combustão a qualquer momento. Como seu alfa fofo e tímido podia virar de uma hora para outra um deus do desejo? Se questionava qual seria o tipo de livros que ele lia para conseguir deixá-lo assim, fervendo de vontade de senti-lo por dentro.
Sem que Jimin sequer notasse, Jungkook o deitou na cama e se colocou em cima dele.
O alfa estava prestes a desabotoar sua camisa quando o ômega lembrou de algo crucial que não deveria ter sequer esquecido, e que agora se sentia um idiota.
— Jungkook!
— Hm? — O alfa murmurou concentrado em se livrar da camisa suja de Jimin, esta que estava atrapalhando sua visão aos mamilos amarronzados do outro.
Quando estava no último botão, o rei teve sua mão segurada pelas mãozinhas gorduchas do noivo.
Olhou arregalados de Jungkook fitaram Jimin como se perguntasse sobre a ação, e no mento em que o loirinho viu os olhos castanhos do alfa mesclado em azul quase, quase, desistiu de falar para esperar que ele terminasse o que começou, mas temia que ficasse tarde demais se não parassem agora.
— Os seus pais, você ainda não os viu.
Um lampejo de clareza passou pelo rosto do lúpus, ele havia se concentrado em Jimin desde que sumiu naquele navio e se esqueceu de que seus pais estavam vivos em algum lugar da embarcação.
— Tem que ir vê-los, rápido.
Jungkook choramingou ao olhar o volume da calça do ômega e logo depois sentir um incômodo na sua própria.
— Eles podem esperar um pouquinho.
— Alfa, você não entendeu, você precisa ir logo. — Jimin falou sério tentando se concentrar em outra coisa além da sua entrada necessitada, poderia resolver aquilo outra hora, mas agora Jungkook tinha que ver os pais.
Agora o rei estava preocupado.
— Aconteceu alguma coisa com eles?! Estão feridos?!
— Calma, eles estão bem! — Disse cauteloso com a mão fazendo carinho na bochecha que carregava a cicatriz do alfa.— Eu só... Eu só temo que sua mãe não esteja lúcida quando você for vê-la.
Jungkook franziu o cenho sem entender, mas rapidamente a compressão lhe tomou.
— Não... N-não é o que estou pensando, é?
Jimin suspirou tristemente.
— Seu pai lhe explicará tudo.
Assentiu devagar, entendendo que o ômega estava certo em deixar que Chung-hee explicasse ao filho o que se passava com a mãe.
— Venha comigo. — Pediu com doçura.— Preciso de você comigo.
— Não sei se devo, — Jimin negou sem jeito, não queria desgrudar de Jungkook nem tão cedo, mas temia ser inconveniente.— é assunto da sua família, e...
— Você é minha família, Jimin.
O loirinho olhou com carinho e deu um sorriso mínimo para o alfa.
— Preciso de você.
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O casal estava parado em frente a cabine que foi designada para os antigos reis de WallWolves, Jungkook estava nervoso em rever os pais e Jimin esperava pacientemente o tempo do noivo.
— Eles estão mesmo ali atrás. — Não era uma pergunta, o lúpus podia sentir o cheiro de caramelo da mãe e o de café do pai vindo de trás da porta metálica.
— Estão sim, pronto?
Jimin estava com a mão na maçaneta e quando Jungkook assentiu permitindo abriu vagarosamente, mostrando o outro casal jantando em uma pequena mas delicada mesa dentro da suíte.
Ao verem quem estava à porta de seus aposentos, Sandy e Chu se levantaram de supetão, o Jeon mais velho até derrubou a cadeira que antes estava sentado pela afobação.
— Mãe, pai...
O sussurro de Jungkook foi a deixa para os mais velhos o puxarem para um abraço apertado e cheio de saudade.
Jimin pode ouvir Sandy dizendo que temeu pela vida do filho todos esses meses em que estiveram presos, então conseguiu suspirar aliviado. Chung-hee, ainda abraçado aos seus dois bens mais preciosos, olhava para seu genro e entendia qual era o medo que o rondava, afinal também era o seu até poucos segundos.
Seria um desastre completo se Jungkook viesse ver a mãe e ela não se lembrasse dele.
Após alguns abraços, Sandy franziu o cenho vendo uma figura encolhida atrás do filho, mas logo abriu um sorriso grande.
— E quem é o mocinho bonito impregnado com seu cheiro? — A rainha disse divertida arrancando uma gargalhada de Jungkook.
O sorriso de Jimin deu uma vacilada, ela não lembrava que já tinha o conhecido.
— Oh, é meu ômega! — Disse orgulhoso.
— Seu ômega?!
A mulher arregalou os olhos espantada, porém o marido pediu com paciência e delicadeza que ela se acalmasse.
— É uma longa história, mas o que vocês precisam saber é que eu o amo, — O alfa falava firme mas com a voz cheia de amor, os pais olhavam felizes para ele e para Jimin que tinha se aproximado de Jungkook e o abraçou de lado.— e que ele me curou. Não sou mais alérgico, o amor de Jimin me curou.
O ômega lhe deu um beliscão de leves no alfa por lhe deixar envergonhado na frente dos sogros, Jungkook só soube rir junto do pai, mas Sandy o olhava com os olhos cheios d'água.
A rainha se aproximou e abriu os braços hesitante.
— Posso... te abraçar, querido?
Jimin assentiu com um sorriso largo e se aconchegou no abraço materno e amoroso de Sandara.
— Obrigada, Obrigada por salvá-lo.
Sem palavras, o ômega apenas apertou a mulher fortemente em seus braços.
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agora é só alegria, eu acho 😗
Até mais, filhotes!
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