36. Era uma vez... a verdade!

Obrigada por todas as mensagens de apoio que recebi e estou recebendo, vcs são o motivo que de eu amar tanto escrever! de novo, obrigada 💜

tomem como agradecimento duas mil palavrinhas de pura emoção!



Boa leitura!

#Ousadiaealergia

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O rei e seu ômega dançavam uma valsa imaginária pelo corredor dos aposentos reais, que tinha como trilha sonora apenas apenas as risadas dos dois.

Jimin carregava a coroa de Jungkook sob a cabeça, anteriormente colocada lá pelo alfa em meio a brincadeira.

Mesmo com o fim dos passos atrapalhados a magia que a cena transmitia não se acabou, pois o amor entre eles era evidente para qualquer um até mesmo em nos cheiros de hortelã e maracujá mesclados que seus lobos faziam questão de espalhar pelo local.

— Agora você é todinho meu ou terá que fazer sala para as realezas que vieram de outros reinos?

O humor ácido utilizado arrancou uma gargalhada do Jeon.

— Até o almoço eu sou todinho seu.

— Hm, bom saber...

Um beijo lento e necessitado foi iniciado por Jimin arrancando um suspiro satisfeito de Jungkook pela iniciativa.

Pelo eco costumeiro do palácio o som do ósculo molhado percorria todo o ambiente deixando-os ainda mais presos no seu próprio mundo, mas mesmo com toda a concentração do alfa estando voltada ao ômega e aos afagos que trocavam seus sentidos apurados não deixou escapar os passos cautelosos que se aproximavam deles.

Mesmo contra gosto, Jungkook se separou do companheiro fazendo Jimin o olhar confuso, porém ao seguir para onde este olhava tenso entendeu o que se passava.

As mãos ao redor da cintura do ministro o apertaram com mais força e puxaram para mais perto, se possível, do corpo do alfa que continuava em alerta para a presença feminina que os encarava de volta.

— JaeHwa...

A mulher sorriu docemente antes de se curvar em respeito.

— Majestade; ômega. — Cumprimentou educadamente, sem demonstrar qualquer emoção. — Desculpe pela indelicadeza de não estar presente na sua coroação, primo, mas cheguei indisposta por causa da viagem.

— Não precisa se desculpar, sei que passas mal em viagens de barco.

— Bom, meus parabéns, WallWolves estará em boas mãos.

— Obrigado.

Jimin observava tudo em silêncio, avaliando tanto a situação quanto a ômega em sua frente que aparentemente fazia o mesmo consigo.

— Aliás, prazer em conhecê-lo, Park Jimin.

— O prazer é todo meu, alteza. — O loiro repetiu a ação que a princesa fez anteriormente e se curvou em respeito a posição superior dela à sua. — Seu irmão não fala muito mas fala bastante sobre você.

— Que hipócrita da parte dele, não é? — Jae soltou como quem não quer nada, espantando o casal pelas palavras carregadas de deboche.— Pois não sei nada sobre você, nem sobre qualquer outra coisa que tenha acontecido em WallWolves nos últimos meses. Como por exemplo: a demissão em massa de ômegas que trabalhavam aqui.

— JaeHwa, tem sido corrido tanto para mim quanto para Yoongi ultimamente — Jungkook tentava se explicar mas o olhar de desprezo que a prima lhe jogava estava o magoando profundamente. — e você estando longe, em outro país...

— Porque tu me mandastes para longe!  — Ralhou, já deixando as lágrimas rolarem por seu rosto.

— Eu tive meus motivos! Não fiz por maldade, você me conhece, Jae!

— Será que conheço mesmo? Porque o Jungkook que eu conheci  não me esconderia o maldito motivo que fez até meu irmão desistir de mim!— A voz da moça esbanja ódio e mágoa, e naquela altura até o lúpus se debulhava em lágrimas.

O rei teve que engolir seco antes que as palavras escapassem e contassem tudo, mas não podia, não assim cheios de ódio no meio do corredor para quem quisesse espiar e com seu Jimin alheio a tudo.

Jimin era um dos mais envolvidos naquilo tudo e tinha direito de saber de um jeito digno, JaeHwa que o perdoasse mais tarde se entendesse seu lado.

Quando viu que não receberia a resposta que tanto aguardava a decepção tomou a face da princesa.

— Cuidado, Jimin, sua majestade tem grande fama em abandonar ômegas.

E saiu rapidamente sem olhar para trás.

A situação toda tinha mexido demais com Jimin, os desabafos da princesa tinham feito as inseguranças que tinha sobre Jungkook virem a toda de novo e, mesmo que inconscientemente, fez com que se afastasse do calor dos braços alheios.

Ao sentir o corpo do loiro sair de sua proteção, o rei ficou desesperado sabendo o que se passava pela cabecinha genial de seu ômega.

— Não, Jimin, não faça isso! — Park desviou o olhar, evitando encarar o lampejo de dor presente nas feições do moreno. — Me deixe explicar. Eu disse que iria te contar tudo, lembra-se? Não tome as dores de Jae sem saber o meu lado, por favor.

Vendo que o outro ainda estava relutante, Jungkook segurou seu rosto carinhosamente mas firme para que não tivesse jeito de Jimin não olhá-lo nos olhos.

— Se depois de me ouvir você ainda me quiser longe, vou entender, mas me ouça primeiro.

•*🐺*•

Jimin foi o primeiro a entrar no quarto, já sem a coroa que tinha devolvido ao seu devido dono no caminho. Logo depois Jungkook entrou cabisbaixo enquanto fitava o objeto de ouro, se perguntando como a paz em que se encontravam a poucos minutos podia ser arrancada deles assim, tão facilmente

Sentado no estofado da janela, o ômega esperou pacientemente para que o alfa começasse seu discurso.

O rei suspirou nervoso, mais nervoso do que quando ganhou sua coroa.

— Isso começou no meu primeiro sopro de vida, — Sentou-se na cama antes de começar, de cabeça baixa para que o olhar sem expressão do Park o afetasse. — quando a parteira me entregou para que sua assistente ômega me banhasse. Assim que ela me pegou no colo seu cheiro me embalou e e-eu... eu comecei a gritar e chorar de dor, meu corpo se embolou de manchas vermelhas e meus pais entraram em desespero pensando que eu morreria ali mesmo. A ômega foi tirada imediatamente do quarto pela parteira e eu só aí eu fiquei bem.

A marra que Jimin ostentava foi ao chão ao ouvir a história de Jungkook sendo narrada por ele mesmo com tamanha dor.

— Meus pais pensaram que era um caso isolado com aquela ômega, afinal era normal lupinos que têm alergias em determinado alimento terem repulsa nos feromônios de alguém com o mesmo cheiro da coisa, e eles não estavam de todo errados. eu sou realmente alérgico, mas não a um cheiro, muito menos a uma comida. — Respirou fundo e tomou coragem para formular de faro as palavras olhando para seu ômega.— Eu sou alérgico a ômegas, Jimin.

O ministro estava pálido em choque.

— Eu sou alérgico, não ao tipo do cheiro de alguém, mas sim aos feromônios de sua classe. — A cara de Jimin era desacreditada, mesmo que sentisse a seriedade das palavras do rei.

— Pare de brincar, Jungkook...

— Não estou! — Bufou frustrado. — Lembra o dia que me encontrou agonizando no corredor da sala do trono? Nesse dia, Namjoon estava carregando um lenço impregnado com cheiro da ômega que ele passou o cio, por isso me encontrou naquele estado.

Aquilo era possível?

— JaeHwa... foi por isso que a mandou embora. — Sussurrou Jimin, tentando enterder tudo.

— Foi Yoongi, — Esclareceu imediatamente. — meus pais queriam a mandar com uma tutora para o ducado de Daegu mas quando menos esperávamos recebemos uma carta do Japão que constava que ele havia as nomeado tutoras dela até que ele fizesse a maioridade e pudesse cuidar dela. Uma desculpa para me manter vivo.

— Por que ele fez isso? Tão longe...— O ômega se lembrou de mais cedo quando a mulher disse que passava mal ao viajar pelo mar e imaginou o quanto ela sofreu indo tão nova para um lugar estranho e também as cegas dos motivos da família estarem a afastando.

— Jae sempre foi muito apegada a mim, tinham medo de que viesse até meu encontro às escondidas.

— Por que não contaram a ela? Ela poderia ter entendido já que era tão apegada assim em ti.

— Meus pais tinham receio de que as rainhas ficassem sabendo, Jae era só uma criança, poderia adquirir confiança nas suas tutoras e acabar soltando por ingenuidade. — Deixava  as respostas saírem conforme era perguntado, já com mais segurança e menos nervosismo por não sentir nenhum julgamento da voz do ministro. — Nossa aliança com o japão não era uma das mais confiáveis. Yoongi até achou que Jae ir para lá fortalecesse nossos laços pois as rainha são uma alfa e uma beta, não podem procriar, e acabou dando meio que certo já que meses depois pediram a meu primo a autorização para adotá-la como filha.

Um lampejo de entendimento passou pelo rosto de Park.

— Os criados ômegas...

— Tive que substituí-los após a morte da minha família, não podia reger um reino trancado no quarto. — Tentou fazer humor e para sua surpresa conseguiu uma risada de Jimin.

— Mas como você conseguiu se curar? — Jungkook olhou confuso para a pergunta do ômega.— Hoje você estava em uma sala cheia de ômegas, você conversou com Jae normalmente e está convivendo comigo faz meses!

Foi aí que um sorriso grande se abriu no rosto do lúpus.

— Foi você, sempre foi você.

— O que?

Aquele era o momento que Jungkook tanto temia.

Olhou para o rostinho ainda espantado de seu ômega, tomando coragem para explicar o detalhe crucial que faltava.

Era tudo ou nada.

— Durante minha infância, quando por um deslize eu sentia o cheiro de algum ômega passava dias e mais dias entre a vida e a morte agonizando, até que os Lobos tivessem misericórdia e me dessem outra chance. Anos depois te conheci, um ômega que invadiu meu quarto e que não atacava minha alergia. Depois que você apareceu pensei que de fato estava curado... mas teve o incidente do lenço e aí entendi o que de fato acontecia entre a gente. — O rei levantou-se se aproximando do lugar que o ômega estava encolhido e cheio de dúvidas. — Meu lobo estava morto quando me encontrou naquela tarde, Jimin. E voltou a vida quando senti seu cheiro, quando me tocou, quando soube que estava ali para nós. Entende o que quero dizer?

Jimin deu dois passos para trás.

Jungkook se desesperou.

— Foi por isso foi atrás de mim no outro dia? Que me ofereceu o emprego de Ministro ômega?

— Não, pelos Lobos, não! Nunca duvide da minha índole, muito menos do seu potencial. Foi sua ousadia em bater de frente comigo para defender sua classe que o fez merecedor este cargo, não o que sinto por ti. — Jeon só não estava mais tenso pois o que sentia vindo de Jimin era insegurança e não raiva, dois sentimentos eram difíceis mas o rei tinha fé que se livraria das inseguranças mais facilmente do que seria com o ódio.— Confesso que fui atrás de você por outro motivo e usei o ministério como desculpa, me envergonho disso.

— Que motivo é esse? — Quando viu o alfa hesitando o ômega resmungou: — Se quer que isso aqui dê certo é melhor contar.

Continuou hesitando para soltar a informação, mas Jungkook tomou para si que aquela conversa seria a deixa para que não tivessem mais segredos entre eles e sob a face ansiosa de seu parceiro soltou:

— Eu tenho um imprinting com você.

Jimin achava que não tinha como Jungkook o surpreender mais naquele dia, pelo visto ele estava errado.

Sua expressão murchou para uma tristeza profunda ao concluir o que aquilo significava.

— M-mas eu não sinto nada...

— É unilateral, gatinho, somente eu sinto você. — A voz do alfa carregava pesar.— Naquele dia que apareci na sua casa foi a primeira vez que te senti e foi logo tristeza, queria te acolher em meus braços para não soltar mais assim que te visse, mas quando cheguei lá e percebi que você não sentia nada de volta decidi guardar isso para mim e conquistar você do meu jeito, com ligação de almas ou não.

— Por que nunca me contou nada disso? — Se referia tanto a alergia quanto a ligação unilateral.

— Não queria que ficasse comigo por pena, primeiro te conquistaria só sendo eu para que você quisesse ficar por mim e depois, bom, te contaria todo o resto. — Riu sem graça pelo jeito fofo que o ômega o olhava. — Espero que meu plano tenha dado certo.

— E deu, mais que certo. — Jimin sorriu ladino antes de laçar o pescoço do mais alto com os braços, o puxando para si. — Estou aqui por você e aqui ficarei, o resto é só detalhes.

— Que bom, porque mandei contratarem os ômegas de volta como seu presente de noivado e vou precisar que você grude em mim mais que antes.

— O que?!

— Grude em mim-

— Isso eu entendi! A outra parte, Jungkook!

O rei riu e depois se ajoelhou na frente no ômega.

Sua mão buscou algo no bolso de dentro do paletó e logo uma caixinha com um anel cravejado de safiras brilhava para si.

— Park Jimin, aceitar se casar com esse mero rei?







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o anel:

(só que o da fic é de ouro e safiras azuis)

é filhotes, agora estamos oficialmente na reta final, autorinha aqui já tá sofrendo em antecedência!

até mais, filhotes!

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